Brinquedo mortífero
Por Marcos Ferreira
Depois que foi brutalmente agredido naquela noite por três homens encapuzados, Jaime Peçanha decidiu não esperar por outra sova. Sua psique sofreu grande desequilíbrio desde o grave incidente. É comum ele passar longo tempo elaborando mentalmente um revide contra os seus incógnitos agressores e supostos mandantes daquela ação covarde. Em sua paranoia, culpa o prefeito Wallace Batista.
A verdade é que Jaime nunca bateu muito bem da bola. É instável e enfermiço como quase todos que padecem de transtorno bipolar. O ataque aconteceu na obscura ruazinha que margeia a Biblioteca Municipal de Mondrongo, após ele deixar o lançamento do livro de crônicas do amigo advogado Luciano Aires, antes das nove horas. Por conta disso, então, Peçanha perdeu o amor a uma significativa quantia de dinheiro e decidiu se armar. Recorrendo ao valor que lhe foi pago pela rescisão trabalhista na Tribuna Mondronguense, sacou três mil e quinhentos reais e os aplicou na aquisição de um revólver calibre 38 com capacidade para oito disparos.
O brinquedinho, um Taurus seminovo com numeração raspada, foi adquirido por intermédio de João Claudione, amigo de infância de Jaime que se tornou traficante de armas e drogas. No mercado legal o revólver pode custar em torno dos sete mil reais. Em aço inox fosco, com mira ajustável, coronha anatômica e cano de seis polegadas e meia, concilia desempenho de ponta e alto poder de fogo.
— Ele é uma belezinha — gabou o traficante.
— Hum. Também gostei — admitiu Jaime.
— Vale o investimento — disse o marginal.
— Faça um precinho camarada na munição.
— Com certeza, meu peixe… Deixe comigo.
— Quanto tem? Não precisa ser das especiais.
— O quanto quiser — respondeu o meliante.
— Não sei ao certo. Talvez umas cinquenta.
— Cinquenta vão lhe custar só duzentos reais.
— Ok, Claudione. O seu preço está razoável.
— Isso é considerando a nossa velha amizade.
— Obrigado. Você sempre foi muito bacana.
— Não vá dizer que pegou um otário, hein?
— Claro que não, amigo. Nunca eu faria isso.
— Não, não. É que eu sou metido a humorista.
— Sim. Essa sua veia é bem antiga, meu caro.
— Meu sonho era ir ao programa do Rô Sabóia.
— Bem, isso agora está bastante complicado.
— É verdade. E nem programa ele tinha mais.
— Seja como for, o Rô Sabóia foi um gigante.
— Com certeza! E eu serei um eterno fã dele.
— Apesar dessa vida, você tem alma de artista.
— O meu desejo era mesmo ser um humorista.
— Hum. Quem sabe ainda haja tempo, rapaz.
— Depois que a gente entra nesse mundo, não tem mais saída. Talvez eu até possua talento para fazer as minhas piadinhas que alguns amigos acham engraçadas, outros nem tanto, porém enveredei pela bandidagem e não tem mais volta. De possível artista passei a bandido de quinta categoria. Um fracasso!
— Não deve ser tão severo consigo mesmo.
— Já fiz tanta coisa que você nem imagina.
— Não precisa me contar nada, Claudione. Seja lá o que tenha feito, continuamos amigos. Nunca vou esquecer que você me salvava dos moleques da escola. Alguns queriam bater em mim e você botava todos para correr. Acho que você foi o meu primeiro super-herói. Os safados morriam de medo de você.
— E você me salvava nas avalições de português. Sempre fui um jegue em se tratando de língua portuguesa. Já você era craque.
— Mas você me socorria em matemática.
— Me lembro. Foram bons tempos aqueles.
— Pois é… Foram inesquecíveis para mim.
— Faço minhas as suas palavras, meu chapa.
