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terça-feira - 17/06/2014 - 11:13h
Fim de Governo...

Carlos Augusto Rosado está magoado

Ruminando mágoa contra José Agripino, marido da governadora deixa em alerta todos a seu redor

Por Dinarte Assunção (Portal Noar)

Ao lado da mulher, Carlos Augusto ajuda a comandar o Estado. (Foto: Assessoria de Comunicação do Estado)

Quando a governadora Rosalba Ciarlini adentrou a sede do diretório estadual do DEM, naquela segunda-feira, 2, para ser levada ao cadafalso e ser enforcada pelo próprio partido, uma tensão vibrou no ambiente. Assessores fizeram saber que ela havia chegado para confrontar o grupo de José Agripino. Houve uma inquietação. Jornalistas corriam de um lado para outro com gravadores à mão. Todos estavam em polvorosa, exceto uma figura, que não demonstrava nenhuma inquietação, embora padecesse internamente em seus dilemas íntimos.

Carlos Augusto de Souza Rosado se fez à luz da inteligência e à sombra da imprevisão. Enquanto todos externavam à flor da pele as emoções que resultaram na cassação branca de sua esposa, ele se mantinha impassível por uma questão de estratégia. Movimentava-se discretamente; fugia das objetivas das câmeras e desviava o caminho dos repórteres. Quando, enfim, a manobra de José Agripino restou vitoriosa, o golpe atingiu Rosalba de um jeito que a fez chorar. Carlos olhou para suas lágrimas, sem nada dizer, sem nada fazer. Atravessou o saguão de entrada ao lado da esposa e saiu tão inabalável quanto entrou.

O episódio gestou em Carlos Augusto uma mágoa, o que no marido da governadora Rosalba Ciarlini significa a iminência de um cataclisma político, porque é capaz de jogar as certezas pelo avesso e afligir com uma pergunta todos a seu redor: o que, afinal, será capaz de fazer o primeiro-ministro do Governo do Estado?

“Ele poderá fazer tudo, ou nada. Poderá se jogar no fundo de uma rede e se entregar, ou assumir o comando da nau e ir para a proa”, anota uma das várias fontes que falaram com a reportagem sob a garantia do anonimato. Carlos Augusto tem disso: desperta respeito e temor. “E ninguém quer se indispor com ele”, completa o interlocutor.

A gênese da mágoa vem das cassações de sua esposa. Quando viu que o Tribunal Regional Eleitoral impôs a Rosalba dois afastamentos, o primeiro-ministro se inquietou. “Como é possível? Aqui se pode fazer tudo”, disse à época. Desde então, ele não tem sido o mesmo.

As inquietações do filho de Dix-sept Rosado se agravaram desde aquela segunda-feira, 2, quando ele viu o amigo de meio século conduzir uma manobra de cassação branca contra a sua esposa, no diretório estadual do DEM. A repercussão do que o senador José Agripino fez a Rosalba Ciarlini ainda não acabou. Se Carlos Augusto, mentor político da esposa, não conseguir reverter a derrota na convenção do DEM, que ocorre neste domingo, a sombra da imprevisão ofuscará a todos.

“Pode apostar que ele tem já em mente o plano A e o B e o C. Se o primeiro não der certo, ele com certeza já sabe como agir”, explica  Carlos Rosado, hoje sócio da Harabello Turismo, mas que conviveu na intimidade com Carlos Augusto pelos três mandatos do secretário-chefe do Gabinete Civil na Assembleia Legislativa, na década de 1980.

Centralizador

Todas as fontes consultadas pela reportagem foram inquiridas inicialmente com uma pergunta: qual palavra define Carlos Augusto Rosado? A maioria não titubeou: “Ele é centralizador”.

O estilo do ex-deputado estadual despertou no território das suposições afirmações categóricas sobre quem, de fato, detém o poder. Mentor político da esposa, Carlos Augusto Rosado é apontado com o chefe do poder para o qual a mulher foi escolhida. Assim, foi chamado de prefeito de Mossoró, Senador da República e, agora, governador do Estado.

“Ele nunca fala assim: eu sou o governador, mas a postura é essa. Ele não diz assim ‘quem manda aqui sou eu’, mas a postura é de quem manda”, comenta à reportagem um interlocutor.

