O Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2017 foi uma festa superdimensionada pela propaganda oficial. Na prática, o evento em sua 21ª edição deu mostras de encolhimento, segundo pesquisa quanto ao perfil do seu público. Mas ao mesmo tempo, é um produto “feito”, que sendo bem trabalhado poderá voltar a ter dimensão maior – com resultados superlativos à economia e imagem de Mossoró.
O Cidade Junina 2017 não passou de um “arraial”, longe de impulsionar o turismo e de fomentar o meio circulante com turistas de outras regiões do país ou até do exterior. O dinheiro “novo”, de fora para dentro, foi parcela mínima do movimento gerado pela festa.
Essas impressões são facilmente identificadas no trabalho científico levantado entre os dias 22 e 25 de junho, realizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), órgão auxiliar da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (FECOMÉRCIO/RN).
À tarde de hoje, o presidente da Fecomércio/RN, Marcelo Queiroz, acompanhado de comitiva empresarial de Mossoró, entregou à prefeita Rosalba Ciarlini (PP) no Palácio da Resistência (sede da municipalidade), a íntegra da pesquisa realizada pelo IPDC.
Uma festa caseira
A maior parte (74%) dos entrevistados que esteve no Mossoró Cidade Junina era da própria cidade. Daí o conceito de “festa caseira”. Pessoas que saíram dos bairros, de suas residências, para a área do evento. Entretanto a pesquisa diagnosticou a presença de 26% de turistas e visitantes no município durante o evento, sendo estes com vários propósitos, entre eles: visitar, conhecer a cidade e participar dos festejos.
No tocante ao local de origem das pessoas que participaram das comemorações juninas em Mossoró, a pesquisa mostra que o público participante da festa é predominantemente do Rio Grande do Norte (90%), com os moradores de Mossoró, Natal e municípios da região Oeste aparecendo em destaque.
As pessoas de outros estados que estiveram nas celebrações juninas de Mossoró vieram predominantemente do Ceará (5,4%), Pernambuco (1,6%), Bahia (0,6%), Paraíba (0,6%), São Paulo (0,6%), Maranhão (0,4%), Minas Gerais (0,2%), Paraná (0,2%) e Sergipe (0,2%). Normalmente, pessoas a trabalho que usufruíram de algo na programação.
Hospedagem menor em hotéis
A análise dos dados sobre os meios de hospedagem utilizados pelos turistas entrevistados revela a preferência pelas casas de parentes e amigos como a principal forma de hospedagem,representando 73,1% dos casos.
A expressividade desse tipo de hospedagem, provavelmente, se explica pelo fato da cidade acolher muitas pessoas que por algum motivo não moram nela, mas que no período da festa se fazem presentes como uma forma de seguir a tradição. Outro meio de hospedagem importante para o fluxo turístico presente no evento são os hotéis e pousadas utilizados por 26,1% dos pesquisados.
Cidadela e Chuva de Bala se destacam
Sobre os locais/atividades que frequentaram durante a participação no Mossoró Cidade Junina, verificou-se que a Cidadela recebeu presença maciça do público que esteve na festa, neste caso, 82,4% do total dos entrevistados, mesmo com sua enorme redução em relação a anos anteriores.
Em segundo lugar aparece o espetáculo ‘Chuva de Balas no País de Mossoró’, com 69,2% das citações; em terceiro o ‘Pingo da Mei Dia’, com 40%das menções.
Em quarto e quinto lugar aparecem o Memorial da Resistência (32,2%) e o Circo do Forró (30,4%), respectivamente. Em seguinda, as feiras de comidas, com 12,8%, e o Festivalde Quadrilhas Juninas, com 6,2% das respostas. Outras atividades citadas foram Boca da Noite,Parque de Diversão, Show de Humor e Estação das Artes.
Evento conhecido e foça da Internet/Redes Sociais
Os resultados expostos revelam que quase a metade (49,2%) dos entrevistados já conhecia a festa, por ter participado em anos anteriores. Os comentários entre amigos e parentes aparecem com 21,6% das indicações. As redes sociais vêm logo após, como um dos meios mais usados para busca de informações sobre o evento, com 20% das respostas, além de 10% de Internet.