Jaime chegou em casa totalmente deslumbrado com a compra que fizera. Sozinho a tarde inteira, atirou-se sobre a cama e ficou lambendo a “cria” durante horas. Só bastante depois guardou o revólver e foi tomar um banho.
A esposa, Laura Gondim, e o amigo jornalista Reginaldo Marinho viram a compra do revólver como uma medida arriscada para o próprio Jaime, tendo em vista que ele, pelo que se supõe, é meramente um homem de letras, e não de armas. Reginaldo, temendo o pior, recordou que as estatísticas apontam que a maior parte das pessoas que tentam reagir a algum tipo de abordagem, mesmo que se trate de violência psicológica ou física, não raro acabam mortas por seus agressores, pois estes, ao contrário de suas vítimas, sempre contam com o elemento surpresa em suas atuações criminosas. Por sua vez, Peçanha se escora no fato de haver servido no Exército e trabalhado durante um curto período em uma empresa seguradora de numerários.
À noite, na mesa da cozinha, contando com a presença de Reginaldo, que tomava sopa com o casal, Jaime encostou o prato e foi ao quarto. Daí a pouco retornou com uma caixa de sapatos e a colocou à sua direita, na ponta da mesa. Deu mais duas colheradas na sopa, limpou os lábios finos com um guardanapo de papel e abriu a caixa. Dela, enrolado numa flanela verde, retirou o pau de fogo.
— Não precisava ter trazido essa coisa para cá, justamente no momento em que estamos jantando! É assim que agradece ao Nosso Senhor pela refeição?! — protestou Laura. — Se queria apenas mostrar a Reginaldo, que esperasse acabarmos a comida. Só de olhar para isso fico com os meus nervos abalados. Sabe muito bem que não quero tal objeto em minha casa. Mas aí você me aparece logo com um troço desses. Para mim, eu já lhe disse, isso simboliza violência, cheira à desgraça, à morte. Como se não bastasse, ainda tem a questão da origem do revólver, cuja numeração, como me contou, está raspada. Além desse detalhe, para complicar de vez a sua situação, você se encontra completamente ilegal, porque não possui um porte de arma.
— Vejam só como ele é bonito — disse Jaime.
— Mas está carregado? — inquiriu Reginaldo.
— Claro que não. Deixei a munição lá dentro.
— Ah, pelo menos isso — resmungou Laura.
— Sinta só o peso. Isto sem os oito cartuchos.
Jaime passou o trinta e oito para Reginaldo Marinho. O repórter de política o recebeu em meio a um leve suspiro, exibindo um excesso de cuidado, como se tivesse em mãos uma delicada peça de cristal. Desocupou uma das mãos e aprumou os óculos. Então, com certo brilho nos olhos, conferiu a empunhadura, fez mira no relógio oblongo pendurado na parede à sua frente, pressionou de maneira suave o gatilho, mas sem puxá-lo. A seguir, como se tivesse intimidade com aquilo, destravou o dispositivo e abriu o tambor. Examinou mais detidamente as oito culatras e comentou algo acerca do cano de seis polegadas e meia e sobre a possível dificuldade de andar por aí com uma arma tão grande e pesada na cintura. Jaime sorriu e disse que essa questão não seria um problema; o importante era não ser pego pela polícia com ela no cós.
— Lembre-se de que agora você não tem mais um crachá da imprensa pendurado no bolso da camisa. Isso já me salvou em algumas blitze, numa época em que a minha habilitação estava atrasada. O policial de trânsito viu o meu crachá da Tribuna e aí mandou logo que eu prosseguisse — observou Reginaldo.
— Como hoje estou a pé, não corro esse risco.
— E quanto à munição? — indagou Reginaldo.
— Hum. Comprei apenas cinquenta unidades.
— À mesma pessoa que vendeu o revólver?
— Exato. Por um preço bem mais em conta.