No exercício do poder, o marido da governadora Rosalba Ciarlini tem hábitos britânicos. Chega ao gabinete às 9h30 e atende ate as 19h. Nesse intervalo de quase 10 horas, não come nada. Recebe o secretariado e políticos – desde que para tratar de assuntos institucionais. A recepção de empresários ele delega à esposa.

Para um louvaminheiro da intimidade do casal, os comentários a respeito desse assunto são maldosos e infundados. “Ele é brilhante na política. E ela não é nenhuma amadora. Por que ele não pode colaborar com as gestões dela? Por que chamá-lo de governador? Acho que é inveja”.

De que exatamente teriam inveja os detratores do casal? A resposta precisou ser colhida com cautela pela reportagem. Mesmo sob o anonimato, o assunto foi espinhoso para algumas fontes. “Esse incômodo em falar sobre isso não reflete um certo fundo de verdade?”, indagou o repórter. “Não, é raiva mesmo”, repondeu uma figura enquanto sorvia um café com leite em um restaurante de Petrópolis.

Das mulheres que se projetaram na política do Rio Grande do Norte, a governadora Rosalba Ciarlini é a única que tem tão abertamente uma relação de cooperação com seu esposo. Quando o repórter insistiu sobre por que os detratores do casal teriam uma inveja dessa relação, uma fonte explicou:

“Ora mais, eles têm um casamento de anos. São cúmplices e felizes. Que outra mulher da política potiguar pode dizer o mesmo? Você não acha que há dor de cotovelo de quem fica espalhando essa boataria?”. “Não sei sobre dor de cotovelo, mas há uma outra mulher com situação semelhante à de Rosalba: a deputada Sandra Rosado”, devolveu o repórter. “Poupe-me. Essa comparação não tem sentido”, devolveu o interlocutor dispensando a xícara com metade do café com leite.

Atualmente, governadora Rosalba Ciarlini não se incomoda com o assunto, mas ele a chateou. No início de seu mandato, quando a Arena das Dunas não passava de um sonho, vários repórteres esperavam em um sábado ensolarado a chefe do Executivo estadual no canteiro de obras do estádio. Tão logo chegou, um afoito jornalista perguntou: “Governadora, quem manda eu seu governo é a senhora ou seu marido?”. Rosalba girou nos calcanhares e voltou ao carro, deixando os repórteres enfurecidos.

“Não vejo nada demais nessa relação dos dois. Eu poderia resumi-la da seguinte forma: ela lida dos assuntos administrativos e ele cuida mais da parte política. Ele sempre foi muito bom nisso. Qual o problema em colaborar?”, indagou outro componente da intimidade do casal.

Nos primeiros 10 meses da gestão Rosalba Ciarlini, Carlos Augusto protagonizou a primeira crise do governo, quando o grupo do vice-governador Robinson Faria rompeu com a gestão. No esteio da convulsão, a crise se amplificou quando o então secretário do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, declarou à jornalista Thaisa Galvão – após algumas doses de uísque – que Carlos era o governador de fato e que, até ali, o Rio Grande do Norte era gerido através de decisões de alpendres, se referindo ao local de onde Carlos Augusto comandava a máquina. A repercussão foi a pior possível.

Os jornais estamparam a crise política em suas manchetes por dias seguidos. Quando a crise caiu no esquecimento, um fato novo remexeu o tema. Criado com o propósito de deslanchar o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, o conselho político gestado em 2012 reunia praticamente todos os caciques da cena política local.

Garibaldi Filho, Henrique Eduardo Alves, José Agripino Maia, João Maia, Ricardo Motta, Rosalba Cialini e Carlos Augusto Rosado integravam o grupo ao qual ficou facultada a tarefa de criar meios para o progresso do Estado. Restou tudo fracassado porque a premissa básica, o diálogo, não foi executada, e uma nova crise política ganhou as páginas dos jornais.

Como “governador”, Carlos conversa com Henrique e Agripino em Brasília (Foto: Assessoria de Comunicação do Estado)

Mais uma vez, o prejuízo foi debitado na conta de Carlos Augusto. Ele saiu da história como culpado por blindar o governo contra os colaboradores. A situação chegou a ponto tal que, quando todos os líderes se reuniram em Brasília para salvar o natimorto conselho, o deputado Henrique Eduardo Alves não poupou nas palavras. Dirigindo-se à Rosalba, na presença de Carlos Augusto, ele cobrou: “A governadora é você. É você quem tem que tomar as decisões”.

