terça-feira - 17/01/2012 - 16:49h
Mossoró

Bancada governista faz pressão temendo renúncia de Fafá

Os nove vereadores da bancada governista na Câmara de Mossoró fecharam questão: não querem a renúncia da prefeita de direito Fátima Rosado (DEM) e rejeitam entronização da vice, Ruth Ciarlini (DEM).

A tensão nos bastidores do sistema governista mossoroense ensejou reunião à noite passada, na casa da vereadora Maria das Malhas (DEM). À ocasião, os vereadores fecharam questão ainda num ponto: querem que o nome escolhido a prefeito, no grupo, saia de pesquisas de opinião pública.

Os vereadores e pré-candidatos a prefeito, Chico da Prefeitura (DEM) e Cláudia Regina (DEM), assinalaram que defendem e respeitam esse critério para escolha do candidato. Também deixaram claro que não aceitariam – uma convocação para vice de Ruth Ciarlini, que é irmã da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Tem mais novidades quentes nos bastidores. Aguarde.

NOTA DO BLOG (Retificação às 9h03 de quarta-feira, 18) – na verdade, a reunião em epígrafe aconteceu na casa do vereador peemedebista Daniel Gomes e não na residência de Maria das Malhas. Feita a retificação quanto ao equívoco, mas mantido todo o restante do conteúdo.

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terça-feira - 17/01/2012 - 09:30h
Constatação

Estrangeiros ocupam espaço do brasileiro sem instrução

Carlos Santos,

Hoje pela manha vi em um telejornal uma informação que muito me deixou desapontado: hoje o Brasil está importando mão de obra qualificada, principalmente da EUROPA, aquela mesma que há algum tempo atrás não queria saber de imigrantes de países subdesenvolvidos, inclusive o Brasil.

Mas o que mais me chamou a atenção foi o fato de que, enquanto estamos crescendo e se desenvolvendo quem menos tem aproveitado a bonança são os próprios brasileiros. Enquanto a preocupação principal dos governos é proporcionar pão e circo ao povo ignaro, os “gringos” vão chegando devagarzinho e tomando os postos que deveriam, a priori, ser ocupados por brasileiros.

Falta educação de qualidade e de vergonha, que não existe para a maioria da população, sem falar que o gado também não se dá conta e vê a chance que está perdendo.

Depois chegam os “LETRADOS” dizendo que o problema do nosso país é a economia perversa, o neoliberalismo e etc, ora perverso é o povo que se deixa iludir com uma festa de forró e uma garrafa de cachaça ou um carnavalzinho, que é o que agora só se fala.

Perverso é o governo que não vê ou não quer ver que desenvolvimento não existe se não houver uma massa populacional bem instruída. Mas também tem o lado “ruim” de um povo bem instruído, pois será mais difícil enganar e aplicar aqueles velhos engodos nas eleições da vida.

Paciência! Hoje tenho um filho e sei a importância que fará a ele uma boa educação que tento proporcionar. Sei que o que estou investindo hoje não voltará vazio amanhã.

Pobre do pai e da mãe que não sabem ou não podem dar uma boa educação a seu filho, pois amanhã será muito tarde e as lágrimas surgirão.

Carlos André (Pousada Asa Branca) – Webleitor

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terça-feira - 17/01/2012 - 08:57h
Ouvido ao chão

Novidades na sucessão mossoroense

A sucessão mossoroense ferve. Está sujeita a reviravoltas, certas surpresas.

Ìndios Apache, Sioux, Navajos, Comanches… ouvido ao chão.

Aguarde novidades.

Câmbio.

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segunda-feira - 16/01/2012 - 23:56h

Pensando bem…

“A verdade não é apenas violada pela falsidade; pode também ser ofendida pelo silêncio.”

Henri Frédéric Amiel

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segunda-feira - 16/01/2012 - 23:39h
Areia Branca

Bruno Filho vai se fortalecendo; oposição se vira

Vice-prefeito de Areia Branca e ex-prefeito em dois mandatos, o médico Bruno Filho (PMDB) vai se consolidando, gradualmente, para ser o candidato à sucessão do titular Manoel Cunha Neto (PP), “Souza”.

No arco de alianças que já existe – em amparo ao governo municipal – o nome de Bruno Filho é inquestionável.

Ele só não será candidato, se ocorrer algum impedimento-surpresa. O temor é que possa ter imbróglio com a Lei Ficha Limpa.

