domingo - 16/11/2025 - 11:00h

Bichos de sete cabeças

Por Bruno Ernesto

Gatos da Rua Chile em Natal, em 10 de novembro de 2025 (Foto: Bruno Ernesto)

Gatos da Rua Chile em Natal, em 10 de novembro de 2025 (Foto: Bruno Ernesto)

Que os gatos são místicos, os egípcios já sabiam disso há mais de cinco mil anos. E se você reparar bem, talvez o segredo deles seja levar uma vida sem muitos protocolos.

Essa aura, e o estilo de vida deles, bem que poderiam ter sido aplicadas indistintamente aos humanos. Talvez nos poupasse de muita coisa a longo da vida. Do dia já seria excelente, convenhamos.

A outra fama de que eles são boçais e que desprezam as pessoas, é muito injusta. Quer dizer: nem tanto. Às vezes é bom nos comportarmos como os gatos e, em certas situações, não seria má ideia ver, fingir que não é com você e ignorar solenemente. É plenamente compreensível.

Quem convive com gato, sabe que nada fica no mesmo lugar se ele achar interessante derrubar, e nem um estofado se livrará das suas unhas se ele achar que ali é um bom lugar para relaxar.

Todavia, se ele quiser passar despercebido, ele singrará por entre plantas, copos, garrafas, livros, móveis e cristais e você jamais saberá que ele esteve ali.

Na hipnagogia, enquanto você tenta dormir às dezesseis horas do domingo, após ler três ou quatro folhas de um livro que você teima em não terminar, talvez ele mie escandalosamente ao pé da porta até você levantar e ir lá abri-la para, depois, solenemente, ele desistir de sair e, ao invés, caminhar vagarosamente para a cozinha, para ali cochilar numa cadeira; não sem antes lhe encarar de soslaio e bocejar, como quem diz:

 – Apague a luz e saia daqui.

– De meia em meia hora venha me ver.

– Talvez me esconda e você pensará que fugi. Ficarei lhe observando lá de cima do armário enquanto você corre pela casa e me procura por todos os cantos. Menos neste.

– Talvez eu mude de ideia, se não cochilar.

Quem é meticuloso demais, irredutível demais, insistente demais, certo de tudo demais, compreensível demais, clemente demais, sorridente demais, triste demais, aberto demais, fechado demais e tudo demasiadamente demais – até mais que o próprio pleonasmo -, precisa de um gato para se aprumar.

Não faça um bicho de sete cabeças por tudo, pois a vida requer outro ritmo e nada há de errado em mudar de ideia sem dar explicação.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 16/11/2025 - 10:34h

Escrita

Por Marcelo Alves

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

Andrew Robinson, em “The Story of Writing” (Thames & Hudson, 2007), afirma: “A escrita está entre as maiores invenções da história humana, talvez a maior delas, pois tornou a própria história possível. Como empresa, é realmente algo extraordinário. Um texto em uma língua estrangeira, incompreensível para nós, revelador para outrem, nos prova a dimensão da nossa conquista. A decodificação de uma “escrita morta”, como os hieróglifos egípcios ou o sistema cuneiforme do antigo Oriente Médio, isso nos parece um milagre. Mas como os primeiros escribas de 40005000 anos atrás aprenderam a escrever? Como ensinaram essa “magia” aos sucessores? Como esse ou aquele sistema perdurou? Com que rapidez ele se espalhou e chegou até onde chegou?essas são algumas perguntas que podemos fazer.

Sem a escrita não haveria a história, é fato. Em quase todas as civilizações, os antigos escribas foram os nossos primeiros historiadores, transmissores de uma cultura que seria, em larga medida, na ausência deles, perdida. Como aduz Fabio Mestriner, em “4 pequenas histórias que juntas mudaram o mundo” (M.Books, 2014), “produzir e guardar documentos escritos é uma prática adotada desde o estabelecimento das primeiras civilizações, procedimento este que está ligado de forma definitiva à evolução da sociedade humana. Os chineses antigos têm um ditado que ilustra com muita precisão este procedimento e que nos diz: A pior tinta ainda é melhor que a memória mais afiada, afirmavam eles em sua milenar sabedoria. O professor e linguista francês Georges Jean definiu da seguinte forma este conceito como A Escrita, Memória dos homens, título de um de seus livros”.

Para aqueles que militam no direito, a importância da escrita se mostra também visível. É verdade que devemos privilegiar o princípio da oralidade no direito (processual, em especial), mas a escrita continua sendo a base mais eficaz para o registro permanente de fatos,testemunhos, argumentos, pedidos e decisões, sobretudo quando extensos e complexos eles são. E cito aqui, para misturar direito e literatura, passagem de “O advogado do diabo” (numa edição da Rio Gráfica, 1986), de Morris West: “Nada de escritos. Uma pena! Do ponto de vista judicial, as coisas escritas por um homem constituíam a única indicação segura de suas crenças e intenções e, segundo rigorosa lógica de Roma, eram mesmo mais importantes do que seus atos. (…) Mas, morto o indivíduo, quem revelaria os segredos do seu coração?”.

Todavia, há quem enxergue na supervalorização da escrita sérios problemas. Um deles, talvez o mais paradoxal, seja a atrofia da nossa memória e do aprendizado dela decorrente (hoje, facilmente registrados em nossos dispositivos móveis, não memorizamos mais sequer os números dos telefones das pessoas mais próximas e queridas). Sobre isso, George Steiner, em “Lições dos mestres” (Record, 2005), bem anota: “A escrita induz ao esquecimento, a uma atrofia das artes da memória. Mas é justamente a memória, a ‘Mãe de todas as Musas’, o dom humano que possibilita toda a aprendizagem. (…) O texto memorizado interage com nossa existência temporal, modificando nossas experiências, sendo dialeticamente modificado por elas”.

De fato, no passado (e, excepcionalissimamente, até bem pouco tempo), certas pessoas eram tidas como “livros vivos”, cujas “páginas” sabidas de cor podiam ser consultadas por outrem, em busca de consolo, sabedoria ou mesmo de prazer. Não coincidentemente “a grande literatura épica, os mitos fundadores começam a se perder com o ‘avanço’ da escrita. Por tudo isso e muito mais, o desaparecimento da memorização no ensino hoje em dia é uma estupidez lamentável. Está sendo atirado ao mar o lastro vital da capacidade de pensar”.

Sobre esse e outros paradoxos do desenvolvimento da escrita conversaremos mais um pouco. Rogo apenas um tico de paciência.