— Até agora não me disse quem é esse sujeito — interveio Laura. — Bom indivíduo não deve ser. Do contrário não lhe venderia uma arma com numeração raspada. Isso não pode ter boa procedência de maneira alguma.
— Comprei a um sargento da Polícia Militar. Somos amigos desde a infância, embora não tenhamos muito contato — mentiu Jaime.
— Sargento ou não, a arma continua ilegal — sustentou Laura. — Esse sargento, não precisa nem que eu lhe diga, está infringindo a lei.
— Mas nem tudo tem que ser ao pé da letra.
— Certas coisas, sim — ponderou Reginaldo.
— Ah, vocês dois estão sendo muito caxias. Agora o que preciso é encontrar um bom lugar para dar uns tiros. De preferência, Reginaldo, em alguma propriedade ou estrada carroçável a certa distância de Mondrongo; na zona rural. Creio que a minha pontaria está um pouco enferrujada. O que é compreensível, pois não dou um atiro há nem sei quanto tempo. Eu gostaria que você viesse comigo.
— Pode ser — respondeu Reginaldo de pronto.
— É bom que tomem bastante cuidado — alertou-os Laura. — Saibam que os disparos podem atrair a polícia. Aí a enrascada será das piores. Certamente os dois irão em cana. Se isso acontecer, não será por falta de aviso.
— Já pensei nisso. Vou escolher bem o lugar. Não posso dar bobeira. Do jeito que ando azarado, é capaz de eu cair de costas e quebrar o pau.
— Que piadinha sem graça, Jaime — disse Laura.
Naquela noite, excitado com a aquisição do revólver, que veio com coldre original, Jaime não tomou parte na cama com Laura e Reginaldo. Ficou nas cadeiras da área fronteira da casa, fumando e acariciando o seu canhão portátil. Nesse ensejo, ao contrário do momento do jantar, ele havia colocado os oito cartuchos no tambor. Depois do sexo, Reginaldo e Laura foram se juntar a Jaime para fumar. Os três falavam baixinho, quase silabicamente. Laura observou com reprovação o fato de o marido ainda estar ali com a arma, como se esta agora fosse um totem, seu principal objeto do desejo. Por sua vez, Reginaldo murmurou que achava que ia chover, o que findou ocorrendo. Mas foi apenas uma rápida garoa que sequer interferiu na temperatura.
Mais tarde, quando estirou-se na cama a fim somente de dormir, pois naquela noite ele não faria amor com Laura, que havia transado com o primo Reginaldo algum tempo antes, o escritor Jaime Peçanha estava sem sono. Fechava os olhos por alguns minutos e depois tornava a abri-los, alternando um lado e outro do rosto no travesseiro. A esposa, ao contrário, dormiu logo. Pois precisaria acordar cedo para assumir o seu posto de enfermeira da UTI do Hospital Regional Tancredo Neves.
Mais uma vez, como em outras ocasiões, a mente doentia de Jaime entrava num furioso turbilhão de pensamentos destrutivos. Ali na meia-luz do quarto, enquanto Laura ressonava, ele se imaginava com o seu poderoso revólver em punho alvejando todos aqueles que considerava seus inimigos e desafetos. Sobretudo pessoas pelas quais alimentava uma bílis sombria, corrosiva, como o prefeito Wallace Batista, o diretor administrativo da Tribuna Mondronguense, Alberto Cardoso, e o atual presidente da Câmara Municipal, o palavroso vereador Leonardo Jardim. Esses três, sobretudo, seriam executados com requintes de crueldade, pois receberiam os primeiros disparos em locais que não implicassem em morte imediata, como nas pernas e nos braços.
Pensava também num meio de identificar e fazer sofrer da mesma maneira os três elementos que o agrediram na noite em que ele deixou a Biblioteca Municipal de Mondrongo. Todos estavam encapuzados no instante do espancamento, repito, e vestidos com roupas pretas, camisas de mangas longas e luvas. Jaime não conseguiu ver sequer se algum deles possuía algo revelador como uma tatuagem.