Na oposição, continuadamente fragilizada, o nome da ex-primeira-dama Iraneide Rebouças (DEM) é o fio de esperança. Ela é mulher do ex-prefeito José Alfredo Rebouças (DEM) e já foi vice-prefeita.

A principal aposta dos oposicionistas era na força da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), que ganhou eleições com folga em Areia Branca, na disputa ao Governo do Estado. Entretanto, seu desgaste acelerado deixou de ser uma esperança.

A oposição vai ter que se virar.

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segunda-feira - 16/01/2012 - 22:56h
Fábio Hollanda

Secretário do PR acena com respeito à sigla em Mossoró

Empossado hoje na Secretaria de Justiça do Estado, o ex-integrante do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Fábio Hollanda (PR), está em sintonia com a política de Mossoró.

Em contato telefônico com o vereador Genivan Vale (PR), que se inclina a puxar o partido para composição com o PSB, da pré-candidata a prefeito Larissa Rosado (PSB), Fábio tranquilizou o parlamentar.

A tendência, afirmou, é que o comando estadual do PR não interferira na decisão tomada pelo partido em Mossoró. Se houver encaminhamento de aliança para oposição ao DEM, na cidade, a postura será respeitada.

Nota do Blog – Até há alguns meses, Genivan tinha carta branca para articular a melhor composição do PR em Mossoró, sem interferência do Diretório Estadual.

Com o anúncio recente de adesão do PR ao DEM da governadora Rosalba Ciarlini, o ambiente partidário em Mossoró está em convulsão.

– Como eu vou mudar de discurso? Eu não sou moleque – disse Genivan ao Blog, na última sexta-feira, 13 (veja AQUI).

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segunda-feira - 16/01/2012 - 22:41h
Sucessão

Chapa “puro DEM” caminha para ser fechada em Mossoró

Uma chapa “puro sangue” é – hoje – a grande tendência do sistema governista em Mossoró, à sucessão da prefeita Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”.

Anote, por favor.

Nem PMDB nem PV, ou qualquer outra sigla esquelética tem vez ou prioridade na montagem da chapa majoritária para a campanha deste ano.

Depois passo detalhes.

 

 

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segunda-feira - 16/01/2012 - 22:13h
Um pouco de nós

Caso de polícia, ausência de bom senso e omissão estúpida

A postagem “Poder de polícia em Tibau” (vejas AQUI), publicada às 20h37 de domingo (15), focando incidente ocorrido no sábado (14) na Praia-cidade do Tibau,  entre figurões da sociedade mossoroense e do estado, rendeu. Tem rendido muito.

A repercussão pode ser medida pelo número de comentários liberados até agora: são quase 30. E olha que foram descartados pelo menos 25, devido excesso de linguagem, utilização de endereço falso, uso de pseudônimo sem identificação etc.

Na postagem, o Blog não defendeu em momento algum o pseudodireito de incomodar o vizinho com som alto, nem ficou do lado do uso da força. Propôs solução negociada, sobretudo porque os litigantes são de um mesmo universo social e até então, “amigos”.

Nossa posição não se inclinou para o lado do denunciante que chamou a Polícia, deputado federal Betinho Roosado (DEM), nem em defesa do suposto casal perturbador da ordem pública, jornalista Chrystian de Saboya-juíza de direito Keity de Souza.

A polícia, entendo, deve ser o recurso extremo, nunca o dispositivo preliminar ou único, sobretudo entre pessoas que convivem bem.

Aqui, na periferia de Mossoró, onde tenho minha casamata, é muito comum a bebedeira à minha calçada, uso de som de carro etc. Nunca precisei hostilizar vizinho com a polícia e acho que não utilizarei esse meio. Convivemos em plena harmonia, respeito e flexibilidade. Polícia é para bandido, o que não é nosso caso. E, me parece, não caberia aos denunciados.

Ainda acredito em solução negociada, um elementar pedido “por favor”, a busca do entendimento pela moderação. Ah, que fique claro: não sou da convivência próxima de nenhum dos protagonistas, mas os conheço num tempo a perder de vista. Nunca os vi promovendo incivilidade.

Creio que o comentário do blog não é-foi a favor do descumprimento da lei, mas sim da busca, inicialmente, por soluções amigáveis para esse tipo de situação. Esse primeiro movimento deveria, aliás, ser o de todos. Pois se a cada som que for ligado, a polícia for imediatamente acionada, não fará outra coisa e nem dará conta de tanto som perturbando a paz alheia – opinou o webleitor Fábio Costa, identificando com precisão a postura desta Página.