Marcelo Alves Dias de Souza é orocurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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domingo - 16/11/2025 - 09:32h

Da janela lateral

Por Odemirton Filho

Foto de produção própria do BCS

Foto de produção própria do BCS

“Vejo uma igreja, um sinal de glória, vejo um muro branco e um voo pássaro, vejo uma grade, um velho sinal” (…)

Na bela e antiga canção de Lô Borges (falecido recentemente) e Milton Nascimento abre-se passagem para a licença poética, uma vez que podemos viajar, interpretar e inundar a nossa alma de uma leve brisa. Dizem que os “elementos como igreja, muro branco e voo pássaro, reforçam o clima contemplativo e nostálgico, lembrando a infância e a vida no interior, mas também apontam para o desejo de liberdade e esperança em tempos difíceis”. (Disponível em //www.letras.mus.br/lo-borges/47027/significado.html).

Sim. Da janela do meu quarto eu posso ver o mundo de muitas formas e cores. Posse enxergar uma igreja e tê-la como um local no qual encontro conforto para o meu coração, aumentando a minha fé. Dependerá da crença de cada um. Nessa sentido, em cada vitória ou derrota que encontro no decorrer da vida, pode ser um sinal de glória para o meu crescimento pessoal.

De longe, também, eu posso enxergar um muro branco, e nele, começar a desenhar e escrever a minha história de vida, fazendo-a colorida e pulsante.

Lembro, quando era criança, ali pelos arredores da Igrená de São Vicente, ao cair da tarde, eu gostava de ver o voo das andorinhas, que bailavam lindamente no ar. Hoje, no bairro onde moro, inúmeras vezes escuto o cantar de várias espécies de pássaros, chamando-nos para viver. No entanto, há quem fique chateado com a sinfonia dos pardais.

Da janela de minha vida, posso enxergar grades que aprisionam, que me impedem de correr em busca dos meus objetivos. Posso, em consequência, fica preso ao meu medo, a minha angústia, ao meu desalento perante o mundo. Muitas vezes, é de bom tom procurar ajuda profissional para abrir as grades da prisão do nosso eu.

Doutro lado, ao olhar pela janela da alma, posso vislumbrar múltiplas possibilidades para a minha vida. É claro que não se pode julgar ninguém, pois cada pessoa sabe o peso que carrega sobre os ombros.

Assim, da janela do meu quarto eu posso ver um velho sinal. Ele pode estar verde, nos mandando seguir avante nos nossos sonhos; pode estar amarelo, para que tenhamos cautela ao tomar alguma decisão na vida. O sinal, enfim, pode estar vermelho, alertando-nos que é o momento de colocar o pé no freio, esperar e refletir; somente depois devemos seguir o nosso caminho.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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domingo - 16/11/2025 - 08:10h

Este é Pedrinho – Memórias de uma cobertura jornalística

Por Marcello Benevolo

Capa do Correio Braziliense (Reprodução do BCS)

Capa do Correio Braziliense (Reprodução do BCS)

Todo fim de ano eu entro em modo reflexivo. Revisito o passado, olho para o presente e arrisco alguns pensamentos sobre o futuro.

Nessa última viagem pela minha memória, parei no ano de 2002.

Naquele ano, eu estava mergulhado na cobertura jornalística do “caso Pedrinho” – o bebê roubado de uma maternidade de Brasília 16 anos antes e que teria inspirado a novela global “Senhora do Destino”, estrelada por Renata Sorrah.

Uma grande equipe do Correio Braziliense, onde trabalhava à época, seguiu para Goiás. Parte dos repórteres ficou em Goiânia. Eu, ao lado do genial fotógrafo Carlos Moura (in memorian), peguei a estrada rumo a Itaguari, uma pacata cidade de aproximadamente 5 mil habitantes, a cerca de duas horas da capital. Era ali que o adolescente costumava passar as férias escolares na casa do “avô” paterno.

Com o “vô Tonho”, fomos reconstruindo a infância desconhecida do então Osvaldo Martins Júnior, nome de batismo dado por Wilma, a sequestradora. Os amigos de infância ainda estavam atônitos com a revelação da história. A reportagem exclusiva do colega Renato Alves, publicada dias antes no Correio, tinha transformado o caso no principal assunto da pequena cidade.

Foi em Itaguari que, por meio de uma paquera de Pedrinho, conseguimos a primeira – e exclusiva – imagem do garoto. A essa altura, ele estava escondido em Goiânia pela mãe adotiva e sequestradora, fugindo da imprensa depois da descoberta do caso e da enorme repercussão nacional da história. Nem para a escola estava indo naqueles dias.

Vale lembrar: não existia iPhone naquela época. E em Itaguari não havia sequer uma lan house. Moura então fez a foto da foto (mas já se usava câmera digital!) e nós voltamos literalmente voando para um hotel em Goiânia, de onde transmitimos a imagem para a redação do jornal, em Brasília.

A foto finalmente impressa foi levada para os pais biológicos de Pedrinho, Jayro e Lia, na casa onde moravam no Lago Norte. Eles não tiveram dúvidas de que aquele adolescente de 16 anos era o filho roubado da maternidade do Hospital Regional da Asa Sul, em 1986. “Até a orelha tem os traços do pai”, teria dito um deles.

No domingo, 10/11/2002, a imagem exclusiva do menino estampou a capa do Correio Braziliense com a manchete: “Este é Pedrinho”, encerrando 16 anos de suspense. O resto virou história: dias, semanas, meses de intensa cobertura jornalística. Tempos depois, Wilma acabou presa e Pedrinho foi morar em Brasília com os pais biológicos.

Minha editora, a habilidosa Ana Dubeux, sempre dizia que um dia ainda “encontraria” Pedrinho. Seria a história da vida dela! E encontrou! Fica aqui o registro: parabéns pela cobertura épica do Correio Braziliense – e obrigado por ter me incluído nela.

Hoje, Pedrinho é advogado, casado, pai de dois filhos. Mora em Brasília com a família e recentemente voltou ao noticiário ao integrar a equipe de defesa do jogador Robinho.

A história completa está contada no livro do jornalista mineiro de Sete Lagoas, com quem tive o privilégio de trabalhar, Renato Alves, sob o título “O Caso Pedrinho” (Editora Geração), disponível em livrarias e marketplaces.

Marcello Benevolo é jornalista e advogado

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domingo - 16/11/2025 - 05:00h

Memórias da República Livre do Patamar da São Vicente

Por Jânio Rego

Tela do artista Laércio Eugênio, colocando em evidência a Igreja de São Vicente em Mossoró

Tela do artista Laércio Eugênio, colocando em evidência a Igreja de São Vicente em Mossoró

Como era o nome dele? Trabalhava na loja de peças de Yoyô Almeida. A memória turvou o nome do personagem da infância mas fixou a cena que compartilhei com Marcilio C. Nascimento.

