domingo - 26/10/2025 - 11:42h
Extrema distância

Lições sobre a polarização brasileira

Brasil vive um momento de divisão acentuada e especialistas dissecam o problema

Por Flávia Tavares e Giullia Chechia (Canal Meio)

Brasília, o epicentro do poder e o núcleo das diferenças que se transformaram em fosso (Foto: Reprodução do Canal Meio)

Brasília, o epicentro do poder e o núcleo das diferenças que se transformaram em fosso (Foto: Reprodução do Canal Meio)

Há quem considere que chegamos a um nível de polarização intransponível. Há quem resista à noção de polarização por negar que os extremos sejam equivalentes. Há ainda quem responsabilize sempre o outro pela situação. Só não há quem ignore que o Brasil vive um momento de divisão acentuada — e que, ao interditar o diálogo, essa cisão corrói a qualidade da nossa democracia.

Compreender o que nos polariza politicamente é o único caminho para superar esse afastamento. Pensadores de diferentes formações vêm se dedicando à tarefa de investigar, por meio de pesquisas, a polarização no Brasil. O Meio ouviu os quatro maiores especialistas no tema para extrair lições que possam iluminar as portas de saída.

Pablo Ortellado é filósofo, professor de Gestão de Políticas Públicas na Universidade de São Paulo e diretor-executivo da More in Common Brasil. Felipe Nunes é cientista político, CEO da Quaest e diretor do ConnectLab, novo laboratório de estudos da escola de economia da FGV-SP. Mauricio Moura é economista, fundador do Instituto Ideia e professor da Universidade George Washington. Renato Meirelles é comunicólogo, escritor e presidente do Instituto Locomotiva. Todos esquadrinham, indo a campo, o que nos divide. Aqui, eles apontam algumas de suas conclusões.

Ortellado e Nunes concentram seus achados na polarização afetiva, a divisão que supera aquela diferença de opiniões e de preferências partidárias, saudável num ambiente democrático. Ambos oferecem dados inéditos de suas pesquisas para explicar o movimento de calcificação de identidades que torna o outro, o diferente, tão ameaçador — e, portanto, um inimigo a ser eliminado.

Moura e Meirelles analisam os efeitos eleitorais dessa cisão. A maneira binária como o Brasil elege presidentes da República, em dois turnos, e a onipresença do PT e de Lula, direta ou indiretamente, desde 1989 consolidaram os polos entre petismo e antipetismo — mas há alguma porosidade a ser explorada entre as duas pontas. A seguir, alguns dos principais pontos das conversas com os quatro pesquisadores.

O outro como a negação de mim

Há sete anos, o Brasil fervia às vésperas do segundo turno que levaria Jair Bolsonaro à Presidência da República. No dia 21 de outubro de 2018 — exatamente uma semana antes do pleito —, o Hino Nacional ecoava na Praia de Copacabana. Um buzinaço atravessava todas as faixas que ligam o Museu da República ao Congresso Nacional em Brasília. E, em São Paulo, a Avenida Paulista se tingia de verde e amarelo.

Agitando o público paulistano, falando pelo telefone — ele estava em casa de casa se recuperando da facada —, Bolsonaro bradou: “Petralhada, vai tudo vocês (sic) pra ponta da praia. Vocês não terão mais vez em nossa pátria porque eu vou cortar todas as mordomias de vocês. Será uma limpeza nunca vista na história do Brasil”. Seu discurso foi entrecortado pelos gritos dos manifestantes: “Mito, mito, mito!”.

Aquele era, essencialmente, o mesmo público que se reunira um ano antes em apoio à Lava Jato. Mas algo havia mudado no âmago do movimento.

Em março de 2017, no ato liderado por Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre (MBL) e Revoltados Online, apenas 31% dos manifestantes se definiam como de direita. Outros 27% se colocavam no centro; 4% se diziam de esquerda, mas estavam ali. A maioria, 36%, não se encaixava em nenhum espectro. Nem mesmo os valores os uniam: 47% se consideravam muito conservadores, 34% pouco e 15% nada conservadores. O que realmente os conectava era o antipetismo: 85% se reconheciam nesse sentimento.

Em outubro de 2018, a autopercepção dos manifestantes da Paulista havia mudado. A direita dominava: 72% se declaravam assim. O centro minguara a 17%. A esquerda sumiu daquela cena. Apenas 9% continuavam sem se encaixar em nenhum lado. O antipetismo cresceu ainda mais: 91% eram muito antipetistas, 5% pouco e 3% nada. Nos costumes, 74% se diziam muito conservadores, 23% pouco e apenas 2% nada conservadores.

Com o passar do tempo, ser de direita, conservador e bolsonarista foi se consolidando em uma única identidade. Numa outra manifestação, em setembro de 2022, 82% dos entrevistados já se reconheciam no campo da direita (3% permaneciam no centro e outros 3% continuavam fora de qualquer etiqueta política); 80% muito conservadores, e 77% muito antipetistas.

Os dados colhidos pelo Monitor do Debate Político da USP revelam que, nesse intervalo, os manifestantes afinaram suas identidades políticas. O que antes se apresentava como um levante antipetista, mas diverso, passou a movimento alinhado: mais do que antipetistas, aquelas eram pessoas de direita e conservadoras. E essa, segundo Pablo Ortellado, é uma das chaves para entender a polarização.

Primeiramente, ele observa que há dois tipos de polarização que preocupam mais os cientistas sociais. A primeira é a polarização de opinião, que mede a migração gradual da opinião pública para os extremos. A segunda, e mais alarmante, é a polarização afetiva. “É a animosidade de quem adota uma identidade por quem adota a identidade adversária”, explica. “É a ojeriza e o desgosto de uma pessoa de esquerda por uma de direita — e vice-versa.” O problema, segundo ele, é que os estudos recentes indicam que a polarização afetiva tem avançado mais rápido do que a de opinião.

Na tentativa de compreender esse descompasso, Ortellado se apoia nos estudos da cientista política americana Lilliana Mason, da Universidade Johns Hopkins. Suas pesquisas se enraízam na Teoria da Identidade Social, desenvolvida a partir de um experimento clássico conduzido em 1971 pelo psicólogo britânico Henri Tajfel.

Tajfel provou, num experimento, o quanto o simples fato de pertencer a um grupo já bastava para que as pessoas favorecessem “os seus” e hostilizassem “os outros”, mesmo sem motivos concretos.

Mason transpôs essa lógica para o campo político. Até os anos 1990, media-se a polarização apenas pela radicalização das ideias. O afastamento das opiniões para os extremos parecia bastar para explicar o todo. Mas, em meados de 2010, ela notou que as peças não se encaixavam. Sim, as opiniões estavam mudando, se radicalizando. Só que este deslocamento aos extremos se dava lentamente, enquanto a hostilidade entre os grupos crescia rapidamente.

“Era muito comum a pessoa ser republicana e liberal, ou conservadora e democrata”, lembra Ortellado. Essas identidades cruzadas, as sobreposições, funcionavam como amortecedores. Impediam o choque direto entre mundos. Havia zonas de contato, frestas por onde o outro ainda parecia humano, familiar, possível.

Com o tempo, essas frestas se estreitaram. As identidades começaram a se cristalizar, a se empilhar umas sobre as outras até formarem blocos densos, compactos. A lealdade ao grupo cresceu — e, com ela, o reflexo automático da hostilidade. O outro deixa de ser apenas alguém que pensa diferente: virou a negação de tudo o que sustenta o meu mundo. E, por isso, passa a ser visto como uma ameaça à minha própria existência.

Ortellado vê o mesmo processo em curso no Brasil — e embasa essa percepção com dados inéditos, que compartilhou com o Meio. Alguém que antes se dizia apenas antipetista, ao se reconhecer também como de direita e conservador, passa a fazer parte de uma constelação inteira de identidades alinhadas. E, dentro desse alinhamento, o confronto ganha potência.

“A vida é um mosaico de identidades. Quando elas se equilibram, os efeitos são suavizados.” Mas, segundo o professor, atravessamos um momento em que o movimento é inverso: o mosaico está sendo fundido em um bloco único. As peças se colam, e seus efeitos não apenas se somam. Se amplificam.

Para testar a hipótese, a More in Common, em parceria com a Quaest, convidou participantes a se posicionarem em três eixos: esquerda ou direita, bolsonarista ou petista, progressista ou conservador. Depois, pediram que avaliassem o quanto gostam ou desgostam dos pares e dos opostos. O resultado demonstrou que, quanto mais coerentes e alinhadas as identidades, maior o ódio ao grupo adversário.

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Mas que adversário? Outra pesquisa, feita em São Paulo, buscou desenhar o rosto desse ódio. Os entrevistados foram convidados a se definir ideologicamente e a definir os grupos no polo oposto. “Cada grupo projetou no adversário aquilo que nega em si mesmo”, explica Ortellado.

