Todo amor que houver nessa vida tem um fervor poético intenso, como a própria natureza de quem a escreveu, Cazuza, em parceria com Roberto Frejat. Dupla de considerável produção nos anos 80.
Letra e música são eternas porque dizem muito, para muitos e em qualquer tempo; por lidar com um sentimento universal, atemporal e cotidiano.
Um presente do Blog neste último domingo do ano, incensando a vida e lhe desejando realmente “todo amor que houver nessa vida”.
Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia
E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria.
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