Vale lembrar que não sou convidado Vip de nenhum deles, nem me sinto menosprezado por isso. E não há em mim voto de pobreza ou complexo de vira-lata, pois o patamar em que me encontro em momento algum está abaixo deles. Não me causam inveja ou me estimulam ao menosprezo. Respeito-os.

Por outro lado, percebo que a projeção social e política dos personagens fomenta interesse superlativo, muito comum à mídia especializada em fofocas, potocas, frivolidades e tititi. Há embutido ainda, em certos comentários, sentimentos menores, em vez da inspiração pelo debate sadio, em cima dos fatos.

O que mais me admira, é que neste Blog – todo santo dia, é postado assunto de grande relevância. Às vezes, vejo dois, três comentários no máximo. Aì, um assunto bosta desse, causa um frenesi da peste, tudo porque!? Porque as partes envolvidas são um deputado, um colunista e uma juíza, como se fossem criaturas sobrenaturais – constata o webleitor Roberto.

É fato. Diria que é da natureza humana.

Em qualquer parte do planeta, tais ingredientes costumam causar esse burburinho, mas em raros lugares do mundo temos – do outro lado – a omissão e a frieza no trato de temas sérios. É uma forma bem mossoroense de ser estúpida, achando que se não é comigo, não me interessa o caos na Saúde, a violência desenfreada e a corrupão endêmica.

Façamos nossa parte. Tentemos mudar essa cultura do “deixe estar”.

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segunda-feira - 16/01/2012 - 12:27h
É sério!

Universal avisa que sexo oral só é pecado se gozar (!!)

É sério. Manchete: Sexo oral só é pecado “caso o orgasmo seja alcançado”, afirma site da Universal.

E esclarece tin-tin por tin-tin: “É pecado caso o orgasmo seja alcançado por meio dessa prática. Isso porque, semelhantemente ao que ocorre no sexo anal – quando o reto recebe uma introdução estranha à sua natureza – a boca foi feita exclusivamente para falar e receber o alimento”.

Proibido também em bananeira, melancia etc.? Deve ser.

Minha “consciência” nesse tipo de assunto é lasciva, umectante e caudalosa. Que os anjos (anjas) da boca mole digam amém.

Se gozar no sexo oral é pecado, quero protetor auricular contra a música “infica”. Só assim chego à santidade e à redenção.

Amém!

Veja matéria na íntegra AQUI.

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segunda-feira - 16/01/2012 - 08:01h
Hoje

Posse de secretários tem horário alterado

A governadora Rosalba Ciarlini (dem) antecipou para as 11h30 desta segunda-feira (16), a posse dos secretários Fábio Hollanda (Justiça e Cidadania) e Alber Nóbrega (Administração e Recursos Humanos).

A solenidade acontecerá na Governadoria.

Rosalba viajará às 13h a Caicó, onde participará das últimas homenagens ao ex-prefeito da cidade, Manoel Torres, que será sepultado no Cemitério Campo Jorge às 16h, horário para o qual estava marcada anteriormente a solenidade de posse.

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segunda-feira - 16/01/2012 - 07:32h

Só Rindo (Folclore Político)

Funcionária da prefeitura

Prefeito de Caicó, Manoel Torres não abria mão do rigor com a coisa pública. Nada e ninguem escapavam à sua lisura.

Dona Oscarina, sua esposa, também passou por embaraço.

Certa vez, a primeira-dama pediu carona a um motorista da municipalidade, que viu na solicitação uma ordem a ser cumprida. Não se fez de rogado: deixou-a no endereço pretendido.

Quando chegou em casa, Oscarina foi surpreendida com fina ironia do marido e prefeito:

– Sim, você trabalha na Prefeitura de Caicó? Pra tá andando em carro do município, parece que trabalha…

Nota do Blog – Essa postagem é uma homenagem ao ex-prefeito caicoense Manoel Torres, falecido ontem em Natal. Seu sepultamento acontece hoje às 16h, no Cemitério Campo Jorge (Caicó). Ele morreu aos 93 anos, com complicações decorrentes de uma pneumonia. Faria 94 anos no dia 15 de fevereiro deste ano.

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segunda-feira - 16/01/2012 - 04:09h
Thiago Cortez

Saída de secretário envolve três fatores

Do Blog de Túlio Lemos

O advogado Thiago Cortez deixa o governo Rosalba Ciarlini nesta segunda-feira, depois de cumprir a missão de gerenciar a secretaria de Justiça durante o primeiro ano de governo.

