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quarta-feira - 13/04/2011 - 06:40h

Uern esvaziada e o bom exemplo paraibano

Em relação ao apelo da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) para que o Governo Federal invista na Universidade do Estado,  um estudante mossoroense que está vinculado à Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) tem ótimo depoimento.

Ele mostra como a classe política do Rio Grande do Norte continua atrasada em relação ao tema.

Leia-o abaixo:

Carlos Santos,

Muito fácil jogar para outras instância a verdadeira função da unidade federativa do RN. A UERN é um patrimônio do Rio Grande do Norte, logo deve ser estruturada por este.

Uma alternativa viável é que seja viabilizada a autonomia financeira da instituição. Este fato já ocorreu com a USP e UNICAMP na região sudeste e, mais próximo, no Estado da Paraíba com a UEPB, a qual ganhou autonomia financeira no ano de 2005 durante o governo Cássio Cunha Lima através de PL aprovada pela Assembléia Legislativa, concedendo 2% do PIB do Estado para a universidade.

Hoje em dia, a UEPB está atrás apenas das duas universidades paulista no concernete à investimentos em estrutura física e na remuneração de seus funcionários, chegando um professor ter um teto salarial de 16 mil reais.

A repercussão desta autonimia é vista no padrão de qualidade do ensino e na satisfação do funcionalismo que na realiza greve a mais de sete anos.

Johnnatas Mikael Lopes – Mestrando em Saúde Pública (UEPB).

Nota do Blog – Johnnatas, a Uern está novamente sendo esvaziada, sobretudo porque de uns anos para cá deixou de ser aparelhada – em sua totalidade – para fins politiqueiros.

Isso incomoda à nossa elite política.

Entretanto, a instituição continua com pires à mão, porque mesmo sendo uma autarquia e, portanto, legalmente autônoma, não passa de uma repartição governamental sendo jogada à própria sorte.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. MARCOS PINTO - Da AAPOL, ICOP, IHGRN e do IANTT. diz:

    Existem muitas nuances políticas que envolvem a UERN, que só os cientistas políticos são capazes de explicarem, em consonância com o antes e após o pleito de 2010.

  2. J diz:

    Sou acadêmico da UERN. Vejo cada dia que passa uma vontade sinistra (ou seria política, ou mesmo enganadora) de manter na UERN as múmias paralíticas que lá estão. Noto cada vez mais a semelhança entre a faculdade (que não é privada) e uma empresa… onde alguns funcionários (blocos) tem mais condições do que outros. O gerente da empresa (reitor) anda aparelhando alguns funcionários (blocos) e outros não. O meu bloco, é totalmente invisível aos olhos do reitor, pelo menos é o que aparenta. Hoje, para ser possível se assistir um filme, numa tvzinha de menos de 22 polegas, foi preciso arranjar uma outra, porque hora ela não ligava, ou era preciso um palito de fósforo para fazê-la funcionar, isso quando conseguimos assistir algo… percebo, andando e vagando em outros blocos, que existe um aparelhamento infinitamente maior do que é destinado ao nosso. Se uma empresa (e seu dono/gerente/diretor) dá condições para que apenas uma parte de seus funcionários se profissionalize, o que acontecerá com o resto? É preciso aparelhar o resto do proletariado… e outra coisa, se a UERN faz cada vez mais questão de se parecer com uma empresa, então pelo menos que seus funcionários tenham modos e saibam atender, porque é incrível que justamente a faculdade na qual estudo seja justamente lotada de “brucutus” que atendem praticamente já nos dispachando. Visto que outras, diferentemente, tem atendimentos bem superiores, e percebo que são justamente as que são melhores aparelhadas, com mais recuros, com mais prestígio. Algo de errado acontece.

  3. J diz:

    Ops… cliquei sem querer no enter do teclado… meu nome saiu apenas como “J”.

    J de Jônatas

  4. Neto Vale diz:

    Prezado, Carlos Santos
    A questão da autonomia financeira da UERN tem sido um tema permanente do nosso sindicato(ADUERN). Aliás, será novamente tema do nosso Congresso, a ser realizado em agosto, em Patu-RN. A idéia é construir uma proposta de autonomia que indique, a partir das experiência das universidades paulistas e da nossa vizinha UEPB, um indicador ( o PIB estadual, ICMS, receita líquida ou outro) que viabilize uma fonte de financiamento permanente, condenando a famigerada político do “pires na mão”. Para isso, precisa-se reorganizar espacialmente a UERN no território potiguar. Hoje temos doze Núcleos de Ensino e seis Campi, não é racional manter unidades adminstrativas distante dez minutos uma da outra. A UERN tem que ter o tamanho dos desafios que se impõe ao nosso Estado. A expansão da UERN foi correta, entretanto a forma como ocorreu foi equivocada, precisa-se fazer os acertos necessários. O fortalecimento da UERN na pesquisa, na extensão e no ensino passa por sua autonomia financeira. Fala-se de parceria, a parceria da UERN com outras instituições de ensino já é uma realidade, hoje a UERN tem parceria, na área da pesquisa com várias e importantes universidades. É da dinâmica da vida acadêmica a construção coletiva, a parceria. A UERN, não pode voltar a ser objeto dos devaneios e das divagações de carreirista, oportunistas. O governo federal tem que criar uma linha de financiamento para contribuir com o fortalecimento das universidades estaduais. Entretanto, o principal responsável por sua existência é a esfera estadual. As federais ganharam o REUNI que contribuiu para a expansão das federais, ótimo, e deu uma maozinho para o setor da construção civil que estava em crise, falta investir em pessoal, concurso público. Criou o PROUNI que ampliou o acesso das camadas menos favorecidas da população a universidade, beleza, e deu uma maozinho para as universidade privada que vivem em crise. Por último, as melhores universidades do país são públicas e estaduais. A autonomia financeiro é um significativo passo para a consolidação da UERN. O resto é a expressão de um passado que insiste em negar ao nosso povo a sua emancipação.

  5. Iris Maia diz:

    Há anos distante da UERN por coincidência voltei ontem á noite aquela instituição para o lançamento do livro da minha amiga doutoranda professora Socorro Batista, em parceria com outros dois professores. Fiquei feliz pelo evento e pelo material publicado na área ambiental, ainda não li o livro, para dar maiores detalhes. No mesmo lançamento, um outro livro, também de um grupo de professores e alunos. Parabéns pelo apoio da UERN àqueles eventos.
    No entanto, hoje cedo ao conversar com uma colega que faz o primeiro período do Curso de Letras, que desde o início das aulas demonstra insatisfação pelo nível de alguns professores e a própria organização da Universidade, ontem culminou com o fato do professor de certa diciplina que enviou uma folhinha para cada aluno para que fizesse um trabalho, ali descrito e depois deixasse de volta na secretaria. As aulas agora funcionam uma disciplia por dia, ou seja 4 aulas de uma só disciplina. Na atitude deste professor, que sequer entrou na sala de aula, que sequer explicou o trabalho ou orientou, ganhará as quatro aulas????? e ai? para a colega, ainda bem jovem, sugeri que numa atirude dessa a classe procurasse a coordenação ou direção do curso para comunicar o procedimento do professor ou ocupante da cadeira que assim seria mais justo chamá-lo.

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