"Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta."
Carl Jung
Jornalismo com Opinião
"Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta."
Carl Jung
Juiz de Direito na comarca de Mossoró, além de professor universitário, Renato Magalhães endossa artigo assinado e postado hoje, nesta página, pelo promotor Ítalo Martins. Sua abordagem é valorosa.
Para o magistrado, há interesse subalterno de que o MP realmente não funcione e pareça ineficiente.
Leia-o abaixo:
O Ministério Público é obrigado a fazer a multiplicação dos pães. São diversas atribuições constitucionais que não se refletem no estreito limite orçamentário da instituição.
Infelizmente, o que a sociedade desconhece é que o reduzido orçamento com o qual o Ministério Público é obrigado a trabalhar interessa tanto a governos e poderosos que, desta forma, acabam se livrando de uma ação mais eficiente dessa instituição. Não tenho dúvida de que, pela vontade de alguns, o Ministério Público só exerceria atribuições judiciais.
Creio que já é tempo da sociedade acordar e perceber que um Ministério Público forte, atuante, combativo exige, além de abnegados Promotores de Justiça, uma estrutura orçamentária que lhes permita realizar dignamente as suas obrigações. E esta mudança somente ocorrerá se houver reivindicação da sociedade (as eleições estão próximas).
Uma vez mais, não esqueçamos que se temos um Ministério Público com um parco limite orçamentário de 2% do orçamento do Estado (que não atende sequer a metade de suas necessidades) é porque alguns “poderosos” não têm interesse em estruturar adequadamente esta instituição.
Afinal de contas, quem vai querer aparelhar o Ministério Público para depois vir a ser investigado por desmandos, falcatruas ou improbidades?
Com os poucos recursos de que dispõe, acredito que o Ministério Público já tem feito muito em Mossoró.
Renato Magalhães – Juiz de Direito
A reunião prolongada e exaustiva de hoje, no apartamento do deputado estadual Robinson Faria (PMN), terminou como começou: no mesmo ponto. A Unidade Potiguar não avança.
Fizeram outro giro de 360 graus.
As lideranças do bloco denominado de Unidade Potiguar, força interna no governismo estadual, não chegam a consenso. Só os deputados João Maia (PR) e Robinson (PMN) matêm afinação. Vão juntos para qualquer lado.
O deputado federal Henrique Alves (PMDB) chegou a ser cantado, de novo, para disputar o governo com o apoio dos também parlamentares federais João Maia e Fábio Faria (PMN), além do próprio Robinson. Não aceitou. Outra vez.
Henrique só tem olhos para o Congresso Nacional e procura arrumar uma composição forte no RN, capaz de vencer as eleições em 2010.
A Unidade Popular quer quase o impossivel: que o vice-governador Iberê Ferreira (PSB) abdique da faculdade de ser candidato a governador (sentado na giroflex como governante), para essa ala fazer a escolha interna.
Ao mesmo tempo, a Unidade Potiguar não se encoraja a sair em faixa própria, espécie de terceira via. Desde agosto faz marolas e marolinhas sem sair do canto.
Como dizia o falecido deputado federal e senador Carlos Alberto de Sousa, "capivara fora do bando é comida de onça".
Quem for para a savana, só, será presa fácil à adversária Rosalba Ciarlini (DEM). Se essa for candidata, lógico.
Ô parto difícil!
"Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo de plantamos".
Provérbio chinês
"Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar. Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre."
Bob Marley
Webleitor contumaz desta página, o bacharel em Direito e servidor de carreira da Justiça do Trabalho, Aldenilson Teodosio da Silva, provoca um ótimo debate. Pertinente.
Ele censura o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (veja postagem bem mais abaixo), que criticou projeto original do "Complexo Viário do Abolição". Aldenilson vê incongruência na abordagem do ministro.
Leia-o abaixo:
Carlos,
Sempre tenho criticado a Prefeitura de Mossoró quando é preciso. Agora, essa desculpa do Ministro não me convence pelo seguinte:
1º) – Se há problema com o projeto, como foi aprovado ao ponto de ter sido publicado no Diário Oficial da União, inclusive com a liberação da ordem de serviço para iniciar as obras?
2º) Se há problema no projeto, por que a ministra Dilma e todos seus aliados aqui no Estado, participaram daquele "comício" em agosto, inclusive a propaganda oficial anunciava que a ministra vinha para "acompanhar" o início das obras do complexo do abolição?
