Médicos brasileiros formados em Venezuela, Bolívia, Cuba e Paraguai têm o maior percentual de reprovação na primeira fase do Revalida, prova que reconhece a formação estrangeira para atuação de médicos no Brasil.
O levantamento foi feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), em complemento ao estudo Demografia Médica no Brasil — que teve sua última edição divulgada em fevereiro.
Média de reprovação por país de origem do curso:
- Venezuela: 94,6% (92 médicos fizeram a prova, e 87 foram reprovados)
- Bolívia: 93,5% (3.099 médicos fizeram a prova, e 2.898 foram reprovados)
- Cuba: 90,7% (300 médicos fizeram a prova, e 272 foram reprovados)
- Paraguai: 85,6% (2.707 médicos fizeram a prova, e 2.318 foram reprovados)
- Rússia: 83,9% (62 médicos fizeram a prova, e 52 foram reprovados)
- Argentina: 64,4% (592 médicos fizeram a prova, e 381 foram reprovados)
A média geral de reprovação foi de 87,3%. Estão citados apenas países que tiveram mais de 40 formados.
Brasileiros são atraídos para estudar medicina em faculdades de outros países que não fazem vestibular para acesso e cobram mensalidades mais baixas. Enquanto no Brasil cursar medicina pode custar mais de R$ 10 mil por mês, faculdades na Bolívia, por exemplo, cobram a partir de R$ 600 de um brasileiro. Há vários sites que indicam caminhos e oferecem serviços de ajuda aos interessados.
O levantamento mostra que 84% dos brasileiros que tentaram a primeira etapa do Revalida em 2023 se formaram na Bolívia (44,8% do total) e no Paraguai (39,1%).
Os dois lados
“É preciso olhar não só para o desempenho dos indivíduos, mas para a origem do diploma e a qualidade do curso de graduação estrangeiro,” Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da USP.
“A prova é feita para aprovar o mínimo possível, e é dessa forma que os médicos formados fora do país a encaram,” afirma João Gabriel Rocha Fonseca, formado na Argentina e aprovado na primeira fase. Além disso, argumenta que falta critério na formulação e correção de provas.
O que diz o Inep
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), a elaboração e a revisão de todos os itens que compõem o Banco de Itens do Revalida são realizadas exclusivamente por professores de cursos de medicina brasileiros que atendem ao edital de chamamento público. Todos os itens elaborados são revisados por um segundo professor de medicina e por um especialista em avaliação educacional.
As bancas de avaliação das provas e dos recursos, diz que também são compostas por professores brasileiros com atuação de, no mínimo, cinco anos no ensino médico, “garantindo a diversidade regional dos docentes selecionados, presididas por docentes com experiência de, ao menos, dez anos no ensino médico”.
Esse revalida, mais apropriadamente falando , essa prova é para inglês ver…
Mesmo porque, além de outros fatores, a banca usa e abusa de inconsistência no conteúdo das provas, bem como de profunda e direcionada incoerência quando da correção dos citados exames…
Tanto é fato que, esse dito revalida, passou a ser exigido à partir da vinda dos médicos cubanos ao brasil, numa clara, inequívoca e xenófoba perseguição aos citados médicos.
Na realidade, ante uma clara e falsa equivalência entre quem se formou para praticar medicina em alto nível , sobretudo no âmbito preventivo, foi gradativamente excluído à partir de um dito revalida, o qual tem como desiderato aprofundar uma elite no mercado da medicina, mais precisamente um cartel médico hospitalar e privado, inclusive, mundial, que pratica a medicina mercantilista a mancheia ou digamos curativa, quando possível.
No caso do Brasil em sua cultura das capitânias hereditárias e seu profundo, inequívoco e arraigado individualismo, mesmo que os daqui, fossem obrigados realizar o revalida, claro, a depender da origem social e (ou) do sobrenome, aí é que o dito revalida, de fato, é pra inglês ver..
Carlos Santos
Você já ouviu comentários do jornalista e comentarista político esportivo Fábio Piperno?
Igualzinho kkkkkkkk
É público e notório que esses médicos oriundos das faculdades de Medicina destes países referenciados são tão incompetentes que sequer curam uma bicheira em lombo de asnos. Essa é de lascar.
Tive conhecimento que médico brasileiro formado no Paraguai e que exerce em Mossoró claudicante em um procedimento de cateterismo que quase leva o paciente à Óbito, mas levou à internação na UTI.
Não passam sequer em provas básicas e querem exercer uma profissão tão delicada e que trata de vida?
É correr risco a saúde pública, revalidar os diplomas desses bacharéis que sequer conseguem ser aprovados em provas que exigem conhecimentos básicos.
Estudem, não venham querer se aventurar pondo em risco a saúde das pessoas.
Conheço alguns que conseguiram, a esses todos os méritos, pois estudaram e fizeram por onde para exercer a profissão aqui. Aos outros: Vão estudar!
O Revalida é indispensável para aferir o conhecimento do médico. Esse enxame de faculdades de medicina e o custo muito mais baixo em faculdades fora do Brasil, tornam o Revalida mais do que necessário. Melhor sem médico do que com médico ruim!