segunda-feira - 18/05/2015 - 09:52h
Surfando

O esporte no Brasil

Do Blog do François Silvestre

O Brasil tem um esporte permanente e vários esportes de ocasião.

Lembra do Tênis? Maria Esther Bueno ganhou o torneio internacional de Wimbledon e vários outros dos mais de sessenta torneios internacionais que disputou.

O Tênis foi assunto de muita festa nos fins dos anos Cinquenta. Depois, entrou no limbo.

Quatro décadas depois de Maria Esther, surge Guga. O Tênis virou febre. Uma quadra em cada canto. Guga não deixou sucessor e o esporte foi recolhido ao esquecimento.

O mesmo com o Boxe. Éder Jofre campeão mundial de peso galo.

Pronto, todo mundo treinando Boxe. Até no Ginásio de Caicó transformaram uma pequena quadra cimentada, na saída da enfermaria, em ringue do esporte dos murros.

O treinador era um rapaz chamado Zé Maria que ensinava aos internos a técnica de por luvas e bater corretamente. Só que as luvas eram escassas e amarravam as mãos com gazes.

Cadê o Boxe?

O Voleibol, após o sucesso do Brasil nos torneios mundiais, virou coqueluche. Quadra e rede em todo canto. Sumiu.

E assim foi com o basquete.

Agora, num passe de mágica, viramos surfistas. O sucesso merecido e belo do Brasil e Rio Grande do Norte nesse torneio de surf produziu algumas pérolas. Uma delas ouvi da Globo. Sempre Ela.

“O Brasil agora é a pátria do Surf”. Me pelo de medo.

Como fazer para juntar água pro surfe no Seridó e Oeste?

Quantos carros-pipas serão suficientes pra fazer uma onda?

O esporte do Brasil foi, é e sempre será o futebol.

Quatro moleques, dois pares de chinelos e uma bola-de-meia fazem uma pelada.

Pode não ser tão belo, mas o resto é bonito e passageiro.

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Bem observado.
    Vivemos no país do que está na moda.
    Lembra-se da saia justa? As coitadas das mulheres mal podiam trocar a passada. Depois apareceu a tal da mini-saia, que hoje, por mudança das regras gramaticais, um dia eu ainda descubro a importância destas mudanças; escrevemos minissaia.
    E por aí a coisa seguiu com os homens usando a calça boca de sino, etc.
    Na política é que a moda não muda.
    É corrupção ontem, hoje e sempre.
    É a coqueluche que não passa.
    Animada pela impunidade a corrupção se eternizou na política brasileira e todos aceitam-na como uma coisa normal, tão normal que consideram anormal quem se mete a combatê-la.
    Quantos não são tachados de loucos por clamarem por punição para corruptos?
    Este é o nosso país, país onde as crianças nas escolas concluem o segundo grau sem saber multiplicar, mas conhecendo a cultura dos povos sambaquis.
    Calar-se frente aos absurdos ou aceitar a pecha de louco?
    Fico com a segunda opção.
    ///
    QUANDO SERÃO JULGADOS OS RECURSOS SAL GROSSO?
    O UNIFORME ESCOLAR NÃO FOI ENTREGUE EM MOSSORÓ.

  2. françois silvestre diz:

    Se loucura for será mais útil do que a “saúde” convencionada. Sou doido pelos doidos inteligentes, e inteligência é o que não lhe falta.

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      Penhoradamente agradeço.
      Tenho plena consciência de que poderia ser mais útil a Mossoró. Mas os corruptos não deixam.
      Quando aqui cheguei há quatro anos observei que os ouvintes não ligavam para as rádios reclamando do descaso do poder público. Comecei a bater nesta tecla aqui neste blog e hoje vejo com satisfação que até nos programas musicais abrem espaço para o ouvinte fazer queixas e reclamações.
      Percebi a cruzeta que ia ser a troca do Nogueirão por um campinho de futebol na estrada Assu/Mossoró, bem depois do posto da PRF saída para Natal. Coisa de trocar 20 x 1. Hoje já não falam mais nisso. Gritei para o fato das crianças em Mossoró nas escolas municipais não tomarem água filtrada. Escandalizei, mandei e-mail para Deus e para o mundo. Hoje as crianças bebem água filtrada.
      E tantas e tantas outras coisas consegui só com este espaço que generosamente o Carlos Santos me oferta. Daí ser fácil entender porque os corruptos tem tanto medo de que eu venha a ter três minutos, apenas três minutinhos numa rádio. Com estes três minutos eu acabaria com tanta cruzeta que até doleiro delator duvidaria. Começaria por acabar com estes TED feito com pagamento na boca do caixa. Na realidade, transferência de dinheiro cuja origem não pode ser comprovada. Feito o TED com pagamento na boca do caixa o banco teria que informar imediatamente ao Ministério Público.
      Duvido, meu caro François, que o uniforme escolar não fosse entregue em Mossoró. Imagine uma rádio diariamente dizendo ao povo que é direito dos alunos receberem o fardamento. E de quebra o material escolar.
      Jamais eles deixarão eu ter estes três minutos, Nem que para isto patrocinem eventos tipo o melhor piadista, o melhor compositor, a melhor sei lá o quê…
      Um abraço e continue a rezar por mim. Torcer por mim é muito pouco. KKKKKKK
      ////
      QUANDO SERÃO JULGADOS OS RECURSOS SAL GROSSO?

  3. fernando diz:

    Tem um esporte que está na moda desde a vinda de Cabral. Roubar, tem até um time que é superior a todos,o PT.

  4. P. Poty diz:

    Belo texto, François. Comungo com tudo o que escreveu. E ainda complemento, há cerca de pouco mais de três anos começou a ganhar espaço as lutas marciais mistas, o famoso MMA. Após o insucesso do Vale Tudo, proveniente da década de 1990, houve uma repaginada e pronto. Estava posto mais um “esporte mania nacional”. Victor Belfort, Anderson Silva, Shogun, Cigano,, José Aldo, Barão… Todos viraram “mitos” do novo esporte nacional. Alguns até ousaram em dizer que em cerca de poucos anos o MMA ultrapassaria a paixão pelo futebol. Hoje a empolgação não é mesma e o declínio é rumo certo. Eles não sabem o que dizem…

    Abraço.

    P. Poty

  5. françois silvestre diz:

    P. Poty, recebi um comentário igual a esse seu, lá no Substantivo Plural, e pedi desculpas por ter esquecido o MMA. Brigado pela complementação. Fernando, quando você falou de um time de ladrões eu me pelei. Pensei que você ia falar do meu Vasco. Sobrou pro PT. Bem feito!

    • P. Poty diz:

      Disponha sempre. É sempre uma satisfação ler os seus textos. Agradeço também a oportunidade democrática dada pelo Carlos Santos à este espaço singular.

      Abraço.

      P. Poty

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