Ora, se foi dada a ordem de serviço da obra, obviamente, que se entende que a mesma estava totalmente legalizada e aprovada para sua execução, inclusive o projeto, pois como é que se autoriza um serviço se há falha no projeto?.
Entendo que essa obra, como a grande maioria inserida no PAC, está "empacada" mesmo.
Aldenilson Teodósio.
Nota do Blog – Meu querido amigo, muito válida sua base de argumentação.
Em fugaz passagem nessa sexta (16) por Mossoró, Sabrina Satto (do programa Pânico, Rede TV) conseguiu uma proeza. Bote proeza nisso. Talvez duas.
Entrevistou a prefeita de direito Fátima Rosado (DEM).
Quem testemunhou o pingue-pongue que deverá ir ao ar amanhã em circuito nacional, sem titubear me conta o segundo feito da bela morena: rolou papo cabeça entre ambas.
Ah, tá!
De longe, ele lembrava um cavaleiro andante, um dom Quixote destes tempos forçosamente quixotescos. Alto, magro, empertigado, elegante, econômico nos gestos, no uso da palavra, no arquear de sobrancelhas, um gentleman.
Aquele senhor distinto fora convidado para uma conferência onde falaria dos novos desafios que se impunham em uma área na qual ele era PhD. Ele aceitou a despeito de uma cirurgia recente que o fazia caminhar vacilante, com que a buscar um apoio inexistente na selvageria das relações cruas e insípidas.
Largo currículo acadêmico, com gerações de profissionais orientados sem rudeza, sem entremeios, com clareza e sapiência. Porque ele representava essa condição substantiva em um professor, aquela figura humana que nos toca numa dimensão quase metafísica, cuja presença eclipsa as pequenas miudezas e torpezas humanas.
Nunca se ouviu ou viu uma cena pública de perda de controle, de ausência de comedimento. Não que fosse santinho do pau oco ou um ator social, desses que dançam a polca do lugar-comum, agindo como clones devidamente treinados para não ferir suscetibilidades.
Pois essa criatura ímpar, cuja inteireza e dignidade transpirava pelo poro mais distante de seu delicado corpo, calhou de ingressar em uma sala na qual, entre jovens cabecinhas ávidas por conhecimento naquela área tão exposta ao escrutínio público e jurídico, havia atoleimados de cabecinhas tão vazias como uma lufada de um falso ciclone.
É forçoso fazer um parêntese para explicar como a psiquiatra enxerga a frustração e o recalque que saltam à vista em adultos.
Limitados em sua cognição mental, os turistas de sala de aula, cientes da própria incompetência, alcançam verdadeiro gozo recorrendo a um velho e surrado recurso: o do escárnio mais raso. Não a modalidade sarcástica e inteligente, mas o desrespeito vil, a inconseqüência apenas ridícula e patética quando recorrente em maiores de 20 anos.
Neste dia, justamente na véspera da efeméride em homenagem aos mestres, a afronta se estabeleceu. Enquanto o mestre expunha com clareza e detalhes o tema que lhe coube, o grupelho se comprazia em fazer circular bilhetinhos com comentários rudes e infelizes.
A anfitriã, pasma com o dantesco do comportamento pré-escolar daqueles adultos infantilizados, apenas acompanhava o ir e vir do papelote, imaginando a possibilidade de se apropriar das missivas preenchidas por garranchos de difícil entendimento. Os infelizes sequer sabiam se fazer entender, exceto pelo próprio bando, como no reino animal, irracional
Mas, para não constranger aquela figura ímpar que expunha de um modo cristalino os mistérios de uma profissão que expurga néscios, ela aquietou-se. O desfecho foi o de uma noite impactante para estudantes com um projeto conseqüente. Para as hienas, restou, como sempre resta, o riso fácil e bobo cortando o mormaço de mais uma noite de verão.
Stella Galvão é professora de Comunicação Social e escritora – stellag@uol.com.br
As prefeituras vão receber na próxima segunda (19) os recursos transferidos pelo governo federal, para compensar a queda no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). No Rio Grande do Norte, os municípios vão receber aproximadamente 25 milhões.
A quantia mais expressiva será repassada para a prefeitura de Mossoró, que receberá R$ 5,9 milhões. As prefeituras de Natal e Parnamirim vão receber, cada uma, R$ 1,5 milhão.