Na prática, as descrições ficaram assim: a direita, em sua maioria (36%), se vê como guardiã da família, da ordem e dos valores tradicionais. Mais 22% se enxergam como pessoas de bem, contra a corrupção e os bandidos. E como eles veem a esquerda? Para eles, 17% são contra a família, a ordem e os valores tradicionais; e 12% são corruptos, bandidos e a favor da corrupção.

Do outro lado, ficaram assim: 56% da esquerda se define como defensora dos trabalhadores e dos mais pobres. Mais 38% são a favor dos direitos humanos e do direito de mulheres, negros e população LGBT. E como eles veem a direita? Para eles, 22% são capitalistas, ricos ou egoístas e a favor das desigualdades sociais; e 16% são contra os direitos humanos ou contra o direito de mulheres, negros e população LGBT.

Ortellado traduz o que esses números expressam: “Quando você projeta no outro a negação de si mesmo, ele deixa de ser apenas alguém diferente. Vira uma ameaça existencial. Não enxergamos a diferença, mas a contradição. Ou melhor: nem enxergamos — imaginamos. E o outro se torna, na nossa cabeça, o oposto absoluto de quem somos”.

A ferocidade do outro

A reação a uma ameaça depende também da dimensão atribuída a ela. Quanto maior o medo, maior a energia empenhada na autoproteção e no contra-ataque. Um dos efeitos da polarização que o Brasil vive apareceu em uma parte ainda inédita da pesquisa Polarização Política no Brasil – 2025. O estudo foi coordenado pelos professores Felipe Nunes, Nara Pavão, Fred Batista e Natalia Bueno, todos pesquisadores do ConnectLab, da FGV.

“A polarização afetiva só existe porque eu tenho medo de que o outro seja uma ameaça a mim”, explica Nunes. Essa percepção de ameaça acaba sendo um terreno fértil para a desumanização do outro. Para se ter uma ideia do grau que isso atinge, os pesquisadores incluem entre as perguntas uma sobre em que grau de evolução estaria o grupo político oposto ao seu. Eles usam aquela foto que todos já vimos na escola, da evolução humana representada do macaco ao Homo sapiens. Lulistas colocam os bolsonaristas na escala macaco. Bolsonaristas fazem o mesmo com lulistas. Todos se veem como mais evoluídos, e isso mostra que o Brasil está num padrão parecido com o dos Estados Unidos de desumanização do outro.

Além disso, cada grupo numa das pontas percebe a si próprio maior do que realmente é. A pesquisa faz questão de segmentar os grupos de maneira a identificar e dimensionar os polos, separando-os dos campos maiores em que eles estão inseridos. Assim, nas proporções autodeclaradas, os lulistas são 20% dos entrevistados. Aqueles da esquerda não-lulista são 15%. Os bolsonaristas são 13%. A direita não-bolsonarista chega a 22%. E os que não se identificam com nenhuma ideologia, os independentes, são 29%. “Ou seja, o lulismo é maior do que a esquerda. A direita é maior do que o bolsonarismo. Isso diz muito sobre como o bolsonarismo consegue ser ruidoso dentro da direita, mesmo não sendo majoritário, e como a esquerda identitária consegue ser ruidosa, mesmo não sendo majoritária na esquerda.”

Mas Nunes e seus colegas queriam extrair mais dessas autopercepções e passaram a perguntar também o seguinte: Qual você acha que é o tamanho do bolsonarismo na sociedade brasileira? E o do lulismo?

A surpresa foi grande. Os lulistas acreditam ser 41% da sociedade, quando são 20%. Do outro lado, os bolsonaristas acham que são 46% do Brasil, quando são 13%. Ambos subestimam grandemente os independentes. As percepções de tamanho de cada segmento estão totalmente distorcidas.

E os pesquisadores foram além. Questionaram ainda sobre o que cada grupo acha que o outro lado quer fazer com o seu. Mais de 80% dos lulistas acreditam que bolsonaristas apoiam a violência contra o seu grupo. A estatística se repete na mão contrária. Na prática, estão todos achando que são muitos e que o lado de lá quer atacar. “A polarização existe na cabeça dos brasileiros. Há uma crença equivocada de que seu grupo é ‘fortão’. Mas por que a polarização persiste na cabeça das pessoas? Porque temos medo que o outro grupo possa nos atacar. Todo mundo, mesmo os independentes, tem medo de que o outro, qualquer outro, faça algo para lhe prejudicar”, acrescenta Nunes.

Seria possível imaginar, então, que conforme o líder de um dos polos se retire do cenário político-eleitoral, já que Jair Bolsonaro está inelegível e preso, essa polarização diminua?

Nunes não é otimista aqui. Isso porque, para ele, grande parte da polarização que o Brasil vive tem uma fonte institucional importante, que é o sistema eleitoral brasileiro de dois turnos. No livro Biografia do Abismo, que escreveu com Thomas Traumann, já havia começado a explorar a diferença de polarização em sistemas presidenciais de primeiro turno e de segundo turno. “ O segundo turno reforça a tese de que você, eleitor, tem de ter um lado e força esse eleitor a escolher o time logo no primeiro turno, abrindo mão do voto sincero e já adotando o estratégico.”

A decorrência é que há um padrão recorrente de votação nos municípios, nos estados, e que está tornando cada vez mais difícil mudar a opinião das pessoas, porque, quando vestem uma camisa, elas sentem a obrigação de defender aquele time mesmo depois que o jogo já acabou e se ele não for tão bem. “Essas camisas estão sendo vestidas cada vez com mais antecedência e mais constância”, diz Nunes. Prova disso é que o índice de correlação de uma eleição anterior para outra, na comparação de urnas, beira os 95%. Ou seja, se o PT teve 800 votos numa urna, numa eleição, ele tende a ter 800 nessa urna na eleição seguinte. “A identidade de time, de grupo, reforçada pela ameaça de que o outro grupo pode te aniquilar, é tão forte hoje na mentalidade brasileira que isso está calcificando preferências eleitorais. Mesmo sem Bolsonaro, mesmo sem Lula, a gente tende a ter uma certa organização da política em torno dos afetos a essas duas lideranças.”

O antipetismo como vetor

E se tem um afeto que polariza é o antipetismo. É em torno dele que o Brasil se divide, ao menos eleitoralmente, na visão de Mauricio Moura. Ao destrinchar o conceito de polarização, ele revisita a ameaça existencial citada por Ortellado, a desumanização por Nunes e reforça a camada da rejeição.

“Ao demonizar o opositor, o eleitor vai para a urna convicto de que qualquer coisa é melhor do que o adversário. É o que chamamos de batalha de rejeições. No Brasil, isso se potencializa pelo sistema binário de escolha. Não temos apenas dois partidos, mas temos um segundo turno que obriga o eleitor a transitar entre um polo e outro”, explica Moura. Ele argumenta que o parlamentarismo tende a frear isso. Na Alemanha, por exemplo, há uma extrema direita crescente, mas ela não governa o país justamente pelo sistema parlamentarista — assim como na Holanda.

O binarismo brasileiro se dá, para Moura, com o agravante de que Lula e o PT estão na urna, no segundo turno, de alguma maneira desde 1989. “Isso faz com que seja muito difícil encontrar alguém que não tenha uma opinião forte sobre Lula e PT, certo? Seja uma opinião anti-Lula ou anti-PT, seja uma opinião favorável.” E, embora a polarização nas eleições estaduais seja bem menos acentuada, com maior trânsito dos eleitores entre os grupos, como elas coincidem com as presidenciais acabam contaminadas.

Ficando estabelecido que em um polo está o PT ou o lulismo, no outro, sabemos que o bolsonarismo, em si, tem uma representatividade perto dos 13%. Mas ele conta, a cada nova eleição, com o que Moura chama de “antipetismo de chegada”. Já no primeiro turno, eleitores abriram mão, em 2018, de votar em Geraldo Alckmin, Ciro Gomes e qualquer outro, apenas para votar em quem tinha mais condição de derrotar o PT. Em 2022, idem. E, assim, o polo bolsonarista parece se fortalecer, mas o que dita mesmo o polo oposto é o antipetismo.

Moura admite que Lula é maior que o antipetismo, tendo testemunhado aquele estranho fenômeno de pessoas que diziam, em 2018, que votariam em Bolsonaro só porque Lula não era o candidato. O que acontece, então, se Bolsonaro sai de cena? O grande desafio do lulismo, no ciclo de 2026, é mobilizar seu eleitorado a ir votar, diz Moura. Afinal, sempre que se trata de uma tentativa de reeleição, o presidente incumbente é o protagonista. A pergunta que polariza é se aquele presidente deve permanecer no cargo.

Ocorre que, tradicionalmente, incluídos no alto índice de abstenção, estão eleitores de baixa renda e baixa escolaridade, perfis que tendem a votar no PT. Não raro, as pesquisas indicam o candidato lulista na frente por mais de 10 pontos e, no dia da eleição, ele ganha por 3 ou 4. “E na segunda-feria todo mundo diz que as pesquisas erraram. Não se trata disso. Só que muitos daqueles que diziam que votariam no candidato do PT simplesmente não comparecem.”

