Em minhas "férias" físicas, longe do Rio Grande do Norte, programei hoje para conhecer o "Museu do Homem do Nordeste" e o "Instituto Ricardo Brenand" em Recife (PE).

Duas frustrações. Ambos estão fechados temporariamente.

A expectativa era das melhores, mas fica para outra vez. No primeiro caso, o "jeitinho brasileiro" criou um feriadão esticado para esta segunda (4) no Museu do Homem (AQUI).

Em relação ao Instituto Ricardo Brenand (AQUI) houve uma folga de alguns dias à sua equipe de trabalho. Daí a restrição ao público.

Compensei o desapontamento com passeio por sebos da Recife velha. Um tour por muitas obras raras, enormes acervos e contatos que afinam redes para buscas posteriores.

O périplo não foi em vão.

Depois de anos à procura, eis que comprei exemplar conservadíssimo de "O cão negro" de Carlos Lacerda, raridade em sua segunda edição (1980), com crônicas e artigos do jornalista-político. Um primor.

Também ganhei "Antologia de prosa" do grande Augusto Frederico Schmidt. Ele foi ghost-writer ("escritor fantasma", ou seja, quem fazia discursos, de Juscelino Kubistcheck). A publicação recolhe crônicas saborosas do poeta, que resgatam tempos áureos da escrita carioca. 

A essa hora escrevo e posto matérias da Ilha de Itamaracá (PE). É um enorme pulmão de mata atlântica com vistas paradisíacas: o Forte Orange (herança da ocupação holandesa), ilhota Coroa do Avião, Lagoa Azul, Praia do Sossego, a colonial Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Vila Velha e outras belezas.

Transformei-a por esses dias numa "sucursal" do Blog. Serviu de base para o ócio criativo, se é o caso. Bem, depois relato o que meus olhos testemunharam. Como Gonçalves Dias, suspiro: "Meninos, eu vi!"

Aos poucos vou-me despedindo daqui, mas prometo um volver.

Com certeza, a saudade vai me puxar pelo braço. A seu tempo, volto, claro.

Itamaracá, Igarassu, Paulista, Olinda e Recife são uma conquista inversa. Sem o afã dos antigos conquistadores ultramarinos, eu é que me sinto ocupado e docemente "explorado" por tantos afagos.