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quarta-feira - 23/06/2021 - 06:28h
Fato

Após anunciar calendário, Governo Fátima não garante vacinas

Vacinação não depende apenas do Governo do RN, por isso a precipitação de calendário (Foto: Wilson Moreno)

Vacinação não depende apenas do Governo do RN, por isso a precipitação do calendário (Foto: Wilson Moreno)

O Governo do Estado está com dificuldade de manter distribuição e fluxo de vacinas para os municípios, da capital ao interior, na prevenção à Covid-19. Não existe vacina suficiente para continuidade da imunização no RN

Estava escrito que isso ocorreria.

Essa página antecipou, sem precisar ter bola de cristal.

No último dia 15, terça-feira da semana passada, a governadora Fátima Bezerra (PT) anunciou com pompa um “calendário de vacinação” (veja AQUI) para cobrir população até 18 anos, colocando setembro ponto conclusivo dessa meta.

“Vejo como precipitada a divulgação de um calendário que tem tantas dependências para se efetivar. Seu cumprimento não depende do Governo do Estado, exclusivamente”, postamos àquele dia.

Pólvora alheia

Fátima Bezerra atira com a pólvora alheia, que já falhou outras vezes. Ao contrário dela, os governadores de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB); e Bahia, Rui Costa (PT), decidiram que não anunciariam cronograma de vacinação – veja no Blog Tio Colorau AQUI.

No dia 20 de março último (veja AQUI), o terceiro ministro da Saúde – Eduardo Pazuello – garantiu que não faltariam vacinas e orientou que estados e municípios poderiam usar estoque da D2 (segunda dose). Deu problema, a promessa não foi cumprida. Dia 26 de abril o quarto ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu que o Governo Federal tinha errado (veja AQUI).

No RN, o governo estadual encontrou logo culpados pela falta de imunizante CoronaVac para segunda aplicação: os prefeitos de Natal (Álvaro Dias-PSDB) e de Mossoró (Allyson Bezerra-Solidariedade). Sua militância caiu em cima de ambos executivos municipais, os satanizando (veja AQUI).

Porém, o próprio governo Fátima Bezerra caiu em contradição ao apresentar relatório de que cerca de 90% dos municípios estavam com atraso (veja AQUI). Não eram situações específicas de Natal e Mossoró, ficou provado.

Diante de tantas incertezas, é esperar que Fátima Bezerra não volte a criar falsas expectativas.

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde

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