Mossoró não parou
Nos seus discursos e clichês de campanha nas ruas e no palanque eletrônico, a coligação “Mossoró Pra Você” tem cometido uma falha infantil. Insiste em dizer que “Mossoró parou”. Não cola. Não existem indicadores socioeconômicos apontando esse fenômeno.
A candidatura da deputada estadual Larissa Rosado (PSB) derrapa na verdade e perde oportunidade de levar às cordas a governista Fafá Rosado (DEM).
Do outro lado, a governante e sua campanha vendem uma imagem ufanista de Mossoró. Não faltam brechas que a colocam em xeque, mas a oposição não tem um pingo de competência para fazê-lo. Prefere se alicerçar em picuinhas politiqueiras.
Mossoró não parou nem poderia. Mesmo que desse férias àqueles Rosados preguiçosos e larápios, inimigos do trabalho, afeitos a sinecuras.
Com Fafá, Larissa, Carlos Santos, Paulo Doido ou Heró é impossÃvel frear essa locomotiva. Faz-se um designo quase divino.
O municÃpio é privilegiado por consideráveis riquezas naturais, excepcional localização geopolÃtica e recebe uma lufada da bolha de desenvolvimento mundial que ocorre há anos. Os reflexos chegam ao Brasil e Mossoró é parte disso.
Nós estamos subutilizando tanta sorte.
Entra nessa contabilidade o adicional de estabilidade da moeda, royalties milionários do petróleo, verbas casadas para educação e saúde (imposições para qualquer governante municipal) e escassas intempéries naturais (seca e enchentes).
Inclua a continuidade administrativa como outro componente. São quase 12 anos de um mesmo grupo no poder. Não há instabilidade polÃtica.
Não deve ser ignorado ainda o pipocar de programas da União que contribuem para uma clara redução do nÃvel de pobreza e melhoria sanitária (saneamento, por exemplo). É uma força exógena, de fora para dentro, influenciada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) desde o fim da era Collor de Mello, passando por FHC, até chegar ao presidente Lula. É a mesma cartilha.
Mentira
Mossoró não é um paÃs à parte como a mitologia laboratorial nativa quer vender. Também é falso o discurso de que empreendimentos como Atakadão, Mossoró West Shopping etc estão na cidade por articulação da prefeitura. Mentira porca. Pousaram aqui por um princÃpio do capital: mais dinheiro.
Esse lugar é pólo de uma região de mais de 1 milhão de habitantes. Sua engorda econômica é inexorável. O que nos falta? EspÃrito público, comando sério, capacidade gerencial e visão de futuro de seus agentes públicos, para transformar essa conjuntura em algo potencialmente maior, socializando a riqueza.
Somos uma cidade próspera, mas de povo pobre. Por quê? Parte da explicação está na polÃtica.
Até o final de sua gestão (quatro anos), a prefeita Fafá Rosado terá movimentado com sua caneta mais de R$ 1,2 bilhão. É provável que nem ela se dê conta disso nem saiba a dimensão dessa montanha de dinheiro.
Quase tudo termina em festa na “Estação das Artes” e no exercÃcio patrimonialista de alguns sabidos. Não é por acaso que de um lado põem dedinhos para cima simbolizando vitória e do outro formam um "L", que pode ter duplo sentido.
Portanto, chega de tolice! Mossoró não parou, mesmo com tanta gente parva e de má-fé tocando seu destino. Apesar do esforço para que ela descarrile, ainda não conseguiram.
Precisamos ampliar nosso capital intelectual, investir no conhecimento, depurar a atividade pública e resgatar valores em desuso como moral, solidariedade, espÃrito coletivo e o civismo. Do contrário, continuaremos sendo uma pobre cidade rica.
Não é por acaso que muitos “adoram” Mossoró, outros têm certeza que é “da gente”, sem falar numa récua desejosa do seu sangue.
Excelente! Vc não poderia ser sido mais gategórico. Parabéns! Mossoró esta crescendo independente da falta de ética de alguns. Mossoró cresceu mais nestes 12 anos do que a própria capital do estado, que inclusive reconhece esse crescimento. Infelizmente, somos uma cidade rica com uma população que beira a miséria (alimentar, intelectual, cultural e espiritual).
Parabéns Jornalista, o texto acima é primoroso.
O que falta a nossa cidade é um planejamento estratégico de desenvolvimento, que leve em conta os aspectos técnicos e legais.
Transporte -Sistema Viário;
Ordenamento Urbano- Zoneamento;
Meio Ambiente;
Saúde -Educação, ( lêia-se Plano Diretor)
coisas que a prefeitura, se fosse mais profissional, levaria a sério.
Preferem o amadorismo, ou mesmo o ” semi- amadorismo”, de seus engenheiros-secretários etc.
Carlos Santos, uma administração municipal não interfere com a economia do seu povo. O bom momento que Mossoró atravessa, o mundo todo está sentindo, puxado pela “locomotiva” China. Antes, Fernando Henrique Cardoso promoveu a estabilidade da moeda e o Presidente Lula continuou com essa polÃtica econômica. Com uma inflação baixa, os salários dos mais pobres tende a se valorizar. O resto é conversa prá boi dormir.
Caro Carlos, há muita verdade no que o sr. escreveu,mas há um pequeno deslize cometido, talvez porque o sr. não tenha ouvido com atenção o discurso da prefeita Fafá, quando fala dos empreendimentosmque “desembarcaram” em nossa cidade. A prefeita argumenta que tais empreendimentos chegam em Mossoró em atraÃdos pelo seu desenvolvimento e progresso (e parte disso não é “culpa” dos sucessivos governos municipais satisfatórios??), mas ela (a prefeita Fafá) não diz que a prefeitura ARTICULA essas vindas. O sr. está deixando que seu ódio pela candidata Fafá e seus aliados de certa forma, o “ceguem” também. Obrigada.
Nossa, PARABENS! Também reconheço que Mossoró cresce por méritos próprios, do que pelas pessoas que a administram. Concordo que, se até eu fosse o prefeito, Mossoró seria o que é hoje. Parabéns Mossoró. Temos que dar um “FIM” a esses Rosados. CHEGA!
Carlos Santos, nunca foram tao sabias as suas palavras!
E Viva Mossoro e o povo q nela batalha e sobrevive apesar de todos os pesares!