A Unidade de Pronto-Atendimento do São Manoel (Mossoró) precisa ser reordenada para melhor servir à sociedade. A propósito, o seu papel nuclear.
Ouvi relato de uma mulher que sofreu durante horas e testemunhou sacrifícios de outras tantas, à tarde de hoje.
Ela conta que chegou à UPA às 12h20. "Mas só fiz a ficha às 12h36, mais ou menos", diz.
Às 13h houve troca no plantão médico, mas o substituto apareceu bem depois, às 14h. Às 14h05 ela começou a ser atendida pelo médico Teodoro Figueiredo, que é diretor da unidade.
Na espera ainda estavam 19 pacientes com as mais diversas queixas e quadros patológicos.
Na propaganda oficial tudo parece uma Suiça, não é mesmo?
Pobre Mossoró!
Caro Carlos Santos, o problema das UPAs, assim como de qualquer outro pronto-socorro, em quase todo o Brasil, é que, devido aos problemas de saúde pública, falta de médicos para atendimento ambulatorial, a população recorre a essas unidades, como se unidades de atendimento ambulatorial fossem. Resultado, atendimento prejudicado, filas, insatisfação… Quando a população é bem servida de atendimento básico, os pronto-atedimentos e pronto-socorros se dedicam a realizar as atividades a que se destinam. Isso ocorre, com mais frequencia no atendimento público. Mas vou dar um exemplo que a população com acesso aos planos de saúde também sofre: Todos nós, mães e pais, sofremos quando nossos filhos adoecem. Mas a pediatria é uma especialidade quase em extinção. E, como não há pediatras no PSF, a doença não marca hora para chegar e os honorários pagos pelos planos de saúde, em especial a UNIMED não são nenhuma brastemp, temos poucos pediatras atendendo e fica difícil marcar uma consulta. O que acaba ocorrendo nos pronto-socorros, UPAs, Tarcísio Maia, UNIMED 24 horas e UNIPED. Todos acabam se igualando…