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terça-feira - 12/10/2021 - 08:50h
Cidade

Gargalos urbanos impõem providências em nome do bem-estar social

Poder público e empreendedores imobiliários precisam agir rápido (conforme interesses, recursos, inteligência e burocracia) na discussão que enseje adiante a desobstrução de alguns gargalos do aglomerado urbano crescente de Mossoró. O desenvolvimento urbanístico local está seriamente comprometido, bem como a qualidade de vida de moradores e circunstantes.

Avenida João da Escóssia, em Mossoró, uma via em processo de crescente saturação (Foto: Prefeitura de Mossoró/Divulgação)

Avenida João da Escóssia, em Mossoró, uma via em processo de crescente saturação (Foto: Prefeitura de Mossoró/Divulgação)

A profusão de investimentos condominiais nas proximidades do Partage Shopping não tem, paralelamente, um escoadouro ágil para o tráfego, além da continuidade da Avenida João da Escóssia e vias marginais precárias.

O Complexo Viário da Abolição (antiga Avenida do Contorno), que em tese seria um anel automotivo da cidade, mesmo à sua conclusão já era uma grande e surrada avenida urbana com tráfego diário de centenas de caminhões, carros e motos, com quatro viadutos, sem passarelas e iluminação.

Novo anel viário e Plano Diretor

Do outro lado da cidade, a Avenida Leste/Oeste e Avenida Presidente Dutra mostram saturação, bem como a Avenida Francisco Mota/BR-110 e o Complexo Viário Vingt Rosado. A região abriga núcleo judiciário, duas universidades (Ufersa e Uern), uma faculdade privada e grande volume de caminhões escoando sal, além de carros de passeio/motos e outros veículos que cruzam essas vias em constantes engarrafamentos – sobre leitos estreitos e irregulares. Some-se a isso, o fenômeno expansionista imobiliário do Sumaré – entre as BR-304 e 110.

Mossoró precisará de um novo e verdadeiro anel viário bem além do seu núcleo urbanizado, cortando e conectando as BR’s 110, 405 e 304. Há perspectivas de um surto de industrialização e ocupação urbana para os próximos 10 a 20 anos, que vai tornar ainda mais difícil a circulação de veículos e a prestação de serviços públicos de massa (saneamento, água, energia, escolas, creches, unidades de saúde, transportes coletivos, limpeza etc).

A revisão do Plano Diretor da cidade, em atraso há anos, graças à inoperância dos gestores, terá de contemplar uma cidade e um município para as próximas décadas. Crescer para cima e para os lados, urbanisticamente, pode significar num curto espaço de tempo um falso progresso, capaz de asfixiar o sonho do bem-estar social.

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Categoria(s): Administração Pública / Gerais

Comentários

  1. Paulo Roberto diz:

    Faltam cabeças que pensem a Mossoró grande que se aproxima. Faz anos que a mesmice tomou conta.

  2. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO diz:

    Ora ora, a história nos ensina que o transporte coletivo , necessariamente deve ser priorizado em detrimento do individual!

    Todavia, no Brasil dito pós revolucionário de 1964, todas as ferrovias foram sendo gradativamente sucateadas, para, em pós, serem aniquiladas e (ou) entregues de mão beijada a iniciativa privada.

    ATUALMENTE, verificamos o resultado prático dessa história dita anticomunista, com caminhoneiros e suas associações e sindicatos de negacionistas e OBSCURANTISTAS, ameaçando e parando o Brasil com greves, bem entendido, quando o governo e de extrema direita como se verifica.

    Em suma mentalidade da POPULACAO, e, consequentemente dos dirigentes eleitos, infelizmente é essa, onde predomina interesses econômicos inescusaveis na direção do transporte individual(COMO ÚNICO SUPORTE DESENVOLVIMENTISTA) e suas conhecidas e atrozes consequências de ordem cultural , econômica e coletiva.

    CONSTATA-SE, nesse setor importante e imprescindível que é o transporte seja de pessoas ou mercadorias, continuamos com a mentalidades de políticos Tipo PAULO SALIM MALUF, que , além de concretar São Paulo de ponta a ponta, tendo inclusive tentado implementar projeto de vias urbanas concretadas por cima do Rio Tiete e Pinheiros.

    No país de Mossoró, temos o rio Mossoró, absolutamente asfixiado e em estado de inanição, sendo o avançado do urbanismo ilegal e desenfreado, uma das razões e consequências, também vinculada a sanha do transporte individual.

    Data Máxima Vênia, há continuar a prioridade absoluta do transporte individual sobre o coletivo, os ditos complexos viários, como sabemos , não resolve o problema, apenas ressaltam a necessidade urgente de uma mudanca de ordem cultural .

    Posto que, aqui como em São Paulo e em grande parte do nosso Brasil, pensar em Ônibus, Metrô e Trem é causar calafrios e SUPOSTA indignação junto aos eleitos pela maioria ignara..!!!

    Um baraço
    FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO
    OAB/RN 7318

  3. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO diz:

    Errata .

    Bem entendido, salvo, quando o governo e de extrema..direita.!!!

  4. Alcimar Bispo diz:

    Também vejo assim, amigo.

  5. Jp diz:

    Também a cidade precisa de um ponte ligando o santo Antonio ao van Rosado .

    • Carlos Santos diz:

      NOTA DO BLOG – No texto postado é salientado o novo anel viário, tornando imprescindível esse equipamento prometido há décadas. Abraços

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