sexta-feira - 06/06/2008 - 09:31h

Webleitor questiona cobrança de taxa em Praça da Criança

Recebo um e-mail de um dos nossos mais assíduos debatedores, o internauta Alcides Melo. Ele comenta sobre a Praça da Criança, recém-inaugurada pela Prefeitura de Mossoró, em consórcio com o estado, na Avenida Rio Branco.

Leia-o abaixo:

Fazendo um comentário em relação à Praça da Criança: se minha filha quiser ir e rodar em todos os brinquedos deixarei para os cofres públicos R$ 8,00. Se fizermos a conta na ponta do lápis usando a média de + – 400 crianças por noite será apurado em média R$ 3.200,00 diariamente.

No mês + ou – R$ 9.600,00, podendo ser até mais.

Bem que uma parte desse apurado fosse destinada as obras do abrigo Amântino Câmara. Também deveria ser informado à população quem é o administrador da praça. Ah se houvesse transparência….Quem sabe um dia está amada e sofrida terra haverá de cumprir o seu ideal.

Minha gente vocês ainda dizem que amam Mossoró, que Mossoró é da gente.

Alcides Melo – alcidesmelo@bol.com.br

Nota do Blog – Em minha ótica, Alcides, o que deve haver é um disciplinamento para uso da praça por todas as crianças (pobres ou ricas), sem cobrança de qualquer valor pecuniário.

O a administração do equipamento de lazer, público, precisa ordenar um quantitativo de acesso/dia, a partir de estudos técnicos. Assim, por exemplo, 400 pessoas teriam essa franquia a cada dia. Do hábito e da ordem viriam o respeito a essas regras. Simples.

A cobrança de qualquer taxa, mesmo que possa ser "simbólica", pesa no orçamento de quem efetivamente é pobre. Ao mais abastado, R$ 1,00 não é nada. Aos que nada tem, chega a ser uma dádiva. No caso, vira sangria.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. João Railson diz:

    Sou à Favor, Carlos Santos, como será mantido esse bem público, se o poder público não tem sua máquina organizada que sempre é o que acontece, no maximo duraria 3 anos, ou quando muito dura de um governo pra outro, já que o que muitas vezes é projeto de um não perdura em outro governo, o que temos que fazer é termos políticas sociais inclusivas e que sejam feitos trabalhos de triagem dos que não podem pagar, e para isso exitem creches e escolas publicas, e ainda tem os conselhos tutelares de crianças com seus respectivos departamentos sociais, pisicologicos e outros mais, que se faça um trabalho de concientização e educação, e poder assim criar um vinculo a mais com a comunidade escolar e ainda poder ser um atrativo a mais para crianças que não estam inseridas no meio escolar, e quem sabe assim, fica aqui a dica. sejam esse passaportes o de inclusão escolar para muitos, que brincando também se aprende.

    Seria então moeda de troca, como tudo na vida… Se estudar, pode brincar, sem pagar… Só não se faça uso político, se votar pode brincar… que sempre é o que termina acontecendo.

    Fica minha opinião.

    Um Abraço, sempre tem lido e acompanhado. Parabéns.

  2. ELANO RODRIGUES DE FIGUEREDO diz:

    Eu concordo plenamente com o Alcides, e absurda essa atitude da prefeita e ela não pode esquecer que os pais dessas criança que tanto queriam ta la praça bricando vota, e o voo deles valem muitooooooo!!!!!!!!

  3. João Railson diz:

    Ainda mais que nossa Cultura é ainda careta, mais estamos acostumados a ver em outros grandes centros turisticos e ate aceitamos a pagar, como em entrada de parques, ao uso de bens publicos como pontos turisticos, como as cachoeiras, parques e outros bens, pagamos, até pra tirar fotos, tudo com a concessão do poder público e em outros campos estamos aptos a pagar agora na nossa terra, não… ora tem vários meios de permitir a inclusão de crianças reconhecidamente carentes sem cobrar, é só querer. Pois sejamos a favor sim da justiça social e igualdade, ou seja que paguem os que tem condições e os que não tem sejam abonados, embora que para isso seja exigido ou pelo menos indicado sua frequencia escolar e não a “titular”.

  4. Felipe Alencastro diz:

    A questão é como uma faca de dois gumes, não seria de bom tom fazer essa cobrança em se tratando de uma obra pública, cobrança que contribui para uma segregação social, já que é bastante difícil por comida na mesa para uma grande parcela da população, imagina então ter dinheiro sobrando para o lazer dos filhos, muitas famílias numerosas por sinal, mas também tem aquela questão de que até independente de classe social as pessoas pensam que o que é “público” a ninguém pertence e logo, logo aquela belíssima praça se transformaria em sucata, poderia então haver um acordo, dois ou tres dias na semana o acesso aos briquedos poderia ser grátis e o restante da semana poderiam cobrar, até mesmo para a manutenção da praça, com a devida fiscalização.