Para eliminar os seus inimigos, concluiu que poderia se vestir como os homens que o atacaram na saída da Biblioteca. O alvo mais arriscado decerto seria o prefeitinho Wallace Batista, que não vai a lugar nenhum sem ao menos dois seguranças armados, possivelmente policiais militares à paisana, típicos meganhas de cabelos rebaixados, corpulentos, mal-encarados e usando óculos de sombra.
Até aí, recordemos, o paranoico escriba está se esquecendo de outro arquirrival: o tísico jornalista Mauro Mosca, do Diário do Oeste, conhecido no ramo de imprensa pela infame alcunha de Rato Branco, antonomásia esta que lhe foi colocada pelo próprio Jaime durante uma acirrada discussão que eles tiveram há muitos anos na redação do Diário. Isto, contudo, já foi dito em algum ponto deste folhetim. A verdade, ressalte-se, é que Rato Branco não é menos psicótico e vingativo que seu arqui-inimigo. Também foi dito que Mauro Mosca pode ter culpa no cartório e, quem sabe, ser o mandante da surra que seu desafeto sofreu naquela noite de sexta-feira.
Hoje, no entanto, Jaime supostamente possui uma forma com que se defender de um ataque dessa natureza. Quase não mais desgruda do seu brinquedo mortífero. Por simples experimentação ou por descontrole psíquico, tem andado com o revólver na cintura até dentro de casa. Parece não menos que insano.
Não adiantava. O sono não vinha. Deixou a cama, com cuidado para não acordar Laura. Foi às estantes de ferro, ora sem maior serventia, onde estavam uns poucos livros que não vendeu ao ganancioso sebista Antoniel Silva, dono do Sebo Verdugo, e notório lambe-botas da elite intelectual e financeira de Mondrongo, principalmente do prefeito Wallace Batista e do presidente da Câmara, o vereador Leonardo Jardim. Entre os exemplares ali dispostos, passando a mão para remover alguma poeira, escolheu dois títulos que ganhou há poucos dias de autores do estado. Foram as seguintes obras: Algodão Doce, volume de contos de Marcos Antonio Campos, e O Segredo da Ordem do Santo Sacrifício, romance vampiresco com um enredo “não recomendado a pessoas de pouca fé”, segundo o próprio escritor e filósofo Ayala Gurgel.
Insone, Jaime Peçanha varou a noite quase toda na área fronteira da casa, lendo alternadamente cada livro e fumando um cigarro atrás do outro. Na cintura da velha bermuda jeans, claro, portava o desconfortável revólver. Pode-se dizer que, ao menos por um instante, mostrando-se deveras interessado nas obras que lia, talvez tenha se livrado do fascínio que a referida arma exercia sobre ele.
Dali a uma semana, quando foi testar a pontaria numa propriedade rural disponibilizada pelo próprio traficante João Claudione, local este onde o criminoso oculta armas e drogas, Jaime levou folhas impressas com os rostos do prefeito Wallace Batista, do vereador Leonardo Amorim e do diretor administrativo da Tribuna Mondronguense, Alberto Cardoso. Colou-as em uma parede que sobrou de um velho galpão em ruínas. Serviram de alvo para cerca de quinze disparos. O delinquente João Claudione achou aquilo demasiado perturbador e emitiu este comentário:
— Esqueça essa gente. Pois não vale a pena.
— Ah, mas não se preocupe. Os rostos aí são casuais. Nada contra esses elementos. Estou apenas cuidando da pontaria e da minha defesa pessoal. Você sabe o que os encapuzados me fizeram. Olhe aqui o corte no meu supercílio. Ainda está bem visível. O pior é a cicatriz que eles deixaram no meu espírito.
