• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 30/08/2009 - 00:35h

Conversando com… Robinson Faria – 06

Presidente da Assembleia Legislativa e figura autônoma dentro do grupo da governadora Wilma de Faria (PSB), Robinson Faria (PMN) admite que essa base pode se esfacelar. E diz o porquê. 

Ele também deixa claro que o bloco denominado de "Unidade Potiguar" está muito sólido para se posicionar no teatro de guerra de 2010.

Leia abaixo nossa conversa com o parlamentar estadual:

Blog do Carlos Santos – Deputado, qual o peso da política de alianças à luta presidencial, na formação de chapa ao governo do RN, em que o senhor figura como pré-candidato e comandando PMN e PP indiretamente?

Robinson Faria – Ninguém pode desconhecer o peso da liderança política do presidente Lula, principalmente na nossa região e no nosso Rio Grande do Norte. Entretanto, o lançamento de candidaturas por partidos integrantes da base política do presidente poderá alterar o quadro de alianças no nosso estado.

BCS – O senhor tem trânsito livre do governismo ao grupo situado na chamada oposição, em que aparece a liderança do senador José Agripino (DEM). Esses canais abertos revelam que o senhor é flexível ou indispensável aos dois lados?  

RF – O fato de ter canais abertos significa dizer que eu trato as pessoas e os líderes políticos com gentileza, respeito e atenção. Quanto a ser indispensável, seria pretensioso de minha parte dizer isto, embora o nosso grupo político tenha uma expressão reconhecida e que pode vir a decidir a eleição.

BCS – O senhor tem se queixado quanto a um suposto favorecimento à pré-candidatura do vice-governador Iberê Ferreira (PSB), no esquema governista. Isso já não é motivo suficiente para pegar a "mochila" e mudar de lado?

RF – Eu gostaria que a definição da candidatura da base governista se desse em condições de igualdade, seria mais democrático. É o que defendo. E isso já é motivo suficiente para continuar lutando.

BCS – Na política, como na guerra, é aconselhável ter mais de uma estratégia de ação-combate. Em se tratando de 2010, o seu Plano B apontaria para uma candidatura à Câmara Federal, à reeleição, a vice-governador ou ao Senado?

RF –  Política para mim não é uma guerra. Política é a arte de melhorar a qualidade de vida do povo, na paz, no entendimento, na conciliação. O nosso grupo político, a Unidade Potiguar, não trabalha com um plano B.

BCS – Depois desse "freio de arrumação" com o advento da Unidade Potiguar, liderada pelo deputado federal Henrique Alves (PMDB), houve mesmo uma acomodação de interesses? Zerou tudo? Estamos diante de uma carga de pote: se tiver muito solavanco pode quebrar tudo?

RF – Henrique Alves (PMDB), por não ser candidato a cargo majoritário e por sua conhecida experiência política, recebeu de nós a confiança e a delegação para falar em nome do nosso grupo. A Unidade Potiguar, na verdade, é liderada por todos nós que a idealizamos e que a apresentamos ao Rio Grande do Norte. Não há como diferenciar, na Unidade Potiguar, a liderança do deputado Henrique Alves, do deputado Fábio Faria (PMN), o mais votado do estado, do deputado João Maia (PR), o segundo mais votado na última eleição, além dos nossos deputados estaduais, todos líderes regionais e dos nossos diversos prefeitos. Da mesma forma, não há uma acomodação de interesses, mas um projeto de gestão para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, que significa a melhoria da qualidade de vida do nosso povo. Quanto ao solavanco, eu penso que as estradas do Rio Grande do Norte, em sua maioria, estão bem pavimentadas.

BCS – Deputado, há muito que o Ministério Público propaga que a Assembleia Legislativa é uma caixa-preta, está empanzinada de atos secretos, procedimentos ao arrepio da lei e que precisa ser dissecada. O que há de verdade nisso e como tornar mais transparente questões como cargos comissionados e custo da Casa, por exemplo?  

RF – A Assembléia responde regularmente aos pedidos de informações do Ministério Público. Como exemplo, cito o caso dos servidores reenquadrados na Assembleia, vindos de outros órgãos: foi com base nas informações detalhadas que fornecemos que o Ministério Público ajuizou diversas ações na Justiça. É claro que cumpriremos as decisões judiciais, que, aliás, já estão saindo em primeira instância, negando o pedido do Ministério Público. Não existe ato secreto na Assembleia: todos os cargos, inclusive comissionados, são criados por Lei, devidamente publicada. Os atos de pessoal são publicados no Boletim Oficial. Tanto o Boletim como o Diário Oficial estão disponíveis na Internet. 

BCS – Por que votar em Robinson Faria para governador? Quais os diferenciais que o senhor imagina ter, em relação aos demais pré-candidatos apresentados dentro e fora do governismo?

RF – Primeiro pelo compromisso: Eu vou realizar uma grande administração em benefício do povo do Rio Grande do Norte, com um programa de gestão diferenciado, com foco no absoluto controle dos recursos públicos, uma ampla reestruturação do sistema de saúde do Estado, para levar saúde aonde o cidadão precisa. Um forte investimento em segurança pública para dar tranqüilidade ao povo. Além de estimular o desenvolvimento da atividade econômica em todas as frentes para gerar empregos para aos nossos jovens. Isso faz parte do nosso projeto que já estamos discutindo com o povo sobre como realizar. Não é interessante eu fazer comparações em relação aos demais candidatos. Cada um vai se apresentar ao Estado com o seu histórico de vida, o seu pensamento e o seu projeto de governo. Caberá ao povo julgar quem estará mais apto para merecer a confiança e assumir o governo do estado. A campanha revelará o perfil de cada candidato e eu trago desde cedo uma característica que faz a diferença: palavra dada é palavra cumprida.

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Categoria(s): Entrevista/Conversando com...

Comentários

  1. Valtércio Anunciato Da Silveira diz:

    Conheço o Deputado Robinson Faria desde a década de 80 do século passado, sempre nos encontrávamos no restaurante Chaplin, isso com amigos comuns como o Jornalista Roberto Guedes, o publicitário Jener Tinoco e outros que a memória me trai no momento.
    Eu sabia desde aquela época que ele nasceu em berço de ouro, mas, creiam, a simplicidade e a humildade do mesmo faziam com que o admirássemos.
    Ao que me parece, e pelo que leio na imprensa, ele já não é o mesmo, pelo menos o seu comportamento, que pena !!!!
    Ele, como pai, não deu bons exemplos ao seu filho, hoje Deputado Federal, tanto o é que foi notícia nacional por ter pago com nosso dinheiro, as passagens da sua então namorada, Adriane GALISTEU e família.

    Aliás, imagino que o único homem que ela não namorou no Brasil sou eu.
    Cuidado dileto Jornalista, você já é estrela, preferência dela. Depois não diga que não lhe avisei!!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  2. Everton Carlos da Costa Cardoso diz:

    “Política é a arte de melhorar a qualidade de vida do povo”. Quanto fingimento! O que dá prá rir, dá pra chorar.

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