Além disso, há uma pequena massa de insatisfeitos, ali na casa dos 3%, que não entram automaticamente na lógica da polarização, a serem conquistados. Sim, para Moura, ela é pequena assim. Do ponto de vista quantitativo, a prova disso é que, quando se pergunta ao eleitor de Bolsonaro no segundo turno qual a avaliação do governo Lula, a resposta é taxativa. “Não tem ninguém que votou no Bolsonaro que aprova esse governo. E isso independe de elas serem bolsonaristas convictas.” Hoje, embora em alta, a aprovação de Lula é menor do que a do primeiro trimestre do governo. O teto dele é baixo.

Arte ilustrativa

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A porosidade eleitoral

Se à primeira vista a polarização parece um muro intransponível, Renato Meirelles insiste em procurar as brechas. À frente do Instituto Locomotiva, ele investiga onde ainda há espaço para diálogo. Um compilado de estudos revela que, por trás dos ruídos estridentes, persistem zonas de contato entre os brasileiros. São territórios em disputa – e excedem os 3%.

A partir do comportamento eleitoral e do autoposicionamento ideológico, o Locomotiva traçou um mapa do que nos divide. E descobriu que 7 em cada 10 brasileiros vivem nesse terreno movediço que separa um polo do outro. É gente que se inclina, hesita, muda de ideia. É o eleitorado da permeabilidade, que transita de um lado a outro, mas resiste a se fixar.

Entre os que pendem à esquerda, 27% votaram no PT em 2022 e não se arrependem, embora não necessariamente tenham feito o mesmo em 2018, ou sequer se reconheçam como parte da esquerda. Do outro lado, 18% tendem à direita. E há ainda um grupo expressivo que se descolou completamente de qualquer polo: 26% de desiludidos, desmotivados, abstenções, votos nulos, arrependimentos. Esses percentuais deixam de fora os extremos do espectro político e descrevem justamente o espaço intermediário, a área onde predominam as nuances e as mudanças de rota. É a fatia do meio.

Nesse cenário de instabilidade, Meirelles identifica os primeiros sinais de frestas para romper a polarização. Duas cenas ilustram a permeabilidade: dos inclinados à direita, 39% defendem que o Estado deve intervir na economia para garantir o crescimento do país. Entre os que se aproximam da esquerda, 36% acreditam que o aborto deveria continuar sendo considerado crime. “Isso é importante porque você começa a entender onde estão os pontos de porosidade dentro dessa suposta calcificação do eleitorado — e percebe também algumas incoerências.”

Longe de serem apenas paradoxos, essas contradições apontam caminhos possíveis. “Quando pensamos em superar a polarização, precisamos perder menos tempo com os convictos e caminhar em direção ao grupo mais intermediário”, defende. É um eleitorado que, muitas vezes, não se envolve o suficiente para sequer ir votar. Ou que decide o voto na ponta do laço.

A cada eleição, o Brasil repete um velho padrão: indecisão prolongada e alta abstenção. No último pleito presidencial, 1 em cada 5 eleitores não compareceu às urnas no segundo turno, e 14% escolheram o candidato apenas na véspera ou no próprio dia. Ao acompanhar o mesmo grupo de eleitores por quatro semanas, durante o segundo turno, o Locomotiva encontrou 30% de volatilidade — votos que mudavam de direção entre uma rodada e outra. A instabilidade se concentrava entre os mais pobres, os mais jovens e os menos escolarizados. Destes, 18% alteraram o voto efetivamente depositado nas urnas em relação à intenção declarada três dias antes do pleito.

E a oscilação passou longe de se encerrar no domingo da eleição. Atravessou o tempo, ressurgiu nas conversas, nas avaliações de governo, no vai e vem das opiniões. A volatilidade tornou-se quase um modo de estar na política. Mesmo com o governo avançando para o último ano, cerca de um terço dos eleitores ainda se declara disposto a mudar de opinião sobre Lula. Em números, isso significa que o presidente pode alcançar até 56% de aprovação, enquanto o teto do descontentamento se estabiliza em 43%. Esse movimento no centro reverbera nas bordas do espectro político.

Mesmo nas extremidades do debate, onde o ruído é mais intenso, Meirelles identifica pequenas rachaduras. São os territórios mais rígidos — 11% de petistas convictos e 18% de bolsonaristas fiéis —, mas nem eles escapam das contradições. Quando provocados em temas como tributação, porte de armas, aborto e drogas, até os mais convictos vacilam. Entre os petistas ferrenhos, 69% sustentam opiniões progressistas em três desses temas ou mais; entre os bolsonaristas, 63% mantêm posturas conservadoras.

Percepções que, aliás, também não estão tão distantes quanto parecem. O instituto presidido por Meirelles replicou no Brasil uma pesquisa da Pew Research, feita nos Estados Unidos, e perguntou a eleitores de Lula e Bolsonaro sobre temas de costumes e de Estado. Identidade de gênero, posse de armas, família, casamento, eficiência do governo, programas sociais e auxílios entraram no balaio. “Na dimensão dos costumes, há 19 pontos percentuais separando eleitores de Lula e Bolsonaro. Na visão de Estado, 16 pontos. Ou seja, em média, o que divide os brasileiros são 18 pontos percentuais — contra 50 nos Estados Unidos, entre eleitores de Donald Trump e Kamala Harris. Temos, portanto, uma polarização real, mas muito menos profunda que a norte-americana”, afirma.

O retrato pintado por Meirelles revela um país menos aprisionado em trincheiras e mais como um solo vivo, que se reorganiza a cada passo. A polarização, pondera, é real, mas jamais inquebrável. As fissuras no eleitorado abrem pequenas frestas de diálogo, passagens tênues por onde o sopro da conversa pública ainda circula. É por essas aberturas que surge a possibilidade de reconstruir pontes e dar novo fôlego à democracia.

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Categoria(s): Política / Reportagem Especial
domingo - 26/10/2025 - 10:46h

Guerra entre coronéis – as eleições de 1934/1935 no RN

Por Honório de Medeiros

Mário Câmara, Interventor Federal no Rio Grande do Norte de 2 de agosto de 1933 a 27 de outubro de 1935 (Foto: Reprodução)

Mário Câmara, Interventor Federal no Rio Grande do Norte de 2 de agosto de 1933 a 27 de outubro de 1935 (Foto: Reprodução)

Em uma avaliação muito pessoal, penso que a década de 20, no Rio Grande do Norte, acabou quando o Partido Popular elegeu o Governador do Estado após a vitoriosa campanha de 1934 -1935 e a aristocracia rural cedeu, assim, o Poder à burguesia mercantil/industrial que se instalava em terras potiguares.

Esse novo Brasil que surgia após a Revolução de 30 – hoje tão esquecida – e se consolidou na Era Vargas, mas cujo ideário “tenentista” pode ser rastreado até o Golpe de 1964, no Rio Grande do Norte encontrou, quando da redemocratização depois aviltada por Getúlio, uma estranha situação política configurada de forma radical no embate político partidário de 34/35: de um lado, liderado por Mário Câmara, união entre cafeístas, que poderiam ser posicionados à esquerda do espectro político, e coronéis do interior do Estado, proprietários de terras e criadores de gado, acostumados ao mando mais absoluto em seus redutos eleitorais; e, do outro, a burguesia mercantil e industrial cuja base maior, surgida a partir do cultivo e beneficiamento de algodão e exploração do sal, era o Oeste e Alto Oeste do Rio Grande do Norte, com epicentro em Mossoró e liderada pela família Fernandes, e o Seridó, grande plantador e fornecedor do denominado “ouro branco”, liderado pelo ex-governador José Augusto Bezerra de Medeiros.

Não por outra razão, concluído o pleito, foi eleito Governador do Estado, pela Assembleia Legislativa, Rafael Fernandes, líder político no Oeste e Alto Oeste, em detrimento de José Augusto.

É deprimente constatar a pouca literatura acerca desse período por demais importante da história do Rio Grande do Norte. Excetuando um ou outro opúsculo, desaparecido das vistas dos pesquisadores e somente encontrados, depois de muita luta, em sebos que como é sabido, primam pela desorganização e falta de higiene, três livros, apenas, bastante antagônicos entre si, jogam alguma luz sobre o período aludido: “A HISTÓRIA DE UMA CAMPANHA”, de Edgar Barbosa; “VERTENTES”, autobiografia de João Maria Furtado; e “DO SINDICATO AO CATETE, autobiografia de Café Filho.

O primeiro, visceralmente ligado aos líderes do Partido Popular; o segundo, cafeísta histórico.

Aqui não cabe uma incursão na história dos anos vinte e trinta do Rio Grande do Norte. Não é essa a intenção. O que se pretende, é mostrar o contexto político de exacerbada violência vivida no Estado naquela época, na qual o coronelismo como conhecido, cuja erradicação era uma promessa de campanha da Revolução de 30, vivia seus últimos esgares.

Essa violência, não esqueçamos, na campanha política de 34-35, foi posterior à invasão de Mossoró por Lampião, fato ocorrido em 1927, mas com a qual guarda estranhas ligações.