Em todo país, o repasse pela compensação das perdas do FMP vai somar R$ 910 milhões. Esses valores fazem parte do segundo “Apoio Financeiro aos Municípios (AFM)”, no valor de R$ 1 bilhão, liberado pelo governo federal para repor a queda nas arrecadações nos meses de julho e agosto deste ano em relação ao de 2008.
Para o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, esses recursos ajudam os gestores a saírem do sufoco em que se encontram. “Esse R$ 1 bilhão alivia em parte a dramática situação da quase totalidade dos Municípios brasileiros” informa o dirigente da entidade.
De acordo com levantamento da CNM, 343 Municípios – 6,2% – não devem receber a complementação. Os outros 5.221 – 93,8% – vão receber regularmente. No Rio Grande do Norte, não vão receber a compensação as prefeituras de João Câmara, Espírito Santo, São José de Mipibu e Caicó.
Saiba mais AQUI.
Nota do Blog – Esses milhões à Prefeitura de Mossoró ajudam, mas não resolvem as dificuldades do erário.
A crise é de gestão e não financeira. Os números continuam apontando para "engorda" do caixa público, sem que o governo consiga administrar mais de R$ 326 milhões que empalmará só este ano.
Nos quatro primeiros anos de gestão Fátima Rosado (DEM), a prefeitura movimentou mais de R$ 1,250 bilhão.
Em oito anos consecutivos de governo Rosalba Ciarlini (DEM), sua antecessora, a receita passou de R$ 1,1 bilhão.
Portanto, mais do que provado, não faltar dinheiro. Existe é ausência de vergonha na cara, em face da insalubridade moral dessa administração, além de visível incompetência, traços de má-fé e arrogância.
Pobre Mossoró!
“Esta aula vai ter intervalo… estou com muita fome?!”. A princípio, confesso que a pergunta me causou espanto. Afinal, acabara de passar o segundo slide e eram nove da manhã. E alguém está com fome naquela hora era mesmo de se estranhar…
“É isso mesmo, professor! Estamos com fome e queremos um intervalo, para lanchar!”, falou outra aluna…
Aí, de espantado, fiquei mesmo foi triste por perceber (tinha percorrido quase 300 km – sem receber nenhum incentivo financeiro, pois fui a convite de um ex-aluno, que agora é professor – para dar a aula inaugural sobre história da cirurgia), que, na verdade, Hipócrates, Ephraim McDowell, Halsted, Ernani Rosado, etc. etc. eram menos importantes do que uma coxinha e uma coca-cola…
Senti-me como um Sísifo: personagem que fora condenado, por Zeus, a incessantemente rolar uma pedra até o topo de uma montanha e quando já estava alcançando, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida e aí Sísifo tinha que retornar e iniciar tudo novamente… Os deuses sabiam que não havia nada mais terrível do que o trabalho inútil e sem esperança…
Pois bem! Inútil e sem esperança, é assim que algumas vezes nos sentimos quando estamos ensinando. Como se não bastasse – como muito bem alertou meu querido mestre professor Ernani Rosado, na minha formatura, que o professor universitário vivia sempre num emaranhado de leis, decretos e regulamentos, “plano de metas”, que só servem para lhe tolher e desestimular-, agora temos que conviver também com a indiferença de alguns alunos… e isso tem sido uma constante nos últimos anos.
Em março de 2010, faço 17 anos no ensino médico. Hoje, sem dúvida, me considero muito mais um professor do que propriamente um médico atuante, por entender que um professor – que é antes de tudo um médico – pode contribuir e muito para curar o maior de todos os males, responsável por todas as misérias, que é a ignorância da alma.
Educar, para mim, “é saber lançar no chão fértil do outro – meu aluno, meu companheiro, alguém com quem dialogo: saberes, sonhos e valores – a semente que adiante faça germinar em sua inteligência e em seu coração o desejo de partilhar com os outros o diálogo da construção de um mundo de justiça, de igualdade e de liberdade”.
Por isso, paro para pensar e me pergunto: “O que danado está acontecendo? Será que a culpa está em mim mesmo? Será que as minhas aulas são mesmo tediosas e não suscitam interesse nenhum nos alunos?
Por que será que as turmas estão cada vez mais interessadas apenas na residência médica, e aí o curso de medicina tornou-se um mero link, uma ponte ou o que é pior: um ‘apêndice’ – que espero que não seja infectado – dos cursos preparatórios para a residência médica?
