segunda-feira - 08/10/2012 - 21:36h
Perda

Uma triste nota que avisa a morte do “Seu Mané”

Chegou "a hora de Seu Mané", uma legenda do rádio

O avassalador noticiário sobre as eleições 2012 engoliu uma perda considerável da comunicação potiguar e da geografia humana mossoroense. Morreu o radialista Manoel Alves de Oliveira, o “Seu Mané”, 70.

Estava internado há algum tempo no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) e por volta de 5h de hoje veio à óbito.

Seu velório ocorreu na Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e sepultamento já ao final da tarde no Cemitério Novo, em Mossoró.

Seu Mané é uma legenda da radiofonia.

Sua verve e espontaneidade estabeleceram uma plateia cativa e numerosa através dos microfones da Rádio Rural de Mossoró, durante décadas.

O sucesso até o fez se arriscar na atividade político-partidária, mas sem êxito em campanha à Câmara Municipal de Mossoró

Nota do Blog – Passei boa parte do dia fora de Mossoró, em trânsito. Não pude me solidarizar pessoalmente com a família de Seu Mané.

À memória surge sua voz nos programas “A hora da coalhada” e “Notas e Avisos”.

Não faltam histórias hilariantes que entraram para o folclore de nossa radiofonia.

Deixará saudades e muitos fãs, esse homem de comunicação nascido em Felipe Guerra, casado e pai de seis filhos.

Que descanse em paz.

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Categoria(s): Comunicação

Comentários

  1. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Levado ao exercício da locução profissional pelo Padre Américo Vespúcio Simonete, seu Mané é o que verdaderiamente se pode chamar espontaneidade em uma locução puramente intuitiva.

    Inobstante não possuir grande voz que o destacasse como locutor, se sobressaia exatamente pela simplicidade, espontaneide e pela peculiaridade com que chegava aos lares dos mais distantes rincões do Rio Grande Do Norte…atualmente sem Norte e Estado vizinhos, levando informação, entretenimento e alegria às pessoas simples e puras, sobretudo da zona rural.

    Caro Carlos Santos, realmente seu Mané nos deixa efetivamente tristes e, ao mesmo tempo, já saudosos do anedotário de histórias e causos absolutamente únicos e engraçados protagonizados por aquele que fez e fará parte da história da radio difusão mossoroense.

    A esse respeito, muito se comenta que seu Mané em seu diário exercício de locutor simples, intuitivo e de dicção que não era efetivamente das melhores, em dado momento que era chamado a narrar notícias internacionais, fazia verdadeiros malabarismos verbais com as chamadas palavras gringas.

    Seu Mané deixa saudades e efetivamente uma lacuna, sobretudo práqueles que ainda sentem n’alma da simplicidade e da intuição, valores que transcendem o tecnicismo e academicismo débil, tão em moda em inúmeras profissões e profissionais da dita modernidade.

    Um baraço

    FGRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  2. Alderi Pereira diz:

    Todo o respeito e mérito a esse ícone da comunicação radiofônica mossoroense; se não da radiofonia riograndense. Sempre que o ouvia me lembrava de meu saudoso pai que era seu fã e sempre estava na calçada de nossa casa nos finais de tarde ouvindo o tradicional programa a hora da qualhada. Sem dúvida sua simplicidade e humildade deixará boas lembranças da boa programação que a rádio produz para o bom ouvinte. Aqui meu voto de pesar para a sua família.

  3. Edmiro diz:

    Realmente uma perda considerável para a radiofonia mossoroense, seu “mané”, conseguiu durante os longos anos que atuou no meio, imprimir uma característica marcante que fidelizou uma multidão de ouvintes, seu jeito próprio de atuar, (deveria ser estudado pelos alunos de comunicação, como exemplo de empatia e interação com o público), TORNOU-SE MARCA REGISTRADA DA RÁDIO RURAL. Já estamos com saudades da hora da coalhada. “VIVA SEU MANÉ”.

  4. Nilson Gurgel diz:

    Caro Carlos;
    Conheci Seu “Mané no começo dos anos 50, quando eu freqüentei a escola de tia Sílvia Gurgel (Carta de ABC e Cartilha) e no restante desta década quando ía passar férias em Pedra de Abelhas na casa do meu avô Tilon Gurgel, hoje Felipe Guerra, aliás Carlos, o nome Pedra de Abelhas é muito mais bonito e simbólico. Nos anos 60 via seu Mané, praticamente uma vez perdida quando ia aprender a namorar nas tradicionais festas de ano novo de lá com direito a pastoril e parque de diversões, acho que era de seu Luiz Guimarães, com radiadora, carrossel e canoas. Ele era um pouco mais velho que eu, talvez uns cinco anos e quando ele veio para Mossoró, trabalhar na rádio, eu tinha o maior orgulho de dizer que conhecia ele e, quando nos encontrava-mos, o que era muito raro, pois dos anos sessenta em diante sempre estudei e trabalhei fora de Mossoró, ele sempre perguntava: Como é Nilson de Cedinha (apelido pedraabelhense de minha mãe Célida), tem ido lá “im nóis” (“im nóis” e como carinhosamente nos referimos a cidade de Felipe Guerra) ? Aí eu respondia, tive por lá “cumpadre”, tive, “cum o cumpadre Basto de Janoca” e “cum o cumpadre Careca de Chico de Joça” tomando uma lá no Poço de Tilon (entrada de F Guerra) na bodega de “cumpadre Toinho da Gata”e, por aí, ia as nossas raras prosas. Por acaso, com muito orgulho minha mãe era conterrânea dele, do Seu Mané. Descanse em paz velho amigo.
    Nilson de Cedinha (como ele me chamava)

  5. Jailton de Sousa Xavier diz:

    Me acostumei ao prazer de estar sempre com um velho e bom radinho de pilha desde cerca de 40 anos atrás. Quando criança, naquela época morando em Macau, de lá eu ouvia a rádio Rural de Mossoró e os programas de Seu Mané. Essa boa influência veio do meu avô paterno (in-memoriam) que logo após o almoço se postava em uma cadeira de balanço ouvindo um grande rádio de marca ABC e sempre ligado no programa de Seu Mané. Mesmo tendo passado todo esse tempo, Já morando em Areia Branca, eu continuei ouvindo os programas de Seu Mané. Seu Mané cumpriu a sua missão na terra e mais que isso! Ele será eterno e merece ser citado nas diversas áreas do conhecimento. Principalmente na área da comunicação social. Sugiro a Direção da Rádio Rural que organize a sua biografia e também lance alguma mídia com seus principais programas radiofônicos nessa conceituada emissora de rádio (por exemplo: um cd.). Seu Mané faz parte da cultura radiofônica do RN e por que não dizer do Brasil.

    Att.
    Jailton de Sousa Xavier – Areia Branca/RN. (Professor Jailton).

  6. ivan diz:

    fiquei muito triste, mais feliz por ter ouvido essa voz que nos deixa saudades, va em paz.

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