Foi no fracasso do conselho político onde tudo começou. Sem interlocução e com a crescente desaprovação do governo, os membros do grupo passaram a enviar recados pela imprensa narrando a dificuldade de interlocução com o Gabinete Civil. A crise se escancarou quando José Agripino deu entrevista a este portalnoar.com afirmando que tinha feito de tudo para ajudar o governo. O uso do verbo no passado deixou claro que as relações estavam azedadas. Em silêncio, o primeiro-ministro passou a ruminar cada vez mais sua mágoa.

Ascensão

Carlos Augusto de Souza Rosado nasceu em 31 de outubro de 1944, sob o signo de Escorpião. É filho de Adalgisa Rosado, falecida em fevereiro do ano passado, e Jerônimo Dix-sept Rosado, do qual se despediu aos sete anos, quando, em 1951, morreu em um acidente aéreo no litoral de Sergipe. Para diversas pessoas consultadas pela reportagem, esse episódio é o que pode ter desenvolvido em Carlos o perfil depressivo que ele tem.

Aos 69 anos, é casado com a pediatra Rosalba Ciarlini, com quem teve quatro filhos. Entrou para a vida pública em 1981, quando presidiu a Assembleia Legislativa. Depois dessa temporada, ainda teve mais três mandatos, demonstrando ao Rio Grande do Norte sua vocação para o riscado da articulação política.

“Ele se põe como o mais inteligente articulador político que existe no Rio Grande do Norte. É um arrogante”, sentenciou uma fonte que tem Rosado no sobrenome. “É mesmo inteligente, mas a arrogância eu desconheço”, rebateu o amigo Carlos Rosado.

Os registros do jornal Tribuna do Norte ilustram esse perfil do ex-deputado. Então presidente da Assembleia Legislativa no início da década de 1980, Carlos teve dificuldades para compor sua equipe em razão dos baixos salários da iniciativa pública. “Mas ele era tão bom em articular, que logo conseguiu montar sua equipe”, relembra Carlos Rosado, sagrado chefe de gabinete do Legislativo.

Com efeito,  em 6 de junho de 1981, a Tribuna do Norte trazia em seu caderno de política a matéria com a seguinte chamada:  “Carlos Augusto nomeia auxiliares”. Em duas colunas de poucas linhas, 20 nomes se espalhavam entre referências de formações e ocupações na vida pública. Daquele tempo, ainda há nomes que permanecem na Assembleia Legislativa, como  Rita das Mercedes Reinaldo, procuradora da Casa.

Paradoxalmente, tanto talento para a política tem um contraponto: Carlos é introspectivo, não só não gosta como teme falar em público. Para essa reportagem, ele foi o primeiro a ser consultado, e disse o seguinte: “Você sabe, Dinarte, que pode contar comigo para o que precisar, mas eu não dou entrevistas”.

Há exceções, em bem verdade. Em outubro de 2011, ele se viu obrigado a romper com esse hábito. No auge da crise no governo gerado pelo afastamento de Robinson Faria, ele falou ao jornalista Carlos Skarlack, com quem já trabalhou.

“Rosalba foi a mulher que eu escolhi há quase 50 anos para ser a minha companheira, a mãe de meus filhos”, declarou o ex-deputado, para rechaçar as críticas de que ele era o governador de fato. Foi além e argumentou que sua postura foi, e sempre será, de agir dentro dos parâmetros éticos e morais, que cabem a quem, como ele, é o marido de uma política que exerce o principal cargo público do Estado.

Meses antes, ele já tinha inesperadamente dado uma declaração ao site Congresso Foco. Desembarcando em Brasília ao lado da esposa, nos primeiros meses de Governo, ele se saiu com essa: “Somos uma oligarquia desde 1890. Todos os nossos mandatos foram conquistados com o voto”.

