Deputado federal em primeiro mandato, seridoense da gema, João Maia (PR) é um dos pré-candidatos a governador, no bloco da governadora Wilma de Faria (PSB).
Neste domingo (9) é nosso convidado especial para o pingue-pongue da série "Conversando com…", em que fala desse e de outros temas correlatos.
Veja abaixo o conteúdo desse bate-papo:
Blog do Carlos Santos – Deputado, num estado de cultura polÃtica hereditário-oligárquica, que já viveu a era do radicalismo, experimentou duelos apaixonados entre Verde X Encarnado, passou por acordões espúrios e hoje parece só existir no PG (Partido do Governo), é possÃvel vencer pelas idéias?
João Maia – Acredito que sim. A informação ficou mais disponÃvel. O método de votar impessoal e, principalmente, percebe-se um sentimento do eleitor que se vem sendo iludido. Não há porque fidelidade a “bandeiras”, famÃlias. Concluo dizendo que sem uma proposta convicente que os eleitores julguem viável será difÃcil ganhar a eleição majoritária.
BCS – O fato de o senhor cumprir apenas o primeiro mandato eletivo (deputado federal), enquanto os demais pré-candidatos vêm de trajetória polÃtica com maior experiência, não o torna “azarão” nessa corrida à Governadoria? É agora ou nunca por quê?
JM – Veja, o fato de eu estar no primeiro mandato significa duas coisas: sou pouco conhecido e tenho pouca rejeição. Quanto o “agora ou nunca”, quero só constatar que quem admite “plano B’ nesse momento já desistiu.
BCS – Ouvi de fonte muito próxima ao casal Carlos Augusto Rosado (DEM)-Rosalba Ciarlini (DEM), que o senhor era preferido por ele para ser vice. Nome ideal para se compor com o projeto “Rosalba Governadora”. Que avaliação o senhor faz dessa questão? Qual a possibilidade de prosperar? O senhor chegou a ser sondado sobre a hipótese?
JM – Não. Conversei com Rosalba e Carlos mais de uma vez mas nada especifico sobre 2010. E coerente com a primeira resposta penso que tudo passa por se discutir um projeto pro RN. Projeto com metas pra saúde, educação, segurança publica, geração de emprego, interiorização do desenvolvimento. Metas simples que possam ser compreendidas pela população e mediadas periodicamente. E o modelo de gestão do estado, para se atingir esses objetivos, tem que mudar radicalmente.
BCS – Como pré-candidato a governador, o que o credencia à sucessão de Wilma de Faria (PSB), como diferenciais em relação aos nomes postos à concorrência até aqui?
JM – Não me considero diferente e essa não é a questão. Eu estive em todas esferas de atividades. Administração Pública, iniciativa privada, e na Academia como Professor e pesquisador. Agora estou na polÃtica. Modestamente eu apenas me considero preparado. Adiciono a isso o fato de conhecer o Rio Grande do Norte em suas potencialidades e deficiências e penso que posso planejar e executar um grande salto no desenvolvimento do estado.
BCS – O senhor e o deputado Robinson Faria (PMN) vêm reiterando pacto para marcharem juntos na sucessão 2010. Significa dizer que é possÃvel, entre outras decisões, que nenhum seja candidato a governador e possam estar unidos no palanque da oposição?
JM – A Decisão é essa: “estaremos no mesmo palanque”.
BCS – Há décadas que governantes falam e, não cumprem, promessa de interiorização do desenvolvimento, com desconcentração de investimentos na conurbação da Grande Natal. Falta vontade polÃtica, visão de futuro ou o sertão é mesmo inviável, afeito apenas à economia primária de subsistência?
JM – Tudo que o sertão não tem é vocação para a economia primária. Solo na sua maioria pobre, regime de chuvas irregular. O sertão precisa de atividades industriais geradoras de mão de obra por um lado e de pólos tecnológicos por outro.
BCS – Arbitrando a sua própria sucessão, a governadora Wilma de Faria tem tido um comportamento isonômico, leal e transparente ou estimula – com algum tipo de preferência, a dissensão?
JM – Eu passo, Carlos. Já falei o que tinha de falar sobre isso.
BCS – Não obstante considerar o tema desagradável, não posso fugir à indagação: até que ponto a crise moral no Senado, com seu irmão Agaciel no epicentro desse redemoinho, afeta sua carreira polÃtica no RN? Se é que algo respinga no senhor.
JM – Não sei responder quanto afeta minha carreira polÃtica ou não. Agaciel é meu irmão e continuará sendo, pronto. Não tenho nada a ver com a crise do Senado e não acredito que ele seja o epicentro da crise.
Geologicamente falando,tenho certeza também que o irmão do deputado,Agaciel Maia,não é o EPICENTRO da crise no senado,o seu papel é mais de HIPOCENTRO.
Extensão do primeiro comentário:Sarney é o Epicentro;Agaciel Maia o Hipocentro.
Prezado Carlos Santos,
Senti-me elogiada com a lucidez de suas perguntas ao deputado João Maia. Um primor. Suas indagações sobram para o inquerido, fazendo com que mesmo que ele não responda, ou negue-se a fazê-lo, como o fez, ainda assim, as entrelinhas da pergunta nos proporcionam as respostas. Obrigada pela inteligência rasgada. Antonia LÃria.
Parabéns pela entrevista, e o deputado João Maia muito embora não se sinta diferenciado, o que ele na verdade é, um homem preparadissimo, sério e acima de tudo muito simples, franco e honesto, penso que se vier ser govenador será um salto pra melhor na gerência deste pequeno e pobre estado.
parabens pela entrevista, votei nele para deputado federal, poderia repetir rsrrs mais perdi o contato com o parlamentar.