Em conversa com o blog logo após a o anúncio oficial de sua substituição no cargo pelo também advogado Fábio Hollanda, Thiago garantiu que foi sua a iniciativa de deixar o governo para se dedicar ao escritório de advocacia que divide com familiares.

Negou que tivesse algo a ver com a adesão do PR do deputado João Maia ao Governo, que havia indicado Fábio Hollanda para a secretaria de Justiça.

Porém, informações de bastidores, colhidas com exclusividade pelo blog, dão conta de outra versão para a saída de Thiago Cortez do cargo. Um conjunto de fatores promoveu sua exoneração.

A saída de Paulo de Tarso da Casa Civil, a aceitação de seu escritório para processar a mulher de Henrique e a adesão do PR ao Governo, foram os responsáveis pela demissão do secretário de Justiça Thiago Cortez.

Saiba mais AQUI.

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domingo - 15/01/2012 - 23:56h

Pensando bem…

“Sendo o fim doce, que importa que o começo amargo fosse?”

Shakespeare

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domingo - 15/01/2012 - 22:16h
Beth Carvalho

Letra e Música – 163

O mundo é um moinho, do mestre Cartola, é um dos clássicos da Música Popular Brasileira (MPB). A letra é impecável.

A interpretação, neste vídeo, é da bela voz de Beth Carvalho.

(…) Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó.

Pra semana começar muito bem.

Veja a letra AQUI.

 

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domingo - 15/01/2012 - 20:49h
Acordem!

Só para lembrar, mesmo que cause contrariedade…

Só para lembrar, mesmo que pareça impertinente e óbvio:

– “O Estado não é a Prefeitura de Mossoró e o Rio Grande do Norte não é Mossoró”.

O “kit” político-administrativo que sempre deu certo na capitania hereditária mossoroense, dificilmente vai se encaixar no Estado.

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domingo - 15/01/2012 - 20:37h
Registre-se

Poder de polícia em Tibau

Um incidente desagradável à noite passada, na Praia de Manoelas, na cidade do Tibau (42km de Mossoró), causou profundo mal-estar.  Terminou em caso de polícia.

A casa em que o casal jornalista Chrystian de Saboya-juíza Keity de Souza recebia familiares e amigos, terminou sendo “visitada” pela polícia.

Seguiu denúncia do secretário da Agricultura do Estado, deputado federal licenciado Betinho Rosado (DEM).

O som musical do endereço, conforme o denunciante, estaria o incomodando.

Poder é realmente para quem pode. Ainda mais, poder de polícia.

Nota do Blog – Sou amigo dos principais protagonistas do episódio e não os tenho como incivilizados. À distância de 42km, chego a acreditar que o velho e bom bate-papo seria suficiente para acomodar interesses bilaterais.

Torço para que o clima de intolerância e coronelismo adotado recentemente no Centro Administrativo em Natal, proibindo manifestações populares, não vire regra pink no RN.

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domingo - 15/01/2012 - 13:44h
Natal

FM divulgará terceira pesquisa de opinião este ano

Amanhã é dia de mais uma pesquisa de opinião pública em Natal.

A FM 96 e o Instituto Star divulgarão logo pela manhã, no Jornal 96, o resultado da sondagem que perscruta a vontade popular à corrida sucessória municipal.

Também serão mostrados aspectos da pesquisa quanto à gestão pública dos governos Federal, Estadual e Municipal. Ou seja, avalição das gestões Dilma Rousseff (PT), Rosalba Ciarlini (DEM) e Micarla de Sousa (PV).

É a terceira pesquisa oficial, só este ano, divulgada em Natal.

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domingo - 15/01/2012 - 11:37h

Camus entre nós

Por Franklin Jorge (do Novo Jornal)

Recorda-se Jorge Antonio de um tempo norteado por Albert Camus, cujo inconformismo e paixão pela Justiça contribuíam para o esclarecimento dessa sensação de incompletude e mal-estar moral que nos oprimia e fazia-nos pensar sobre o potencial ético da arte e sua relação com a política.

Torturado pelo desgosto de existir, Camus é acometido pelo pernicioso hábito do pensamento reflexivo que compreende e sintetiza que viver não tem cura. Viver é fazer mal aos outros e a si mesmo, através dos outros, assim resumindo e tornando compreensível a todos a essência mesma do existencialismo – “o inferno são os outros”.

