Por proposição do vereador Claudionor dos Santos (PDT) a Câmara Municipal de Mossoró promove uma audiência pública em que a saúde da mulher estará em debate.
A sessão terá início às 10h.
Na oportunidade, lembrou o vereador, se discutirá, entre outros temas, a situação da Casa de Saúde de Dix-Sept Rosado, local em que funciona a Maternidade Almeida Castro. De acordo com o noticiário, lembrou Claudionor, tem sido freqüente a informação de ameaça de fechamento do serviço de atendimento as mulheres e, os vereadores, não podem ficar de fora desta discussão.
ContradiçãoA mesma bancada governista que fincou pé para realizar essa audiência, rejeitou ontem mais um requerimento que diz respeito ao papel fiscalizador da Casa.
Derrubou proposição de Lahyrinho Rosado (PSB) que solicitava a presença do gerente executivo da Saúde, Benjamim Bento, para explicar o porquê de a Prefeitura de Mossoró estar sendo questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
De acordo com relatório do TCU confeccionado ano passado e aprovado em 30 de março deste ano, a prefeitura teria desviado de finalidade cerca de R$ 15 milhões e usado recursos do SUS para pagamento de servidores que deveria ser feito com receita própria.
Também há questionamentos acerca do uso da verba do SUS para a manutenção de veículos que não estão lotados na Gerência Executiva da Saúde.
Nota do Blog – Infelizmente, a questão da Saúde não é tratada como prioridade. A politicalha impede que tenhamos um debate sério e construtivo.
Claro que a entidade mantenedora da Casa de Saúde Dix-sept Rosado, a Apamim, deve ser questionada quanto ao seu funcionamento e uso de recursos públicos. Mas isso não deve desviar a Casa de seu papel fiscalizador, também, em relação à própria Prefeitura.
Dois pesos e duas medidas.
Na verdade, a estratégia de trazer à baila esse tema é para desfocalizar a celeuma em torno do escândalo da página apócrifa "Paulo Doido", que apurações judiciais apontaram a própria sede da Prefeitura como um dos focos de sua postagem.
Apareceram entre os implicados, secretários municipais e jornalistas que possuem cargo ou negócios diretamente com a própria prefeitura.
A ordem do palácio foi justamente levantar armas contra a Apamim, para que um tema sufocasse o outro. O governo da prefeita de direito, Fátima Rosado (DEM), evita falar sobre o escândalo. Sequer emitiu uma nota-oficial para se eximir de culpa, mesmo com todos os dados técnicos abundantes, obtidos judicialmente.
Mesmo assim, deverá ser fustigado judicialmente pelo Ministério Público para se explicar.
Duas posturas, duas composturas, dois atos covardes – que culminam no que eu costumo denominar de O CÚMULO DO RIDÍCULO. Desencadeia um pútrido processo de asco e repúdio.