Para se ter uma ideia, o livro de Edgar Barbosa começa com uma página na qual se lê seu oferecimento e indica fielmente o que há de vir pela frente:

À MEMÓRIA IMPERECÍVEL DOS SACRIFICADOS NA CAMPANHA DE CIVISMO E REDENÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE; A FRANCISCO PINTO, OTÁVIO LAMARTINE, MIGUEL BORGES, JOSÉ DE AQUINO, FRANCISCO BIANOR, MANOEL DOS SANTOS, LUÍS SOARES DE MACEDO E ADALBERTO RIBEIRO DE MELO; às vítimas da covardia dos cangaceiros, aos seviciados pela barbaria policial, a todos os que sofreram humilhações e injúrias, aos perseguidos, aos ameaçados, aos coagidos no seu trabalho e nos seus lares, aos que morreram com fome e sede de liberdade. Homenagem do Partido Popular.

Coronel Francisco Pinto de Apodi, assassinado em 2 de maio de 1934 em sua casa, aos 39 anos (Reprodução com IA para o BCS)

Coronel Francisco Pinto de Apodi, assassinado em 2 de maio de 1934 em sua casa, aos 39 anos (Reprodução com IA para o BCS)

Dentre os mencionados na homenagem chama a atenção o nome do Coronel Francisco Pinto, parente, compadre e correligionário político do Coronel Rodolpho Fernandes, a aquela altura já assassinado, e que escapara da morte – ainda hoje não se sabe como – quando da invasão de Apodi em 1927 pelo bando de Massilon([1]), assim como o de Otávio Lamartine, ninguém mais, ninguém menos que filho do ex-Governador, deposto pela Revolução de 30, Juvenal Lamartine.

Não se vai entrar nos meandros dos dois assassinatos. Entretanto é inegável que suas mortes somente aconteceram em decorrência da campanha política de 34-35.

Mesmo aqueles que se posicionaram em lados opostos ao abordar a questão se negariam a contradizer tal afirmação.

Outro fato que demonstra a exacerbada violência daqueles tempos é pungentemente narrada por Amâncio Leite em carta dirigida a Sandoval Wanderley, diretor de “O Jornal”, em Natal, aos 20 de janeiro de 1937, publicada em forma de opúsculo, depois, pela “Coleção Mossoroense”[2].

Nessa carta famosa, à época, Amâncio Leite, eleito deputado estadual pela situação([3]) na campanha de 34-35, protesta por sua prisão e a de seu colega Benedito Saldanha, acusados de “extremismo” e “comunistas”, acusação essa acatada pela Assembleia Legislativa do Estado em sessão do dia 10 de setembro de 1936 na qual todos os deputados do Partido Popular votaram a favor, tão logo chegaram ao Poder, em um claro revide aos seus adversários.

O coronel latifundiário Benedito Saldanha acusado de “comunista”. Ironia do destino…

A presença da violência, portanto, era algo comum na política daqueles anos. O homicídio em decorrência de disputas pelo Poder, também o era. Como negar esse fato se um pouco mais atrás, em 26 de julho de 1930, o assassinato de João Pessoa por João Dantas deflagara a Revolução de 30?

Muito embora João Dantas tenha morto João Pessoa em decorrência do aviltamento que sofrera com a publicação em jornal oficial de sua correspondência íntima com Anaíde Beiriz, é fato que isso somente ocorrera porque ambos eram fidagais inimigos políticos.

E da presença da violência ocasionada por disputas políticas não estava livre, naqueles anos 20, o Rio Grande do Norte.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura de Natal e do Governo do RN

[1] Consta que as mesmas lideranças políticas que estavam por trás da invasão de Apodi em 1927 também o estavam em 1934, quando do assassinato do Coronel Chico Pinto.

[2] Série B, nº 768.

[3]Aliança Social, liderada por Mário Câmara.

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domingo - 26/10/2025 - 09:48h

Meditando o tempo

Por Odemirton Filho

Pavilhão Vitória ficava na Praça Rodolfo Fernandes, sendo ponto de encontro durante muitos anos (Fotomontagem BCS)

Pavilhão Vitória ficava na Praça Rodolfo Fernandes, sendo ponto de encontro durante muitos anos (Fotomontagem BCS)

Benfazejas são algumas lembranças; fazem-nos recordar momentos e pessoas especiais. Sim, aprecio e fico feliz quando os leitores navegam comigo nesse mar de tempos idos.

Por quê? Porque o cotidiano é tão repleto de dificuldades, sobretudo de silenciosas batalhas subjetivas, que reviver momentos singulares acalma o coração. Quem não gosta de relembrar pessoas queridas? Pessoas que se foram, deixando uma lacuna imensa em nossas vidas? Pois bem, sempre procuro trazer a este blog textos livres, leves e soltos.

Sei que aqui e acolá faço alguma crítica. Contudo, faço de forma geral, sem ofender a honra de quem quer que seja. Já bastam a intolerância e o ódio disseminados diariamente nas redes sociais.

No entanto, cada pessoa tem o seu estilo de escrever, o que respeito, diga-se de passagem. Mas prefiro cultivar na alma, paz, apresentando aos leitores uma crônica suave, que aqueça o coração.

Assim, inspiro-me em crônicas que falam sobre o simples da vida. Exemplo? Um trecho de uma das belas crônicas do inigualável Jornalista Dorian Jorge Freire, a seguir transcrito:

Procurar a Mossoró de ontem, procurei (…), tirei do baú o meu terno de linho irlandês diagonal, branco, passado com muita goma, mandei engraxar por Chico Doidinho os meus sapatos Fox de bicos finos, passei Glostora nos ralos e raros cabelos e subi a 30 de Setembro a procura da Vigário Antônio Joaquim. (…) Digam onde estão os charutos de padre Mota, a gargalhada de Motinha, o riso bom de Manuel Leonardo, o cafeísmo de Negus, os comícios do velho João Leite? Benício Gago, seu reco-reco e seu jumento”?

E continua o mestre Dorian:

A praça Pé Duro, depois Praça do Pax, virou Rodolfo Fernandes e perdeu sua dignidade. Porque perdeu, na avalanche, o Pavilhão Vitória, a voz de Jorge Pinto anunciando deslumbrantes tecnicolors, o bozó do Bar Suez, onde se vendia a cerveja mais gelada do mundo”.

Percebe-se que ele escreve sobre um tempo distante, do dia a dia de uma Mossoró ainda com ares de cidade interiorana. Talvez, poucos leitores tenham vivido esses momentos e conhecidos referidas pessoas.

Ademais, costuma-se dizer que antigamente o tempo passava devagar, quase parando, porquanto as pessoas tocavam a vida sem a correria dos dias atuais. Sentavam-se nas calçadas, na boquinha da noite, para jogar conversa fora e falar da vida alheia; aos domingos, reuniam-se em família para saborear um lauto almoço.

Por isso, veio-me à memória um texto do poeta Mario Quintana: “havia um tempo de cadeiras na calçada. Era um tempo em que havia mais estrelas. Tempo em que as crianças brincavam sob a claraboia da lua. E o cachorro da casa era um grande personagem. E também o relógio da parede. Ele não media o tempo simplesmente: ele meditava o tempo”.

O tempo deve ser um aliado; jamais, inimigo.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
domingo - 26/10/2025 - 09:00h

O Santo ofício

Por Bruno Ernesto

Santa Verônica, Altar-Mor Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas/MG (Foto: Bruno Ernesto, 10/2025)

Santa Verônica, Altar-Mor Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas/MG (Foto: Bruno Ernesto, 10/2025)

Muito embora a história de Aleijadinho como artista seja encantadora e de superação, como como um bom cristão, também foi uma vida de provação.

Como registrei anteriormente (//blogcarlossantos.com.br/nem-tanto-nem-santo/) , um bom artista visual, seja ele pintor ou escultor, precisa, além domínio da técnica, de um inegável, apurado e profundo conhecimento histórico.

E quem põe os olhos das obras dele pode constatar que elas são inigualáveis, tanto do ponto de vista técnico, quanto da expressividade histórica.

Embora haja uma tendência a se concentrar todos méritos do barroco brasileiro para Aleijadinho – o que não seria exagero, convenhamos -, claro que ele não foi o único artista barroco consagrado no século XVIII, existindo outros tantos artistas com altíssimo nível, como, por exemplo, Mestre Ataíde, autor do Retábulo-mor do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas/MG.

Todavia, a condição de mestre alçada por Aleijadinho foi muito além do seu dom artístico, também tendo demonstrado que foi um personagem muito à frente do seu tempo no que se refere ao pensamento.

Quando suas limitações físicas foram avançando, seu  ajudante, um escravo de nome Maurício, passou a elaborar e adaptar as ferramentas utilizadas por Aleijadinho, de modo que ele pudesse continuar a produzir sua arte.

E o que podemos ver até hoje de sua arte, foi produzida justamente após o agravamento de sua condição de saúde. Daí seu cognome. Contudo, pouco se registra que ele dividia tudo que ganhava com Maurício.

