segunda-feira - 10/01/2022 - 20:42h
Governo

Servidores têm até dia 20 à apresentação de comprovação vacinal

Conectsus é uma das opções (Foto ilustrativa)

Conectsus é uma das opções (Foto ilustrativa)

Os órgãos da administração direta e indireta do Poder Executivo estadual devem encaminhar até o próximo dia 20 de janeiro as informações atualizadas do esquema vacinal contra a covid-19 dos agentes públicos estaduais, conforme exigência do Decreto nº 31.022, de 26 de outubro de 2021. Em ofício circular nº1/2022-GAC, o Governo do Estado reitera a necessidade de cumprimento do decreto sob pena de sanções administrativas.

Com o objetivo de garantir ambiente de trabalho com reduzido risco de contaminação, preservar a saúde dos agentes públicos e conter avanço do cenário epidemiológico, o decreto estabelece a obrigatoriedade da vacinação contra Covid-19 a todos os agentes públicos, servidores e terceirizados, civis ou militares no âmbito do serviço público estadual do Rio Grande do Norte.

Documentos

A comprovação do esquema vacinal, em conformidade ao calendário de imunização, deve ser enviada ao Gabinete Civil do Estado. Em caso negativo, deve ser apresentada declaração com a devida justificativa médica ou técnica.

São aceitos os seguintes documentos, os quais são considerados oficialmente como passaporte da vacina: Aplicativo Mais Vacina; Conecta SUS; Carteira de Vacina emitida pelas Secretarias de Saúde dos Estados ou Municípios, bem como institutos de pesquisa clínica ou outras instituições governamentais, nacionais ou estrangeiras.

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segunda-feira - 10/01/2022 - 19:40h
Execução da lei

Uern e Governo ajustam alinhamento à autonomia financeira

Equipes técnicas da Universidade do Estado do RN (UERN) e Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças (SEPLAN) do Governo do RN estão definindo alinhamento à execução da Lei 11.045/2021. Ela estabelece a autonomia de gestão financeira e patrimonial da Fundação Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (FUERN), entidade mantenedora da instituição.

Governadora, ao lado de outras autoridades e representantes da Uern, sancionou lei dia 29 de dezembro (Foto: Raiane Miranda)

Governadora, ao lado de outras autoridades e representantes da Uern, sancionou lei dia 29 de dezembro (Foto: Raiane Miranda)

A operacionalização técnico-legal da lei enseja essa discussão entre governo e a Uern.

Segundo o projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa do RN (veja AQUI) no dia 16 de dezembro e transformado em lei pela governadora Fátima Bezerra (PT) no dia 29 de dezembro último (veja AQUI),  o orçamento anual da Fuern tomará por base a Receita Líquida de Impostos estabelecida pelo executivo estadual, por ocasião da elaboração de Lei Orçamentária Anual (LOA).

Uern em números

Estudantes: 9. 067

Docentes: 1.220

Técnicos: 906

Campi: 06

Cursos: 59

São previstos 2,31% ou R$ 290 milhões para o exercício de 2022; 2,50% em 2023; 2,98% em 2024 e 3,08% no orçamento de 2025.

A partir daí, o percentual destinado para o exercício fiscal deverá ser renegociado entre a FUERN e o Governo do Estado, não podendo ser inferior ao utilizado no ano anterior.

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segunda-feira - 10/01/2022 - 18:48h
Avaliação

Direito da Ufersa está entre os dez melhores cursos do país

Os melhores cursos de Direito do Brasil - Ufersa entre os 10 melhoresDo Blog William Robson

Uma reportagem publicada nesta segunda-feira (10) mostra que nove em cada dez instituições que oferecem o curso de direito no Brasil aprovam menos de 30% dos seus alunos na prova da OAB (Exame da Ordem dos Advogados do Brasil). Deste levantamento, publicado no jornal Folha de S. Paulo, o Top 10 inclui das melhores escolas inclui o curso de Direito da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), que aparece na 9º posição.

Ao todo, 790 instituições de ensino superior que têm curso de direito foram levantadas pelo jornal paulista. Isso representa todas as escolas ativas do país com pelo menos 50 presentes ao ano nos exames da ordem (que não tenham zerado na prova).

Destaque

A Ufersa já vinha se destacando com este curso em outras avaliações positivas Recebeu em outubro, por exemplo, o resultado da avaliação do Guia da Faculdade 2021, projeto fruto da parceria entre a Quero Educação e o Jornal Estado de São Paulo (Estadão). O curso recebeu 4 estrelas do Guia.

O que tem levado o curso de Direito, que foi recentemente implantado, estar entre os melhores do país? O coordenador do curso, professor Rodrigo Vieira, explicou os detalhes para o blog William Robson e analisou este levantamento publicado pela Folha, em entrevista.

Para ele, o êxito decorre muito “do perfil de nosso docente. 93% dos professores têm dedicação exclusiva, o que significa que todos atuam integralmente ao curso. Eles não têm qualquer outro tipo de profissão”.

Veja íntegra da entrevista AQUI.

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segunda-feira - 10/01/2022 - 13:40h
Ex-prefeita

Passar um réveillon em Jacumã

Do Blog Saulo Vale

A ex-prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini (Progressistas) resolveu dar um tempo em viagem à Europa, como chegou a programar, com passagens por Portugal e Alemanha, onde mora uma filha.

Porém, não abriu mão de um réveillon mais intimista, com poucos e queridos amigos.

Ficou com o marido, ex-deputado Carlos Augusto Rosado, na casa de praia dos engenheiros e ex-auxiliares Kátia Pinto e Yuri Tasso Pinto, em Jacumã, praia localizada no município de Ceará-Mirim.

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segunda-feira - 10/01/2022 - 12:12h
Economia

Novo empreendimento no setor automotivo

O empresário Thiago Hillerman de Oliveira Cunha inaugura a sua AutoPlus Multimarcas na próxima quarta-feira (12), com coquetel a partir das 17h45.

A loja está localizada na rua José Damião, 220, no Santo Antônio, em frente à Olinda Pneus.

Na oportunidade, Thiago estará lançando a franquia Xtreme, especializada em blindagem de veículos.

P.S – Nota Oficial – Um surto de gripe entre os colaboradores foi detectado nesse final de semana, com um deles positivado para Covid-19 nessa segunda-feira (10). Diante do fato e com o intuito de preservar  nossos convidados, a direção resolveu pelo adiamento. Nova data será marcada ainda esse mês e posteriormente divulgada.

