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sexta-feira - 15/04/2022 - 21:50h
MCJ 2022

Cidade Junina tem poder de injetar milhões em Mossoró

Pesquisas apontam força do evento, mas necessidade de mais planejamento e organização

O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), órgão auxiliar da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (FECOMÉRCIO/RN), realizou em 2017 a primeira pesquisa de avaliação do impacto econômico-financeiro e social do Mossoró Cidade Junina (MCJ) para o município (veja AQUI). Trabalho similar foi promovido no mesmo ano pela Universidade do Estado do RN (UERN) – veja AQUI.

Evento de multidões é comprovadamente importante, mas ainda não alcançou status de outros grandes concorrentes (Foto: arquivo)

Evento de multidões é comprovadamente importante, mas ainda não alcançou status de outros grandes concorrentes (Foto: arquivo)

Os dois levantamentos foram entregues pela Fecomércio e Uern à gestão da então prefeita Rosalba Ciarlini (PP). Ela teve em mãos um retrato do MCJ, sob outros ângulos além da propaganda e efeitos políticos.

A maior parte (74%) dos entrevistados que esteve no Mossoró Cidade Junina 2017, por exemplo, era da própria cidade. Entretanto, a pesquisa diagnosticou a presença de 26% de turistas e visitantes no município durante o evento, sendo estes com vários propósitos, entre eles: visitar, conhecer a cidade e participar dos festejos – apontou o IPDC.

O professor-doutor Leovigildo Cavalcanti de Albuquerque Neto, chefe do Departamento de Ciências Econômicas da Uern, apresentou dados sobre o mesmo evento, apontando que cada R$ 1,00 real investido no evento teria gerado um retorno de R$ 4 para a economia local.

A mesma pesquisa da Uern identificou que 22% afirmaram “ser a primeira vez que prestigiavam o evento”, diz o professor.

Empregos e hospedagens

Fecomércio entregou estudo mostrando que evento continua muito "caseiro", precisando de planejamento e organização profissionais (Foto: arquivo/10-08-2017)

Fecomércio entregou estudo mostrando que evento continua muito “caseiro”, precisando de planejamento e organização profissionais (Foto: arquivo/10-08-2017)

Com relação à geração de empregos, o estudo revelou que somente no setor dos comerciantes informais foi criado 3 mil postos de trabalhos temporários ao longo da realização da festa junina.

O IPDC, por sua vez, viu que os meios de hospedagem utilizados pelos turistas entrevistados revelavam a preferência pelas casas de parentes e amigos como a principal forma de hospedagem, representando 73,1% dos casos.

Outro meio de hospedagem importante para o fluxo turístico presente no evento são os hotéis e pousadas utilizados por 26,1% dos pesquisados.

Atrações

Sobre os locais/atividades que frequentaram durante a participação no Mossoró Cidade Junina, verificou-se que a Cidadela recebeu presença maciça do público que esteve na festa, neste caso, 82,4% do total dos entrevistados, mesmo com sua enorme redução em relação a anos anteriores.

Em segundo lugar aparece o espetáculo ‘Chuva de Balas no País de Mossoró’, com 69,2% das citações; em terceiro o ‘Pingo da Mei Dia’, com 40%das menções.

Em quarto e quinto lugar aparecem o Memorial da Resistência (32,2%) e o Circo do Forró (30,4%), respectivamente. Em seguida, as feiras de comidas, com 12,8%, e o Festival de Quadrilhas Juninas, com 6,2% das respostas. Outras atividades citadas foram Boca da Noite, Parque de Diversão, Show de Humor e Estação das Artes.

O que as duas pesquisas revelaram, também, foi que em mais de 22 anos de festa o seu modelo fechado, estatizado, não conseguiu atrair grandes patrocinadores nacionais para redução do custo-benefício. Também por instabilidade e precariedade de planejamento, não ganhou dimensão nacional como outros endereços em patamar acima, como Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).

Desorganização e quase tragédia

Para fazer acontecer a qualquer preço a festa em 2017, a administração de Rosalba chegou a ponto de conseguir uma mágica jurídica obtida na Comarca de Natal para liberação de camarotes, já que o Corpo de Bombeiros em Mossoró não dera laudos favoráveis, por entender que não existia segurança aos usuários. A aberração (veja AQUI) foi criminosa e arriscada.

A desorganização foi a principal marca do evento, com queda de pórtico, acidente na área de camarotes, atrasos na montagem de estruturas e outros problemas (veja AQUI).