Entronados no poder desde 1948, os Rosado viveram por anos sob a égide da união familiar, no melhor estilo do patriarcado. Mas um hiato dividiu a família. Dois grupos disputam o poder: a ala liderada hoje pela governadora Rosalba e seu marido, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, e pelo irmão dele, o deputado Betinho Rosado; e o grupo encabeçado pela deputada Sandra Rosado e seu marido, o ex-deputado Laíre Rosado. Ele é primo de Sandra e de Carlos Augusto e Betinho. Pelo lado materno, Sandra é também prima de Rosalba.

Uma rivalidade que começou a se ensaiar nas eleições de 1982, ganhou força no pleito de 1986 e se escancarou de vez na disputa de 1988, quando, pela primeira vez, os Rosado se enfrentaram diretamente nas urnas. Naquele ano, a então pedetista Rosalba venceu o confronto com Laíre Rosado e conquistou o primeiro de seus três mandatos como prefeita de Mossoró.

Desde então, o grupo da atual governadora só perdeu uma das seis últimas eleições municipais para a outra facção da família. Foi em 1992, quando Dix-huit Rosado, que tinha a sobrinha Sandra como vice, se elegeu pela terceira vez. Com a morte do tio ainda no cargo, coube à vice-prefeita concluir os últimos dias de seu mandato.

Os primeiros sinais de desavença política na família ocorreram em 1982, quando o então deputado estadual Carlos Augusto Rosado contrariou as orientações do tio Vingt Rosado e declarou voto no primo e hoje senador José Agripino Maia ao Governo do Estado. Pai de Sandra, o ex-deputado Vingt Rosado apoiou o grande adversário dos Maia, o ex-governador Aluizio Alves (PMDB). Agripino saiu vitorioso das urnas.

O troco viria quatro anos mais tarde, quando o confronto ficou mais explícito. O grupo de Carlos Augusto apoiou João Faustino e perdeu a eleição para o candidato de Vingt Rosado, o governador Geraldo Melo. Desde então, os galhos da árvore genealógica iniciada pelo patriarca Jerônimo Rosado nunca mais penderam para um lado só.

Por essa época também surgiu a história de que Carlos Augusto Rosado bate na esposa. O assunto é delicado entre todas as fontes que conversaram com a reportagem. Nenhuma, entretanto, confirmou o que é considerado mero boato. Até mesmo que falou com reportagem para criticar o ex-deputado, desmentiu esse fato.

“Muito pelo contrário, ele é atencioso demais com ela. Se preocupa com a esposa e faz demonstrações de afeto. Isso é mentira”, comentou um interlocutor.

Sucessão

O hiato dentro da família Rosado marcou o início do mais ambicioso projeto de Carlos Augusto. Meticuloso, paciente e introspectivo ele se afastou da vida eletiva e se posicionou à sombra da esposa.

Carismática, Rosalba assumiu ao lado do esposo o comando do grupo político em uma empreitada que durou décadas e resultou na realização do sonho de Carlos Augusto: levar a mulher ao Governo do Estado para finalizar o trabalho que o pai não pode concluir.

Essa trama foi desnudada em uma análise do jornalista Carlos Santos, que escreveu:

Ex-deputado por quatro mandatos, Carlos sempre alimentou o sonho de ser deputado federal, nunca concretizado. Mas foi através de Rosalba, pediatra e mãe de seus quatro filhos, que projetou um sonho atávico que viu começar e ser amputado duramente ainda na infância.

Ele tinha pouco menos de 7 anos (nasceu em 31 de outubro de 1944), quando em 12 de julho de 1951, o seu pai Jerônimo Dix-sept Rosado Maia (nascido em 25 de março de 1911), governador do Estado, eleito em 3 de outubro de 1950, morreu em acidente aéreo. O sinistro aconteceu em Sergipe.

Rosalba é a completude. Mas não é Rosado. Rosado é ele, Carlos. Seu tio, ex-prefeito Dix-huit Rosado, por duas vezes durante o regime militar chegou a ser cotado para governar o Rio Grande do Norte, como governador nomeado. “Forças ocultas” comandadas pelo primo, Tarcísio de Vasconcelos Maia, o alijaram do processo.

Carlos virou governador, como se atendesse a um desígnio divino, pela ascensão da mulher. Um projeto calculado e cartesianamente montado por ele, com ousadia e raro talento político, durante cerca de duas décadas.