Se hoje seria impensável que um ajudante pudesse ser meeiro de um grande artista, o que se falar da meação de ganhos com um escravo em pleno século XVIII? Era um escândalo.

Se aquele corpo definhado fisicamente não foi suficiente para suplantar a sua arte e, sobretudo, força de vontade, sua atitude de reconhecimento e isonomia, lhe garante ainda mais o reconhecimento como um ser humano generoso e transformador.

Talvez – quem sabe – tenha posto em prática o que tão bem conhecia, mas a seu modo, já que não se deve conformar com este mundo, mas transformá-lo pela renovação da mente.

E nada mais confrontador com o padrão, que pôr em prática o que se prega. Afinal, não adianta esculpir santos e não praticar o que se defende.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 26/10/2025 - 08:24h

Um inimigo dos loucos

Por Marcelo Alves
munch-henrik-ibsen-at-grand-cafe - Henrik Ibsen Henrik Ibsen (1828-1906), o genial dramaturgo, nasceu numa pequena vila portuária da Noruega. Mas o seu teatro (ele foi também diretor) e a sua poesia não mimetizaram a gelidez da sua terra natal. Ao contrário, ele foi um dos precursores do realismo e do modernismo nas artes cênicas. Fez escândalo, na verdade. Era um “denunciante” de falsos moralismos e coisas que tais.

Algumas de suas peças são conhecidíssimas: “Peer Gynt” (1867), “Casa de Bonecas” (1879), “Um Inimigo do Povo” (1882), “O Pato Selvagem” (1884) e por aí vai. Alguns dizem ser ele, no seu métier, o segundo, apenas atrás de Shakespeare (1564-1616). E gigantes do teatro, gente como Gerhart Hauptmann (1862-1946), George Bernard Shaw (1856-1950), Oscar Wilde (1854-1900) e Eugene O’Neill (1888-1953), lhe pagaram tributo.

Ibsen perambulou muitos anos pela Europa. Sobretudo pela Itália e Alemanha. Quem viaja, se sabido, enxerga longe. Faleceu, em glória mas já inválido, na capital Oslo.

Para se ter uma ideia do tamanho de Ibsen, colho um trecho do “Ensaio sobre Henrik Ibsen”, de Otto Maria Carpeaux, que consta de um pequeno livro de bolso, intitulado “Seis Dramas” (parte 1), coleção “Mestres Pensadores”, da Editora Escala:

“Henrik Ibsen é o maior dramaturgo do século XIX. O superlativo – superlativos têm sempre qualquer coisa de exagero – justifica-se desta vez, com toda facilidade. Goethe, Schiller e Alfieri pertencem inteiramente, ou pela maior parte da obra, ao século XVIII; Tchekov significa um crepúsculo melancólico; Strindberg já é o século XX. E na época entre o começo e o fim do século? Os epígonos não contam; a glória do teatro romântico francês já passou. Kleist, Georg Buechner e Gogol, três gênios dramáticos, que não se realizaram inteiramente. Quem há mais? O teatro realista francês, Augier, Dumas Filho, só tem hoje interesse como precursor de Ibsen, que lhe tomou emprestados os processos cênicos e os ambientes burgueses; Hauptmann e Shaw já confessam que o próprio Ibsen foi o ponto de partida das suas obras. Ficam ainda dois grandes nomes: Hebbel e Bjørnson. Em Hebbel a crítica literária reconhece hoje a substância ibseniana, prejudicada pelos artificialismos do epigonismo classicista; Hebbel desapareceu do palco onde apareceu Ibsen. Bjørnson, o patrício de Ibsen, e seu companheiro e inimigo inseparável durante a vida inteira, empalideceu cada vez mais ao lado do rival maior; dia virá – já veio talvez – em que a vida e a obra de Bjørnson servirão apenas para esclarecer melhor a vida e a obra de Henrik Ibsen”.

O genial dramaturgo participa de todas as virtudes (e dos defeitos também, claro) do seu século. Um século, o XIX, que se orgulhava de ser o “século da ciência e da técnica”. Ibsen se preocupava com as descobertas da ciência, com as maravilhas e as angústias que os processos científicos provocam, e tinha a esperança, em razão das intervenções da ciência, num futuro melhor para a humanidade. E aqui jogo luz sobre a peça “Um Inimigo do Povo”, de 1882, cujo protagonista é um médico local que casualmente descobre e investiga a contaminação das águas de um balneário de uma pequena cidade norueguesa.

O médico imagina ser aclamado por haver descoberto, através da ciência, a verdade. Por salvar a todos, locais e turistas, da infecção/doença generalizada. Mas “algo” fala mais alto. Do negacionismo a outros interesses menos confessáveis. Os habitantes se viram contra ele, o “inimigo do povo”. E a desgraça, individual e coletiva, está feita. Pelo menos para os de bom-senso, lembrando que a ciência, dizia o nosso Rubem Alves (1933-2014), nada mais é que o bom-senso organizado.

Se evitar contaminação e doenças parece bom-senso – pelo menos para os de bom-senso –, isso não se mostra tão óbvio para aqueles outrora chamados de fanáticos loucos, e hoje, eufemisticamente, apenas apelidados de negacionistas.

Se na fábula de Ibsen foi assim, hoje, quem alerta para a gravidade da nossa situação sanitária, para o número absurdo de mortes, para o charlatanismo de remédios ineficazes, para o impacto atual e futuro da política/visão negacionista, inclusive sob o ponto de vista econômico, é taxado por alguns de torcer pelo “quanto pior, melhor”, pelo “vírus” ou de outras baboseiras/loucuras mais. É luta.

Afirmar a dura verdade e a ciência, ou simplesmente o bom-senso organizado, nos torna “um inimigo dos loucos”.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 26/10/2025 - 06:26h

O Efeito Casulo – Dia 22

Por Marcos Ferreira

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Levantei-me antes das sete horas. Fui para o banho e deixei a cafeteira funcionando. Ao sair do banheiro, senti-me disposto e vim para a escrivaninha com uma caneca de café puro. Aqui me encontro escrevinhando estas primeiras linhas, que espero resultem num capítulo. Não tenho ideia de onde isto vai parar. Rabisco sem rumo; não vislumbro nenhum roteiro, ainda menos um desfecho.

Nas últimas vinte e quatro horas tive um sono tranquilo. Sinto-me equilibrado do ponto de vista psicológico. Continuo evitando os relacionamentos, as interações sociais. Nunca participei de grupos de WhatsApp. Há cerca de um mês fechei as minhas contas no Facebook e no Instagram. Também nunca tive Twitter. Faço jejum intermitente há bastante tempo. Estou em falta com as atividades físicas. Quanto ao cérebro, malho quase todos os dias com um pouco de leitura e o exercício da escrita. Não fosse pelo câncer, ousaria dizer que tenho uma saúde de ferro.

Contudo a realidade é outra muito diversa. Torço que os medicamentos promovam o meu bem-estar por um bom período. Depois daquela injeção de morfina, os mal-estares me deram uma trégua. Hoje, por felicidade, me encontro sem dores nas costas, ânsias de vômito nem outros desconfortos. O dia segue normal. Em razão disso, como se pode concluir, tenho ânimo suficiente para escrever.

Conduzo agora a redação para outro destino. Ao dar uma rápida olhada no Google por meio do telefone, deparei-me com o assunto da condenação, pelo Supremo Tribunal Federa (STF), do filho da puta que assolou este país desde que foi eleito presidente da República naquele nefasto 2018. Durante e após o mandato, o grande percevejo social não fez outra coisa além apodrecer esta pátria que esteve à beira da ditadura, na iminência de um golpe de Estado cujo mentor do plano de abolição violenta da democracia era justamente o energúmeno. Por uma questão de higiene psicológica, embora não seja necessário, não citarei o nome do parasita maior.

Não quero, entretanto, me ater a este assunto. Felizmente a condenação ocorreu e decerto em breve o pulha será confinado em alguma instituição prisional. Torço que seja na Papuda ou em Bangu 8. Ao menos é o que desejo, apesar de o traste possivelmente ser confinado em uma sala da Polícia Federal (PF) ou em algum quartel do Exército e, para minha total frustração, em prisão domiciliar.

Chega! Este tipo de assunto abala meus nervos. Neste relato não desejo me envenenar, nem praticar voduísmo contra quem quer que seja. Mesmo em se tratando de insetos peçonhentos como esse a que fiz alusão. Nesta metade de uma manhã um tanto nublada, pois venho pelejando com esta narrativa há quase duas horas, aproveito o bem-estar de que ora usufruo para concentrar meu gênio criador em algo de fato literário. Tenho a sensação de que estou descambando para uma redação confusa, prolixa. Pois é, eu poderia produzir algo brando, ameno, conciliador. As pessoas gostam de ler coisas suaves e atuais. Por exemplo, como está na moda, discorrer acerca de futebol ou reality shows, alguma dessas tantas lavagens cerebrais que alcançam sucesso mundo afora e que são encontráveis nos streamings, alguns até gratuitos. Pronto, vou deixar para trás a indignação e o ódio que dedico aos tipos escrotos.