Qual o papel da família nisso tudo?
Qual a parcela de culpa das escolas médicas?
Enfim, como poderemos resolver esse quadro tenebroso que hora se pinta com tintas de muito mau gosto?”
Certa vez, Paulo Freire, disse: “Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão”. Portanto, que todos os atores – afinal, “O mundo inteiro é um palco, e todos os homens e mulheres, apenas atores” – juntos, busquem as soluções para se libertarem dessa situação, que não é benéfica para ninguém: a sociedade não suporta mais esta medicina que está sendo oferecida a ela e, por isso, não é de se estranhar o número absurdo de processos por erros médicos, abarrotando os tribunais do CRM e da justiça comum do País.
É preciso que paremos todos: escola, professores, pais, alunos, conselhos de medicina, sociedade, etc. etc, enfim, todos, para refletirmos. E aqui, ficam algumas sugestões:
Que a escola pare de criar tantas dificuldades para os professores sonharem…; que os professores reencontrem “o caminho da paixão do começo”, pois quando a gente perde este caminho, o caminho da paixão – e nada de grande se faz sem paixão, sem amor, como dizia Kierkegaard – “perdemos o entusiasmo, perdemos a vontade de empreender, de inovar, de criar coisas novas, de nos reinventar.
E sem tudo isso, a vida torna-se uma rotina desestimulante. Começamos a andar para trás e a acomodação pessimista toma conta de nosso dia-a-dia”; que os pais voltem a educar e cuidar melhor dos seus filhos, procurando saber se eles estão felizes com a escolha que fizeram…; que os alunos (não são todos, ainda bem) comecem a enxergar que não estão mais num cursinho pré-vestibular e sim, a caminho de uma profissão das mais bela, difícil e importante que é a medicina, que é o cuidar do outro.
Se somos seres a caminho, em busca, como lembra Paulo Freire, cabe agora fazer a seguinte pergunta – pois só ela, pode apontar um caminho para frente: “Quem dará o primeiro passo em busca dessas soluções? Quem?!”.
Por favor, respondam logo, afinal, preciso acreditar que deixarei um mundo melhor para o meu Lucas…
Francisco Edilson Leite Pinto Júnior é escritor, médico e professor – edilsonpinto@uol.com.br
Caro Carlos Santos, tendo em vista a avalanche de críticas formuladas ao Ministério Público neste e em outros blogs sobre assuntos diversos, e considerando a inexistência de assessoria de imprensa no âmbito local, venho expor à sua imensa legião de webleitores alguns pontos talvez desconhecidos da maior parte da população potiguar.
Vamos a eles:
1 – a Constituição Federal de 1988 aumentou em muito as atribuições do Ministério Público, cabendo-lhe, entre inúmeras outras, promover o Inquérito Civil e a Ação Civil Pública, para proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Basta observar as duas ultimas atribuições para podermos dimensionar a grandiosidade da missão que lhe foi conferida;
2 – hoje o Ministério Público é chamado a intervir em praticamente todas as demandas coletivas, como, a título de exemplo (casos vistos em Mossoró), problemas relacionados à distribuição de água, energia, poluição de rios, construções irregulares, poluição sonora, coleta de lixo, saneamento básico, violência urbana, UTI neonatal, falta de medicamentos em postos de saúde, fechamento de unidades de saúde, concursos irregulares, contratações de servidores irregulares, greve, trânsito, ruas esburacadas, desvios de verbas públicas, problemas estruturais em estádio de futebol, acessibilidade a pessoas portadoras de deficiência, superlotação de delegacias e presídios…entre inúmeros outros.
Hoje quase tudo “deságua” no Ministério Público. E não esqueçamos nossas atribuições judiciais que também são inúmeras;
3 – apesar disso, em regra, não foi conferida ao Ministério Público, na prática, a devida estrutura para entender tantas demandas. Dispomos de instrumentos jurídicos para tal, mas a distância da realidade ainda é grande;
4 – no caso do Rio Grande do Norte, basta dizer que temos dezenas de cargos vagos de Promotor de Justiça (salvo engano mais de cinqüenta). A este número de cargos vagos acrescentem-se as férias anuais e licenças de seus membros, o que aumenta em muito a demanda.