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segunda-feira - 10/01/2022 - 11:20h
Prevenção

Ministério Público suspende atendimento presencial novamente

atendimento presencial, Covid-19O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) vai suspender novamente o atendimento presencial ao público externo, excetuadas situações comprovadamente excepcionais. O motivo da suspensão é o aumento dos casos confirmados e da taxa de transmissibilidade da Covid-19 no Estado e o crescimento do número de acometidos com síndromes gripais, com sintomas semelhantes ao da Covid, e a sobrecarga nos atendimentos de urgência nas unidades de saúde.

A medida passa a valer já a partir desta segunda-feira (10).

Para tomar essa decisão, o MPRN levou em consideração a crescente confirmação de casos de Covid-19 de integrantes da instituição e a necessidade de evitar a transmissão da doença, resguardando a saúde dos integrantes e demais colaboradores do MPRN, bem como da população.

Controle

O retorno das atividades presenciais, enquanto não estiver controlada a disseminação da Covid-19 em todo o território do Rio Grande do Norte, ocorrerá de forma gradual, por meio de rodízio, no percentual de até 50% do total de integrantes nas respectivas unidades, respeitando o distanciamento social entre as estações de trabalho, de modo a conciliar a preservação da saúde e a produtividade institucional, cabendo às respectivas chefias imediatas a definição de escalas de trabalho.

O horário de funcionamento do MPRN será, de forma presencial e remota, de segunda a quinta-feira, das 8h às 15h, e sexta-feira, das 8h às 14h, bem como, apenas remotamente, de segunda a quinta-feira, das 15h às 17h. Com isso, fica suspensa a contabilização de créditos e eventuais compensações do banco de horas dos servidores.

O horário de atendimento ao público ocorrerá, de segunda a quinta-feira, das 8h às 17h e, sexta-feira, das 8h às 14h, pelos meios disponíveis no portal do MPRN (clique aqui), tais como e-mail e telefone funcional.

Além dessas formas de atendimento, estão disponíveis o WhatsApp do Gaeco (98863-4585) e da Ouvidoria do MPRN (99994-6057), e, fora do horário de expediente, o telefone de Atendimento ao Cidadão (99972-5298).

Fica suspensa a realização de eventos, cursos e treinamentos presenciais dentro do MPRN.

Nota do Canal BCS – Medida importante, preventiva, de zelo aos membros do parquet e demais integrantes desse órgão. E em relação aos estudantes de escolas públicas? Será que o vírus também circula por lá ou apenas sitia o MPRN?

Aguardemos.

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segunda-feira - 10/01/2022 - 09:50h
Eleições 2022

“Esse ano tem”, garante enigmaticamente Carlos Eduardo Alves

Ex-prefeito fez postagem em suas redes sociais, sem acrescentar mais qualquer detalhe ou 'pista' (Reprodução BCS)

Ex-prefeito fez postagem em suas redes sociais, sem acrescentar mais qualquer detalhe ou ‘pista’ (Reprodução BCS)

Nesse domingo (9), em suas redes sociais, o pré-candidato a governador e também pré-candidato a senador, ex-prefeito natalense Carlos Eduardo Alves (PDT), soltou frase enigmática acoplada à foto antiga, cercado por correligionários:

– Esse ano tem!

Candidato ao Senado ou ao Governo do RN?

E com quem?

Faixa própria ou numa composição com a governadora Fátima Bezerra (PT), por exemplo?

Esse ano tem eleições.

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segunda-feira - 10/01/2022 - 08:26h
101 anos

A despedida de “Mãe Valmira”, que trouxe à luz centenas de vidas

Por Luciano Oliveira (Do Costa Branca News)

O domingo, 9, em Areia Branca, foi marcado pelo falecimento de uma das mais antigas parteiras do Brasil: Valmira Pereira da Silva, aos 101 anos de idade (completados em outubro de 2021).

"Mãe Valmira", uma vida dedicada à natividade (Foto: de família)

“Mãe Valmira”, uma vida dedicada à natividade (Foto: de família)

“Mãe Valmira”, como muitos a chamavam, ajudou a trazer ao mundo um número incontável de crianças.  “Areias Brancas ao vento… Recordações de um tempo!”, o autor Paulo César de Brito descreveu com riqueza de detalhes a trajetória de dona Valmira, desde sua saída de Mossoró, sua terra natal, até se estabelecer em Areia Branca.

Já como enfermeira, passou a trabalhar no Hospital Sara Kubitschek e foi ao lado do médico Francisco Fernandes da Costa, o popular Dr. Chico Costa, que dona Valmira passou a ser reconhecida pelo seu ofício, em Areia Branca.

Serviços prestados

Conta o escritor Paulo César de Brito que dona Valmira constituiu uma família numerosa de 20 filhos, 32 netos e 19 bisnetos. Aposentada depois de décadas de serviços prestados na área da saúde, residia na Rua Francisco Ferreira Souto, nas proximidades do Mercado Público Central.

A morte da centenária e eterna parteira, foi sentida por muita gente, por se tratar de pessoa muito conhecida e admirada por inúmeras famílias que tiveram entes queridos nascidos por meio de suas mãos habilidosas.

Como disse o escritor Paulo César de Brito numa postagem em suas redes sociais sobre a morte de dona Valmira, “hoje foi recebida por dona Aldeida Caldas e dona Maria Madalena, dona Chaguinha, amigas parteiras, no lar celestial”. E acrescente-se Ana Paulino de Medeiros, que também fez história como parteira em Grossos e Areia Branca. Era mãe do saudoso prático de navegação e ex-prefeito de Areia Branca Jairo Josino de Medeiros.

Nota do Canal BCS – Que história de vida linda, meu amigo Luciano. Tínhamos que reproduzir nesse espaço.

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domingo - 09/01/2022 - 23:56h

Pensando bem…

“Nem todos os que vagueiam estão perdidos”.

J.R.R Tolkien

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domingo - 09/01/2022 - 20:30h
Campeonato Estadual

ABC, Potiguar, Força e Luz e Potyguar de Currais Novos vencem

O Campeonato Estadual do RN teve quatro jogos nesse domingo (9) em sua abertura.

ABC venceu o Globo (atual campeão) por 4 x 2 no Estádio Frasqueirão em Natal, Potiguar de Mossoró passou pelo Santa Cruz de Natal no Estádio Nogueirão em Mossoró, o Potyguar ganhou do América no Estádio Bezerrão (Currais Novos) por 3 x 2 e o Força e Luz superou o Assu por 2 x 1.