Depois do almoço ele passava no rumo do bairro da Paraíba, morava por trás da capela de São Vicente. Quando passava, os meninos já estavam sentados na sombra das castanholas da calçada de Dona Helena, conversando, chupando picolé de creme holandês, preparando alguma aventura pelos arredores.

A rua Francisco Ramalho vazia, o patamar da igreja torrando ao sol . Como era o nome dele? Falava com eles, até parava um pouco, e caminhava sem pressa de empregado do comércio, quando à altura da casa de Pedro Borges acendia um invariável cigarro, tão forte que sentíamos o cheiro até ele dobrar a esquina.

Como era o nome dele?

Além de lembrar de ‘Edson Panqueca’, Marcilio lembrou detalhes da família e do destino dele, e ainda me trouxe ao telefone, para falar comigo, ao vivo, mais três personagens da minha vida mossoroense: Francisco Moreira, Marcos Medeiros e Ricardo Benjamim.

Foi um presente de fim de ano.

Boas festas.

Jânio Rêgo é jornalista

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domingo - 16/11/2025 - 03:34h

O Efeito Casulo – Dia 25

Por Marcos Ferreira

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Saíram há pouco. Combinamos de nos encontrar aqui às dezessete horas, isto após enfim eu quebrar o silêncio à noite de ontem e entrar em contato com eles via telefone. Achei que demorassem a chegar. Os três, porém, compareceram quase a um só tempo. O primeiro foi Carlos Santos. Marcos Araújo chegou logo depois e, após uns dois minutos, surgiu Clauder Arcanjo. Recebi-os com um abraço e lhes apertei a mãoainda na calçada. Retribuíram os abraços de modo enérgico. Como de outras vezes, a cafeteira já estava pronta. Entraram e fomos para a mesa da cozinha. Liguei a maquininha e esta começou a processar a rubiácea. O cheiro do moca ocupou o recinto. Notei que examinavam a casa com o rabo do olho, um tanto de esguelha.

Estou há uns dez dias sem fazer uma faxina. Tem poeira por todo lado e é possível de se notar o discreto rendilhado das teias de aranha nos recantos dos móveis, no teto e reentrâncias das paredes. A mesa, no entanto, eu havia limpado direito, sobre a qual coloquei em espera quatro pequenas canecas.

Descreverei agora o que se passou na visita que recebi por volta das dezessete horas, ocasião em que vieram aqui meus prováveis editores Carlos Santos, Marcos Araújo e Clauder Arcanjo. Um ar apreensivo estava estampado naqueles rostos. Esperavam que eu lhes contasse o quanto antes detalhes de minha doença, coisa que divulguei no blogue há quase um mês. Arcanjo me pareceu o mais ansioso. Tinha, repito, o cenho tenso e volta e meia lambia o lábio inferior, exibindo as sobrancelhas mais arqueadas do que de costume. Os outros dois não tinham um aspecto menos preocupado. A veia bem-humorada de Marcos Araújo sumira. A angústia era visível. Carlos Santos falou qualquer coisa sobre eu já lhe ter enviado capítulos com antecedência; e aproveitei a deixa para, enquanto lhes servia o cafezinho, por tudo às claras:

— Muito bem. Acredito que vocês têm ciência de que esse quadro de saúde (doenças, na verdade) é grave e incurável. Já me encontro com metástase. Estou tranquilo, resignado com o destino que se apresentou para mim. Apesar do impacto que sofri no dia em que o doutor Epitácio Coelho (o oncologista) me comunicou tal coisa, não demorei muito e comecei a enviar para o blogue do Carlos Santos essa história irreversível, sem possibilidade de cirurgia. É este o drama.

Clauder, engenheiro da Petrobras e também escritor, a exemplo de Marcos Araújo e de Carlos Santos, é cearense da remota e pequenina Santana do Acaraú. Nos últimos tempos ele mantém um pé em Mossoró e o outro em Fortaleza. Tomou a palavra e destacou que deveríamos ouvir a opinião de outro médico. Carlos Santos balançou a cabeça e soltou um “exatamente”. Percebi que Clauder, além da fisionomiaentristecida, falava com a voz um tanto quanto embargada. Solícito, fraterno, ele me comunicou que eu contaria com todo o suporte necessário para essa viagem e consulta em um hospital especializado e particular daquele estado, berço de tantos grandes talentos na literatura e nas artes como um todo. Pois é, foi-me oferecida a opção de ouvir o parecer de outro doutor, além de contar com ajuda financeira para essa finalidade na capital alencarina. Os demais prontamente aprovaram a proposta de Clauder:

— É isso, Fernando. Concordo com a ideia de Clauder. Podemos ir a Fortaleza o quanto antes fazer novos exames e consultar outro oncologista. Quem sabe esse tumor seja maligno, mas operável, sem metástase. Tentar não lhe fará mal. Outra coisa que você não deveria desprezar é o tratamento por meio de radioterapia e quimioterapia.Não entregue os pontos tão depressa, sem lutar. Fortaleza é um centro mais avançado que Mossoró em vários aspectos — destacou Araújo.

Comecei a servir-lhes o café, que desta vez não obteve o sucesso como da maneira que ocorreu nas ocasiões em que estávamos aqui envoltos pelo puro prazer de nos reunirmos para bater papo, jogar conversar fora. Sentei-me à mesa com minha caneca e expus um ponto de vista acerca do meu próprio caso:

Considero isso, senhores, algo inútil. A terra de Rachel de Queiroz não será minha salvação. Aliás, não há salvação para mim em parte alguma. Estou condenado e resignado com o que me espera em um tempo demasiado curto. Chamei-lhes aqui meramente para discutirmos o que será feito dos livros inéditos. Espero contar com a colaboração de vocês para não deixar os originais confinados no computador tantoquanto no e-mail. Hoje eu lhes informarei a senha. A esta altura dos fatos não desejo outra coisa. Já contratei até um plano funerário. Torço não morrer antes do período de carência para a cobertura dos procedimentos mortuários. Não adianta mais a gente recorrer a Fortaleza ou qualquer centro clínico deste país. Minha situação é um caso defavas contadas. O tempo que me resta é por demais exíguo. Então, estimados amigos, tenho pleno interesse de que fiquem com esta casa, o único bem material que possuo, além dessa bicicleta que estão vendo aí escorada no muro. Cuidarei, de maneira formal, para que tenham direito ao espólio. Não disponho de herdeiro algum. Depois podem vender este imóvel para custear a publicação de minhas obras. Sobretudo cinco romances e um livro de contos, isto sem falar na grande quantidade de poemas.