Até então não conhecera, entre os mestres do desespero, nenhum outro pensador mais apto do que ele para excitar a nossa inquietação de adolescentes diante da vida que se nos afigurava desmesurada e sem sentido.

Seu prestígio só rivalizava então com o de Hermann Hesse, ambos lidos em todo o mundo por centenas de milhares de jovens rebelados contra a guerra. Sempre atroz, em todas as culturas.

Muitos de nós, porém, ignorávamos ou sabíamos vagamente que o escritor franco-argelino, agraciado com o prestigioso Prêmio Nobel de Literatura, escrevera em seu diário de viagem à América do Sul e nele registrava com acuidade e argutamente, de maneira crua, suas impressões do Brasil, que visitou em 1949 – ainda sob os efeitos dissolventes da síndrome de A Peste, romance sombrio e alegórico que se lia em toda a parte, entre os rebeldes apregoadores da paz.

– Lemos, Jorge Antonio e eu, com sofreguidão e desconforto os escritos de Albert Camus. No dia 15 de julho, após resistir por duas vezes ao desejo de suicidar-se em alto mar, Camus anota em seu Diário Viagem que ao amanhecer viu à distância as luzes do Rio de Janeiro, cidade espremida entre o mar, a baía e as montanhas, vivendo sob a égide algo folk “de um grande e lamentável Cristo luminoso”.

Aqui, impressionado com a insolência do luxo mesclado à miséria, seu coração treme diante de tanta admirável desumanidade. Camus vê o Brasil como uma terra sem homens. Um país submergido numa realidade intolerável para alguém incapaz de conceber um mundo absolutamente desprovido de amor.

Andando por intermináveis subúrbios num ônibus sacolejante, Camus logo percebe em meio ao caos que os motoristas brasileiros não respeitam a vida; ele os descreve como loucos alegres ou loucos frios sádicos, o que – sessenta anos depois – mantém a atualidade, apesar de todas as leis restritivas criadas desde então.

Camus pensava no suicídio como o único problema filosófico pertinente. E, olhando à sua volta, tem premonições sombrias e inquietantes. Observa, Camus, as tribos e intui, – ao pensar sobre essas multidões que não param de crescer -, que, num dia não muito remoto, asfixiarão a terra.

Levam-no, ainda, a um terreiro de macumba em distante subúrbio carioca. Ao visitar a Bahia, como parte dessa viagem ou peregrinação cultural pelo inferno tropicaliente, Salvador, em seu traçado urbanístico, parece a Albert Camus uma casbah fervilhante.

Recife, sua próxima parada, pareceu-lhe uma terra vermelha devorada pelo calor. Positivamente Camus gosta do Recife e o descreve como uma espécie de “Florença dos trópicos”.

De volta ao Rio, antes de partir para São Paulo, sua esperança é que nasça no Brasil uma nova cultura e que a América do Sul – apesar da perda da fé do desencanto característicos dos tempos modernos – talvez ajudem a temperar a besteira mecânica que domina e corrói o mundo.

Franklin Jorge é escritor e jornalista potiguar

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domingo - 15/01/2012 - 10:46h

No Corpo

Por Ferreira Gullar

De que vale tentar reconstruir com palavras
O que o verão levou
Entre nuvens e risos
Junto com o jornal velho pelos ares

O sonho na boca, o incêndio na cama,
o apelo da noite
Agora são apenas esta
contração (este clarão)
do maxilar dentro do rosto.

A poesia é o presente.

Ferreira Gullar é poeta, ensaísta, memorialista, biógrafo, tradutor e crítico de arte maranhense.

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Categoria(s): Poesia
domingo - 15/01/2012 - 10:15h
Hoje

Morre Manoel Torres, legenda política do Caicó

Do Blog de Marcos Dantas e outros

A política do Rio Grande do Norte amanheceu de luto. Morreu Manoel Torres de Araújo. O falecimento aconteceu por volta de 7h de hoje, em Natal.

Com 93 anos de idade, ele lutava contra uma pneumonia há vários anos, e ultimamente estava internado na UTI do Hospital São Lucas em Natal.  Sofreu uma fratura no fêmur no dia 16 de dezembro, passou por cirurgia, mas não conseguiu se recuperar.

Manoel: político à moda antiga

De acordo com informações de familiares, o sepultamento acontece às 16 horas desta segunda-feira (16), no Cemitério Campo Jorge, após missa de corpo-presente. Manoel Torres será sepultado no mesmo túmulo de sua esposa, Oscarina Torres.