A televisão apareceu com 11%. Outros meios mencionados foram rádio (2%), agência de turismo (0,8%) e folder (0,6%).
Gasto médio mostra alimentação como forte
A pesquisa apontou que o gasto médio por dia de cada mossoroense na festa foi de R$46,84. Na análise por segmento, foi gasto R$ 14,01 com alimentação; R$ 4,83 com transporte;R$ 9,22 com diversão; e R$ 18,79 com compras.Quanto aos turistas que participaram do Mossoró Cidade Junina, o gasto médio diário individual foi de R$ 107,79.
Na distribuição por atividade econômica, foi gasto R$ 48,67 com hospedagem; R$ 18,77 com alimentação; R$ 6,96 com transporte; R$ 13,93 com diversão; e gastaram em torno de R$ 19,46 com compras.
Tradição e lazer atraem turistas, nativos e visitantes
Os entrevistados puderam dizer o que mais agradou durante a realização da festa nacidade. A pesquisa conseguiu comprovar que a tradição, associada ao lazer, é o ponto forte do município, já que a maior fatia (43%) indicou os atrativos históricos da festa como item que mais gostaram.
Em segundo lugar aparece a organização das atrações, com 21,4%. As atrações em geral promovidas pelo evento surgem na terceira posição, como um dos pontos que mais deixaram o público satisfeito, com 17,4% das citações, seguidas pela segurança do evento (14,6%), infraestrutura (11,2%), animação/decoração (5,2%), comércio (4,6%), limpeza pública(3,8%), atendimento (3,8%), movimento da cidade (2,2%), culinária (1,4%) entre outros.
Maioria pretende se divertir em 2018
Sobre a questão da satisfação do público com o Mossoró Cidade Junina, questionamos dos participantes o desejo de estarem presente no evento em 2018 e 89,6% apontam que tem a intenção de retornar para a festa. Os atrativos oferecidos pela festa, aliado à tradição, lazer, entretenimento e satisfação com o evento, parecem ser questões apropriadas para a pretensão em comemorar os festejos juninos do município.
Em torno de 96,2% dos entrevistados que participaram do Mossoró Cidade Junina 2017, indicariam as comemorações para amigos e parentes. As pessoas gostaram da festa, manifestaram vontade de participar no próximo ano e veem os festejos juninos da cidade com um potencial econômico enorme.
Metodologia da pesquisa
Para alcançar os objetivos da pesquisa foi utilizada uma amostra aleatória de 500 pessoas entrevistadas, selecionadas conforme critérios estatísticos de pesquisa.
No trabalho de campo foram considerados como unidades elementares da amostra: o turista (aquele que esteve no Mossoró Cidade Junina e efetuou pelo menos um pernoite na cidade durante o evento); o visitante (aquele que permaneceu na cidade menos de 24h para participar de alguma atividade da festa); e os moradores da cidade (cuja principal finalidade foi de captar as percepções sobre os festejos do Mossoró Cidade Junina).
Essas pessoas participaram do evento e frequentaram a festa por algum dos seguintes fatores: tradição, lazer, diversão, férias, negócios, família, etc.
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“Normalmente, pessoas a trabalho que usufruíram de algo na programação.”
“Hospedagem menor em hotéis”
Resumindo: FRACASSO!
Nos moldes em que MCJ está sendo realizado vai terminar morrendo por inanição.
O que tem que ser feito para revitalizar o MCJ?
Sei, mas não digo. Cansei de tanta desconsideração.
Perguntem a quem me conhece se eu sei ou não como revitalizar o MCJ.
Falar em quem me conhece, estou com saudades do Padre Talvacy Chaves, em Roma fazendo curso, e dos comentários abalizados da Dra. Naide Maria Rosado de Souza.
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OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS DEPOIS DO FIM DO MUNDO?
Se forem pelo pensamento que o São João é só forró pé de serra , o MCJ não dura mais nem dois anos , o que os turistas querem são atrações nacionais , o Festival de Barretos é uma festa sertaneja , más têm samba , Rock , pagode , forró e muitas atrações internacionais .
Uma festa tradicional porem virou bagunça, essa turma precisa aprender com Caruaru e campina Grande que hoje domina esse segmento junino da nossa região.