Melhor compor uma página mais ou menos recreativa. É essa natureza de texto à qual as pessoas dão mais importância. No futebol, por exemplo, o Flamengo ganhou mais uma perante o Botafogo. E, para o meu regozijo, que me perdoe meu vizinho, o Vasco da Gama tomou uma goleada do Fluminense. Aí está. Eis um tema de amplo interesse. No tocante ao meu drama, deixo-o para depois.

Marcos Ferreira é escritor

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 1

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Leia também: O Efeito Casulo – Dia 21

 

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Categoria(s): Conto/Romance
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domingo - 26/10/2025 - 04:30h

O novo rosto da advocacia

Por Marcello Benevolo

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

A advocacia sempre foi mais do que o domínio das leis. Hoje, vejo ainda mais claro que seu verdadeiro valor está na capacidade de entender o lado humano, as reais necessidades do cliente.

Num evento jurídico realizado esta semana em São Paulo, onde tantas discussões giraram em torno do fazer da advocacia, ficou claro que o conhecimento jurídico é essencial, mas insuficiente. É preciso ir além — não ser um mero tradutor de leis, mas um verdadeiro parceiro, alguém que enxerga o cliente como pessoa, e única.

A grande inquietação do momento em todas as profissões está no uso da inteligência artificial. Entre olhares desconfiados e receios legítimos, surge a pergunta que atormenta muitos advogados: seremos substituídos pela máquina? A resposta é complexa.

A tecnologia não elimina necessariamente o profissional, mas substitui quem não souber se adaptar a ela. O advogado do futuro será aquele que, no presente, abraçar as novas ferramentas e as integrar com ética, assertividade e inteligência no seu trabalho.

A advocacia está se transformando também! O tempo do formalismo rígido, do terno imaculado e do escritório impecável não é mais suficiente. Hoje, a efetividade e a conexão com o cliente são a essência. O advogado moderno precisa ser ágil, humano e tecnológico — sem perder o foco na estratégia que realmente atende às necessidades da pessoa que está do outro lado da mesa.

O futuro é dos advogados que se atualizam e evoluem, não dos que resistem às mudanças. O universo jurídico seguirá avançando porque é dinâmico e exige profissionais capazes de navegar entre o tradicional e o inovador. Quem não acompanhar essa evolução estará fadado a ficar para trás, enquanto a advocacia do futuro continuará a acolher, transformar e fazer a diferença.

Essa é a advocacia que acredito: uma advocacia consciente, presente, e preparada para os desafios de hoje e amanhã. A missão permanece a mesma, mas o jeito de atuar precisa acompanhar os tempos, com humanidade, ética e tecnologia ao lado da inteligência e da estratégia.

Marcello Benevolo é jornalista e advogado

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Categoria(s): Artigo
sábado - 25/10/2025 - 23:06h

Pensando bem…

“Não é segurando nas asas que se ajuda um pássaro a voar. O pássaro voa simplesmente porque o deixam ser pássaro.”

Mia Couto

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sábado - 25/10/2025 - 10:34h
3º Desafio Liga Jovem

Município classifica alunos para evento nacional de empreendedorismo

Prefeito Kênio, professores, secretária Milane e estudantes: avanço (Fotomontagem do BCS)

Prefeito Kênio, professores, secretária Milane e estudantes: avanço (Fotomontagem do BCS)

Dois projetos de alunos da Escola Vila Ceará, no ensino fundamental de Serra do Mel, foram classificados para a Etapa Estadual do 3º Desafio Liga Jovem, a maior competição nacional estudantil de empreendedorismo de impacto, promovida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do RN (SEBRAE/RN). O município é o único do estado com essa conquista no Ensino Fundamental.

Os projetos são:

AgroCenso, orientado pela professora Robervalda Filgueira, com os alunos Giovana Daniele, Maria Eloísa, Valéria Emilly e Nicolas Nascimento;

Finanças Agricultor, orientado por Jonas Gabriel, com os alunos Riquelme Bento, Gabriel Vitor e Kaio Pietro.

A próxima fase acontecerá no dia 30 de outubro, a partir das 13h, quando a banca de jurados iniciará a avaliação das equipes. Cada grupo terá 5 minutos para apresentar o projeto e, na sequência, responderá às perguntas da banca de especialistas, dentro de uma sessão de até 3 horas, incluindo apresentações, avaliações e feedbacks.

Na etapa estadual, serão selecionadas as três melhores equipes de cada categoria. Dos projetos de Serra do Mel, apenas um poderá avançar, já que ambos concorrem na mesma categoria do Ensino Fundamental.

Os alunos estão confiantes em seguir para a competição em Belém (PA), com a final prevista no México. O prefeito Kênio Azevedo (PP) e a secretária de Educação, Milane Azevedo, participaram da entrega dos certificados aos alunos e exaltaram o feito, como estímulo para que outros estudantes se dediquem mais ainda aos estudos.

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Categoria(s): Educação
sábado - 25/10/2025 - 09:22h
Assembleia Legislativa do RN

Programa “Assembleia e Você” é premiado pelo CNJ

Iniciativa da ALRN lida com um elenco de atendimentos (Foto: ALRN)

Iniciativa da ALRN lida com um elenco de atendimentos (Foto: ALRN)

O programa “Assembleia e Você”, da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), novamente é destaque nacional. Concorrendo com instituições de todo o País, o programa foi um dos classificados do prêmio Justiça e Saúde, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O Prêmio Justiça e Saúde do CNJ é um instrumento que seleciona, premia e dissemina ações, projetos ou programas voltados a orientar as políticas judiciárias para o aprimoramento das formas adequadas de soluções de conflitos envolvendo as saúdes pública e suplementar. O Assembleia e Você, em 2023, conquistou o prêmio Unale, no encontro que reúne os legislativos de todo o País.

O Legislativo do RN concorreu na categoria Poder Público, disputado por casas legislativas e pelo Poder Executivo nas instâncias federal, estadual, distrital ou municipal, incluindo instituições públicas de saúde.

“O tema desta terceira edição era Diminuição do índie da judicialização na saúde pública e suplementar e btivemos uma honrosa terceira posição. Gostaria de agradecer e parabenizar o presidente da Casa, Ezequiel Ferreira e aos demais deputados pelo apoio e atuação na área da saúde”, afirmou Ricardo Fonseca, diretor de Políticas Complementares.

Ricardo Fonseca destacou as parcerias mantidas com a Liga contra o Câncer, o Hospital Varela Santiago, Hospital da PM e prefeituras. “Agradecemos o apoio da diretoria-geral e da presidência, bemo como à Escola da Assembleia, através do escritório de projetos, que conduziu a inscrição do programa e a todos os servidores que contribuem para o time ALRN ser mais forte, competente, organizado e bem posicionado no cenário nacional”, disse.

O Prêmio Justiça e Saúde, em sua terceira edição, estimula a definição de parcerias entre o Judiciário, instituições de saúde e a sociedade civil. A ideia é fomentar a implantação de práticas que reduzam a judicialização e fortaleçam a cidadania. Os projetos são avaliados com base em critérios como efetividade, sustentabilidade, replicabilidade e impacto social em ambos os eixos da premiação.

Os outros vencedores da categoria Poder Público foram: o projeto “Uso de Dados da Judicialização da Saúde para Aprimoramento da Política Pública”, da Procuradoria-Geral do Rio Grande do Sul, que ficou em 1º lugar. Em segundo lugar, ficou a iniciativa da prefeitura de São Luís e da Defensoria Pública do Maranhão, “Acordo de Cooperação Técnica entre a Prefeitura Municipal de São Luís e DPE/MA”.

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público / Política / Saúde
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sábado - 25/10/2025 - 08:32h
Agosto e setembro

Sinduscon/RN divulga resultados do Custo Unitário Básico

Variações do CUB apresentaram quedas nos dois meses estudados (Foto: Freepik)

Variações do CUB apresentaram quedas nos dois meses estudados (Foto: Freepik)

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Norte (SINDUSCON/RN) publicou os índices do Custo Unitário Básico da construção (CUB) referentes aos meses de agosto e setembro de 2025, baseados no projeto padrão R8-N, que caracteriza um edifício de oito pavimentos com dois quartos, seguindo um padrão convencional.

Em agosto, o CUB registrou o valor de R$ 1.960,84, representando uma variação negativa de 0,70% em relação ao mês anterior. Já em setembro, o indicador apresentou nova queda, sendo calculado em R$ 1.955,09, com variação negativa de 0,29%.

As reduções consecutivas nos custos refletem fatores como estabilidade nos preços de materiais, contribuindo para uma leve desaceleração dos custos de construção no período analisado.

O CUB é um dos principais termômetros da construção civil, servindo como referência para orçamentos, contratos e acompanhamento da evolução dos custos no setor. A divulgação mensal das variações é essencial para o planejamento das empresas e para maior segurança no desenvolvimento de obras em andamento e futuros projetos.