O jornalista Carlos Santos insistiu um pouco, tentou se agarrar à ideia de Clauder, entretanto acho que, lá no fundo, compreendeu que não há escapatória nenhuma para mim. Cada um tomou o primeiro gole do café e se conservaram em silêncio por cerca de um minuto. Mostravam-se impactados com a notícia do câncer e do destaque que dei ao detalhe da metástase. Carlos Santos, depois de soltar dois pigarros, falou sem me olhar diretamente, os olhos voltados para a caneca:

— Acho difícil acreditar no que está acontecendo. Desde os primeiros capítulos que você me enviou para publicar no blogue, o modo como se isolou até agora, isso me deixou angustiado. Você não merece tal coisa, meu caro. Ainda é jovem, com muita estrada para percorrer no universo das letras. Não é fácil, portanto, processar uma informação desta. Afligi-me esses dias todos recebendo os textos informando, sobretudo, seu estado crítico. Reconheço que não há nenhuma saída, contudo a parte de nos tornarmos herdeiros não me agrada. Sinto-me desconfortável. Será que você não tem por aí algum parente, ainda que distante? Claro que a venda de sua residência cobre tranquilamente os custos da publicação, mas de qualquer modo iríamos nos organizar para trazer esses livros a lume. É isso, prezado Fernando, a gente não se sente nada bem passando à condição de seus herdeiros. Tenho certeza de que Clauder Arcanjo e Marcos Araújo pensam igual a mim. Eu me sentiria muito melhor se tivesse alguém a quem deixar sua casa. Essa doença maldita, no estágio em que o tumor se encontra, não costuma perdoar ninguém. Quanto tempo, aproximadamente, o médico lhe deu? Você pode, ao contrário de nos fornecer a senha de seu e-mail, mandar os arquivos que deseja publicar para nós. Todos anexados em um só documento. Acho melhor assim.

— Está certo. Não atinei para essa opção. Juntarei os arquivos num só documento e mandarei para vocês, tudo no formato Word. A Clauder, principalmente, confio a supervisão dos originais (também conhecidos como bonecas) que a gráfica vai oferecer para conferência, antes de começar o trabalho de impressão. Não vou indicar ninguém, no entanto peço que encontrem um bom designer para conceber o projeto gráfico. Esses são detalhes que eu considero muito relevantes.

— Não se preocupe — interveio Marcos Araújo. — Dedicaremos absoluta atenção para que suas produções literárias sejam impressas com a máxima qualidade, sem qualquer falha. Também ajudarei Clauder nessa etapa do serviço. Pode confiar que os títulos ficarão bonitos e bem-acabados. Quem sabe ainda dê tempo de você mesmo constatar isso. Vamos antecipar a organização, encontrar alguém para cuidar do projeto gráfico e fazer umas capas bem bacanas. Mudando agora de assunto, destaco o quanto é desagradável falarmos a seu respeito como se você não estivesse entre nós. Isso dóisobremaneira nos nossos corações, amigo.

— Agradeço por tanta sensibilidade.

A conversa com meus futuros herdeiros durou aproximadamente três horas. Discutimos os pormenores da publicação dos livros e eles foram embora muito abatidos com a comprovação de minha doença sem jeito.

 Marcos Ferreira é escritor

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sábado - 15/11/2025 - 23:48h

Pensando bem…

“A pior forma de desigualdade é tentar fazer duas coisas diferentes iguais.”

Aristóteles

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sábado - 15/11/2025 - 09:30h
Fiern

Cadu recua temporariamente em cobrança do ICMS antecipado

Desgostoso, Cadu teve que pesar o desgaste e acatar descontentamento de Serquiz e Fiern (Foto: Fiern)

Desgostoso, Cadu teve que pesar o desgaste e acatar descontentamento de Serquiz e Fiern (Foto: Fiern)

Industriais potiguares receberam o secretário da Fazenda Governo do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier, na Casa da Indústria, para um diálogo sobre a antecipação do pagamento de 50% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para empresas participantes do Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (PROEDI). O encontro aconteceu nessa sexta-feira (14). Participaram diretores da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), lideranças e presidentes de sindicatos industriais.

A conversa surgiu a partir de uma demanda do Governo do Estado de tornar perene a iniciativa de antecipar o recolhimento do imposto mês a mês. A medida, já realizada no mês de outubro e anunciada para novembro, provocou reações das lideranças industriais.

Sob pressão, Xavier, que é pré-candidato ao governo estadual, teve que recuar pontualmente. Pelo menos em dezembro próximo e janeiro de 2026, dois meses antes do secretário se desincompatibilizar do cargo à campanha ao governo estadual, a antecipação será engavetada. Depois daí… outro secretário e outro governante (Walter Alves-MDB, vice, que assumirá governo), vão assumir a ‘bomba’.

Mas alertou que o governo Fátima Bezerra tem o poder de manter. Não o fará, nesse período, para não criar um fosso com o empresariado. “É importante ressaltar que é discricionário do governo tornar essa antecipação perene, mas em atenção ao diálogo aberto com a indústria, vamos acatar o pedido de suspensão em dezembro e janeiro para seguirmos com os entendimentos”, disse Cadu Xavier.

“Há um incremento de receita para o Estado cumprir com seus compromissos, mas não estamos vendo, em contrapartida, um trabalho para contenção das despesas. Chegamos a momentos como esse, de dificuldades, em que o Estado tem uma dor e essa pressão bate à porta dos empresários, que com diversas dificuldades, ainda assim, têm que atender”, destacou o presidente da Fiern, Roberto Serquiz.

O secretário Cadu Xavier falou sobre a situação fiscal do estado e apresentou os desafios da gestão para equilibrar as contas públicas. “Grande parte do 13º salário de 2024 ficou para o início deste ano, houve recomposições salariais de diversas categorias e a alíquota de 20% do ICMS só passou a vigorar em abril. Da mesma forma, tivemos que fazer frente a vários acordos com servidores. Essa junção de fatores levou à necessidade de uma medida de incremento nos últimos meses do ano”, pontuou Xavier.

Ele ressaltou que a intenção da medida é garantir a segurança da folha de pagamento, uma prioridade da gestão estadual, e enalteceu o diálogo junto ao setor produtivo. “Temos muito zelo pelas construções coletivas que temos feito junto à Fiern.”

Sugestão que não anda e dificuldades que não param

O presidente do Sindicato das Indústrias de Extração de Calcário, Fabricação de Cimento, Cal e de Argamassa do RN (SINECIM-RN), da Comissão Temática de Meio Ambiente da FIERN (COEMA) e vice-presidente da Federação, Marcelo Rosado, cobrou uma contrapartida do Estado para o setor produtivo. “Temos que fazer um trabalho conjunto e uma das alternativas que a Federação das Indústrias vem apontando é a atualização da legislação ambiental para garantir celeridade no licenciamento, o que daria um impacto positivo no aumento da receita do estado. Essa agenda foi debatida ao longo de todo o ano, mas não encontramos o avanço esperado.”

