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domingo - 14/01/2024 - 11:44h

Israel pratica genocídio? Opinião de um rabino

Por Ney Lopes

Criança em Gaza (Foto: Jordan News Daily)

Criança em Gaza (Foto:
Jordan News Daily)

Um tema de política internacional vem dividindo opiniões atualmente no Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou apoio à denúncia apresentada pela África do Sul contra Israel em 29 de dezembro de 2023, na Corte Internacional de Justiça (CIJ).

O país africano acusa Israel de praticar um genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza.

Não se justificam impulsos emocionais ou ideológicos, nascidos do radicalismo inconsequente, para apoiar a decisão do presidente Lula, ou condená-la.

O mundo está diante de uma situação delicadíssima nesta guerra entre judeus e palestinos.

O conflito entre Israel e Palestina é um dos mais antigos e complexos do mundo.

Há irradiações de apoios e rejeição em países do Oriente Médio e a exacerbação do conflito trará consequências altamente negativas para o resto do mundo.

Uma crise de abastecimento pela interdição de canais que ligam a Ásia ao Ocidente e o absoluto descontrole das economias globais, significariam verdadeiro tsunami de destruição da humanidade.

Antes de Cristo, os palestinos, descendentes dos cananeus, habitavam a Terra de Canaã.

O judaísmo é a religião monoteísta mais antiga do mundo.

De acordo com a tradição judaica, a prática religiosa teve origem quando Abraão foi ordenado por Deus para liderar o seu povo e procurar a terra prometida

O surgimento do Estado de Israel em 1948 marcou um momento crucial na história moderna da região.

Em relação ao momento atual, o documento de 84 páginas da África do Sul acusa Israel de atos e omissões “de caráter genocida, pois são cometidos com a intenção específica necessária … de destruir os palestinos em Gaza como parte do grupo nacional, racial e étnico palestino mais amplo

Em 7 de outubro de 2023, ao menos 1.500 integrantes do grupo terrorista palestino “Hamas” romperam o bloqueio à Faixa de Gaza e infiltraram o sul de Israel, onde foram realizados massacres e sequestros.

As cenas da carnificina chocaram o mundo e provocaram uma guerra sangrenta.

Israel reagiu e partiu para o contra-ataque, que dura até hoje

Alegando excessos, a África do Sul tem sido altamente crítica da operação militar de Israel em Gaza.

A África do Sul pede ao Tribunal Internacional de Justiça, declaração que na sua guerra contra Gaza, Israel violou as suas obrigações ao abrigo da Convenção do Genocídio.

A acusação é que Israel está matando palestinos em Gaza em grande número, com mais de 21.110 palestinos mortos desde 7 de outubro; estimativa de 7.780 pessoas desaparecidas, presumivelmente mortas; e 55.243 palestinos já feridos, desde 7 de outubro, muitos com queimaduras graves, amputações e sofrendo com as armas químicas utilizadas.

A matança, segundo a denúncia, envolve execuções sumárias e o extermínio de famílias inteiras nas suas casas, em abrigos, em hospitais, escolas, igrejas, mesquitas, e mesmo quando fugiam ao longo de rotas demarcadas como seguras por Israel.

Aproximadamente foram destruídos 318 locais religiosos cristãos e muçulmanos, tribunais, edifícios parlamentares, bibliotecas, terrenos agrícolas, padarias e infraestruturas de eletricidade, água e esgotos.

Israel reagiu com indignação as acusações apresentadas, descrevendo-a como “profundamente distorcida” e dizendo que a tentativa da África do Sul de fazê-lo interromper sua ofensiva contra o movimento Hamas em Gaza deixaria o país indefeso.

O pedido da África do Sul à Corte Internacional de Justiça é para Israel ser considerado violador da Convenção do Genocídio, que obriga todos os países.

A África do Sul pede que Israel seja ordenado a cessar quaisquer atos que violem essas obrigações; punir todas as pessoas que cometem, incitam, tentam ou são cúmplices do genocídio.

Diante de fatos tão controvertidos, com milhares de pessoas morrendo diariamente, o mais grave é que, caso o Tribunal determine um “cessar fogo”, poderá não ser cumprido. As grandes potencias vetariam na ONU.

Recentemente, o mesmo Tribunal emitiu ordem dizendo à Rússia para “suspender as operações militares que começou em 24 de fevereiro de 2022 no território da Ucrânia” e que qualquer apoio militar deve tomar “nenhum passo em continuar essas operações militares”.

Mas a Rússia, até hoje, não tomou conhecimento da decisão e continua com suas incursões de destruição da Ucrânia.

Uma pena que isso aconteça!

O mundo fica entregue à sua própria sorte.

Quanto a proposta da África do Sul, que o Brasil apoiou, cada internauta forme a sua própria opinião.

A minha opinião é de apoio ao rabino judeu ortodoxo Haim Sofer, que declarou:

“Estamos falando de 23 mil homens, mulheres, crianças e idosos que foram mortos. A maioria dessas pessoas que foram mortas são pessoas inocentes. A destruição em Gaza é enorme. Isso nos lembra a destruição da cidade alemã de Dresden na Segunda Guerra Mundial”.

Meu apelo às nações do mundo para não permitir esses crimes de guerra.”

Tenho certeza de que os judeus serão recebidos de volta para viver sob a jurisdição palestino-muçulmana. Eles seriam bem-vindos para viver com eles com plenos direitos religiosos”.

Entrando na história, o rabino disse que os judeus tinham seu “melhor tempo espiritual, econômica e politicamente” quando viviam entre os muçulmanos.

O domínio muçulmano na Espanha é conhecido como uma “era de ouro” para o povo judeu, disse ele, quando eles “gosavam de direitos surpreendentes – direitos políticos, espirituais e religiosos”.

Os judeus não terão problemas coexistindo com os outros enquanto permanecerem fiéis aos ensinamentos de seu livro sagrado, a Torá, e “não tenham aspirações de assumir terras, Palestina ou outras”, disse o rabino.

Que a opinião do rabino judeu Haim Sofer seja o caminho para a Paz!

Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal

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Categoria(s): Artigo / Opinião

Comentários

  1. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO diz:

    Até o.mundo mineral sabe, o estado de Israel tem suas raízes no sionismo como método e projeto político de eliminação, inclusive física dos árabes, em especial dos Palestinos que há milênios habitam a região, sendo os Palestinos , de fato, o maior obstáculo as intenções políticas e estratégicas do estado judeu, mero enclave e Potentado americano do norte no oriente médio.

    O mais , trata-se de diversionismo retórico, mentiras e terviversacoes de ordem política patrocinadas pela máquina de manipulação chama imprensa ocidental.

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