No poder, entretanto, parece que ele viu-se afetado por um transtorno dissociativo de personalidade. Deixou de ser o marido-líder e ideólogo da carreira de Rosalba, para praticamente se investir do cargo de governador. É como se pegasse de volta o que o destino sinistramente tirara do pai, no início dos anos 50. Agora ele é o Dix-sept Rosado, governador.

Nas três administrações que Rosalba figurou como prefeita, Mossoró aprendeu a tratar com jocosidade ou respeito em tom de reverência, o papel que Carlos cumpria com denodo: administrar a prefeitura da política à gestão pública.

O escárnio dos primos oposicionistas até lhe imputou a pecha de um conselheiro novelesco, o “Ravengar”, extraído da dramaturgia global: “Que rei sou eu?”. Astuto, ele não o vomitou. Adotou-o para se tornar um personagem real e quase lendário em Mossoró.

No Governo do Estado, essa personificação carregada de sagacidade deu lugar a outro ser: o próprio Carlos. Ou um Dix-sept Rosado reencarnado. A dupla personalidade expurgou da vida do ex-deputado o irreal Ravengar, pois ele não o tinha mais como necessário, por trás das cortinas.

A personalidade do Ravengar ardiloso, frio e recatado, para não eclipsar a própria imagem construída para a mulher, não existe mais. Ele foi assim no passado e não parecia incomodado como homem e político, mesmo quando pesquisas que encomendava assinalavam que sua exposição, ao lado da “Rosa”, tirava votos dela.

O Carlos Augusto, governador, passa a sofrer as consequências danosas dessa personificação do governo, num momento em que a gestão estadual vive profundo desgaste. Por isso, que nos últimos dias a ordem é pulverizar a imagem de Rosalba em poses como gestora. São centenas de fotos dela no gabinete de trabalho, comandando reuniões, liderando.

Incerteza

Em uma manhã ensolarada no Plano Palumbo, o repórter conversava com a fonte mais desconfiada com quem se deparou para compor este perfil. A figura fez questão de lembrar 37 vezes que toda a conversa era em off. À certa altura, disse impaciente: “O que todos nós queremos saber é o que ele vai fazer depois de domingo, porque a convenção do partido muito provavelmente vai terminar de enterrar a esposa. E ele é capaz de fazer tudo”.

Um dos planos mais astuciosos foi divulgado pela central da boataria. Segundo a tese, se Rosalba não for candidata e prosperar na Assembleia Legislativa o impeachment contra ela, o casal seria capaz de renunciar ao Governo, elevando Robinson à condição de governador e embaralhando toda a eleição deste ano.

A imprevisão ganha contornos mais dramáticos ainda quando se considera que Carlos está chateado com José Agripino, que foi insistentemente procurado pela reportagem para comentar a matéria, mas não respondeu a nenhum dos telefonemas.

Para reverter a cassação branca imposta na reunião do diretório estadual, Rosalba precisa da maioria dos delegados. Assessores próximos acreditam que ela reverta a situação com uma fé tão cega que se pode evocar a interferência de Santa Luzia para justificar essa crença. “Ele é muito esperto. Acho que tem a maioria dos delegados na mão”, arriscou um assessor.

Só resta a espera para saber o que fará o homem conhecido por executar o que planeja. Para ilustrar bem esse pensamento, há uma frase do próprio Carlos Augusto, pronunciada nos intramuros no início do governo da esposa. Na ocasião, ele disse: “Minha mulher poderá fazer um governo medíocre, mas será honesto”, disse ele.

A saber: Rosalba é a governadora mais reprovada do Brasil. Mas não há nada que a desabone. Carlos cumpre o que diz.

Nota do Blog Carlos Santos – Veja na reportagem especial sob o título Carlos Augusto se livra de “Ravengar” para ser governador – clicando AQUI – texto completo de material aproveitado pelo jornalista Dinarte Assunção nesta matéria especial para o Portal Noar.

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Categoria(s): Reportagem Especial

Comentários

  1. fernando diz:

    E os demitidos do MEIOS também.

  2. AVELINO diz:

    Bem como os servidores do estado, depois dessa moda lançada por eles dois de só pagar os salários com atraso, também… Quem mais estiver magoado que vá listando aqui na sequência!!!