Diante deste quadro, a maioria dos Promotores atua em duas promotorias (sendo comum atuação em Municípios diversos), e, em alguns casos, até em três promotorias, situação esta por mim já vivenciada;
5 – pela lei, o Ministério Público não pode gastar mais do que 2% do orçamento do estado, como este limite sempre se encontra perto de ser alcançado, significa que não há perspectivas próximas de que ocorra uma alteração significativa;
6 – e não há necessidade apenas de novos Promotores, seria necessário que o Ministério Público tivesse um quadro efetivo e amplo de técnicos nas mais diversas áreas, como na área de contabilidade, ambiental, médica, informática, engenharia, entre outras, além de mais servidores.
A colaboração destes profissionais é indispensável para a devida instrumentalização dos procedimentos. Instruir um procedimento, ao contrário do que muitos possam pensar, é, na grande maioria das vezes, demorado e detalhado. De nada adianta um procedimento instaurado sem que haja o devido embasamento jurídico e técnico, sob pena das ações propostas pelo Ministério Público no âmbito do judiciário não alcançarem êxito.
As vezes aguardamos laudos técnicos fornecidos por outras instituições que demoram meses e mais meses para serem concluídos, e sabem quem acaba sendo responsabilizado pela demora???? Pois é, o Ministério Público;
7 – há de se ressaltar que o Ministério Público não pode ser cobrado indiscriminadamente, por vezes além de suas possibilidades. Ao MP cabe instaurar os procedimentos investigatórios, instruí-los e tentar extrajudicialmente a solução do problema.
Caso não seja possível, caberá entrar com ações judiciais, aí a solução não pode mais ser exclusivamente cobrada do Ministério Público, que deu o “pontapé inicial”, mas também do Poder Judiciário;
8 – mencionei sobre a necessidade de também se cobrar soluções ao Judiciário porque já vi muitas cobranças indevidas ao Ministério Público sobre demandas que já tinham sido ajuizadas, onde o MP já tinha cumprido sua obrigação inicial (p. ex, caso de permanência de presos em delegacias).
Uma vez ajuizadas estas ações, infelizmente, por uma série de fatores, estas demandas se alongam por vários anos, fazendo com que muitos cobrem do Ministério Público quanto este órgão já fez inicialmente sua parte;
9 – muitos querem atribuir poderes “divinos” ao Ministério Público, querendo que o órgão seja Onisciente, Onipotente e Onipresente. Temos nossas limitações, e são muitas, não sabemos de todos os fatos que exigem nossa atuação, não temos poderes ilimitados para resolvê-los e não estamos em todos os locais prontos para entrar “em combate”.
Por mais que alguns achem que determinado fato é público (nem sempre o é, ou não é do conhecimento do Promotor da área) e que caberia ao Ministério Público intervir de ofício (de fato ele pode e deve agir) a sociedade também pode e deve ajudar, indicando os fatos, representando, informando, testemunhando, enfim, exercendo sua cidadania;
10 – na minha área específica de atuação, a criminal, é comum criminosos ficarem impunes graças à omissão da sociedade. E sabem quem é um dos responsabilizados pela sociedade por essa impunidade???? O Ministério Público.
O grande problema é que infelizmente sobram críticos e são escassos os que efetivamente se dispõem a ajudar. Se a sociedade toma conhecimento de um fato que enseja atuação do Ministério Público por que não o leva oficialmente ao conhecimento do órgão? Será que ninguém quer se comprometer?
Mesmo devendo o Ministério Público atuar de ofício o que impede a sociedade de cobrar formalmente a atuação?
E porque, uma vez cobrado formalmente o MP, a sociedade não se organiza para saber o andamento do procedimento, as providências tomadas e por tomar, e o andamento de eventual ação judicial proposta?
Por que a sociedade também não procura saber o motivo de determinada medida não ter sido tomada?
Por que tão poucos colaboram, disponibilizando seus conhecimentos técnicos nos procedimentos instaurados pelo MP?
Se isso tudo não acontece é porque a sociedade é omissa e não exerce sua cidadania. Caso a sociedade ajudasse mais o Ministério Público este teria um parceiro para tentar superar as inúmeras dificuldades visando o cumprimento de suas atribuições, e aí, talvez, não pairasse tanto sobre o Ministério Público, e também sobre a própria sociedade, a pecha de omissos;
11 – não quero com essas considerações sugerir que o Ministério Público não possa ser criticado, longe disso. Toda instituição que se propõe a servir à coletividade tem e deve ser criticada, até mesmo para poder reavaliar e melhorar sua atuação, mas antes é necessário que os críticos saibam as deficiências estruturais do órgão e como isso dificulta uma atuação eficiente.