ABC

O ABC venceu de virada jogando em seus domínios. Adílio abriu o placar para o adversário, Allan Dias empatou e o centroavante Jefinho virou ainda no primeiro tempo. Adílio fez o segundo para o Globo e quatro minutos depois Thalyson assinalou o terceiro do alvinegro natalense.

No segundo tempo, Thalyson fez o gol que deu números finais ao placar.

Potiguar

Potiguar e Santa Cruz jogaram no Estádio Nogueirão e o resultado favoreceu ao alvirrubro local.

O centroavante Carlos Alberto fez de cabeça aos 32 minutos de jogo no segundo tempo, o único gol do duelo.

Potyguar

Sensação na segunda divisão, em 2021, quando obteve acesso para a primeira, esse ano, o Potyguar de Currais Novos começou competição como terminou a anterior: vencendo. Não tomou conhecimento do América e fez placar de 3 x 2 em seu campo.

O América abriu o placar com Jean Pierre, mas o time local empatou e virou com Thiago Potiguar e Eduardo. William fez o segundo do time natalense, mas Xilu definiu o placar para o time de Currais Novos aos 21 minutos.

Força e Luz

No Nazarenão em Goianinha, o Força e Luz levou a melhor sobre o Assu fazendo 2 x 1, de virada. Sidney abriu o placar, mas Ewerton e Ketton (aos 49 minutos do segundo tempo) levaram o time natalense à vitória.

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domingo - 09/01/2022 - 13:44h

Porque criamos mitos

caixa-de-pandora-origem-do-mito-grego-e-significado-da-historia-2Por Inácio Augusto de Almeida

Ser livre é angustiante.

E para fugir desta angústia que sufoca criamos os salvadores e renunciamos à nossa liberdade.

Queremos a glória, mas sem o peso da cruz.

Somos capazes de transformar uma bijuteria em joia rara, desde que isto nos livre da responsabilidade de traçar nossos destinos contando apenas com nossas forças.

Inácio Augusto de Almeida é escritor e Jornalista

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domingo - 09/01/2022 - 12:38h

Manhãs de domingo

uma-macro-close-up-da-agulha-da-vitrola-tocando-o-disco-de-vinil-o-antigo-reprodutor-de-musica-retro_63762-1545Por Odemirton Filho 

Vez ou outra me lembro das manhãs de domingo doutros tempos. Lá pelas nove horas, do meu quarto, eu ouvia o som de uma radiola, a tocar discos de vinil. Eram músicas “das antigas”. Tocava-se Nelson Gonçalves, Lupicínio Rodrigues, Altemar Dutra, entre outros.

A música vinha lá da casa dos meus vizinhos, seu Cesário e dona Odete, ali, em frente à praça Felipe Camarão, “a praça dos ônibus”, como se conhece hoje em dia. Sinceramente, eu não conhecia aquelas músicas. A minha cultura musical, sobretudo, na infância, não é lá essas coisas. Meu pai é que me falava de quem eram as músicas e seus compositores. Ele ouvia e viajava, lembrando do seu tempo de rapaz.

Hoje em dia, poucos escutam esse gênero musical, creio eu. Só os mais experientes na vida. A maioria da galera jovem curte outros estilos, como o sertanejo, o piseiro e a sofrência. Enfim. Deve-se respeitar, gostando-se ou não das baladas atuais.

As manhãs de domingo trazem, ainda, a lembrança da leitura dos jornais da cidade. Eu lia o Jornal Gazeta do Oeste e a coluna de Canindé Queiroz. O Mossoroense, com Emery Costa. E lia, lia pra valer, Dorian Jorge Freire. Talvez, o nosso maior jornalista. De vulto nacional. Um cronista de mão cheia.

Aliás, dia desses, foi republicada aqui neste espaço, uma crônica do mestre Dorian sobre Mossoró (veja AQUI). Reproduzo um fragmento, para o nosso deleite:

“Estarei falando demais de Mossoró? Conversa! De Mossoró fala-se sempre de menos. Deve estar acontecendo que o meu subconsciente não aprova a minha ausência. Não aprova que eu fique longe do 30 de setembro, longe de Santa Luzia, longe das valsas de Zé de Ana, longe das matinês do Ipiranga, longe dos bailes da ACDP, longe do sol da seca ou da água da inundação”.

Eis a tinta indelével de um cronista de escol. Eu Conheci Dorian e a sua Maria Cândida. Fui apresentado à sua imensa biblioteca, no casarão da rua 30 de setembro. Entre milhares de livros, ele ficava absorto em suas leituras. Não por acaso, temos uma estátua em sua homenagem, em frente à Biblioteca Municipal. Justíssimo!

Pois bem. Eu ouvia a fina flor da música e lia o melhor da nossa literatura paroquial. Nem me dava conta de tamanho privilégio. Eu até procurei, na bagunça da minha pequena estante de livros, o exemplar de Os Dias de Domingo, do mestre Dorian, para relê-lo. Não o encontrei, para o meu desalento.

De todo modo, ficaram as lembranças daquelas manhãs de domingo.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 09/01/2022 - 11:42h

Chuvas podem aliviar perdas de grande reservatório de água

Por Josivan Barbosa

O ano de 2022 se inicia trazendo grandes expectativas para as empresas de agricultura irrigada do Polo de Agricultura Irrigada RN – CE que necessitam da água da barragem do Castanhão. As chuvas na região do Cariri Cearense e no Alto Jaguaribe nesse início de ano têm contribuído para aumentar a esperança de que o maior açude de uso misto de água do Semiárido possa, após quase uma década seco, voltar a ser o principal fator de desenvolvimento da Agricultura Irrigada no Estado do Ceará.

Castanhão tem ainda baixo nível de armazenamento nesse início de 2022 (Foto: reprodução BCS)

Castanhão tem ainda baixo nível de armazenamento nesse início de 2022 (Foto: reprodução BCS)

A limitação de água no Castanhão prejudicou fortemente a expansão de novas áreas irrigadas e trouxe sérios prejuízos para os produtores de frutas destinados ao mercado externo. Alguns desses produtores foram obrigados a romper os contratos com os importadores e perderam o mercado.

Outros tiveram que procurar água em outras regiões do Semiárido, como o Estado do Piauí que abrigou duas grandes empresas exportadoras da nossa região.