Outros representantes classistas e empresários evidenciaram a preocupação das indústrias com a medida de antecipação do ICMS. A presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do RN (SIFT-RN), Helane Cruz, destacou a apreensão do setor diante de mais um desafio. “Recebemos o comunicado de antecipação com muita preocupação, porque foi um ano desafiador, com tarifaço e importações de produtos e insumos de outros países, o que prejudica a produção primária do setor.”

“As empresas também passam por um período de compromissos com 13º salário, então uma medida como essa, sem o devido planejamento, gera ainda mais desafios”, completou Helane.

Empresariado sente sufoco em momento de pagamentos de folhas, tarifaço e outros gargalos (Foto: Fiern)

Empresariado sente sufoco em momento de pagamentos de folhas, tarifaço e outros gargalos (Foto: Fiern)

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Categoria(s): Economia / Política
  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
sábado - 15/11/2025 - 08:24h
Líderes 2025

Oscar do empreendedor premia Grupo Queiroz e seus dirigentes

Lucineide e Jair: Grupo Queiroz (Foto: Redes sociais)

Lucineide e Jair: Grupo Queiroz (Foto: Redes sociais)

O Prêmio Líderes Regionais do Rio Grande do Norte 2025 premiou o Grupo Queiroz e seus dirigentes, casal Jair Queiroz-Lucineide Queiroz, como destaque no estado, a partir da região Oeste. O Grupo Queiroz é do segmento supermercadista com mais de 3 mil empregados pulverizados em mais de 20 unidades no RN e Paraíba.

Jair Queiroz é o “Empresário do Ano”, Lucineide Queiroz a “Empresária do Ano” e o Grupo Queiroz a “Empresa do Ano na Região Oeste do RN”.

Em seu discurso, Lucineide Queiroz assinalou: “Esse resultado é reflexo da dedicação diária do Grupo Queiroz, da visão do presidente Jair Queiroz e do empenho dos nossos mais de 3 mil colaboradores, que fazem essa história acontecer todos os dias.”

O Prêmio Líderes saudou os melhores do empreendedorismo potiguar em uma noite de destaque em uma cerimônia no Olimpo Recepções nessa quinta-feira (13), em Natal.

A iniciativa juntou público seleto de autoridades públicas e empresariais, quando foram apresentados os vencedores das 29 categorias, eleitos pelo voto popular em um processo auditado e transparente.

Promoção do Grupo de Líderes Empresariais (LIDE) Rio Grande do Norte, o prêmio é o maior reconhecimento empresarial do estado (veja abaixo todos os premiados).

Vencedores

Agrobusiness
Aquacoco

Bares e Restaurantes
Camarões

Concessionárias
Mercedes Benz STA Motors

Construbusiness
Ecomax

Consultbusiness
Gestus

Distribuidores
Riograndense

Educação
UNP

Energias
NEOENERGIA

Empresas familiares
Nordestão

Hospital/Clínica
Hospital do Coração

Indústria
3 Corações

Instituição financeira
Banco do Nordeste

Laboratórios
DNA Center

Petróleo e Gás
Potigás

Práticas ESG
Natal Shopping

Saúde
Unimed

Serviços
Cril Soluções Ambientais

Serviços jurídicos
MDR Advocacia

Tecnologia
Interjato

Telecomunicações
Brisanet

Terceirização de mão de obra
Proseg

Turismo e Viagens
Aerotur

Varejo
Rede Mais

Gestão Pública
Prefeitura de Natal

Empresa do Ano – Região Oeste
Supermercados Queiroz

Empresária do ano
Rafaela Fontes (Rafaela Fontes
Chocolateria)

Empresária do ano – Região Oeste
Lucineide Queiroz
(Supermercados Queiroz)

Empresário do ano
Sérgio Azevedo (Dois.A)

Empresário do Ano – Região Oeste
Jair Queiroz (Supermercados
Queiroz)

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Categoria(s): Economia / Gerais
sábado - 15/11/2025 - 06:52h
Mossoró

Semana Teológica será realizada pela UniCatólica este mês

Padre Charles pede apoio a uma entidade com mais de 80 anos de atividade (Foto: Allan Phablo)

Padre Charles é reitor da universidade sediada em Mossoró (Foto: Allan Phablo/Arquivo)

Sediada em Mossoró, a UniCatólica do Rio Grande do Norte (UniCatólica) realizará, nos dias 24, 25 e 26 de novembro, a IX Semana Teológica, com o tema “Igreja, sinal de Esperança”. O evento está em comunhão com o Ano Jubilar da Esperança, proclamado pelo Papa Francisco em maio de 2024, por meio da bula Spes non confundit — A esperança não decepciona.

Segundo o padre Charles Lamartine, reitor da UniCatólica, a Semana Teológica tem como objetivo oferecer um espaço de escuta e diálogo entre o saber teológico, os desafios do tempo presente e a missão evangelizadora da Igreja.” Busca, assim, aproximar a instituição da sociedade em geral, por meio de uma programação que contempla palestras, painéis temáticos, oficinas, minicursos, comunicações acadêmicas e experiências formativas, com enfoques teológico, bíblico e pastoral.

O evento acontecerá de forma presencial e com transmissão on-line, a partir das instalações da instituição católica, e é aberto a todos os públicos interessados em refletir sobre a Igreja, sua missão e seu papel na sociedade — sob a perspectiva pastoral da esperança como instrumento de transformação da realidade.

As inscrições estão abertas e podem ser realizadas pelo link:
//www.even3.com.br/ix-semana-teologica-638804.

No site, os participantes encontram todas as informações sobre a submissão de trabalhos acadêmicos, além dos dias e horários das atividades previstas na programação do evento.

Mais informações: unicatolicadorn.com.br.

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sábado - 15/11/2025 - 06:30h
Programa social

Natal tem maior número de beneficiados do Bolsa Família no RN

Programa social tem alcance nacional (Foto: Ana Nascimento/Poder 360/Arquivo)

Programa social tem alcance nacional (Foto: Ana Nascimento/Poder 360/Arquivo)

Capital administrativa do estado, maior PIB, maior orçamento, com maiores atenções e investimentos públicos no RN, Natal também ostenta o topo de um benefício social importante: é quem mais tem famílias beneficiadas com o programa federal do Bolsa Família.

Neste mês, o alcance chega a 70 mil famílias atendidas. Na sequência dos municípios com maior número de famílias atendidas estão Mossoró (29 mil), Parnamirim (21,6 mil), São Gonçalo do Amarante (16,5 mil) e Macaíba (12,9 mil).

Um total de 460.852 famílias em todos os 167 municípios do Rio Grande do Norte estão contempladas em novembro com o Bolsa Família. Para isso, o investimento do Governo Federal no estado supera R$ 308 milhões.