Reginaldo, que acompanhava o treinamento com as mãos nos bolsos, não disparar nenhum tiro contra os alvos fixados por Peçanha. Haviam se dirigido ao local no carro de Reginaldo e este reprovou a ideia dos rostos desde o primeiro momento em que soube daquela escolha macabra. Outra coisa é que ele desconhecia a ficha do marginal João Claudione, apresentado como um agricultor e amigo do tal sargento de quem Jaime teria adquirido o revólver juntamente com a munição.
De fato, apesar do pouco treinamento, Jaime Peçanha não é o pior dos atiradores. Na verdade, diga-se, está longe disso. Perfurou os papéis com as caras dos seus desafetos em pelo menos dois locais certeiros a uma distância de aproximadamente vinte metros. Desse dia em diante, aonde quer que vá, quase não larga mais o revólver. Por vezes dorme com a arma debaixo do travesseiro, nas noites em que Laura está de plantão no hospital. Nem lhe passa pela cabeça que seu real e pior inimigo pode ser Mauro Mosca, aquele a quem ele sentenciou com o apelido de Rato Branco.
Quem sabe, quando menos esperarmos, o desmilinguido roedor ponha o rabo e o focinho de fora, saia da sua toca. Na “cidade que nunca leu um livro”, conforme declarou o avô do cangaceiro Lampião, tudo pode acontecer.
ACOMPANHE
Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Prólogo;
Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Capítulo 2;
Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 3;
Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 4;
Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 5
Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 6;
Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 7;
Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 8;
Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 9;
Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 10.
Marcos Ferreira é escritor
Essa arma ainda vai dar o que falar. Normalmente acaba em tragédia.
Meu tio era motorista de táxi em Parintins/AM. Tinha um Simca Chambord. No porta luva desse carro um 38. Seu colega o destratou e ainda mijou no seu lindo carro. Meu tio deu um tiro no “Cachorro Doido”, como era conhecido esse motorista. Conclusão: um foi para o hospital e o outro dormiu na cadeia.
Caro Raimundo Gilmar,
Bom dia.
Dizem que arma de fogo é brinquedo do cão. Não duvido. E sim, essa arma do Peçanha ainda terá muitas ocorrências em seu rastro. Espero continuar com a sua valiosa audiência neste folhetim.
Forte abraço e até domingo.
Marcos Ferreira.
Obrigado pelo mimo, amigo! Todo cuidado com o inimigo Rato Branco é pouco, pois os albinos domésticos têm comportamentos furtivos. Guarde bem essa arma e limpe as impressões digitais, porque o Cano que está em destaque no momento é o artilheiro do tricolor.
A mensagem subliminar que você passou no exercício de tiro e o Reginaldo não percebeu é que você pôs os retratos dos políticos como manobra diversionista. O seu objetivo é acertar o tiro na mosca, no caso o Mosca.
Fico na expectativa do próximo capítulo.
Prezado Marcos Antonio Campos,
Bom dia.
O Mauro Mosca (vulgo Rato Branco) é uma personagem que tem tudo para se tornar relevante nesta narrativa. Aos menos assim planejo o futuro do albino roedor. Um grande abraço e uma ótima semana para você.
Marcos Ferreira.
Está ficando cada vez mais interessante: esse Jaime vive de maneira perigosa! Agora envolvido em uso ilegal de arma e em busca de uma vingança que não consegue definir quem será o seu alvo. Cada vez mais enroscado! Que vida, hein? Até fico cautelosa de falar em armas num momento em que há tanta polarização na nossa sociedade! Vamos em frente! Aguardo ansiosa os próximos capítulos. Parabéns Marcos Ferreira!
Querida Bernadete Lino,
Bom dia.
De fato, minha amiga, o Jaime está mais enrolado que papeu higiênico em seu desejo alucinado de vingança. Nem sabe ele que possivelmente terá que mudar o foco e decerto os alvos do seu acerto de contas. Deixe estar, minha amiga. Muita água, como eu já disse, ainda deve rolar sob esta ponte.
Um forte abraço e até domingo.
Marcos Ferreira.