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Categoria(s): Gerais
sexta-feira - 24/10/2025 - 23:04h

Pensando bem…

“Pessimismo leva à fraqueza, otimismo ao poder.”

William James

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sexta-feira - 24/10/2025 - 09:34h
Senador

Flávio Bolsonaro sugere que EUA ataquem barcos no Rio de Janeiro

Flávio disse sentir "inveja" dos ataques dos EUA (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Flávio disse sentir “inveja” dos ataques dos EUA (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Do Canal Meio e outras fontes

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse sentir inveja da destruição de barcos de supostos traficantes venezuelanos pelos EUA e manifestou apoio a ataques semelhantes no Rio de Janeiro.

“Ouvi dizer que há barcos como esse aqui no Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara, inundando o Brasil com drogas. Você não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando a combater essas organizações terroristas?”, escreveu em resposta a uma publicação do secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth. (g1)

A publicação do senador provocou uma enxurrada de críticas de parlamentares governistas, que o chamaram de “traidor da pátria”, e mesmo de seguidores dele, embora houvesse também manifestações de apoio. (Globo)

Saiba mais AQUI.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 24/10/2025 - 08:44h
Mossoró

“Dia Potiguar do Cordelista” tem manifestações culturais no Cafezal

Banner de divulgação

Banner de divulgação

A partir das 17 horas desta sexta-feira (24), o Dia Potiguar do Cordelista (21 de outubro) será lembrado, numa alusão à data de nascimento do poeta Antônio Francisco Teixeira de Melo. O evento será no Cafezal & Bistrô, no Memorial da Resistência, Corredor Cultural de Mossoró.

O Dia Potiguar do Cordelista é lei sancionada pela governadora Fátima Bezerra (PT).

Com apoio do BNB Cultural e parceria com a Comissão Mossoroense de Folclore (COMFOLC), a exaltação aos cordelistas é denominada “Da terra da gente”, repleta de manifestações culturais como exposição de xilogravuras, de origami, cordéis, feira de cordéis e espetáculos artísticos.

Eriberto Monteiro e Goretti Alves farão homenagens aos “Sábios sabiás”, destacando Zé Lima (in memoriam) e Marcus Lucenna. Também haverá destaque para o poeta e cantador Elizeu Ventania, através de Nilson Silva.

Também vão se apresentar Elma Cunha, Marcus Vinicius, George Wagner, Magaly Holanda, Goreth Medeiros, Kéllia Araújo e Mestre Amendoim numa roda de coco.

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Categoria(s): Cultura
  • Art&C - PMM - Climatização - Agosto de 2025
sexta-feira - 24/10/2025 - 04:32h
Mossoró

Estudantes da SESI Escola ganham medalhas em Olimpíada Nacional

Premiação é motivo de orgulho na comunidade escolar (Foto: Divulgação)

Premiação é motivo de orgulho na comunidade escolar (Foto: Divulgação)

Os estudantes da SESI Escola Mossoró conquistaram destaque nacional na Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (ONEE) 2025, realizada entre os dias 6 e 13 de outubro. A competição utiliza desafios gamificados para estimular o aprendizado sobre o uso racional da energia elétrica, premiando alunos que se destacam pela criatividade, desempenho e compromisso com a sustentabilidade.

Nesta edição, a escola conquistou duas medalhas de bronze, com os alunos Alexsander Florentino e Pedro Lucas Souza, além de sete menções honrosas, obtidas pelos estudantes Ana Gabriela Filgueira, Hiago Cabral, João Filipe Freire, Lara Souza, Maísa Amaral, Mirela Firmino e Rebeka Almeida.

As atividades foram supervisionadas pelos professores Samuel Uitley, Iran Barroso, Tony Domingos e Harly Paulo, que acompanharam os alunos nas etapas de estudo e nas atividades propostas pela olimpíada.

De acordo com o docente Samuel Uitley, o resultado reflete o engajamento dos estudantes e o compromisso da escola em promover práticas sustentáveis. “Ver nossos alunos sendo reconhecidos em uma competição nacional é motivo de grande orgulho. Eles mostraram curiosidade, dedicação e espírito de equipe”, destacou.

Sobre a ONEE

A Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (ONEE) é uma iniciativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), sua edição de 2025 conta com coordenação do Instituto Abradee e proposição da RGE, uma empresa do grupo CPFL. A realização da ONEE envolve 48 distribuidoras de energia de todo o país, unindo forças para construir uma cultura energética mais consciente e alinhada ao Plano Nacional de Eficiência Energética.

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Categoria(s): Educação / Gerais
quinta-feira - 23/10/2025 - 23:52h

Pensando bem…

“Não há pessoa que não ame a liberdade, mas quem é justo exige-a para todos. Quem é injusto, apenas para si mesmo.”

Ludwig Börne

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Categoria(s): Pensando bem...
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quinta-feira - 23/10/2025 - 21:38h
27 Gastrobar

Robinzband e Radiola Club farão a festa do Musibol e Diassis Linhares

Banner de divulgação

Banner de divulgação

O programa “Musibol” está em festa. Faz aniversário de 49 anos na radiofonia mossoroense, sob o comando do radialista Diassis Linhares.

E ele mesmo completa 51 anos de atividade ininterrupta com o microfone, iniciada na extinta Rádio Tapuyo de Mossoró, em 1974.

Para marcar os dois feitos raros na comunicação, o 27 Gastrobar dará palco à festa comemorativa com Robinzband e Radiola Club. Será no próximo dia 31 (sexta-feira da próxima semana), a partir das 21 horas.

O 27 Gastrobar está localizado na Avenida João da Escóssia, bairro Nova Betânia, número 1293.

Contato para aquisição de acesso e outras informações por este número de WhatsApp: (84) 9-9926-9721

Ouça o Musibol e outras atrações na Rádio Web Sal da Terra AQUI.

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Categoria(s): Comunicação / Gerais
quinta-feira - 23/10/2025 - 18:28h
Mobilização que segue

Greve de servidores administrativos da Saúde chega ao quarto dia

Mobilização esteve em protesto na frente do Giselda Trigueiro (Foto: divulgação)

Mobilização esteve em protesto na frente do Giselda Trigueiro (Foto: divulgação)

Nesta quinta-feira (23), os servidores administrativos da Saúde do Estado completaram quatro dias de greve. Na programação, mobilização nas ruas de Natal. Pela manhã, a direção do Sindsaúde/RN visitou o LACEN e o SVO, dialogando com os trabalhadores e reforçando a importância da união neste momento. Em seguida, o movimento se concentrou em frente ao Hospital Giselda Trigueiro, onde aconteceu mais um ato público da greve com falas e agitações.

Próximo ao fim do ato, os servidores (as) fecharam a Avenida Doutor Mário Negócio e dialogaram com a população que apoiou o movimento com um grande buzinaço! E a luta continua com novas atividades nos próximos dias:

Na sexta-feira (24): reunião interna para debater propostas, corrigir rumos e fortalecer a organização da greve;

Na segunda-feira (27): grande assembleia com ato e acampamento na Governadoria, reunindo caravanas vindas do interior.

A categoria segue cobrando do governo Fátima Bezerra (PT) respostas concretas às reivindicações: jornada de 30h, gratificação de 20%, reajuste das funções de chefia, pagamento das horas extras e implementação do vale-alimentação.

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quinta-feira - 23/10/2025 - 17:06h
Seca

Governo Federal reconhece emergência em 65 municípios do RN

Quadro de seca atinge a grande maioria dos municípios do RN (Foto ilustrativa da Assecom do Governo do RN)

Quadro de seca atinge a grande maioria dos municípios do RN (Foto ilustrativa da Assecom do Governo do RN)

O Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira (23) o reconhecimento da situação de emergência em 65 municípios do Rio Grande do Norte afetados pela estiagem prolongada.

A medida atende à solicitação encaminhada pelo Governo do Estado, que havia requisitado o reconhecimento para um total de 147 municípios potiguares. Os demais municípios não incluídos nesta nova publicação já possuíam decretos de emergência vigentes, emitidos anteriormente pelas próprias prefeituras, o que dispensou nova homologação federal, evitando sobreposição de atos administrativos.

O reconhecimento federal garante continuidade ao apoio nas ações emergenciais de convivência com a seca, como o abastecimento de água potável, a perfuração e instalação de poços e o transporte por carros-pipa, além das ações voltadas à redução dos efeitos da seca às atividades econômicas.

Critérios

O coordenador da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Fonsêca, explicou os critérios técnicos que embasaram o reconhecimento e o cruzamento de dados entre as esferas estadual, federal e municipal: “O decreto estadual contemplou 147 municípios, mas ao consultar a plataforma da Defesa Civil, identificamos que 73 deles já possuíam reconhecimento federal vigente, emitido por decretos municipais. O reconhecimento depende do preenchimento do Formulário de Informação de Desastre (FIDE), realizado por cada município. Esses 65 municípios reconhecidos agora foram os que preencheram o formulário e não tinham reconhecimento federal ativo ou estavam no fim da vigência”, destacou.

