quinta-feira - 10/04/2008 - 21:31h

Webleitora pede apoio a desabrigados direto dos EUA

Entre as dezenas de comentários recebidos nos últimos dias, escolho mais um que entendo emblemático. Representa aquela mentalidade que esse Blog tem ajudado a fomentar.

Suelida Freire escreve dos Estados Unidos. Ajuda-nos à distância à construção de uma nova ordem político-social em nesse semi-árido. Ela assina comentário sobre o artigo "Nossa ágora virtual (nós pensamos)", postado um pouco abaixo.

Leia-a:

Carlos, Concordo em gênero e número com o que você fala. Eu moro nos Estados Unidos e muitas vezes quando falo com minha filha que mora aí em Mossoro, ela fala que eu sou mais informada do que ela, sobre Mossoro (risos).

(…) Queria registrar aqui a minha indignacão e também solidariedade nao só com o caso de Mayara Amorim (Oi, Mayara!) como também com todos os desabrigados de Mossoro. Ontem mesmo comentava aqui com minha colega de trabalho (Ana, que é de Fortaleza) durante o almoço, que eu estava pasma com a situação ai.

Uma situação tão difícil pra tantas pessoas (os desabrigados) e você abre os jornais pra ler e vê ainda muuuuitos "Parabens pra fulano, parabéns pra sicrano," "Fulano de tal teve bebê ontem," "Sicrano comemorou aniversário com festa de arromba."

E tantas outras coisas que eu não sei se seria o momento mais apropriado pra tal.

Pra minha alegria, hoje quando entrei na internet vi, aqui e acolá, alguma nota sobre campanhas que estão fazendo em prol dos desabrigados. Ufa!!!!! Já não era sem tempo!

Fica o lembrete, pedido (chamem como quiserem) ao pessoal da imprensa: Gente!! Usem o poder de mídia que você têm nas mãos pra conclamar a turma toda pra ajudar esse povo!!! Ao invés de você usar sua coluna pra falar da Vaquejada do final de semana ("que vai bombar!!!") chame esse povo pra levar lençol, rede, comida, remédio…Uma palavra amiga, de apoio, de força, pra esse povo!!!

Acorda, Mossoro!!! Obrigada e que Deus ajude a todos os desabrigados de Mossoró e ao pessoal do Márcio Marinho!

Um abracao Mayara e boa sorte na sua luta!

Suélida Freire.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. Michael Alexandre de O. Fernandes diz:

    Concordo plenamente com as palavras da webleitora Suelida Freire, mas não posso deixar de citar uma notícia que me chegou hoje; muitos dos desabrigados que tiveram suas coisas tomadas pelas águas, mesmo sem terem nada, nem onde dormir, estão “vendendo” os mantimentos (como os colchões doados pela prefeitura) que lhe chegam através de ajuda e boa vontade da população. Chega a ser revoltante a atitude de pessoas como essas, que acabam prejudicando outras que realmente “merecem” ajuda. Lamentável.

  2. M.Régia Sousa Santos diz:

    Só para enchertar um pouco o universo que consiste os fatos reinantes na esfera da solidariedade aos desabrigados: 1) Muitos dos desabrigados negociaram em vendas e trocas suas casas e pertences por qualquer outro objeto, como mini- system, entre outros, 2) casa, simples, em bairros distantes mas de modo que lhes asseguravam uma provável enchente, se desfazem destas para morarrem em área de risco ou construirem outras casinhas no leito do rio, sem ter a mínima condição de funcionalidade porque ali é área proibida para tal . Trocar os mantimentos que chegam até eles, seja através do poder público, seja através da sociedade civil, advindos de multirao de solidariedade, etc..etc.. se tornou a coisa mais comum entre eles, ademais, ali naquelas áreas também concentra-se um alto nível do usuários e comerciantes de drogas e gangues e etc, e hoje com o momento da enchente o que diriamos ? Justo porque se desmobilizou um cartel que há muito tempo vinha reinando na área ribeirinha de norte a sul deste quadrante. A sociedade civil, o poder público instituiçoes religiosas, segmentos de organizações nao governamntal, entre outras, todas estão sentindo na pele e participando sim deste momento que não só em Mossoró mas em grande parte do Rio Grande do Norte, Nordeste e porque não dizer em outras regioes deste Brasil que estão vivendo esse momento tão delicado? E estas as cidades continuam com o seu percurso de existência e funcionalidade em ritmo quase que normal, seu comércio, suas atrações, seus festivais, suas colunas sociais, etc, em modo, repito, quase que normal. Salvo, isto porque as pessoas estão sim, imuidos neste momento de solidariedade muitos em modo anônimos, outros em plena campanha politico partidaria, incluisve, algumas beldades em pose constante de Indiana Jones em face do momento político corriqueiro em uma cidade que se respira política 24horas. E em Mossoró não seria idferente!! SALVE SALVE santa Luzia gregos e tupiniquins

  3. Carlos Magno diz:

    Pela primeira vez vejo alguém escrever a frase correta: “concordo em número e gênero”, pois não há como concordar em “grau”. Certíssima. Valeu.

  4. Everton Carlos da Costa Cardoso diz:

    Carlos Santos, eu ia fazer um comentário sobre os desabrigados em Mossoró. Não é mais necessário. Assino em baixo do que escreveram M. Régia Sousa Santos e Michael Alexandre de O. Fernandes.

  5. Suelida Freire diz:

    Título : Webleitora pede apoio a desabrigados direto dos EUA
    Comentário : Eu acho que não estou entendendo muito bem… Deixe-me ver … Então quer dizer q por haverem certas pessoas de comportamento digamos “duvidoso” nesse universo de desabrigados, TODOS os desabrigados devem “pagar o pato”? Entao quer dizer q por haverem certas pessoas de comportamento digamos “duvidoso” nós (sociedade civil) estamos desobrigados a ajudar a TODOS os desabrigados? Ah!!! Deixa disso! Precisamos ajudar não! No meio deles têm gente “ruim”! Mossoró, mossoroenses! Me poupem!!! Gostaria de fazer uma última perguntinha: O pessoal q fez esses comentarios foi lá, in loco pra ver a real situação desse povo? Ou falam apenas de ouvir falar? Perguntar não ofende! Gente! A gente tem obrigação de ajudar. O que as pessoas vão fazer com essa ajuda é com elas. Pelo menos a gente pode botar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo (até ir pra vaquejada q vai bombar) pq a nossa parte a gente fez. Obrigada e tenham um ótimo final de semana! A vaquejada é esse final de semana mesmo? Carlos, obrigada pela acentuaçãoo… Como vc deve ter percebido eu não tenho certos recursos no meu teclado aqui. Valeu! Carlos Magno, obrigada pelo elogio em relacão ao “gênero e número” …

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