É raríssimo ler, ver e ouvir algum setor representativo da sociedade, ou alguém individualmente, lutando, reivindicando e cobrando por um Ministério Público mais estruturado;
12 – a cobrança ao Ministério Público é natural e vem sendo feita proporcionalmente ao tamanho de nossas mazelas sociais, no sentido mais amplo do termo, e isso dimensiona bem o papel dessa instituição na sociedade, ocorre que nossa estrutura não cresceu na mesma proporção (e a sociedade precisa saber disso) o que impede um trabalho mais eficaz de seus membros que, em sua grande maioria, são abnegados no cumprimento de suas atribuições.
Falhas individuais obviamente existem e sempre existirão, mas acima de tudo deve a sociedade respeitar a instituição (as pessoas passam) e lutar para seu engrandecimento, o que servirá para o engrandecimento dela própria.
Se tivéssemos uma assessoria de imprensa que divulgasse as ações do Ministério Público (alguns até taxariam isso de exibicionismo) talvez a sociedade pudesse tomar conhecimento de algumas ações da instituição (as vezes o MP já agiu, nos limites de sua atribuição, e a sociedade cobra porque desconhece) e o porquê de algumas ações não serem viabilizadas. Como inexiste esta assessoria fiz as explicações em tela, que, vale observar, não corresponde a nenhuma manifestação oficial da instituição, mas apenas a um ponto de vista pessoal.
Ítalo Moreira Martins, promotor de justiça
Como cidadão, tenho acompanhado de perto essa celeuma em que se transformou o desejo abjeto da administração municipal em reduzir a oferta dos serviços de saúde para cobrir os "rombos" provocados pela falta de zelo, incompetência ou má-fé dos atuais gestores públicos municipais locais.
Embora morando no bairro Dom Jaime Câmara, e não seja "ainda" – esta a área atingida pela insensatez dos (des)governantes municipais, preocupa-me, sobremaneira, que a rede básica de saúde venha sendo diminuída, em importância e tamanho, pela administração municipal. Não comungo do pensamento de que aquilo que não me atinge diretamente ou imediatamente – não me diz respeito. Interessa-me, sim.
E deveria interessar a todos, porque como bem nos lembrou o gênio genebrino Rousseau, "tudo é absurdo, mas nada é chocante, porque todos se acostumam a tudo". Não devemos nos acostumar com essas barbaridades administrativas.
A nossa Carta Magna, em seu artigo 196, preconiza que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação".
Para que não paire dúvidas sobre o que está disposto no mencionado artigo e a nosso ver, principalmente para evitar que maus administradores façam uso indevido das verbas destinadas a essa rubrica -, o artigo seguinte, reforça que "são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado".
O que todos precisamos saber é que os atuais administradores públicos não são donos da prefeitura, tampouco das informações que dela derivam. Eles estão lá temporariamente. E para nos servir. A prefeita e seus auxiliares precisam entender que quando a Câmara ou qualquer órgão e/ou pessoa busca saber sobre o destino do dinheiro oriundo dos impostos que pagamos, não estão pedindo-lhes nenhum favor.
Acreditamos que por serem gestores da coisa pública, a prefeita e seus auxiliares tenham conhecimento do que reza o inciso XXXIII do art. 5.º da Constituição: "todos têm direito a receber dos órgãos públicos, informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado".
A postura adotada por nossos (des)governantes municipais de se recusar a fornecer informações de caráter público ao nosso Legislativo, nos dá uma noção de como tem sido despótica a postura da prefeita e de seus assessores nessa questão.
Para concluir, entendemos que, pela relevância da matéria, órgãos como o Ministério Público (MP) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) poderiam estar mais atuantes, lutando para impedir que administradores públicos, por incompetência, desconhecimento ou má-fé, desrespeitem a nossa Carta Magna que, não sem propósito, ostenta o epíteto de "Constituição Cidadã".
Márcio Alexandre é professor municipal, jornalista e acadêmico de Direito
Como eu já disse e repito, este Blog é feito sob a batuta de dezenas, centenas e milhares de colaboradores e debatedores. Mais uma prova está aqui.
Abaixo tem o webleitor Steverson Medeiros, com observações pertinentes sobre o atual estágio da poítica potiguar. Uma sacada muito interessante. Bem humorada.