O valor garante um benefício médio de R$ 669,80. O cronograma de pagamentos te e início nesta sexta, 14 de novembro, e segue até o dia 28, de acordo com o final do Número de Identificação Social – NIS.

Em 147 municípios do estado o pagamento foi unificado na sexta (14). A medida é adotada para cidades incluídas nas ações de enfrentamento a desastres, como enchentes, inundações e períodos longos de seca e estiagem.

Brasil

O programa de transferência de renda do Governo do Brasil contempla neste mês 18,65 milhões de famílias (48,59 milhões de pessoas). O valor médio de repasse é de R$ 683,28, a partir de um investimento de R$ 12,69 bilhões.

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sábado - 15/11/2025 - 06:02h
Polícia Federal

Ex-ministro Silvio Almeida é denunciado por importunação sexual

Almeida é um dos intelectuais mais festejados do país nos últimos anos (Foto: Brazão/Agência Brasil)

Almeida é um dos intelectuais mais festejados do país nos últimos anos (Foto: Brazão/Agência Brasil)

A Polícia Federal indiciou, nesta sexta-feira (14), o ex-ministro de Direitos Humanos Silvio Almeida pelo crime de importunação sexual. O relatório da PF foi encaminhado ao ministro André Mendonça, do STF, que enviou o caso para análise da Procuradoria-Geral da República.

Com isso, o procurador-geral Paulo Gonet passa a decidir os próximos passos: apresentar denúncia, solicitar novas diligências ou pedir o arquivamento da investigação. Almeida deixou o comando do Ministério dos Direitos Humanos em setembro de 2024, após vir à tona uma série de acusações de assédio sexual.

Na época, o movimento Me Too Brasil confirmou ter recebido relatos contra o ex-ministro, incluindo o de uma das vítimas mencionadas, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Desde o início das denúncias, Silvio Almeida afirma ser inocente e nega todas as acusações.

Almeida é um dos intelectuais mais festejados do país nos últimos anos.

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sábado - 15/11/2025 - 05:48h
Justiça Federal

Atraso de pagamento a médicos no Estado é denunciado

Capital concentra maior parte dos médicos no RN (Foto: Marcelo Camargo)

Posição de entidade médica vem devido agravamento de problema no Governo do RN (Foto: Marcelo Camargo;Arquivo)

O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CREMERN), por meio de sua assessoria jurídica, protocolou esta semana uma Reclamação Pré-Processual (RPP) perante à Justiça Federal.

A medida visa intervir em um cenário de atraso contínuo nos repasses de verbas por parte do Governo do Estado, que tem impactado diretamente o pagamento de salários e serviços prestados por médicos na rede pública.

A classe médica do Rio Grande do Norte tem enfrentado uma situação desesperadora, com atrasos que, em alguns casos, já se estendem por até oito meses no pagamento de serviços essenciais.

Essa inadimplência do Estado afeta diretamente as empresas contratadas e, por consequência, os profissionais da saúde, gerando problemas financeiros e emocionais incalculáveis para aqueles que são linha de frente no cuidado com a população.

“Uma crise dessa magnitude é inaceitável. O Cremern não concorda com à violação dos direitos dos profissionais que dedicam suas vidas ao bem-estar da sociedade potiguar,” afirma o presidente do Conselho, Dr. Marcos Jácome. “Nossa decisão de acionar a Justiça Federal reflete a urgência e a gravidade da situação que nossos médicos vêm enfrentando.”, completa.

Outras demandas

O principal objetivo da Reclamação Pré-Processual não se limita apenas à cobrança dos valores devidos. O Cremern busca, prioritariamente, abrir um canal de diálogo urgente e imediato com o Governo do Estado. Para tanto, a entidade requereu uma audiência de mediação judicial.

Esta audiência é fundamental para reunir todos os atores processuais envolvidos, incluindo o Ministério Público, as Secretarias de Estado pertinentes e o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte, com o propósito de garantir dois pontos: O imediato pagamento de todos os valores em atraso devidos aos profissionais de saúde e a manutenção plena e ininterrupta dos serviços públicos de saúde.

Natal

“Com relação aos débitos oriundos da Prefeitura de Natal, relativos a Coopmed, as tratativas estão sendo conduzidas pelo Ministério Público do RN, com a Secretaria de Saúde e credor, permanecendo o Cremern vigilante não só com relação a essa Cooperativa, como de qualquer outra, caso seja provocado, ficando a disposição para intermediar e participar do processo, caso não se chegue a uma solução amigável”, disse o conselho em nota.

Leia também: Médico plantonista tem atraso no Estado há 5 meses

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sábado - 15/11/2025 - 05:28h
Dois anos

Conselho de Administração reconduz diretoria da Potigás

Marina Melo e demais dirigentes terão mais dois anos de mandatos (FotoÇ divulgação)

Marina Melo e demais dirigentes terão mais dois anos de mandatos (FotoÇ divulgação)

O Conselho de Administração da Companhia Potiguar de Gás (POTIGÁS) aprovou, na reunião desta quinta-feira (13), a recondução da diretoria executiva da concessionária para mais dois anos de mandato.

A decisão reforça a confiança no trabalho liderado pela diretora-presidente Marina Melo, que permanece à frente da empresa ao lado da diretora administrativa e financeira, Alyne Valentim, e do diretor técnico e comercial, Dennis Falcon.

“Para o próximo biênio, nosso foco é expandir ainda mais essa interiorização do gás natural, chegando com infraestrutura moderna e segura a um número crescente de municípios, além de intensificar os investimentos em inovação e impulsionar novas frentes como o biogás. Seguimos firmes na missão de entregar energia segura, competitiva e sustentável aos potiguares, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Norte”, afirma Marina Melo.

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sexta-feira - 14/11/2025 - 23:54h

Pensando bem…

“Outros podem caminhar com você, mas ninguém pode caminhar por você.”

Andrew Carnegie

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quinta-feira - 13/11/2025 - 23:54h

Pensando bem…

“Um homem deve ser grande o suficiente para admitir seus erros, inteligente o suficiente para se beneficiar deles e forte o suficiente para corrigi-los.”

John C. Maxwell

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quinta-feira - 13/11/2025 - 23:34h
Hospital da Mulher

Escalas mistas preocupam Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia

Profissionais estão sem pagamento há aproximadamente três meses (Foto: Arquivo/ 13 de agosto de 202)

Profissionais estão sem pagamento há quase três meses (Foto: Arquivo/ 13 de agosto de 202)

O Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró (NGO) emite Nota à Imprensa nesta quinta-feira (13). No documento, esclarece relação de trabalho e contrato para atendimento no Hospital da Mulher Parteira Maria Correia e na Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM).