Manoel Torres nasceu no dia 15 de fevereiro de 1918 em Caicó.

Um dos nove filhos do casal Paulino Batista e Maria Marcolina, casou-se com Oscarina de Oliveira Torres em 1942, com quem teve os filhos:  Ozelita (médica residente em São Paulo), Lígia (médica residente em Natal), Carlos Torres (Galileu) (assessor político), Manoel Torres Filho (agropecuarista), Jussara (enfermeira) e Marco Torres (Carrossel) (falecido). A ex-primeira-dama faleceu em novembro de 2008.

Manoel Torres de Araújo fundou em 1945 ao lado dos irmãos, do monsenhor Walfredo Gurgel, do coronel Joel Dantas, de Plínio Saldanha e outros políticos da época o PSD (Partido Social Democrático), liderado no estado pelo senador George Avelino e por João Câmara.

Foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1954 e reeleito nas duas legislaturas seguintes.

Em 1968 disputou a prefeitura de Caicó e perdeu por 72 votos para o advogado Francisco de Assis Medeiros (Doutor Chiquinho). Quatro anos depois voltou a disputar a prefeitura de Caicó e ganhou de Vivaldo Costa com uma maioria de 75 votos.

Em 1988 aproveitando que o seu sistema adversário estava dividido com duas candidaturas, lançou-se candidato e ganhou a prefeitura novamente. A chefia do Executivo na época era disputada por Sílvio Santos (apoiado por Vivaldo Costa) e Francisco Pereira (apoiado por Irami Araújo).

Em 1994 foi indicado como suplente numa chapa que elegeu Geraldo Melo como senador, mas não foi prestigiado, não chegando a assumir em nenhum período o senado da República. Em 1996 perdeu a disputa pela prefeitura para Vivaldo Costa.

Quatro anos depois foi candidato a vice-prefeito de Roberto Germano e ajudou a derrotar Vivaldo Costa.

Cabe destacar Manoel Torres de Araújo foi quatro vezes deputado estadual, duas vezes prefeito de Caicó (1973-1975 e 1989-1992), primeiro suplente de senador da República e ainda vice-prefeito de Roberto Germano. Na atuação parlamentar o destaque fica, dentre outras matérias, para os projetos que instituíram as emancipações políticas de São Fernando e Timbaúba dos Batistas.

Nota do Blog do Carlos Santos – Manoel era uma legenda política com expressão dos limites de sua Caicó, por qual nutria amor telúrico. Sua presença na política foi extremamente profícua. Seu vínculo histórico derivava do aluizismo.

Ele era uma unanimidade sábia, a ponto de todo político de bem ou cretino, que passava por Caicó – em época de campanha -, se interessar por ser fotografado ao seu lado.

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domingo - 15/01/2012 - 09:39h
Versão 2012

Pau dos Ferros volta a vaiar governadora Rosalba Ciarlini

Pau dos Ferros voltou a demonstrar seu desapontamento com o Governo Rosalba Ciarlini (DEM). De novo, soltou uma incômoda vaia à governadora. Foi ontem à noite.

Integrada à festa de inauguração da Unidade de Saúde Doutor Pedro Diógenes Júnior (Bairro São Benedito), realização tocada pelo prefeito e correligionário Leonardo Rêgo (DEM), Rosalba foi a oradora principal do evento. Podia ter evitado mais esse dissabor.

Quando começou a falar, logo recebeu o “feed-back” das vaias. Pareciam intermitentes, pipocando de várias direções.

Em setembro de 2011, no seu primeiro ano de governo, a governadora ouviu a Praça de Eventos superlotada, em Pau dos Ferros, hostiliz.aá-la com vaias ruidosas que a deixaram de semblante fechado. Foi durante a Finecap, feira cultural da região, que o município sedia todos os anos.

Ontem, o melhor da festa, terminou sendo o show da dupla “Os Nonatos”.

Veja AQUI como foi o incidente, ano passado (dia 4 de setembro), em Pau dos Ferros.

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domingo - 15/01/2012 - 03:20h
República de Mossoró

“Mossoroensização” e amadorismo marcam Governo ‘Rosa’

Em pouco mais de um ano, Rosalba Ciarlini não encontrou rumo e se agarra a seus nomes de Mossoró

Rosalba, em campanha, nos braços do povo; no governo, decretando distância

Uma situação que os próprios líderes do chamado “rosalbismo” temiam, acabou se materializando. O que também era – para muitos natalenses – uma premonição em tom de menosprezo, virou realidade: o Governo do Estado é uma “República de Mossoró”.