Do que eu não entendo:
1 – Se todos os pré-candidatos do grupo governista dizem que têm votos, por que pleitear o apoio de Wilma de Faria (PSB), que não será governadora e não terá a caneta à mão?
2 – Se Rosalba Ciarlini (DEM) é disparadamente o 1º lugar nas pesquisas, por que o DEM não oficializa sua candidatura?
3 – Se Iberê Ferreira (PSB) será governador e poderá disputar a reeleição, por que essa adulação para ser candidato?
4 – Se a Unidade Potiguar é tão forte, por que não cria uma "terceira via"?
5 – Se falta coragem… o negócio é um acordão.
Nota do Blog – Steverson, as suas estocadas provam indiretamente que a política é a arte de somar. Todos temem deserções e paira o pavor de marchar só.
Também entram em sintonia com o que escrevi há poucos dias sobre esse cenário. Há muito blefe e balão de ensaio (AQUI).
Obrigado pela colaboração e leitura fiel.
Tá preta a situação da Prefeitura de Mossoró!
Quando se estima que já atingiram o topo da esculhambação, aparece mais uma.
Tem repartição que cortou até água mineral. Quem quiser que leve cantil ou quartinha.
Sostô!
Estive ontem à noite no Kiko´s Buffet (Nova Betânia, Mossoró). Acompanhei parte da programação que lançou Humberto Fernandes à reeleição à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseccional de Mossoró.
O evento foi concorrido. Contou com a presença de Paulo Eduardo Teixeira, que também disputa a reeleição na Regional RN da entidade.
Pareceu-me bem organizado.
Como tinha compromissos de trabalho diante do computador, não pude demorar.
Foi-me impossível ainda estar no happy hour da chapa adversária (Samara Couto) na Praça da Convivência.
Levei falta ainda – pela enésima vez – na confraria "Reunião do Copão", realizada no Scream (Ufersa).
Em assembléia realizada nesta sexta à noite (16), no Sinmed/RN, os médicos da maternidade Divino Amor em Parnamirim rejeitaram a proposta apresentada pela prefeitura e aprovaram a continuidade da greve.
A proposta era de R$ 450 por plantão a partir de outubro e R$ 600 a partir de abril do próximo ano.
Os Médicos também decidiram formar uma comissão com o propósito de convocar os profissionais das outras unidades a aderirem ao movimento, desejo que já havia sido manifestado anteriormente pelos médicos de Pirangi do Norte que devem ser os primeiros a encampar.
Os profissionais das outras unidades e policlínicas serão contactados no início da semana e já devem participar da próxima assembléia na terça (20).
Na assembléia desta sexta-feira, os médicos também aprovaram a nova proposta a ser apresentada à Prefeitura de Parnamirim que prevê o pagamento de R$ 500 em outubro, R$ 600 em dezembro e R$ 700 em fevereiro de 2010.
A greve foi deflagrada no dia 25 de setembro. Duas questões são reclamadas pelos profissionais e motivaram a paralisação: médicos sem direitos trabalhistas e a existência de diversas formas de remuneração pelo mesmo trabalho realizado.
Ainda não foi explicado por que o Complexo Viário do Abolição não teve as obras iniciadas em Mossoró. A pergunta foi feita ao ministro Alfredo Nascimento, dos Transportes, em Natal, durante visita as obras da BR-101.
Veja a resposta: “A obra iniciou de forma lenta por desentendimentos e eu vim exatamente para resolver isso. Além disso, o projeto básico feito pela Prefeitura é frágil, cheio de falhas e com muitos problemas”, afirma.
Assim como este projeto, inúmeros outros feitos pela gestão Fafá Rosado (DEM) são desastrados, péssimos, incompletos, daí não têm recursos.
E não adianta vir com o papo furado de que o Governo é do DEM, em Mossoró, e o governo federal é comandado pelo PT.
Porque, se fosse assim, o governo do DEM de Pau dos Ferros não teria 10% dos recursos que teve para transformar a cidade.
* Extraído do Blog do Evânio AQUI.
O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN) apresentou ontem, 15 de outubro, contrarrazões em ação que condenou o ex-prefeito de Guamaré João Pedro Filho e o dono de construtora Jarede Lira Machado por improbidade administrativa.
