Nunca antes na história de Mossoró o tempo esteve tão quente. Não me refiro à condição atmosférica, mas à polÃtica.
Os acontecimentos borbulham à superfÃcie. Nos bastidores, também.
O veraneio que sempre encontra a cidade-praia do Tibau como endereço e fez dos seus alpendres um sÃmbolo do poder, fica em segundo plano.
De BrasÃlia a Natal, tudo pode acontecer.
Em Mossoró, mais ainda.
Fatos e versões se enroscam.
É preciso cuidado para não “engolir” mosca ou se publicar “barrigas” (notÃcias inverÃdicas, no jargão jornalÃstico).
Existe uma avidez por notÃcias, ao mesmo tempo que temos muitos interesses contrariados e vontades embutidas.
Garimpar, depurar e filtrar… sem pressa, terminam sendo mais importantes do que noticiar com açodamento.
Tempo quente…
Sempre achei que Mossoró respirava polÃtica. Considerava isto extremamente interessante. Os comÃcios levavam tanta gente à s praças…à s ruas. Levavam tanta gente, mais do que um show de Roberto Carlos. Não que eu seja fã de RC. Penso que ele implica comigo desde que cantou “Mulher Pequena”…foi muito radical. Cada vez que ouvia a música, e tocava muito, ficava injuriada. Ele esqueceu das mulheres altas, arrasou com elas, nessa turma, estava eu…Risossssssssssssssss
Voltando a Mossoró. IncrÃvel a participação do povo nas campanhas…é época de festas. Os “jingles” são lindos. As músicas dos candidatos são cantadas com ênfase por uma população vibrante.
Prestava muita atenção nisso porque , aqui no Rio, não sabia qual era o candidato de minha melhor amiga…não sabia os candidatos de meu grupo no clube…dificilmente alguém perguntava: vai votar em quem?
Diante de Mossoró, o Rio de Janeiro, em época de eleição, poderia ser considerada uma cidade apática. Pelo menos o Rio do qual faço parte. Há uma espécie de indiferença, se colocado ao lado de Mossoró.
Mossoró também tem outra caracterÃstica. Desperta paixão. DifÃcil deixar Mossoró. Muito difÃcil.
Lembro, ainda bem pequena de ” Pisa na flor…pisa na flor…pisa na flor que Duarte já ganhou”…Lembro da pergunta: “você é pisa na flor ou pisa no capim?” Sem saber o que responder, fui me informar…e fiquei sabendo: ” Pisa no capim, pisa no capim…pisa no capim que a vitória é de Toim.” Não posso ter a certeza absoluta pq, de fato, era uma menina…mas há uma vaga lembrança, tal como um sopro, que eu era “Pisa no capim”…mas posso estar enganada , nesse voo à cidade que amo.