Após as últimas chuvas (08/01/2022), o Castanhão apresenta os seguintes números: cota: 77,02 com aumento de 16 cm em 2022; capacidade acumulada: 8,26% o que equivale a  554 milhões de metros cúbicos; vazão para o Rio Jaguaribe:  6000L; vazão para os perímetros irrigados: 9000 L.

As perdas pós-colheita x falta de contêineres 

Em 2020 as cadeias de fornecimento de frutas e hortaliças viram-se afetadas por profundas dificuldades. Em função da pandemia, houve fechamento de agroindústrias, mas não somente isso. As tensões geopolíticas entre Estados Unidos e China contribuíram para a falta de contêineres e para a redução de fluxos marítimos.

As dificuldades de abastecimento continuaram em 2021, em particular com o bloqueio do Canal de Suez pelo porta contêiner Ever Given por quase cinco meses. O bloqueio imobilizou um grande número de contêineres e navios o que provocou estrangulamentos nos portos de várias partes do mundo.

Produtos precisam de condições adequadas para chegada ao mercado consumidor (Foto ilustrativa)

Produtos precisam de condições adequadas para chegada ao mercado consumidor (Foto ilustrativa)

Essa situação teve enorme repercussão no setor hortifrutícola, ocasionando grandes prejuízos.

Esses reiterados problemas têm levado muitas empresas do setor a armazenar grandes volumes de frutas e hortaliças, evitando assim, qualquer escassez no mercado varejista.

Uma das consequências do atraso de navios é o congestionamento de produtos em função da chegada simultânea, o requer um esforço hercúleo dos operadores para reembalar os produtos que ainda tem qualidade para satisfazer as exigências do consumidor.

A natureza perecível dos frutos e hortaliças tem provocado grandes perdas pós-colheita e de oportunidades de mercado.

Umas das medidas que precisam ser adotadas em 2022 pelos exportadores de frutas e hortaliças é a reserva antecipada (3 a 6 meses) de contêineres para que os contratos com fornecedores e clientes não sejam afetados. Isso vale para os exportadores brasileiros, especialmente os de frutos tropicais que são, na sua maioria, altamente perecíveis e que, portanto, necessitam de contêineres refrigerados como  uva, manga, melão, melancia e mamão.

A competição por contêineres refrigerados provocou aumento dos fretes marítimos, mas o exportador, na maioria dos casos não conseguiu repassar os custos para o consumidor em função dos aspectos econômicos causados pela pandemia.

Diante desses problemas, a gestão da cadeia de fornecimento será neste ano o centro das atenções das empresas do setor de frutas e hortaliças que trabalham com o comércio ultramar.

Aumenta o cultivo de limão Tahiti

O Polo de Agricultura Irrigada RN – CE está avançando no cultivo de limão Tahiti. Depois de ser cultivado na região do Vale do São Francisco (Petrolina – Juazeiro) e no Estado do Piauí na década de 90, o limão Tahiti chega com mais vigor na nossa região. O limão Tahiti já tinha algumas experiências de cultivo em Baraúnas e em Upanema e agora se expande para a microrregião produtora do DIBA (Distrito Irrigado Baixo-Açu) e região de Touros.

A ampliação da área de cultivo de limão Tahiti no Polo de Agricultura Irrigada RN – CE coincide com uma expansão do volume de exportações de limão brasileiro. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o Brasil embarcou 126,4 mil toneladas de limões e limas entre janeiro e outubro, faturando US$ 108,1 milhões. Volume e receita cresceram 6% em relação a 2020.

A produção de limão para o mercado externo está concentrada no Estado de São Paulo, mas pode se tornar em curto prazo uma excelente alternativa para diversificar a produção de frutas na nossa região.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

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domingo - 09/01/2022 - 10:50h

Verdade, realidade e perda da inteligência, problemas para esse século

redes sociais, algoritmo, inteligência artificial, Internet, tecnologia,Por Marcos Araújo

A mais impactante e a mais sentida transformação da sociedade neste século se deu no campo da tecnologia, especialmente pelo seu uso transformador na produção da informação. Vivemos numa sociedade em rede, para usar a expressão do sociólogo Manuel Castells. Essa “rede digital” é a nova morfologia social, modificando o processo produtivo, o poder e o ambiente cultural.

Um cidadão médio do Século XXI recebe em um dia mais informação do que um cidadão médio do século XIX recebeu em toda sua vida. A informação, que em passado bem recente tinha centralizada a sua fonte nos meios de comunicação, está no presente disseminada em bilhões de postagem de usuários da internet, que passaram a ser alimentadores de conteúdo.

A sociedade hiperconectada não armazena mais informação. A exteligencia é buscar a informação externa, tópica, onde ela está. A expressão exteligência foi empregada pela primeira vez pelo matemático francês Ian Stewart e pelo biólogo inglês Jack Cohen e lançado no livro Figments of Reality: The Evolution of the Curious Mind (Invenção da realidade: a evolução da mente curiosa), em 1997.

Com a internet, os smartphones e os aplicativos, estamos cada vez menos exigindo raciocínio de nosso cérebro. Hoje, buscamos na internet informações que satisfaçam nossa curiosidade diversiva (a curiosidade mais fútil e sem profundidade) e a curiosidade empática (a curiosidade de saber da vida alheia) e estamos deixando muito pouco espaço para a curiosidade epistêmica (a curiosidade mais analítica, profunda, que incita questionamentos e raciocínios mais profundos).

O Google tem as respostas, então não precisamos mais decorar moeda de países, governantes, capitais, distâncias, CEP´s… O Waze nos mostra o caminho. O smartphone salva os telefones dos amigos, compromissos, agenda, desperta para os compromissos, faz cálculos. Estamos delegando a dispositivos fora de nosso cérebro funções que eram prioritariamente mentais, e com isso, estamos tornando nosso cérebro preguiçoso. A sociedade está emburrecendo e perdendo o poder de criatividade.

Não foi à toa que Umberto Eco em 2015 testificou que “as redes sociais deram voz a uma legião de imbecis”, que antes falavam apenas “em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”. Acrescentou ele que “normalmente, eles (os imbecis) eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”.

A (des)informação trazida pelos “imbecis” que alimentam as redes sociais afetam um elemento moral muito valioso para uma sociedade: a verdade.

A busca da verdade é objeto da ciência desde sempre. E o comportamento social que enfatiza a verdade como objeto de fala vem desde a Grécia antiga, chamada de Askésis por Sócrates (filósofo grego do século IV a.C.). A parresia socrática, no dizer de Michel Foucault, se refere tanto à atitude moral, ao ethos, do mestre, do diretor de consciência, quanto à técnica necessária para transmitir os discursos verdadeiros.

