O Blog recebeu e publica na Ãntegra, correspondência da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), sobre série de reportagens quanto a supostas fraudes no acesso de vestibulandos ao curso de Medicina.
Veja abaixo o que escreve o jornalista Neto Queiroz, da Agência de Comunicação dessa autarquia:
A respeito da nota “Denúncia mostra acesso suspeito a curso de Medicina” A UERN gostaria de fazer o seguinte esclarecimento:
A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte cumpre a legislação em vigor ao adotar cota de 50% de vagas destinadas aos alunos que cursaram o ensino fundamental e o ensino médio em escolas públicas.
Para efeito de comprovação desta condição, a UERN acata os documentos públicos oficiais em consonância com a legislação vigente, entre eles, os certificados emitidos por curso supletivos.
Contudo, quando há alguma denúncia formal a respeito destas situações, a UERN abre processo administrativo imediato para a verificação do fato denunciado.
Cumpre-nos informar, por exemplo, que no caso da estudante Ana Regalado, relatada na sua nota, a UERN recebeu a denúncia, abriu o processo administrativo e suspendeu a matrÃcula da estudante. Contudo, uma decisão liminar da justiça obrigou a instituição a matricular a referida estudante.
A Uern apresentou à Justiça suas contrarazões para suspensão desta decisão liminar e aguarda a decisão final.
A Universidade não tem como descumprir uma decisão judicial.
Com relação ao comparativo com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte sob o não recebimento deste documento, diferente do que fez a Uern, é preciso distinguir que a UFRN não tem este programa de cotas para alunos das escolas públicas como a Uern tem, e que também lá os certificados de conclusão do ensino médio em cursos supletivos são acatados normalmente para formalização de matrÃculas, por se tratar de documento legal.
Informamos, por fim, que a Uern está aberta a receber as denúncias que porventura venham a existir, sobre qualquer acesso indevido ou situação irregular de seus alunos, e nesses casos, decretará abertura de processo administrativo para adoção de medidas legais.
Estimula ainda que a Justiça seja acionada para aplicação das sanções legais. Por outro lado, a Administração Central, também está fazendo a sua Assessoria JurÃdica, consulta sobre a possibilidade de restringir o uso dos certificados emitidos pelos cursos supletivos.
Outra consulta está sendo feita junto a Unidade de Processamento de Dados para desenvolvimento de um programa que permita cruzar os dados dos candidatos ao vestibular com outros bancos de dados de vestibulares anteriores e de outras instituições de ensino.
Desta forma a Uern deixa claro que não se furtará a apurar qualquer denúncia formalizada e buscará os caminhos legais para dificultar qualquer tipo de fraude ao seu sistema de acesso.
Sendo estes os esclarecimentos, a Uern se coloca a disposição para o esclarecimento de qualquer dúvida que venha a ser apresentada.
Atenciosamente.
Neto Queiroz – Diretor da Agência de Comunicação da UERN
Nota do Blog – A iniciativa da Uern em se manifestar é louvável. Tem esse dever, ainda mais quando o assunto diz respeito a um tema tão delicado.
Quanto ao comparativo feito com a UFRN, ele se fez necessário porque há casos de vestibulandos que fizeram vestibular na Uern como cotista e na UFRN tiveram registro normal, ou seja, com origem na escola privada.
Outro detalhe, é que a UFRN exige documentação formalizada em cartório, quanto à titulação dos ensinos Fundamental e Médio, para poder fazer matrÃcula, ao contrário da Uern.
Não informamos por "ouvir dizer", mas em cima de documentos e consultas a setores competentes.
P.S – Ainda hoje o Blog posta entrevista sobre esse assunto com o próprio reitor da Uern, Milton Marques. Também há mais casos suspeitos que podem tornar a questão ainda mais grave.
Aguarde.
uma coisa é acatar a denuncia, outra coisa é fazer alguma coisa, faz tempo que isso acontecia , e a uern, sabia, te digo com certeza, mas só foram tomar alguma decisão agora( colocar algo valido no edital). amigo jornalista, acho que a uern não quer apurar nada disso não.e os outros que entraram nas cotas em ser?? eu sei..o edital permitia, entao não existia cotas né?? pobre estudante da rede publica..pobre povo.. pobre mossoro.
Imagine se estivesse em prática aquela idéia absurda de Walter Fonseca, no sentido de acabar com o vestibular, que seria substituÃdo como sistema de ingresso pelo histórico escolar ao longo do ensino médio? O que iria ter de histórico “bombado” não estava no gibi. Iria faltar vaga para tantos superdotados.
Carlos, bom dia.
ImprescindÃvel que a UERN explique também os outros dois casos publicados por este blog na matéria abaixo. Transparência necessária.
ESPERAMOS,QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO TOME CONHECIMENTO DESTA DENÚNCIA,SOBRE A UERN, E INVESTIGUE. A SOCIEDADE QUER UMA RESPOSTA!
A corrupção no Brasil não está só no governo federal; não está só nas prefeituras municipais. A corrupção no Brasil está também nas Universidades. As entidades de ensino superior que deveriam orgulhar os brasileiros estão nos causando vergonha. Esse paÃs jamais irá cumprir seu ideal.
Se fosse uma Instituição dirigida por uma pessoa séria apuraria e puniria não só esse caso do vestibular, mas também o do doutorado fajuto de Cuba, os contratos provisórios, os atos secretos, as promoções irregulares de técnico de nÃvel médio para nÃvel superior, sem concurso, etc. Tudo isso rola por lá, e nas barbas da justiça. Agora vão dá uma de santinhos, é? Será que não tem gente de dentro ajudando, hein dr. Milton?