“Estou saindo expulso pelo deputado João Maia”. Essa declaração é do deputado estadual Vivaldo Costa (PR), que também já foi vice-governador e governador do Estado nos anos 90.
O parlamentar foi um dos fundadores do partido no Rio Grande do Norte e se desliga em virtude de divergências políticas com o atual presidente, o deputado federal João Maia. O argumento usado por Vivaldo para o afastamento foram problemas nas eleições de 2010, para governador, quando o deputado apoiou a então candidata Rosalba Ciarlini (DEM), enquanto que João Maia subiu no palanque do governador Iberê Ferreira de Souza (PSB).
Segundo Vivaldo, logo após as eleições, houve uma reunião no diretório do PR em Caicó, ocasião em que João Maia fez algumas mudanças. “Ele me descredenciou e retirou Nildson Dantas do cargo de presidente. Eu comandava essa bandeira do PR em Caicó há mais de 40 anos. Ele disse em público que faria reformulações e desde esse dia começou o descompasso. Digo sempre que confiança é como cristal, quando racha, nada cola outra vez”, declarou Vivaldo hoje na Assembleia Legislativa.
Nota do Blog – Vivaldo era do PL, que se transformou em PR, quando virou vice-governador de José Agripino (DEM, depois PFL) nas eleições de 1990. Em 94, com saída de José Agripino ao Senado, ele assumiu o governo estadual até o final.
Épisódio interessante é de sua eleição à presidência da Assembleia Legislativa no início dos anos 90. O então deputado Paulo de Tarso Fernandes (PMDB) estava ‘certo’ para ser eleito. Mas uma articulação de bastidores entre Vivaldo e Carlos Augusto Rosado (então PFL) frustrou Paulo, a ponto de ele até desistir de tentar a reeleição à Casa.
Amigos, sem hipocrisia, é uma pergunta mesmo, alguém sabe dizer quantos Rosados tem no poder em Mossoró?
Impressionante é como os politicos tem em mente quanto a relação com o partido,o partido é uma “coisa” particular, parece que não existe filiados, o politico diz “eu mando,tiro fica quem eu quero e pronto”. Vivaldo “mandava” a anos e agora quem “manda” é João Maia. Com essa mentalidade um politico desse tipo nunca vai ser democratico,se não é no seu proprio partido não vai ser no seu mandato. E o eleitor que voto nele? O mandato não pertence ao povo?