Por Sylvio Costa

Radialista britânico William Joyce, mais conhecido como Lord Haw-Haw: a serviço do nazismo (Foto: Reprodução)
Bananinha, Bananão e seus bananas amestrados continuam insistindo em usar pressões ilegais e absolutamente injustificadas por parte do Laranjão para fugirem da lei brasileira. Sabemos como eles agem, né?
Planejam golpes de Estado. Fazem apologia da violência. Desrespeitam ordens judiciais. Usam dinheiro público para promover rachadinhas e outros expedientes indevidos. Perseguem jornalistas, professores e intelectuais. Empurram o povo para a ignorância e a morte, como vimos na pandemia. Inventam mentiras sobre tudo e todos. Militam, enfim, em favor das piores causas: em prol da ditadura, do rebaixamento de mulheres e negros, da opressão contra lgbts etc. etc. etc. Na hora de acertarem as contas com a Justiça, correm para debaixo da saia do Laranjão.
Declaram-se patriotas e há anos tentam tomar de nós — brasileiros e brasileiras decentes, de todos os credos e perfis — o verde-amarelo que nos orgulha. Mas vangloriam-se de terem contribuído para a chantagem que ora pesa sobre o Brasil. Acham razoável impor uma sobretaxa de 50% contra o seu próprio país para escaparem da prisão na qual, cedo ou tarde, certamente vão terminar.
Não tenho dúvidas de que Bananão, militar reformado, e Bananinha, policial de carreira, sabem muito bem o que estão fazendo. Chama-se TRAIÇÃO À PÁTRIA. É bom que os bananas amestrados entendam bem o que isso significa. Trata-se do único crime para o qual a Constituição democrática de 1988 prevê pena de morte (artigos 5º, inciso 47, e 84, inciso 19). É verdade que tal punição só se aplica em situação de guerra.
Nossa legislação é omissa quanto à forma de punir a traição em tempo de paz. Para situações de guerra, são muitos os crimes passíveis de guerra, segundo o Código Penal Militar. Entre eles, favorecer o inimigo com “informação ou auxílio que lhe possa facilitar a ação” (art. 359). Guerra comercial, mesmo deflagrada de modo repulsivo, não vale.
Vejam que punições severas contra o crime de traição são comuns a todas nações democráticas do mundo. Um caso célebre, disponível para consultas no site do Imperial War Museum, é o do radialista britânico William Joyce, mais conhecido como Lord Haw-Haw (ele aparece na foto que ilustra este post). De setembro de 1939 até 30 de abril de 1945, dia do suicídio de Hitler, William Jocye foi locutor de programas transmitidos pela rádio estatal alemã, então controlada pelos nazistas, para atingir a população do Reino Unido. Em janeiro de 1946, foi executado na cadeira elétrica após ser submetido a processo judicial.
Ao contrário dos neofascistas de hoje, sou contra a pena de morte. Mas deixo o alerta: traidores, tenham consciência do tamanho da violência que estão cometendo!
E não venham com desculpas esfarrapadas. “Ah, não gosto do Lula”. E daí? É o presidente eleito. A maior vítima do abusaço (a palavra me soa mais correta que tarifaço) não é ele, mas a sociedade brasileira. Estão em jogo a sobrevivência de empresas e empregos, o dinheiro das exportações e, sobretudo, a independência que conquistamos há mais de dois séculos. “Mas estar no Brics é cutucar a onça com vara curta”. Então, com todo respeito, cuidemos de aumentar o tamanho de nossa vara, pela via da unidade nacional, da solidariedade internacional e da revisão das nossas vulnerabilidades estratégicas. Estar junto com a China (nosso maior parceiro comercial), a Índia e as demais nações desse bloco econômico é vital para o nosso futuro. Não tem a ver com ideologia, mas com pragmatismo econômico e geopolítico.
O Brasil tem uma história de dois séculos de boas relações com o governo e o povo dos Estados Unidos. Estamos entre os países que mais geram resultados comerciais positivos para os EUA, comprando deles bem mais do que lhes vendemos. Cerca de 75% dos produtos estadunidenses que exportamos chegam aqui pagando tarifa zero. Como ousam aplicar contra nossa gente a maior tarifa hoje cobrada pelos EUA de outra nação? (Sim, a taxa de 50% é privilégio nosso).
Nem o Brasil, nem o governo brasileiro fizeram nada, absolutamente nada que justificasse as sanções e as ameaças cuspidas pelo Laranjão, ele próprio outro sério candidato a repousar algum dia atrás das grades. Um espanto que haja um só brasileiro ou brasileira que não se indigne com a chantagem! Mais espantoso é ver a conspiração montada à luz do dia pelos traidores.
Fundamental que a cidadania se levante contra essas aberrações! Como jornalista, sei muito bem o que é ser perseguido por um governo de extrema direita, como o do período 2019/22. Nos livramos, aleluia, do presidente que pretendia implantar uma ditadura para melhor servir aos ricos.
Falta enquadrar legalmente a família que só sabe fazer política plantando mentiras, chantagem e terror.
Lembrando sempre: quem está com Trump, está contra o Brasil!
Sylvio Costa é jornalista, com passagem pela Folha, IstoÉ, Correio Braziliense, Zero Hora e Gazeta Mercantil. Fundou e durante mais de 20 anos esteve à frente do site Congresso em Foco (Brasília)
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