O coordenador esclareceu o número total de municípios atualmente amparados por decretos em vigor: “Chegamos a 130 municípios com reconhecimento vigente hoje. Isso ocorre porque há casos de municípios que aparecem tanto no reconhecimento federal quanto na listagem estadual. Alguns municípios, no entanto, não foram reconhecidos por questões técnicas, justamente por não terem preenchido o Formulário de Informação de Desastre, que é requisito obrigatório para o reconhecimento federal”, explicou o tenente-coronel Fonsêca.

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quinta-feira - 23/10/2025 - 16:36h
Natal, Terça-feira, 28

“Mídia Talks” traz nomes de peso que enxergam futuro da comunicação

Luiz Benite, Caio Luiz, Alex Pagliarini, Marcelo Eduardo, Patrícia Rêgo, Fernando Fischer e Rapha Borges são nomes definidos para evento (Fotomontagem do BCS)

Luiz Benite, Caio Luiz, Alex Pagliarini, Marcelo Eduardo, Patrícia Rêgo, Fernando Fischer e Rapha Borges são nomes definidos para evento (Fotomontagem do BCS)

Será na terça-feira (28), a partir das 8h na Sala VIP do Cinépolis no Natal Shopping, a primeira edição do MidiaTalks, Palestras, debates e painéis trazem a Natal um elenco de peso da área de comunicação, falando sobre inovação, linguagem, Inteligência Artificial, tecnologia, mercado, presente e futuro da mídia.

O MídiaTalks é organizado pelo Sindicato das Empresas de Rádio, Televisão, Jornais, Portais e Revistas do RN (MIDIACOM-RN) e o Sindicato das Agências de Propaganda do RN (SINAPRO-RN), Tem a finalidade de abordar as transformações do setor e o futuro da mídia com um público formado por 100 convidados, entre executivos de veículos de comunicação, agências, anunciantes, autoridades públicas e lideranças do mercado.

O primeiro painel vai abordar a TV 3.0 e vai ser uma discussão sobre o novo ecossistema da televisão brasileira com a participação de Fernando Fischer (vice-presidente de Negócios e Comercialização do SBT), Patrícia Rêgo (diretora de Afiliadas da Globo), André Dias (superintendente de Rede e vice-presidente de Televisão da Record) e Caio Luiz de Carvalho, diretor-geral de Comunicação e assuntos corporativos do Grupo Bandeirantes.

Em seguida, é a vez de Alex Pagliarini, CEO e fundador da Criativista ESG4, apresentar o Cannes Lions Road Show. Na oportunidade, ele vai mostrar os principais cases e tendências do Festival Internacional de Criatividade de Cannes, o maior e mais prestigiado evento do setor no mundo. Pagliarini conhece bem do assunto pois acompanha o festival e seus bastidores há mais de 20 anos.

Quem também está confirmado no MidiaTalks é Rapha Borges, que traz a palestra CrIAtividade para Humanos. Ele é CEO na Tiger.ai, agência que une criatividade, tecnologia e inteligência artificial.

Borges tem mais de duas décadas de experiência em grandes agências como Africa, GUT e WMcCann. Na Tiger.ai, eles desenvolveram uma IA própria, 100% brasileira, que integra linguagem de marca e dados reais para maximizar relevância e segurança nas campanhas.

O modelo de trabalho desenvolvido na empresa em que ele atua combina inovação e colaboração, entregando soluções ágeis e impactantes para os clientes e tem como objetivo impulsionar mudanças significativas no setor, criando ecossistemas onde humanos e IA trabalham juntos para gerar valor de forma inédita.

Outro painel confirmado é o “Rádio: Abordagem sobre inovação, digitalização e o papel do Rádio em um ambiente multiplataforma”, que vai ter as participações de Marcelo Eduardo, diretor de Operações da Rede Jovem Pan Sat, e Luiz Benite, vice-presidente de Operações do Grupo Massa/ SBT, o maior grupo de comunicação do Paraná.

Nota do BCS – Obrigado ao diretor-executivo da Rede InterTV de Comunicação e presidente da MIDIACOM-RN, Thiago Lajus, pelo convite.  Iniciativa supimpa. Tentarei não faltar.

Sucesso.

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  • Art&C - PMM - Climatização - Agosto de 2025
quinta-feira - 23/10/2025 - 15:36h
Negócios

Mossoró Oil & Gas Energy abre inscrições; evento será em novembro

Abertura foi bastante concorrida, nessa segunda-feira (Foto: divulgação)

Evento vai para sua décima edição com abrangência ainda maior (Foto: Arquivo/2024)

Estão abertas as inscrições para a 10ª edição do Mossoró Oil & Gas Energy, no site www.mossorooilgas.com.br. Maior evento de petróleo e gás onshore do Brasil , o Mossoró Oil & Gas Energy será realizado de 25 a 27 de novembro, em novo local esse ano: na área de eventos do Partage Shopping Mossoró.

A iniciativa, também uma das maiores do gênero na América Latina, transformará Mossoró em um grande centro de negócios, inovação e sustentabilidade.

O evento contará com área ampliada para cerca de 6498 metros quadrados, o que representa um aumento de 40% em relação a 2024, reunindo mais de 200 estandes, palestras, rodadas de negócios, exposições e encontros técnicos.

Ampliando Sinergias

Presidente da Redepetro RN, organizadora do evento, José Nilo Sousa Júnior está otimista com a 10ª edição.

O Mossoró Oil & Gas Energy, segundo ele, ganhou novas proporções e passou a contemplar o setor energético renovável como um todo.

“Embora tenha nascido voltado ao petróleo e gás, o evento hoje reflete a integração energética que vivemos. Falamos de energia em sentido amplo — das fontes fósseis às renováveis —, mostrando que Mossoró e o Rio Grande do Norte têm lugar de destaque nesse novo cenário”, afirma José Nilo.

Além de espaço para discutir o cenário energético, o Mossoró Oil & Gas Energy é estratégico também para negócios. Na edição de 2024, que recebeu 9.941 visitantes, a feira movimentou cerca de R$ 43 milhões, resultado de negócios diretos e indiretos, segundo balanço da Redepetro RN. A expectativa é superar esse desempenho em 2025.

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Categoria(s): Economia / Gerais
quinta-feira - 23/10/2025 - 13:30h
Pesquisa Diário do RN/DataVero

Styvenson está no topo ao Senado; Fátima é 2ª e Zenaide fica para trás

Arte produzida pelo jornal e portal Diário do RN (Reprodução do BCS)

Arte produzida pelo jornal e portal Diário do RN (Reprodução do BCS)

O cenário estimulado da disputa para o Senado mostra ampla vantagem do senador Styvenson Valentim (PSDB), pré-candidato à reeleição, quando os entrevistados foram perguntados sobre a opção para primeiro voto. Em relação ao segundo voto, ele também aparece em primeiro lugar.

São números mostrados pela pesquisa Diário do RN/Instituto DataVero, nesta quinta-feira (23).

Styvenson alcança 33,97%, seguido pela governadora Fátima Bezerra (PT) com 17,02%. Zenaide Maia (PSD) aparece com 9,47%; Álvaro Dias (Republicanos) com 8,48% e Carlos Eduardo (PSD) com 8,41%. Coronel Hélio (PL) tem 2,85% e Babá Pereira 0,79%.

Não souberam ou não responderam 6,36% e 12,65% responderam “Nenhum”.

Segundo voto

Com relação ao segundo voto para o Senado, Styvenson Valentim se mantém em primeiro, embora com uma margem menor, com 15,70%. Zenaide Maia tem 14,04%; Álvaro Dias 12,58%; Carlos Eduardo 10,60%; Fátima Bezerra 8,48%; Coronel Hélio 5,03%; Babá Pereira 1,13%. Não souberam ou não responderam 12,78%. 19,67% responderam “Nenhum”.

Espontânea

Segundo levantamento do Instituto DataVero, 76,56% não souberam ou não responderam em quem votariam para senador, se as eleições fossem hoje. 4,24% responderam “nenhum”.

Entre os nomes citados na pesquisa espontânea, o senador Styvenson Valentim aparece em primeiro com 10,86%, seguido pela governadora Fátima Bezerra com 4,37%.

A terceira postulação mais citada é a da senadora Zenaide Maia, com 1,85%.

Outros nomes citados aparecem com menos de 1% como o senador Rogério Marinho, os ex-prefeitos de Natal Álvaro Dias e Carlos Eduardo, o presidente da Femurn Babá Pereira, além do prefeito Allyson Bezerra, o ex-senador José Agripino, Bispo Paulo, Coronel Hélio, Garibaldi Alves, o ex-deputado Rafael Mottaa e a ex-governadora Rosalba Ciarlini.

O Instituto DataVero ouviu 1510 eleitores, de todas as regiões do Estado, entre os dias 18 e 20 de outubro. A margem de erro é de 3% (para mais ou para menos) e o nível de confiança é de 95%.

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Categoria(s): Política
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