sábado - 15/08/2009 - 09:10h

De épicos e luzes que brilham na literatura potiguar

Acordo cedo; sou madrugador. À cama sempre tem alguns livros à espera de agrado. O hábito antigo me deixa em ótimas companhias. Com um detalhe: nunca, em meio ao sono cerrado ou eventual pesadê-lo, chutei qualquer um para fora.

Hoje conclui leitura de "Encontos & Desencontos" de Cefas Carvalho. Ontem foi "O homem óbvio" de Rubens Lemos Filho.

Ambos são autores potiguares; labutam há anos na imprensa.

Cefas é poeta, escritor e jornalista. Passeia com desenvoltura pelo conto, romance e poesia, com a destreza de um Rodin a esculpir palavras. Tudo ao natural, sem afetação. 

Na dedicatória do seu livro, à mulher-musa-amada, a prova de que seu novo trabalho é insumo básico. Ele dança com lobos para sobreviver como gente. "Para Cláudia, que ensina as luzes a brilhar…"

Não é apenas belo. É denso.

"Rubinho", filho de Rubens Lemos (o "Rubão", jornalista já falecido), é assessor de Comunicação Social do governo estadual e cronista. Calma. Não baila na frivolidade social. Sua área é a do "agrião", como diziam os antigos locutores esportivos.

Faz do futebol seu principal canteiro de obras. Manda às cucuias o preconceito brocoió de intelectualóides, que vêem no esporte apenas um amontoado de homens correndo atrás da bola. Encontra na bola a grande metáfora existencial.

"O épico está na dimensão de cada um", filosofa Rubinho, que não é diminutivo do pai. Faz-se menino-homem com paixão em preto e branco, mas em cores vivas a cada página do seu livro.

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Categoria(s): Nair Mesquita

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