Veja íntegra abaixo:

O Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró – NGO vem a público esclarecer informações relativas ao atendimento médico prestado no âmbito da APAMIM e do Hospital da Mulher de Mossoró, conforme registrado no Oficio n° 22/2025, enviado à SESAP no dia 03/11/2025

Em respeito à transparência e ao compromisso institucional que mantém com os órgãos públicos, profissionais da saúde e a sociedade, o NGO informa que:

A escala de serviços médicos referente à SESAP foi plenamente cumprida, com a disponibilidade de três profissionais por plantão, conforme já formalizado à Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (SESAP/RN) em comunicação anterior.

Os serviços vêm sendo prestados mesmo diante da ausência de contrato formal e da existência de relevante inadimplência, equivalente a aproximadamente três meses de serviços médicos realizados e ainda não quitados pela administração pública.

Em relação ao Hospital da Mulher, o NGO esclarece que:

Foi constatado o restabelecimento da presença de profissionais médicos vinculados a empresa JUSTIZ Terceirização de Mão de Obra Ltda, empresa responsável contratualmente pela escala e execução dos serviços médicos na unidade.

Diante do retorno desses profissionais, a disponibilização paralela de médicos pelo NGO torna-se desnecessária e pode, inclusive, gerar sobreposição de despesas, riscos administrativos e prejuízo ao erário.

O NGO destaca que a eventual coexistência de escalas mistas – com profissionais de empresas atuando simultaneamente – não constitui prática adequada, podendo comprometer a eficiência da gestão de pessoal e impactar a continuidade da assistência.

Diante desse cenário, o NGO solicitou manifestação formal da Apamim, Sesap/RN e demais órgãos responsáveis, a fim de esclarecer:

a) se permanece a necessidade de atuação do NGO no Hospital da Mulher;

b) se a empresa contratada JUSTIZ) está cumprindo regularmente o contrato;

c) quais providências serão adotadas para garantir a conformidade administrativa, a regular execução contratual e a proteção do erário.

Por fim. o NGO reafirma que cumpre integralmente as determinações judiciais e administrativas vigentes, aguardando posicionamento oficial dos órgãos envolvidos, para assegurar segurança jurídica, eficiência administrativa e continuidade qualificada dos serviços de saúde oferecidos à população.

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quinta-feira - 13/11/2025 - 22:34h
Saúde do Estado

Francisco do PT informa sobre recursos de emendas para tomógrafo

Equipamento está sendo consertado, adiantou Francisco do PT (Foto: João Gilberto)

Equipamento está sendo consertado, adiantou Francisco do PT (Foto: João Gilberto)

Durante a sessão plenária desta quinta-feira (13), o deputado Francisco do PT utilizou a tribuna para esclarecer informações sobre uma emenda parlamentar de R$ 6 milhões, indicada pela bancada federal em 2021, destinada à aquisição de três tomógrafos para os hospitais de Açu, Santa Catarina (Natal) e Deoclécio Marques (Parnamirim).

Segundo o parlamentar, a equipe técnica da Sesap alertou, ainda na fase inicial, sobre a impossibilidade de destinação dos equipamentos aos hospitais de Açu e Parnamirim, que não atendiam aos critérios do Ministério da Saúde (MS) para esse tipo de investimento. Apesar do alerta, a proposta foi formalizada, mas acabou recusada pelo MS no mesmo ano.

Francisco explicou que a Sesap refez a proposta, mantendo o tomógrafo do Hospital Santa Catarina e redirecionando os recursos para a compra de outros equipamentos destinados ao Açu, Giselda Trigueiro e Maria Alice Fernandes, mas não obteve resposta do Ministério, o que levou à devolução dos recursos.

O deputado reforçou que não houve negligência do Governo do Estado, e sim entraves técnicos impostos pela pasta federal. Também informou que as peças para o conserto do tomógrafo do Hospital Walfredo Gurgel já chegaram e os reparos estão em andamento. “Trago esses esclarecimentos para que o debate ocorra à luz da informação, e não da desinformação”, concluiu.

Leia tambémTomógrafos do Walfredo param de vez; Sesap não consegue resolver

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quinta-feira - 13/11/2025 - 21:50h
RN

Justiça bloqueia R$ 145 milhões em caso de bets irregulares

Vício nos jogos está desviando finalidade do Bolsa Família (Foto: Joédsom Alves)

Jogatina envolve milhões de reais (Foto: Joédsom Alves/Arquivo)

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN) obteve a decretação de medidas cautelares de sequestro, bloqueio e indisponibilidade de bens no valor de até R$ 145 milhões em investigação que apura um esquema de exploração irregular de apostas de quotas fixas – as bets -, inicialmente amparado por uma lei municipal em Bodó.

A investigação do MPRN foca na apuração dos crimes de lavagem de dinheiro, induzimento à especulação, contravenção penal (exploração de jogo de azar e loteria não autorizada), associação criminosa e crimes contra as relações de consumo. O esquema utilizava como fachada a agência municipal LOTSERIDÓ, criada pelo Município de Bodó, para conferir uma aparência de legalidade a dezenas de plataformas de apostas online.

A atuação do MPRN se deu devido à flagrante ilegalidade das operações, uma vez que Municípios não podem legislar sobre loterias e apostas de quota fixa. A medida cautelar foi considerada urgente diante do risco concreto de fuga de capitais, sonegação e dissipação patrimonial, visando proteger o ressarcimento dos danos causados pela atividade ilícita e a efetividade da persecução penal.

As conclusões do MPRN se fundamentam, entre outros argumentos, no entendimento consolidado do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a matéria. Julgados vinculantes da Corte, como o proferido na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 337, que estabelecem que Municípios não podem explorar serviços de aposta nem de loterias.

O MPRN apurou a movimentação expressiva de recursos financeiros. Foi demonstrado, pela própria Prefeitura de Bodó/RN, em manifestações públicas, que as empresas arrecadaram cerca de R$ 415 milhões em apenas 10 meses de funcionamento, baseado no repasse de 2% da receita bruta (GGR) à Prefeitura de Bodó (cerca de R$ 8 milhões). A análise revelou, ainda, o uso de “laranjas”, indivíduos com perfis socioeconômicos incompatíveis com os valores movimentados.

As investigações apontam para a participação de diversas empresas, muitas delas com indícios de serem de fachada, registrando endereços inexistentes ou continuando a operar mesmo após terem sido baixadas na Receita Federal. Além disso, estão sendo investigados crimes contra as relações de consumo, nos quais as empresas utilizavam a falsificação digital institucional (injeção de códigos em domínios de boa reputação, como “.gov.br”, “edu.br”, para conferir falsa credibilidade) para induzir consumidores a erro.