  5. Helena diz:

    Eus soube através de algum jornal, que agora me falha a memória, que a referida taxa seria revertida em doações para a APAE, se assim for, parabéns, mas como todos os bônus, tem o ônus, torna-se então uma exclusão para as crianças pobres da nossa cidade, e não venham dizer q R$ 1,00 não é nada não, q é, como diz o sábio Carlos Santos é uma dádiva para aqueles q não tem nada.

  6. Camilo Pereira de Paula Barros diz:

    Não concordo com a cobrança de tal taxa, uma vez que, na minha humilde opinião, a taxa é Inconstitucional, pois fere o art. 6º da Nossa (ultrapassada) Constituição Federal. Já que, segundo preceitua a CF, se TODOS têm direito ao lazer, e nesse caso principalmente por se tratar de uma obra feita por meio do dinheiro pago pelo povo, através dos imposto e taxas, então o mais sensato seria que realmente fosse aberta ao Público, sem destinção de classe, cor, religião, preferência sexual etc etc etc..

    Hoje, ao voltar do trabalho, passei pela calçada do referido local (muito lindo por sinal) e me partiu o coração, ao vê uma criança, não aparentando ter mais de 6 anos, e o seu pai, observando com tanto desejo de poder está ali desfrutando de um bem que ele também “deveria” ter direito, que teve um momento em que a criança falou para o seu pai “Pai, eu queria poder entrar aí”. E a resposta do pai “Filho, esse lugar é só pra rico, eu não possuo dinheiro. Você não faz idéia de como eu me senti.. Mas, esses foram os eleitos pelo povo para tomar (pra si) conta do “nosso” patrimônio.

  7. lourival de figueiredo diz:

    A praça precisa de concertos futuros, limpesa, material para esta limpesa, sei que nem todas as crianças tem R$ 1,00, mas brasileiro só zela o que sai do bolso, há outras maneiras de se criticar o poder público, procurem algo mais valioso para criticar, como crianças abandonadas nas ruas, entregues ao deus dará, tire essas crianças das ruas e proporcionem para elas mais estimulos para suas vidas, não o que vemos nas ruas de mossoró, crianças mendigando um pédaço de pão dormido, nas portas dos restaurantes crianças esperando um cliente se levantar da mesa e deixar algumas sobras para que ela sacie sua fome, este sim é o maio dos absurdos e com R$ 1,00, voces não tiram uma criança das ruas mas 1,00 meu e um de cada critico ajudaraia bastante.

  8. Jorge Augusto diz:

    A cobrança é ilegal. Mesmo que encontrassem uma ‘brecha” na legislação, mesmo assim algumas questões precisam ser esclarecidas: Quem é responsável pelos briquedos? Qual o processo utilizado para fazer a concessão? (deve ter sido o do compadrio). Em caso de acidente, quem responderá pelos danos? Em fim, não se trata de quem pode pagar ou não. Trata-se de um bem público, que deve ser utilizado por todos. Aliás quem pode pagar, já pagou a mais tempo, através dos impostos que proporcionaram a construção daquilo. Um absurdo! Só em Mossorósado mesmo!

  9. neto vale diz:

    sou radicalmente contrário. o povo já paga o direito de acesso gratuito, quando paga seus impostos. Aliás, para quem não sabe, o pobre paga mais impostos que os ricos ( vejam pesquisa do IPEA). a criança que sai de um bairro distante para vir à praça não gasta “só R$ 1,00” e as passagens do coletivo? aos pobres de espírito – ou puxa-saco da vida – saibam que praças, muitas vezes se constituem em único espaço de divertimento dessas crianças. o gestor público competente não terá nenhuma dificuldade em preservá-la ( vejam a praça do paz, do cid,…), além do mais, amanhã pode ser que um engraçadinho queira cobrar uma taxinha pelo acesso aos serviços de saúde, a uma escola pública, por uma visita a uma biblioteca, a o museu, ao memorial da resistência, … pelo uso do ar, de um banho nas nossas belas praias. paciência. não podemos confundir nossas opções políticas com a defesa do acesso gratuito aos bens e serviços construído com o patrimônio do nosso povo. e por último, a praça é bonita, seria mais se tivesse valorizado a nossa cultura, não ter derrubados as árvores. a praça é das crianças.

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