Seguindo uma máxima árabe (“Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé”), um grupo de vereadores resolveu sair da Câmara de Mossoró e ir direto ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) no início da tarde de hoje.
Por proposição do vereador Tomaz Neto (PDT), a Casa fez um minuto de silêncio em solidariedade às vítimas da precária saúde pública (municipalizada) em Mossoró. Em seguida, vários vereadores visitaram o HRTM, objetivando coletar informações “in loco” da situação do hospital, ouvindo pacientes, dirigentes, médicos e pessoal de apoio.
– Nós não estamos atrás de culpados, fazemos pressão para tentarmos encontrar soluções – justificou Tomaz Neto. “Existem deficiências que poderiam ter sido cobertas se houvesse prevenção e investimentos do Estado e Município. Nossas crianças, mulheres, idosos etc. não podem continuar sendo vítimas de todo esse descaso”, acrescentou.
A falta de uma UTI Pediátrica agrava atendimento da saúde pública. O caso polêmico mais recente afetou a criança Ana Raquel, de 2 anos e 8 meses, que apenas conseguiu acesso a uma UTI pediátrica em Natal, para onde foi transferida, após maciça campanha via redes sociais.
Durante a visita, os vereadores receberam uma notícia positiva do diretor-técnico do Hospital, o ortopedista João Firmino.
Proposta
O médico confirmou o andamento do projeto de construção de 11 leitos de UTIs pediátricas, cujas obras estão previstas para serem concluídas em setembro deste ano.
A quantidade de UTIs atenderia às necessidades gerais da cidade, segundo o diretor geral do Tarcisio Maia, Eider Barreto. O prazo apresentado, contudo, não atende àas demandas atuais da cidade, que necessita com urgência de tais leitos.
Em vista dessa situação, Eider Barreto sugeriu à comitiva de vereadores a realização de convênio público com hospitais particulares para atendimento das demandas da população até a finalização das UTIs em construção. O convênio poderia prover a necessidade mínima de Mossoró, de, pelo menos, 4 leitos.
Segundo o médico, possuiriam condições estruturais para realização do possível convênio os hospitais particulares Casa de Saúde Dix-Sept Rosado, Hospital Wilson Rosado e Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró.
Por fim, os vereadores investigaram a denúncia de uma suposta negativa do hospital em realizar a cirurgia de uma criança de prenome “Andrei”, que sofre de problemas pulmonares, em vista da inexistência de UTIs pediátricas no Tarcisio Maia. Após levantamento junto à equipe do hospital, a denúncia mostrou-se infundada, em vista da razão apontada para a não realização da cirurgia da criança ser a necessidade de realização prévia de tratamento clínico.
Participaram da visita os vereadores Alex do Frango (PV), Celso Lanches (PV), Genilson Alves (PTN), Genivan Vale (PR), Heró (PTdoB), Jório Nogueira (PSD), Lairinho Rosado (PSB), Luiz Carlos (PT), Soldado Jadson (PTdoB), Tomaz Neto (PDT) e Vingt-un Neto (PSB).
Tenho uma sugestão que sanaria de imediato a deficiência de leitos de UTIs pediátricas : Para dar celeridade em curtíssimo prazo para construção desses leitos é só tirar o quantum necessário da rubrica orçamentária destinada ao Marketing enganoso. Diante a premência do tempo a promessa (Mais uma!) de que somente em Setembro serão concluídos onze leitos de UTIs pediátricas delineia um cenário em que o governo ROSADUs esbofeteia a “cara” do povo da forma mais ruidosa que se possa imaginar. A promessa traz a marca da embromação, enrolação e postergação que beira as raias do absurdo. Não há como termos que conviver com mortes diárias de inocentes criancinhas nos hospitais vinculados à saúde pública estadual, por pura omissão e desídia voluntariosa de um governo medíocre, pérfido, eivado de nulidades oriundas de configurada incompetência. O estado tem muito dinheiro para fazer face aos compromissos mais urgentes. A essa altura não tem mais como passar em silêncio e doentia indiferença aos reclamos populares. O pior é a triste constatação de que o Ministério Público estadual passa ao largo do aterrorizante problema, ostentando abissal e insana indiferença. Não podemos capitular e contemporizar diante tantas atrocidades cometidas por esse desastroso e insano governo. Parece até que estamos sendo testemunha de um protesto popular entre autoridades e governo nulos, que vivem a danosa prática compulsiva do desdém. Lamentável, pois.
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