Um ano depois dessa afronta, 2018, quase o MCJ se transforma numa tragédia com grande atraso na montagem de equipamentos (veja AQUI) e até o desabamento de um camarote (veja AQUIAQUIAQUIAQUI e AQUI).

Em 2019, finalmente o governo Rosalba retomou o sucesso de público do MCJ, não tendo oportunidade de procurar repetir em 2020 devido a pandemia.

Em 2021, já na gestão de Allyson Bezerra (Solidariedade), a Covid-19 continuou sendo um problema, e o MCB aconteceu de forma remota/virtual. Para 2022, o novo prefeito tem a missão de resgatar o que antecessores mais próximos empurraram para baixo. É um ano, também de volta à festa em seu estado puro, nas ruas, com aumento no meio circulante, empregos e renda.

Em 2018, desabamento de camarote e alguns incidentes e desorganização depreciaram imagem de festa e prefeita (Foto: arquivo)

Em 2018, desabamento de camarote e alguns incidentes e desorganização depreciaram imagem de festa e prefeita (Foto: arquivo)

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Categoria(s): Administração Pública / Cultura / Economia / Política

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE DETERMINA QUE PANDEMIA DE COVID-19 CONTINUA A SER EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA INTERNACIONAL.
    G1. GLOBO.COM 13/04/2022.
    Vão ainda insistir na realização de uma fsesta que provocará glomeração de pessoas?
    Alguém acredita que de cada R$ 1,00 investido na festa o retorno é de R$ 4,00? Se assim for esta festa é o mais rentável empreendimento do mundo.
    A OMS já alertou.
    A governadora já adotou as providências necessárias.
    VÃO REALIZAR A FESTA DA PROPAGAÇÃO DO VÍRUS COVID-19?
    /////
    CADÊ O COENTRO DA LICITAÇÃO DE MAIS DE 143 MIL REAIS?

  2. Wendell Stewart da Costa Silva diz:

    Eu não irei mesmo . Vai quem quiser .

  3. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO diz:

    Interessante, há bem pouco tempo a OMS, SABIDAMENTE era. um Órgão COMUNISTA e sem nenhuma credibilidade.

    Pelo menos para os Burro NARIANOS de quatro COSTADOS tipo IGNACIO Almeida de Loyola Brandão, suposto combatente da corrupção!

    Por que cargas d’água, então, de repente passou a ser objeto de citação positiva desses mesmos elementos da extrema DIREITA…?!?

    Vá entender a doentia e latente esquizofrenia política BURRO NARIANA e UDENISTA nos trópicos TUPINIQUINS…!!!

    Um baraço

    FRANSUELDO V. DE ARAUJO
    OAB/RN. 7318

  4. Marcos Pinto. diz:

    Tem, igualmente, o mesmo poder de injetar e fazer crescer uma nova onda da Pandemia COVID-19. Será uma grande insanidade insistir na realização desta inconcebível festa denominada de CIDADE JUNINA. Porquê não batiza logo como CIDADE BURRINA ?. Essa é de lascar. Neste contexto e temática, cerro fileiras com o Escritor e jornalista Inácio Almeida. Essa é mais uma de lascar a taboca, que já está meio rachada.

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      Cuidado. Vocé pode passar a ser visto pelo eleitor do Alckmin e ferrenho, eu gosto deste ferrenho, DEFENSOR da oligarquia ALVES, como um perigoso UDENISTA.
      Kkkkkkkkk
      Felizmente hoje começa a série D e o obturado vai ter sua atenção voltada para CASTANHAL X MOTO CLUBE.
      A REALIZAÇÃO DO MOSSORÓ CIDADE JUNINA É MAIS QUE INSENSATEZ. É LOUCURA.
      Só muito caroço embaixo do angu pode explicar a realização do MCJ.
      ///////
      ELEIÇÕES SE APROXIMANDO E A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL BAIXA OS JUROS PARA OS NOVOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS.
      PARA OS ANTIGOS CONTRATOS CONTINUAM VALENDO OS JUROS ESTRATOSFÉRICOS E A COBRANÇA DE TAXAS ABUSIVAS.
      A ÚNICA COISA QUE CONSEGUEM COM ISTO É REVOLTAR AINDA MAIS OS MUTUÁRIOS.
      AS URNAS MOSTRARÃO O DESCONTENTAMENTO DOS QUE PAGAM JUROS E TAXAS ABUSIVAS.

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