A crise financeiro-administrativa do Estado do Rio Grande do Norte seria menor, caso o governador fosse Iberê Ferreira (PSB)? Essa é uma pergunta necessária, hoje.
É fácil perceber que até o momento, esse quadro tem sido discutido muito mais sob componentes políticos e interesses localizados, do que sob uma ótica racional e técnica. Sobra fervor passional.
Bem, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) não quebrou ou levou o Estado à bancarrota em pouco mais de quatro meses. Mesmo se não tivesse qualquer experiência gerencial, na área pública, isso seria quase impossível.
Com Iberê reeleito, talvez a grande mudança no cenário fosse a essência do discurso, do álibi de defesa, que tentaria pelo menos explicar tamanha dificuldade. Lógico que Iberê não estaria olhando pelo "retrovisor", pois enxergaria o próprio rosto e, um pouquinho atrás, a face da ex-governadora Wilma de Faria (PSB), sua aliada.
O Estado deve movimentar mais de R$ 10 bilhões este ano, conforme orçamento aprovado na legislatura concluída ano passado na Assembleia Legislativa. Muitas das cobranças salariais e de contratações de pessoal derivam dos governos Iberê e Wilma, mas não caíram no colo de Rosalba num pouso forçado.
Ela não pode alegar desconhecimento de causa, que se diga.
Há conivência, apoio formal ou indireto, de boa parte da classe política que hoje resmunga, censura ou cobra zelo à coisa pública de antecessores recentes da governadora.
Diante de papeis assinados, leis publicadas e concursos realizados, o Estado (e não Rosalba) precisa respeitar a legalidade, sobretudo com segmentos do serviço público. Do contrário, precisará receber algumas aulas do sério "jogo do bicho," onde realmente vale o que está escrito.
De novo é fundamental que lembremos, que o Governo do Estado, apesar de ter novo agente público à sua frente, não é de Rosalba, como não era de Iberê ou Wilma. É, e precisa ser, impessoal. Rosalba vai passar, como passaram Iberê e Wilma.
Inaceitável que fuja às suas responsabilidades, em especial no atendimento a princípios que norteiam a atividade estatal, como a própria impessoalidade, moralidade administrativa, publicidade, eficiência e legalidade.
A crise não é da gestão de Rosalba Ciarlini, mas do Estado. Com ou sem ela com a mão à caneta, é importante que todos estejam envolvidos – com espírito desarmado e menos politicalha – à superação dos problemas.
Se o governo vai mal, ninguém aqui embaixo terá motivos à comemoração. Só os fantasmas do apocalipse vibram.
O desejo de terra arrasada só germina em meio aos estúpidos e inconsequentes.
Carlos,
Gosto muito do teu blog, principalmente devido a tua busca pela imaparcilaidade. Coisa difícil de se ver aqui no RN, curral dos alves, maias e rosados.
Quanto a crise do Estado e o Governo Rosalba Ciarlini, também acho que é um problema de todos. Por isso, acredito que a governadora, infelizmente, não entendeu.
Pois, não dá para manter a indiferença para com as questões salarias dos servidores, será que estão todos errados? Portanto, é preciso que a governadora busque o diálogo ao invés de partir para a retaliação, veja:
Governadora Rosalba sobre greve: “é justo quem não trabalha não recebe”
Embora ponderando que ainda não conversou com o secretário estadual de Segurança e Defesa Social, Aldair Rocha, sobre a greve dos policiais civis, a governadora Rosalba Ciarlini voltou a defender o corte do ponto para os grevistas.
“Ainda não estive com o secretário, vamos fazer uma avaliação. Agora não só com o policial civil, mas com todos acho justo que quem trabalha receba e quem não trabalha não receba”, disse Rosalba Ciarlini.
Do Panorama Político
Ô amigo João Maria, essa Rosalba Rosado tem origem política em família oligárquica com estreitos vínculos com a asquerosa ditadura militar,o que só se pode esperar truculência e desrespeito às mais legítimas e justas reivindicações salariais. Dá-lhe Rosalba!.
Caarlos Augusto e Rosalba têm competência e muita desenvoltura política, quando estão sendo paparicados, bajulados por todos que o rodeiam. Não têm a mesma maestria para tocar o barco adiante, quando em razão do ofício são contrariados, questionados. Aí vem retaliação braba. Aliás, isso é típico dos políticos locais. Só sabem receber elogios. Qualquer avaliação negativa, chamam para o campo pessoal, se sentem abalados emocionalmente, gravemente ofendidos, fazem inimigos os autores das críticas, sejam estas as mais contrutivas possíveis. O tempo passou, a tecnologia avançou, mas o coronelismo ainda se encontra latente, podendo aflorar com qualquer contrariedade. Reconhecer o direito do outro, só se não contrariar em qualquer grau os interesses dos dominantes.
Ela fez valer por demais o poder do retrovisor, paga por isso.Não serviu de lição os problemas da Borboleta,ela se via como a dona do mundo, do tipo que faz o que bem quer e quando quer.O Rn, não éMossoró, osnde o povo falaem liberdade e, vive na senzala rosadista.