A reitora e candidata à reeleição à Reitoria da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), professora Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira, pronunciou-se de forma muito emocionada agora à noite. Falou sobre a decisão colegiada da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF 5), nesta quinta-feira (21), que confirmou seu título de doutora em arquitetura e urbanismo.
Ludimilla teve cassação do diploma no dia 3 de junho de 2023, no âmbito da Universidade Federal do RN (UFRN).
A decisão do colegiado judicial ainda não foi publicada, mas a assessoria de Comunicação da Corte confirmou ao Blog Saulo Vale, por meio de nota, o acórdão.
“Recebemos uma notícia que vai ficar marcada na história: O TRF5 decidiu favoravelmente, suspendendo a ação que cassava meu título de Doutora pela UFRN. Quero expressar minha imensa gratidão ao tribunal por essa decisão justa e imparcial. Também não posso deixar de agradecer ao Dr. Marcos Lanuce, advogado de Mossoró, que teve uma atuação brilhante neste processo, atuando com muito zelo e empenho,” desabafou a reitora que postou vídeo em suas redes sociais.
Entenda
Em 3 de junho de 2023, a UFRN cassou (veja AQUI) o título de doutora de Ludimilla ao aceitar uma denúncia de plágio, feita em 2020, na sua tese de doutorado. Ela entrou com recursos administrativos, que foram todos negados pela instituição e recorreu à Justiça.
Enquanto isso, em 31 de julho, o Conselho Universitário (CONSUNI), onde a oposição tem maioria, aprovou a destituição da reitora alegando que o estatuto da Ufersa só permite doutores no cargo mais alto da instituição.
O caso foi enviado para o ministro da Educação Camilo Santana, que não chegou a tomar uma decisão, porque em 24 de agosto houve a decisão monocrática do TRF que retomou o título a Ludimilla de forma imediata, até que todos os recursos fossem exauridos. A liminar, consequentemente, derrubou a votação do Consuni.
Nota do BCS – Parabéns, professora-doutora Ludimilla. Não obstante sua emoção e euforia pessoal, ao lado de familiares e amigos, fica uma pergunta: a avaliação de suposto plágio ‘identificado’ pela UFRN seguiu critérios científicos ou ideológicos?
A senhora foi submetida a uma tortura psicológica desmedida, à desmoralização pública, ao escárnio, num julgamento que esteve longe de derivar do conteúdo do seu trabalho acadêmico.
No mínimo, essas pessoas deveriam lhe pedir desculpas. O que, obviamente, não vai reparar minimamente os danos causados.
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