Sócrates foi colocado diante de um dilema: no seu julgamento lhe foi oferecida a absolvição caso ele deixasse de professar sua filosofia e, após a condenação, foi oferecida também a oportunidade de fugir.  Ao escolher beber cicuta e morrer, ao invés de fugir, Sócrates não renunciou à sua verdade. Escolheu falar a se calar.

O outro dilema secular é a fuga da realidade, também causada pela utilização massiva dos recursos da internet (cibercultura). Aplicativos e redes sociais têm servido para a construção de estereótipos virtuais. A hiperconexão tem produzido pessoas superficiais, totalmente desligadas da realidade.

É preciso perder a ingenuidade em relação à cibernética. A internet é como um iceberg. A gente só vê uma parte aparente. A parte mais complexa e dura está submersa. Aplicações e ambientes tecnológicos estão voltados para o básico: culturalmente, só pensamos sob a ótica do ligar e desligar os computadores.

Não percebemos ainda, mas os aplicativos estão dominando a nossa vida. Estamos tão apaixonados pela conectividade que ninguém se atém a ler os termos e condições de uso de determinados aplicativos, e nem mesmo os seus efeitos. A nossa tecnodependência no Whatsapp, Instagram, Facebook, Youtube e outros apps tem sido uma fonte inesgotável para a coleta dos nossos dados e dos nossos impulsos emocionais.

Tem sido a partir deles que os coletores têm feito uma avaliação psicométrica das nossas necessidades de consumo, de saúde, do estágio cultural, do posicionamento político, das condições econômicas etc. Vivemos uma cleptocracia digital. Os coletores de dados têm a psicografia como arma, e fazem operações psicológicas nas ofertas (Psyops).

Um neurocientista francês chamado Michel Desmurget, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França, apresentou em 2020 um estudo que demonstra de forma enfática como os dispositivos digitais estão afetando seriamente o desenvolvimento neural de crianças e jovens.

Estamos criando uma sociedade com mais inteligência em rede, mas com menos inteligência individual. E considerando o avanço dos algoritmos de Inteligência Artificial, muito em breve estaremos confiando a esses algoritmos a tomada de decisões. E então a IA vai decidir onde trabalharemos, o que faremos, com quem casaremos, o que vamos comer, etc. E neste ponto, a profecia de Yuval Harari: “Afinal, qual será o significado da vida quando todas as decisões importantes serão feitas por algoritmos?”

Não padeço de cainofobia (do grego “kainos”, medo do novo), mas o nosso futuro preocupa. Desnecessário dizer os inúmeros benefícios das redes sociais, assim como do desenvolvimento tecnológico como um todo. A reflexão é de como está sendo utilizada e qual a postura que podemos adotar para minimizar os efeitos negativos desse cataclisma sócio-tecnológico.

Marcos Araújo é professor e advogado

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domingo - 09/01/2022 - 09:38h

Martírio

Por Marcelo Alves

O que é um “mártir”? Para os mais espiritualizados, a palavra remete aos sofrimentos dos santos católicos. Socorro-me do “Aurélio” (sempre a surrada edição de 1986), para saber o significado do vocábulo “mártir”: “pessoa que sofreu tormentos, torturas ou a morte por sustentar a fé cristã”; “pessoa que sofre tormentos ou a morte por causa de suas crenças ou opiniões”; “quem se sacrifica, sofre ou perde a vida por um trabalho, experiência etc”.Arte-Pedro-Jorge-de-Melo-morto-pela-causa

É por aqui que continuo a história do Procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva, assassinado, no e pelo exercício de suas funções, aos 35 anos de idade, em 3 de março de 1982, em Olinda/PE. Uma morte por causa de sua crença na justiça dos homens. Um sacrifício, com a perda da própria vida, por um trabalho, in casu no MPF e em prol do Estado brasileiro.

Esse martírio é assim resumido pelo memorial da Procuradoria-Geral da República: “Assassinato do Procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva – Escândalo da Mandioca 1982. Entre os anos de 1979 e 1981, na cidade de Floresta, em Pernambuco, militares, servidores públicos, empresários, entre outros, se passam por produtores rurais e conseguem empréstimos no Banco do Brasil para plantação de mandioca.

Em seguida, alegam que a seca tem destruído a plantação e recebem ainda o seguro agrícola. Esse esquema desvia o equivalente, nos dias atuais, a R$ 30 milhões de reais”. Nesse contexto, o Procurador Pedro Jorge denuncia o esquema. Logo após a denúncia, ele recebe ameaças e, sendo afastado do caso, é assassinado no fatídico 3 de março de 1982.

Foi um martírio ingênuo, dirão alguns. Ainda vivíamos, em 1982, a ditadura militar. Havia o envolvimento de militares no “Escândalo”. Em Pernambuco, Pedro Jorge não foi a única vítima, direta ou indireta, desse momento sombrio que passávamos (lembremos do Padre Henrique).

Era o tempo de resistência de Dom Helder Câmara, de Dom Basílio Penido, a quem Pedro Jorge, ex-seminarista, era muito ligado. Um tempo de perseguições, de torturas, de coturnos impunes. De mortes – leia-se assassinatos – dentro e fora da comunidade de Deus.

Prefiro dizer que foi um martírio consciente. Por uma vocação de procurar, sem titubear, o bem e a justiça. Pedro Jorge estava ciente dos riscos que corria. Os depoimentos dos contemporâneos – de Dom Antônio Fernando Saburido, do irmão Irineu Marinho, do Procurador Lineu Escorel Borges e da mãe de Pedro Jorge, entre outros – não deixam qualquer dúvida.

Dom Saburido, no documentário “Pedro Jorge: uma vida pela justiça” (2017) – veja AQUI, é direto: “ele estava consciente disso plenamente. Ele sabia dos riscos que ele estava correndo. Mas foi uma decisão pessoal. Pedro Jorge decidiu mesmo continuar. Ele não quis recuar em momento algum. Mas ele entendeu que aquela era a sua profissão, era a sua missão, e ele não poderia absolutamente facilitar a vida de pessoas que queriam fazer o mal, que estavam utilizando indevidamente recurso do povo”.