A ação do MPRN visa interromper um esquema que lesa consumidores e promove a desinformação sobre a legalidade das apostas, sem quaisquer preocupações com a prevenção à lavagem de dinheiro ou com a saúde mental dos apostadores. A indisponibilidade dos ativos financeiros, veículos e bens imóveis serve para garantir a futura reparação dos danos e viabilizar o confisco dos valores obtidos ilicitamente.

A pedido do MPRN, a Justiça potiguar determinou o bloqueio de saldos em contas (correntes, poupança, investimento) e aplicações financeiras, o bloqueio de planos de previdência via Susep, a indisponibilidade de bens imóveis pelo CNIB e o bloqueio de veículos por meio do Renajud.

Com as medidas cautelares decretadas, o MPRN busca a cessação imediata das infrações penais e assegura que os ativos utilizados ou provenientes dos crimes de lavagem de dinheiro sejam bloqueados.

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quinta-feira - 13/11/2025 - 21:22h
Adeus

RN perde o professor, pesquisador e escritor José Lacerda Alves Felipe

Professor José Lacerda foi autor de diversos livros importantes (Foto: TN/Arquivo)

Professor José Lacerda foi autor de diversos livros importantes (Foto: TN/Arquivo)

Faleceu nesta quinta-feira (13), o professor José Lacerda Alves Felipe. Velório e cremação aconteceram à tarde no Crematório Vila Flor, em Macaíba.

Uma grande perda para o conhecimento do RN, figura com vida dedicada ao saber, com enorme capacidade de fazer e conservar amizades. Um homem humilde e generoso, que conheci há mais de 25 anos.

A Universidade do Estado do RN emitiu nota de pesar, saudando sua trajetória bonita. Outras instituições também o fizeram.

Docente de carreira da Universidade Federal do RN (UFRN) por mais de quatro décadas, José Lacerda deixou um legado extraordinário para o ensino da Geografia, para a gestão pública e para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. Autor de livros, pesquisador dedicado e gestor exemplar, ocupou cargos como diretor da Editora Universitária (EDUFRN) e vice-diretor do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), sendo reconhecido também como Professor Emérito da UFRN, o primeiro geógrafo da instituição a receber tal honra.

No dia 29 de agosto deste ano, ele recebeu o título de Professor Emérito da UFRN, sendo uma das últimas homenagens recebidas em vida.

“A Universidade me deu muito: conhecimento, desafios, companheiras e companheiros de jornada e, sobretudo, o privilégio de participar da formação de gerações. Sou muito grato a cada colega, a cada estudante, a cada servidor que dividiu comigo o dia a dia desta instituição. Nada do que vivi seria possível sem vocês”, compartilhou José Lacerda, que também agradeceu às contribuições da sua família como apoio. Entre os seus filhos estão o diretor da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), Ivan Max Freire de Lacerda, e o professor do Departamento de Políticas Públicas da UFRN (DPP), Alan Daniel Freire de Lacerda, que estiveram presentes à cerimônia.

Veja abaixo nota da Uern.

Nota de Pesar

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) lamenta, com profundo pesar, o falecimento do professor José Lacerda Alves Felipe, ocorrido nesta quinta-feira, 13.

José Lacerda se graduou em Geografia pela Uern (1974), fez mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (1982) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000).

Atuou como diretor-presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (FAPERN) e como secretário-adjunto da Secretaria de Planejamento e Finanças do Estado do Rio Grande do Norte (SEPLAN).

Na Uern, foi professor visitante Sênior Capes e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Dinâmicas Territoriais no Semiárido (Plandites).

O velório será nesta sexta-feira, 14, a partir das 8h, no Cemitério e Crematório Vila Flor, em Macaíba. O sepultamento será no mesmo local, às 15h.

Neste momento de dor, a Universidade se solidariza com familiares, amigos(as), colegas de trabalho e ex-alunos(as).

José Felipe recebeu título de Professor Emérito no dia 29 de agosto deste ano (Foto: Cícero Oliveira)

José Felipe recebeu título de Professor Emérito no dia 29 de agosto deste ano (Foto: Cícero Oliveira)

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quinta-feira - 13/11/2025 - 12:50h
Operação Sem Desconto

Ex-presidente do INSS é preso por desvio bilionário na previdência

Alessandro Stefanutto é um dos principais alvos (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Alessandro Stefanutto é um dos principais alvos (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Do G1

O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto foi preso nesta quinta-feira (13) durante mais uma movimentação da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF), que investiga o esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS.

Até a última atualização desta reportagem, nove pessoas foram presas, incluindo Stefanutto (veja lista abaixo).

Stefanutto foi demitido do cargo em abril, após ser afastado da função quando o escândalo de fraudes ao órgão se tornou público.

As investigações revelaram um esquema criminoso para realizar descontos irregulares de valores recebidos por aposentados e pensionistas do INSS, ocorridos no período de 2019 a 2024. Os desvios, conforme as investigações, podem chegar a R$ 6,3 bilhões.

Veja a lista de presos até a última atualização:

Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS;

Antônio Carlos Antunes Camilo, “Careca do INSS”;

André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e relacionamento com o cidadão do INSS;

Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral do INSS;

Thaisa Hoffmann, empresária e esposa de Virgílio;

Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT);

Tiago Abraão Ferreira Lopes, diretor da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), e irmão do presidente da entidade, Carlos Lopes;

Cícero Marcelino de Souza Santos, empresário também ligado à Conafer;

Samuel Chrisóstomo do Bonfim Júnior, também ligado à Conafer.

Veja matéria completa AQUI.

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quinta-feira - 13/11/2025 - 08:38h
Violência

Comerciante é vítima de bala perdida em tiroteio em Mossoró

Arison está fora de perigo de morte (Foto: Jornalismo TCM)

Arison está fora de perigo de morte (Foto: Jornalismo TCM)

Da TCM Notícia e BCS

O comerciante e ex-candidato a vereador Arison Rodrigues da Silva, mais conhecido como Arison “Fofão”, foi vítima de bala perdida durante um ataque a tiros ocorrido no final da tarde desta quarta-feira (12), na Rua Rodrigues Alves, bairro Abolição I, em Mossoró.

De acordo com informações colhidas no local, as vítimas foram atingidas durante uma sequência de disparos efetuados por homens ainda não identificados.

No momento do atentado, Arison caminhava pela rua quando foi atingido por uma bala perdida na região glútea. Ele recebeu atendimento de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e foi encaminhado ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). Em seguida, transferido para o Hospital Wilson Rosado, onde chegou consciente e fora de perigo de morte.

Outros dois feridos teriam sido socorridos por meios próprios antes da chegada do SAMU. O estado de saúde de ambos não foi divulgado.

Ainda não há informações sobre quem seria o alvo dos disparos nem sobre a motivação do atentado. O caso será investigado pela Polícia Civil.

Ano passado, ele foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL).

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