  3. luis carlos diz:

    SER estranho, ;

  4. Carlos diz:

    A bandidagem de Mossoró também está magoada, pois tem muitos policiais em seus encalços. Buááááá´!

  5. jb diz:

    No que concerne ao plano — não realizado — eleger-se deputado federal de S..Ex.ª Sr. Carlos Augusto Rosado e eleger sua esposa para executar o lhe é vedado, pode-se inferir que trajetória do casal confunde-se — troque-se Sr. por Sra. — com estre trecho de ‘Ilusões Perdidas’:“Eu o sustentarei com mão de ferro no caminho do poder […] O senhor via brilhar, ostentar-se, enquanto eu agachado na lama das fundações, estarei garantindo o brilhante edifício de sua fortuna. Porque eu, eu gosto do poder pelo poder! Sempre me sentirei feliz com seus prazeres que me são vedados. Enfim, eu serei o que o senhor for!…” Quanto ao “…homem conhecido por executar o que planeja.” deve-se relativizar esta “capacidade” de S..Ex.ª,pois não elegeu o Sr. Luis Pinto em 1992,houve eleição em que seu irmão Betinho Rosado ficou na suplência quis fazer candidata prefeita a “gasparzinha” Ruth Ciairlini não obteve êxito,era isto que o Sr. Carlos Augusto havia planejado?. O casal é a mais perfeita descrição do apotegma de Abraham Lincoln:”Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo.” Mas a crônica política potiguar e os fâmulos de S..Ex.ª lhe atribuíram a mística — “Alguns [chefes] são considerados grandes porque lhes mediram também o pedestal” Sêneca — de estrategista,pausa para rir, quiçá ombreando-se nesta Arte aos generais Sun Tzu ,Clausewitz e Giap. No que diz respeito a “Minha mulher poderá fazer um governo medíocre, mas será honesto” imputado ao ex-deputado, lembra-me está máxima:“A ignorância nos empregados públicos é talvez mais danosa do que a sua improbidade. Em um jardim causa menos detrimento um ladrão do que um
    jumento.” Marquês de Maricá

  6. jb diz:

    No que concerne ao plano — não realizado — eleger-se deputado federal de S..Ex.ª Sr. Carlos Augusto Rosado e eleger sua esposa para executar o lhe é vedado, pode-se inferir que trajetória do casal confunde-se — troque-se Sr. por Sra. — com estre trecho de ‘Ilusões Perdidas’:“Eu o sustentarei com mão de ferro no caminho do poder […] O senhor via brilhar, ostentar-se, enquanto eu agachado na lama das fundações, estarei garantindo o brilhante edifício de sua fortuna. Porque eu, eu gosto do poder pelo poder! Sempre me sentirei feliz com seus prazeres que me são vedados. Enfim, eu serei o que o senhor for!…” O casal é a mais perfeita descrição do apotegma de Abraham Lincoln:”Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo.” Quanto ao “…homem conhecido por executar o que planeja.” deve-se relativizar esta “capacidade” de S..Ex.ª,pois não elegeu o Sr. Luis Pinto em 1992,houve eleição em que seu irmão Betinho Rosado ficou na suplência quis fazer candidata prefeita a “gasparzinha” Ruth Ciairlini não obteve êxito,candidatura à releição de Rosalba naufragou,era isto que o Sr. Carlos Augusto havia planejado?. Mas a crônica política potiguar e os fâmulos de S..Ex.ª lhe atribuíram a mística — “Alguns [chefes] são considerados grandes porque lhes mediram também o pedestal” Sêneca — de estrategista,pausa para rir, quiçá ombreando-se nesta Arte aos generais Sun Tzu ,Clausewitz e Giap. No que diz respeito:“Minha mulher poderá fazer um governo medíocre, mas será honesto” imputado ao ex-deputado, lembra-me está máxima:“A ignorância nos empregados públicos é talvez mais danosa do que a sua improbidade. Em um jardim causa menos detrimento um ladrão do que um
    jumento.” Marquês de Maricá

  7. Rita diz:

    Excelente matéria. Espero que, material semelhante seja elaborado com outros políticos ocupantes de cargo no executivo, seja estadual ou municipal.

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