E o depoimento do irmão Irineu Marinho, reproduzindo diálogo com Pedro Jorge, mostra que o aparelho estatal, que tinha obrigação de dar proteção ao Procurador, estava corrompido à época: “Irineu, essas pessoas que estão me ameaçando, eles vão colocar como guardas pra mim, porque eles têm poder, eles penetram em todos os ambientes, eles vão colocar como guardas pra mim as pessoas que vão me matar. Então, eu prefiro morrer sem guarda, como um cidadão que está exposto à violência e à insegurança do país”.

Leia também: Vocação

O julgamento do homicídio de Pedro Jorge foi também um martírio. Como no “Escândalo da Mandioca”, forças se juntaram visando à impunidade. Marchas e contramarchas processuais. Mais intimidações. Uma sentença de impronúncia que se fez escândalo e fomentou justa e popular revolta.

Mas ainda havia juízes em Brasília. Júri popular. Apoio cidadão e da Igreja. Condenações. “Fugas” e mais fugas. Captura do mandante apenas em meados dos anos 1990. Cumprimento parcial da pena. Justiça tardia é meia justiça. Além de não ressuscitar o homem covardemente assassinado.

Lembremos, por fim, que, institucionalmente – e falo agora do Ministério Público Federal –, vivíamos, quando do assassinato de Pedro Jorge, uma época completamente diferente da de hoje. São dois MPFs, praticamente. O de então, de 1982 (e nos anos seguintes), rudimentar e sem proporcionar a segurança necessária aos seus membros; e o de hoje, que, muito em razão do martírio de Pedro Jorge, aprendeu duramente a lição.

E essa lição veio também em forma de homenagens. Mas isso já é outra história.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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domingo - 09/01/2022 - 08:48h

As tragédias de Pipa (RN) e de Minas Gerais

Por Ney Lopes

O deslizamento de uma rocha (veja imagens AQUI) atingiu ontem (sábado, 8) embarcação com turistas nos cânions de Furnas, na cidade mineira de Capitólio, devido às fortes chuvas que atingem a região.

As últimas informações são de que o desabamento deixou 7 mortos, dezenas de feridos (4 ainda estão internados) e 3 desaparecidos.

Capitólio tem áreas de cânions que são grande atração turística (Foto: Web)

Capitólio tem áreas de cânions que são grande atração turística (Foto: Web)

Trata-se de mais um “desastre natural”, que por conta das mudanças climáticas, transforma-se em risco cada vez mais presente no cotidiano das pessoas.

Esses desastres associam-se a terremotos, tsunamis, erupções, vulcânicas, ciclones, furacões, deslizamentos, inundações e erosão, que podem ocorrer naturalmente ou induzidos pelo homem.

Em novembro de 2020, parte de falésia na praia de Pipa, RN, desabou e matou casal e bebê de 7 meses (veja AQUI).

Nativos da região praieira ainda hoje alertam para o fato de que as marés enchem e atingem a falésia, com desgaste na sua base, deixando a parte de cima vulnerável a desabamento.

O homem vem alterando a natureza, ocasionando mudanças no clima na Terra.

A rápida aceleração tecnológica neste século pode trazer riscos impossíveis de previsão, da mesma forma que no século passado não se sabiam de fenômenos hoje conhecidos. Ou seja, muito provavelmente a gente não saiba, de fato, como é que será o fim do nosso mundo, mas no futuro teremos novas hipóteses.

Há 74 mil anos, a erupção do supervulcão Toba, localizado na Indonésia, causou um resfriamento global de 3-5ºC por anos seguidos, vitimando espécies de plantas e animais.

O evento é considerado a maior extinção humana da história. Não há uma estimativa precisa de quando poderia acontecer algo do tipo novamente. Há estatística que sugere a repetição a cada 17 mil anos.

Local do desabamento em Pipa já era apontado como área de perigo permanente (Foto: redes sociais)

Local do desabamento em Pipa já era apontado como área de perigo permanente (Foto: redes sociais)

O último que se tem conhecimento aconteceu na Nova Zelândia há 26,5 mil anos.

As inundações que romperam diques e barragens em New Orleans, por ocasião do Furacão Katrina em 2005, nos Estados Unidos e o terremoto de Kobe no Japão em 1995, com milhares de vítimas e pessoas afetadas, são exemplos típicos de que muitas vezes os fenômenos naturais surpreendem até mesmo as nações mais bem preparadas para enfrentá-los.

A tragédia em Capitólio, MG, pode ter sido causada pela erosão do solo, diante de infiltrações com as águas das fortes chuvas. Há, também, outras hipóteses, como a inexistência de um mapeamento de riscos da região e o fato de que paredões e falésias costumam ceder naturalmente.

Técnicos ouvidos chamam atenção para as possibilidades de outros desabamento de falésias acontecerem em praias.
Essas rochas se fragmentam, surgem cicatrizes e elas desabam em algum momento. Percebe-se que há urgência em ações preventivas para evitar a repetição de acidentes semelhantes.

A principal medida será a consciência de governos e cidadania, de que o meio ambiente terá que ser preservado. Não há mais como adiar!

Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal

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domingo - 09/01/2022 - 07:50h
Águas

Que maravilha!

Nessa sexta-feira (7), a ainda inconclusa “Barragem de Oiticica” no município de Jucurutu, região Seridó do Rio Grande do Norte, teve sangria. Uma maravilha da natureza e engenharia humana.

Desde 2019, a barragem edificada no leito do rio Piranhas já transbordava na cota 88 m, que armazenava 5 milhões de metros cúbicos de água.

Mas, ainda vai subir para cota 115 m na última etapa.

Quando pronta, ela vai atender a 43 municípios e a cerca de 800 mil habitantes, indo alcançar a Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves no Vale do Açu.

Concluída, a Oiticica terá capacidade de armazenar 590 milhões de m³, sendo o terceiro maior reservatório de água do RN. Ficará atrás apenas da Armando Ribeiro e da Santa Cruz em Apodi.

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domingo - 09/01/2022 - 07:02h

Bons auspícios

Por Marcos Ferreira

Agora bate em meu peito um coração apaziguado. Porque não me encontro refém, não ao menos hoje, de ímpetos misantrópicos ou furores políticos. Careço me livrar dessas toxinas que envenenam meu coração e minha alma. Supondo-se, claro, que possuo tal coisa. Talvez possua, pois toda noite me vejo voando fora desta carcaça que, num futuro próximo, a bicharia há de roer. Pois é, ganho os ares feito um Clark Kent sem o seu traje impecável, sem capa vermelha.Boas notícias - redes sociais, emoji, sorrindo

Está visto que não sou o Homem de Aço. Sou, quando muito, um minúsculo homem de letras. Digo isto sem charminho nem falsa modéstia. Repito aqui, advogando em causa própria, aquele aforismo do modernista Mário de Andrade: “Devemos chamar ao tostão pelo seu modesto nome de tostão”. Sempre me esqueço de narrar esses voos oníricos ao meu psiquiatra, o Dr. Dirceu Lopes.

