A Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Norte (ADEPOL) fez novo pedido de audiência ao governador Robinson Faria (PSD). O ofício foi protocolado nessa segunda-feira (24).
No ofício foram expostas as dificuldades enfrentadas pela Polícia Civil na atualidade, além de apontar-lhe proposições, no intuito de contribuir para uma melhora no serviço da Segurança Pública e no combate eficaz à violência.
A delegada Paoulla Maués, presidente da Adepol, conta que em 2015 havia uma previsão orçamentária de R$ 9.657.174,66 para investimentos na Polícia Civil, todavia apenas foi liberada para repasse a quantia de R$ 13.734,00 correspondente a 0,14% do orçamento previsto.
Sobrecarga
“A desestrutura, os constantes e abusivos atrasos salariais – até esta data sequer o salário de junho foi pago-, somados a sobrecarga e sobrejornada de trabalho não remunerados, quando não desmotiva os policiais civis, levam-nos a problemas sérios de saúde e afastamento do serviço”, frisou a presidente.
Uma das propostas da Adepol para amenizar a problemática do efetivo, além do concurso público, é a regulamentação do horário extraordinário no âmbito da Polícia Civil.
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A Policia Civil do RN está como sempre esteve desde sua criação em 1982. Enorme deficiência de pessoal ( menos de 1/3 dos cargos estão ocupados), a maioria das delegacias não tem a mínima estrutura para atender dignamente a população e nem servir como local de trabalho salubre, os insumos e equipamentos como gasolina, munições, coletes e outros são bem limitados, etc etc etc. É injusto creditar a esse ou aquele governo a responsabilidade pelo caos atual. Todos contribuíram para o quadro. A situação se agravou no governo atual por conta do atraso salarial, que adicionou o componente desânimo ao caldeirão de dificuldades. Numa instituição em que o funcionamento só é garantido pelo compromisso de seus integrantes, o desânimo pode ser mais perigoso que a falta de estrutura…