A “mossoroensização” do Governo Rosalba Ciarlini (DEM) é fato e a cada dia se enraiza mais, em meio a uma crise político-administrativa que não se via há décadas na gestão pública do Rio Grande do Norte. Essa característica paroquial, caseira, naturalmente ganha dimensão de pecha. Um escárnio.

O governo trópego, de Rosalba, reforça que a mossoroensização é um atraso, em vez de ganhar qualquer aura superior. É como se um fosse resultado do outro, aos olhos de quem o censura em tom preconceituoso.

A equipe de governo da ex-prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini, aos poucos ganha o formato de uma sucursal da Prefeitura de Mossoró. A princípio, ela e seu marido, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM), voz ativa na administração, manifestavam para poucos interlocutores que não desejavam montar um governo com a cara de Mossoró.

Entretanto, um misto de amadorismo, desconhecimento da dimensão da máquina estadual e até autosuficiência, dá face provinciana ao governo. É isso que ele é: coronelista e capiau.

Os métodos e mentalidade empregados sempre deram certo na  Prefeitura de Mossoró ao longo de três gestões de Rosalba e agora em mais duas da sucessora dela, a enfermeira Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”. No Estado, é diferente. Muito diferente.

“Buracos”

Os “buracos” na administração indicam, ainda, o que era previsível para quem conhece a trajetória do grupo de Carlos e Rosalba. Centralizador, oligarca e ególatra, nunca priorizou a formação de quadros técnicos e políticos. Sempre valeu-se da crença de que podem tudo, priorizando a montagem de uma entourage de vassalos em vez de seguidores.

Poucos se salvam desse elenco de marionetes pink. Alguns que falam mais grosso, não costumam ser ouvidos.

Carlos, o 'governador', discute governo com Agripino

Como este Blog assevera há muitos meses, em tom de alerta, “O Estado não é a Prefeitura de Mossoró e o Rio Grande do Norte não é Mossoró”. Gradativamente, essas assertivas viram mantra da obviedade. E os donos do poder no Estado relutam em admitir que estão ‘pilotando’ um elefante de dimensão descomunal, em comparativo com a Prefeitura de Mossoró.

A autosuficiência, filha legítima da arrogância, começou logo no final do ano de 2010, após a vitória de Rosalba ao Governo do Estado. O casal, inebriado pelo êxito, passou vários dias em turismo pela Europa. Quem ficou, apenas aguardava ordens ou indicativos.

Faltando poucos dias à diplomação e posse é que os dois desceram de forma ‘celestial’. A partir daí abriram agenda para formar equipe com pelo menos 40 cargos diretos-indiretos, fora adjuntos etc., no primeiro e segundo escalões. A barbúrdia ficou tão explícita, que o secretário estadual da Saúde Pública – médico Domício Arruda – só foi acertado no dia 30 de dezembro, dois dias antes da posse da governadora.

Mas existem outras situações até caricatas.

O engenheiro mossoroense Yuri Tasso, que foi deslocado de uma gerência da Prefeitura de Mossoró para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), como se esse órgão fosse repartição do Estado, soube que iria presidir a Caern no aeroporto de Mossoró. Era o dia 27 de outubro do ano passado.

A governadora fez o anúncio no saguão do aeroporto. Yuri (ainda no TCE, onde estava a pedido de Carlos Augusto), não sabia da escolha. A imprensa, à ocasião, lhe cientificou da ‘nomeação’. Não tinha como recusar. A propósito, Yuri é marido da secretária da Infraestrutura do Estado, engenheira Kátia Pinto. Ambos, ex-secretários de Rosalba em Mossoró.

Só a pasta da Administração e Recursos Humanos vai pro seu quarto ocupante. A dança de nomes começou com Manoel Pereira, experiente executivo da cota do senador José Agripino (DEM). Aguentou pouco tempo a barafunda da gestão estadual e pediu o “boné”. Daí por diante a titularidade passou a ser tangida pela necessidade de não deixar vácuo. Álber Nóbrega, ex-auxiliar de Rosalba na Prefeitura de Mossoró, será empossado amanhã nessa pasta. É o quarto.

Loteamento

A mossoroensização, que virou um neologismo pejorativo, é resultado do que o próprio governo é: até aqui, nada. Sustenta-se em contumaz propaganda enganosa e “promessa de boca”. Por isso que ostenta quase 60% de reprovação somente em Natal, conforme recente pesquisa. No estado, essa gangrena na imagem da governadora parece se alastrar velozmente.