Acho que 2022 começou com bons auspícios para mim. Sobretudo pelas precipitações pluviométricas (gosto desta expressão dos meteorologistas) nos últimos dias. Amo este céu plúmbeo, nublado, com chuvas volumosas e duradouras, apesar da situação periclitante do meu telhado e desta Euclides Deocleciano, que depressa se transforma numa espécie de souvenir do rio Amazonas. Aprecio tudo isso. Que me perdoe o querido poeta Aluísio Barros, fã do astro-rei.

Examino este início de ano e pressinto que vêm coisas boas por aí. Estou mais propenso às amizades e à concórdia. Até o jornalista Carlos Santos, meu editor, aceitou um convite meu para um cafezinho numa tarde-noite de prosa muito instrutiva e descontraída. Faltou, entre outros, o cronista Odemirton Filho para dividirmos um pacote de bolachas sete-capas da panificadora Meçalba.

Atendendo a uma antiga sugestão do Dr. Dirceu Lopes, enfim me matriculei numa academia de ginástica. É a busca (ou retomada) pela minha outrora admirável performance de atleta amador de voleibol, quando eu saltava mais de oitenta centímetros e pesava sessenta e oito quilos, dez a menos do que hoje. No momento, portanto, estou bem. Os novos antipsicóticos, exceto por algumas reações adversas de natureza leve, parecem atuar melhor que os anteriores.

A saudade de Gudãozinho, minha mimosa gatinha envenenada recentemente por um elemento perverso, ainda é algo com que preciso lidar melhor. Ela continua presente por meio das fotos no telefone, dos vídeos, da caixa de areia, das vasilhas de água e ração, dos brinquedos e da caminha onde dormia. Fiquei arrasado. Porém há outros bichinhos de rua por aí precisando de amparo e amor.

Este ano, como diz a letra daquela música, “quero paz no meu coração” e também no meu espírito, coisas estas que desejo a todos os meus hipotéticos e estimados leitores. Aqui, enquanto escrevo estas páginas, o clima segue ameno, sem aquele costumeiro mormaço de Mossoró. Há pouco um pardal entrou pela porta da cozinha, voou até as rótulas da porta da frente e retornou por onde viera. Não sei o que ele queria, entretanto lamentei não ter ficado um pouco mais.

Há bastantes pássaros à volta desta casa. É um luxo, uma riqueza, contar com o canto deles a todo momento do dia. Alguns agora vêm à mesa do terraço, dominam o quintal, especialmente depois que Gudãozinho morreu. Como vivo aqui sozinho há uns quinze anos, penso que eles se habituaram a mim. Julgam-me, com razão, inofensivo. Do mesmo modo as lagartixas, pombos, iguanas.

Não as hostilizo, não as apedrejo, contudo devo confessar que as lagartixas me aborrecem quando, vez por outra, alguma invade a casa. Além disso, recordam-me certos indivíduos sem opinião própria, balançando a cabeça a tudo e a todos. Mas, ao contrário daquelas figuras, as lagartixas caçam os monstros que mais me causam medo, asco, repulsa, pavor — baratas. Embora aqui em casa quase inexista lixo orgânico, coisa que atrai esses monstros de asas envernizadas.

Outra coisa que muito me agrada aqui, além da variedade de pássaros canoros, é o barulho constante do vento arengando com os ramos da grande mangueira na residência aos fundos desta. Lembra-me o som da chuva, o quebrar das ondas em uma praia tranquila, bem longe, por exemplo, daquela fuzarca de Tibau. Agora lhes peço licença. Pois desejo ir para a academia. Não a de letras.

Que este seja um ótimo ano para todos.

Marcos Ferreira é escritor

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sábado - 08/01/2022 - 23:56h

Pensando bem…

“Não se satisfaça apenas em cumprir sua obrigação. Faça mais que sua obrigação. É o cavalo que termina com uma cabeça à frente que vence a corrida.”

Andrew Carnegie

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sábado - 08/01/2022 - 23:20h
Governo

Presidente questiona vacinação de crianças; diretor da Anvisa rebate

Bolsonaro x Barra Torres: confronto (Foto: Web)

Bolsonaro x Barra Torres: confronto (Foto: Reuters)

Do G1

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, divulgou uma nota neste sábado (8) em que cobra que o presidente Jair Bolsonaro se retrate por ataques à agência.

Em uma entrevista à TV Nova Nordeste nesta quinta-feira (6), Bolsonaro minimizou o número de mortes de crianças pela Covid-19 e colocou em dúvida a honestidade dos profissionais da Anvisa por terem aprovado a vacinação infantil contra Covid.

“Você vai vacinar o teu filho contra algo que o jovem por si só, uma vez pegando o vírus, a possibilidade dele morrer é quase zero? O que que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse das pessoas taradas por vacina?”, declarou Bolsonaro na entrevista.

Veja a reação de Antônio Barra Torres:

Nota – Gabinete do Diretor Presidente da Anvisa, Sr. Antonio Barra Torres

Em relação ao recente questionamento do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, quanto à vacinação de crianças de 05 a 11 anos, no qual pergunta “Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí?”, o Diretor Presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, responde:

Senhor Presidente, como Oficial General da Marinha do Brasil, servi ao meu país por 32 anos. Pautei minha vida pessoal em austeridade e honra. Honra à minha família que, com dificuldades de todo o tipo, permitiram que eu tivesse acesso à melhor educação possível, para o único filho de uma auxiliar de enfermagem e um ferroviário.

Como médico, Senhor Presidente, procurei manter a razão à frente do sentimento. Mas sofri a cada perda, lamentei cada fracasso, e fiz questão de ser eu mesmo, o portador das piores notícias, quando a morte tomou de mim um paciente.

Como cristão, Senhor Presidente, busquei cumprir os mandamentos, mesmo tendo eu abraçado a carreira das armas. Nunca levantei falso testemunho.

Vou morrer sem conhecer riqueza Senhor Presidente. Mas vou morrer digno. Nunca me apropriei do que não fosse meu e nem pretendo fazer isso, à frente da Anvisa. Prezo muito os valores morais que meus pais praticaram e que pelo exemplo deles eu pude somar ao meu caráter.

Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, Senhor Presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar.

Agora, se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate.

Estamos combatendo o mesmo inimigo e ainda há muita guerra pela frente.
Rever uma fala ou um ato errado não diminuirá o senhor em nada. Muito pelo contrário.

Antonio Barra Torres
Diretor Presidente – 
Anvisa
Contra-Almirante RM1 Médico
Marinha do Brasil

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sábado - 08/01/2022 - 22:02h
Mossoró

O grande feito de um comandante e um time escalado para vencer

Prefeito Allyson Bezerra tem resultados surpreendentes com equipe escolhida com foco técnico

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Mossoró (CDL) divulgou no dia 23 de dezembro passado uma pesquisa administrativa com várias avaliações sobre gestões públicas federal, estadual e local. Entre os números, a “aprovação” do governo municipal de Allyson Bezerra (Solidariedade) com 73,8% (veja AQUI) – segundo números do Instituto TS2.

Sem dúvidas, um feito. Sobretudo por ser o primeiro ano de uma gestão que não teve direito a transição de poder, formada por uma equipe sem vivência na municipalidade e comandada por um jovem eleito aos 28 anos: o prefeito Allyson.

Prefeito e equipe encerram apresentação de realizações de governo em 2021 (Foto: 21/12/2021/Web)

Prefeito e equipe encerram apresentação de realizações de governo em 2021 (Foto: 21/12/2021/Web)

O êxito exponencial do primeiro ano desse time é algo surpreendente. Contraria as ‘cassandras’ da oposição que previam, torciam e prepararam a máquina pública para implodir em poucas semanas. A bomba-relógio foi desarmada a tempo.

O novo baque político dos adversários é equivalente ao resultado das urnas de 2020. É a segunda e mais retumbante derrota do rosalbismo, seus próceres e apêndices.

Para os donos do poder – há décadas – foi uma hecatombe perder eleições ‘certas’. Porém, perceber um ano depois que o governo sucessor funciona, tem aprovação popular maciça e traciona com robustez para o segundo ano, é de causar calafrios. A tentativa de sabotagem vai continuar, com ações ‘endógenas’ e ‘exógenas’, como diria um especialista em biologia.

Sob outra ótica, a administrativa, e não tão somente a política, o nome que aparece em relevo (com justiça) nessa façanha de plena superação em 2021, é do prefeito Allyson Bezerra. Figura emergente na política local e do RN, até 2018, ele era um desconhecido em sua própria casa – Mossoró. Um invisível como tantos outros milhares de cidadãos.

Contudo, o elenco de auxiliares que formou para acompanhá-lo na missão hercúlea de botar nos trilhos uma máquina desgovernada, diz muito sobre esse sucesso, que é o seu sucesso. Compreensível.

Escalou gente de matizes ideológicos distintos, da direita à esquerda, indo buscá-la sobretudo na inteligência universitária local. Moveu peças, reordenou posições, distribuiu tarefas, cobrou resultados. E todos sabem: ninguém é ‘imexível’ ou ganhou passaporte para passar quatro anos na administração. Com certeza, não nomeou qualquer pessoa que não tivesse força para exonerar, regra geral para quem governa.

Um detalhe: Allyson é quem realmente governa. Não tem tutores, “prefeito de fato” ou eminências pardas por trás da cortina ou na sala contígua ao gabinete em que despacha no Palácio da Resistência, algo raro na história recente da municipalidade mossoroense.

Talvez outro grande diferencial para fazer essa tropa ‘rodar’ no ritmo do seu comandante, é o fato de ele ter escolhido um a um, realmente por critério técnico. Nenhum aliado ou grupo impôs preferidos. Paralelamente, está aí uma de suas principais dificuldades no período, ou seja, justamente conciliar as injunções administrativas com as demandas, cobranças e amuos de aliados, sobretudo vereadores.

Se o governo tem avaliação gerencial notável como a própria pesquisa CDL-TS2 atesta, o mesmo não se pode dizer da performance política. Nessa área tão delicada, não faltaram abalos, defecções e choques internos e externos. Não conhecer a política ou “não ser político”, como se definem alguns auxiliares, não resolve arestas com aliados, por exemplo. Tudo desaba nos ombros do prefeito. Ele é político.

Para o segundo ano de governo que está apenas começando, período eleitoral, Allyson e seu time serão novamente testados, encouraçados pelos desafios de 2021 e crédito popular recebido. São outros enfrentamentos. Se o primeiro ano foi de conhecimento e controle, como destacamos na avaliação dos primeiros 100 dias de gestão (veja AQUI), 2022 será de teste de força.

É provável que Allyson Bezerra não esteja familiarizado com a história de Andrew Carnegie (1835-1919), imigrante escocês que venceu na América (Estados Unidos). Transformou-se num industrial bilionário, mecenas e filantropo com realizações que chegam a nossos dias. É dele uma frase lapidar para quem é líder, perfil que parece estar em permanente e acelerada maturação no prefeito mossoroense:

– À medida que envelheço, presto menos atenção ao que as pessoas dizem; simplesmente observo o que fazem.

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sábado - 08/01/2022 - 17:52h
Futebol

Campeonato começa com disputa do Troféu Lupércio Luiz de Azevedo

O jogo de abertura do Campeonato Potiguar 2022, entre Potiguar e Santa Cruz de Natal, terá a disputa do Troféu Lupércio Luiz de Azevedo.Troféu Lupércio Luiz de Azevedo

O confronto está marcado para as 17 horas desse domingo (9), no Estádio Nogueirão, em Mossoró.

Lupércio Luiz de Azevedo, 71 (nascido em 21 de janeiro de 1946), foi comentarista esportivo, atleta de futebol, vereador, bancário, escritor e torcedor do Potiguar.

Também graduou-se em economia pela Universidade do Estado do RN (UERN) e passou pelo cargo de gerente executivo da Juventude, Esporte e Lazer de Mossoró.

Cinzas

Ele faleceu no dia 29 de julho de 2017 em Natal, em consequência de um infarto (veja AQUI). Teve o corpo cremado em Emaús (Parnamirim) e suas cinzas dispersas no mar de Tibau (42 km de Mossoró), como era de sua vontade, no dia 14 de agosto de 2017 (veja AQUI).

Um detalhe interessante: o Santa Cruz tem como dirigente um filho seu, o advogado Lupércio Segundo.

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