Os réus recorreram pedindo a revisão da sentença, mas o MPF/RN apresentou argumentos para que os recursos não sejam aceitos e que a decisão da 5ª Vara da Justiça Federal seja mantida.
A condenação foi obtida através de ação proposta pelo MPF/RN, que apurou irregularidades na execução de convênio com o Ministério da Integração Nacional. Através do referido convênio, a prefeitura de Guamaré recebeu R$ 100 mil para a reconstrução de 22 casas populares, o que não foi realizado.
A decisão reconheceu as irregularidades apontadas na ação, consistentes na inexecução de obra pública e na sonegação de documentos solicitados pela equipe de auditoria da Controladoria Geral da União.
Saiba mais AQUI.
A Câmara de Vereadores de Areia Branca realizará sessão solene às 8h30 deste sábado (17). Entregará 48 títulos honoríficos e comendas.
A reunião ocorre no Ivipanim Clube .
Entre os agraciados com titulo de cidadania estão André Luís de Oliveira, procurador do município; senadora Rosalba Ciarlini (DEM); capitão da Polícia Militar Jaílson Andrelino; desembargadores Aderson Silvino, Rafael Godeiro e Expedito Ferreira e a vereadora mossoroense Niná Rebouças (DEM), além da deputada federal Sandra Rosado (PSB).
O advogado areia-branquense Miguel Josino receberá comenda de honra ao mérito, bem como o ex-presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba João Moura, que é de Areia Branca.
A Casa é presidida pelo vereador Aldo Dantas (PMDB).
O Blog do Carlos Santos prepara para o domingo (18), um conjunto de colaboradores de ótimo nível. Vão abordar temas diversos.
O promotor de Justiça, Ítalo Moreira Martins, focalizará em artigo aspectos legais quanto ao papel do Ministério Público na sociedade brasileira, a partir do que estabelece a Constituição pátria.
O médico, professor e escritor Edilson Pinto retorna à obrigação com esta página (levou faltas, mas não à reprovação). Ele produz crônica deliciosa perto de comemorar quase 17 anos como docente universitário.
O professor e jornalista Márcio Alexandre disserta sobre o desmanche da saúde pública em Mossoró e o papel de instituições como Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Câmara de Vereadores.
Eu, finalmente, espero publicar reportagem sobre o quase-ingresso do falecido monsenhor Américo Simonetti na política partidária, como candidato a prefeito de Mossoró.
Tem ainda o folclore político em mais um caso da série "Só rindo" e muito mais sendo preparado.
Aguardo você, webleitor.
Este espaço está cada dia melhor, porque feito por dezenas, centenas e milhares de internautas e debatedores. Eis abaixo mais um exemplo.
Acompanhando matérias sobre a presença do secretário da Cidadania – Chico Carlos (PV) – na Câmara de Mossoró, o internauta Francisco Vieira de Medeiros não se contém:
– O satanás quando não vem manda o secretário!
Hilariante e verdadeiro.
Saudações, Vieira.
Ficou definitivamente para às 15 horas de amanhã, no apartamento do deputado Robinson Faria (PMN), em Areia Preta, a reunião da Unidade Potiguar.
Garantiram presenças os deputados federais João Maia (PR), Fábio Faria (PMN) e Henrique Alves (PMN), além do anfitrião, depois de um ajuste nas agendas de cada um deles.
Em pauta, os últimos movimentos da política local, principalmente depois da posição pública do Senador Garibaldi Filho (PMDB) de que prefere levar o PMDB para aliar-se com o DEM da Senadora Rosalba Ciarlini (DEM). E pode também ser gerada uma pauta de ações políticas para os próximos dias.
Estão prevista uma reunião com o PDT do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves e uma primeira conversa com o PT. Mas há uma tese nova a ser discutida pela Unidade Potiguar: a de que o comando de todas as negociações com o Governo do Estado seja do Vice-Governador Iberê Ferreira de Souza (PSB).
Os canais de diálogo estão, momentaneamente, obstruídos com a governadora Wilma de Faria, segundo um dos integrantes do bloco político.
* Extraído do Blog Fator RRH AQUI.
Nota do Blog – Tudo bem, tudo bem, tudo bem… Mas ainda não vi desabrochar o que os líderes da UP prometeram, logo que anunciaram sua formação.
Garantiram que em poucos dias apresentariam um anteprojeto voltados para o povo e o Rio Grande do Norte. Por enquanto, necas.