É visível que o grupo de Carlos e Rosalba chegou ao poder sem um plano mínimo de gestão, além de não possuir algo elementar para qualquer missão de tamanha grandiosidade: quadros qualificados. Raros são as peças de expressão. Prova suplementar dessa deficiência é que existem muitos cargos a serem preenchidos e outros tantos ainda possuem remanescentes dos governos Wilma de Faria (PSB)-Iberê Ferreira (PSB).

Se era difícil formar time de peso, antes, ainda sob a atmosfera idílica da vitória, com o passar dos primeiros 12 meses do governo ficou ainda mais complicado. Atrair gente qualificada, com biografia de referência e confiança, virou tarefa hercúlea. Quase impossível.

Uma das saídas do governo é buscar composição com adversários, cooptar partidos e gente acostumada ao piso luzidio da Governadoria. Mesmo assim, tendo que enfrentar a incômoda situação de fatiar a administração, loteamento que torna o casal mais dependente do humor desses novos aliados.

A válvula de escape, para não perder o comando de vista, é fechar a porta aos adesistas em setores estratégicos. Assim, a mossoensização se enraiza pelo signo do medo. No Gabinete Civil, Planejamento e Infraestrutura estão a chave dessa tentativa de não perder o governo de vista.

Às vezes, vale de novo o improviso e o remendo. Venhamos e convenhamos: parecem regras, não uma exceção político-administrativa.

No Gabinete Civil, que era comandado pelo jurista Paulo de Tarso Fernandes, ex-deputado estadual, intelectual que virou porta-voz e “alter ego” de Carlos Augusto, a mudança precisou ser rápida. A emenda, contudo, foi sofrível. Paulo saiu ‘atirando’ (veja AQUI) e o substituto só figurou com o nome até hoje.

Paulo deixou Gabinete sem rumo

Houve deslocamento de José Anselmo de Carvalho da Administração e Recursos Humanos para o Gabinete Civil de forma  ágil, para simplesmente evitar o vácuo completo. Meses depois, entretanto, esse ex-auxiliar de Rosalba na Prefeitura de Mossoró foi rebaixado – na prática – a adjunto dele mesmo. Uma anomalia administrativa e política.

Parte considerável das prerrogativas do Gabinete Civil passaram ao novo adjunto, Galbi Saldanha (outro mossoroense), que saiu do cargo Executivo dessa secretaria para ajdunto de Anselmo. É o “secretário de fato”. É quem manda, sempre ouvindo Carlos, que o empregou na Assembleia Legislativa nos anos 80.

O ‘titular’ virou estafeta (veja AQUI), no leva e traz de documentos para Carlos Augusto e Rosalba. O feito de maior notoriedade de Anselmo, até agora, foi ter redigido o decreto proibindo manifestações populares no âmbito da Centro Administrativo, em Natal, depois revogado devido a péssima repercussão pública.

O grupo rosalbista, derivação do clã Rosado, ou versão mais poderosa de sua própria essência, tem tempo para se encontrar e virar o jogo com outros método e mentalidade. Fará isso? Mesmo que a República de Mossoró não seja uma versão microscópica do que foi a “República de Alagoas” no desastroso governo do presidente Collor de Mello, ela não sinaliza como diferencial. Infelizmente.

Se o rosalbismo não conseguir sair dessa armadilha em que se socou, levando o Rio Grande do Norte na enxurrada, vai ouvir um sucesso musical se transformar em hino do norte-riograndense arrependido: “(…) Ai se eu te pego!”

VEJA AQUI parte dos componentes da República de Mossoró no Governo do Estado – José Anselmo, secretário-chefe do Gabinete Civil; Galbi Saldanha, adjunto do Gabinete Civil; Obery Júnior, secretário do Planejamento; Kátia Pinto, secretária da Infraestrutura; Betinho Rosado, secretário da Agricultura; Isaura Amélia Rosado, secretária Extraordinária da Cultura; Gilberto Jales, secretário de Recursos Hídricos; Pedro Alcântara Alves Lopes, Junta Comercial (JUCERN); Yuri Tasso Pinto, dirigente da Caern; Dorinha Burlamaqui, adjunta da Saúde Pública; Álber Nóbrega, Administração e Recursos Humanos. Vale lembrar que recentemente foi demitido Érico Ferreira do Detran.

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Categoria(s): Reportagem Especial
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