“A gratidão é a virtude das almas nobres.”
Esopo
Jornalismo com Opinião
“A gratidão é a virtude das almas nobres.”
Esopo
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de proibir que advogados dos investigados na Operação Tempus Veritatis se comuniquem entre si tem sido objeto de duras críticas entre os profissionais do direito.
“É uma afronta aos advogados”, disse Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, 78, mais de 53 anos de carreira, considerado um dos decanos da profissão, em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo.
“Nem na época da ditadura militar isso ocorreu. Éramos proibidos de falar com nossos clientes, mas podíamos conversar entre nós”, apontou o criminalista.
A operação teve como alvo Jair Bolsonaro (PL), militares de alta patente e auxiliares do ex-presidente suspeitos de tramar um golpe de Estado para se manter no poder.
Em sua decisão, Moraes acata pedido da Polícia Federal para que os acusados sejam proibidos de manter contato com outros investigados, “inclusive através de advogados”.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também se insurgiu contra a medida pois ela violaria a prerrogativa dos advogados e prejudicaria a defesa dos investigados. A entidade já apresentou uma petição ao STF para que a decisão seja revista.
Segundo Mariz, os fatos investigados pela PF e objetos das decisões de Alexandre de Moraes “são graves. E os crimes [de subversão da ordem democrática] precisam ser combatidos. Mas sem que se precise restringir a atuação dos advogados”.
Ele afirmou que, por mais excepcional que seja, o crime combatido não pode justificar medidas também excepcionais por parte da polícia, de procuradores ou de juízes.
“O magistrado não pode tomar decisões que não tenham base legal. Ou vira ditadura do Judiciário. Como criar uma regra [a proibição de conversa entre advogados dos investigados] que não está prevista em lei, e que afronta a própria lei?”, questionou ele.
“O advogado pode fazer o que quiser, dentro da lei. O sistema não pode impor limitações a ele. O amplo direito de defesa é consagrado na Constituição. Restrições aos réus não podem atingir seus advogados”, seguiu Mariz.
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O Estado potiguar ganhou um novo Centro Judiciário de Solução Consensual de Conflitos e Cidadania da Justiça Federal (CEJUSC). O novo Cejusc JFRN foi instalado em Mossoró, com atribuição para a conciliação pré e processual em questões de competência das Varas Federais das Subseções Judiciárias de Mossoró, Assu e Pau dos Ferros.
Com isso, a Justiça Federal do RN (JFRN) passa a contar com duas unidades do Cejusc: a de Mossoró e a de Natal, que permanece com a competência para conciliação e mediação pré e processual nos feitos em tramitação nas Varas Federais das Subseções Judiciárias de Natal, Ceará-Mirim e Caicó.
O Cejusc é uma estrutura equiparada a uma unidade judiciária, competindo-lhe desenvolver a política de solução consensual de conflitos da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, através de audiências de conciliação e mediação, além de outras práticas voltadas ao estímulo da autocomposição como método adequado e eficaz para resolução de conflitos, inclusive de direito público.
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Do Blog Saulo Vale
A Infraero contratou o Consórcio Mossoró, constituído pelas empresas Celta Infraestrutura Ltda e Conserva de Estradas Ltda, para a reforma no Aeroporto Dix-sept Rosado.
O extrato de contrato, no valor total de R$ 17.720.000,00, foi publicado na edição da quarta-feira do Diário Oficial da União (DOU).
A vigência do contrato é de 420 dias, a partir a emissão da ordem de serviço.
A obra prevê elaboração de um projeto executivo e execução das obras de reforma dos pavimentos da pista de pouso e decolagem, além de pátio de aeronaves de aviação geral e táxis do aeroporto.
A Infraero passou a administrar o Dix-sept Rosado em setembro do ano passado, conforme decisão do Governo do Estado.
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Do Metrópoles e BCS
O Ministério da Justiça nomeou o policial penal federal Carlos Luis Vieira Pires como interventor na Penitenciária Federal de Mossoró (RN). A medida foi tomada após a fuga (veja AQUI e AQUI) dos presos Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos.
O novo interventor foi nomeado por meio da portaria publicada na noite dessa quarta-feira (14), que já está em vigor. A intervenção foi determinada pelo ministro Ricardo Lewandowski, que também afastou toda a direção do presídio.
Servidor de carreira desde 2006, Carlos Luís Vieira Pires é o coordenador-geral de Classificação e Remoção de Presos, em Brasília. Ele já foi diretor da Penitenciária Federal em Catanduvas (PR), a primeira unidade do Brasil, e também da Penitenciária Federal de Porto Velho.
Bacharel em Direito, o policial penal tem pós-graduação em Direito Penal e Processual Penal, Direitos Humanos e Ressocialização, além de docência no Ensino Superior. No currículo, Pires acumula atividades de gestão e chefia.
O policial viajou para a cidade potiguar ainda na tarde de ontem (quarta-feira, 14), junto com o secretário de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia. O diretor do Sistema Penitenciário Federal, Marcelo Stona, também integra a comitiva.
Com isso, ficou em Brasília o diretor penitenciário substituto, José Renato Vaz. Foi ele quem assinou a portaria às 23h02 e designou Vieira Pires para, além de interventor, ser diretor interino da penitenciária de segurança máxima.
Nenhuma novidade
O secretário de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia, falou sobre fugas, providências adotadas e defendeu o sistema prisional federal, em conversa com a imprensa nesta quinta-feira (15) em Mossoró.
Não acrescentou qualquer novidade ao caso. Segue o mistério: houve completa negligência para ocorrer a fuga dos dois prisioneiros – Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento – ou facilitação de fuga?
Pela manhã, forças policiais ocuparam vasta área na região rural conhecida como Rancho da Caça, em Mossoró, onde uma modesta casa, fechada, teria sido arrombada. Local fica a poucos quilômetros do Riacho Grande, comunidade rural a cerca de 12km da cidade de Mossoró, onde se localiza a penitenciária. A versão divulgada é de que os fugitivos poderiam ter passado no local, de onde levaram roupas e alimentos.
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Na próxima segunda-feira, 19 de fevereiro, a Zurich Airport Brasil fará a cerimônia oficial de transferência de responsabilidade operacional do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, localizado na região metropolitana da capital do RN. Para celebrar a primeira relicitação de aeroportos no Brasil, a Zurich Airport Brasil preparou uma recepção especial, com um coquetel para convidados, imprensa e autoridades no andar térreo do aeroporto.
Na ocasião a concessionária também fará a apresentação de melhorias previstas para o aeroporto já em 2024.
Os porta-vozes Ricardo Gesse, CEO da Zurich Airport Brasil, Tobias Markert, CEO da Zurich Airport Latin América, o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), estarão disponíveis para atendimento à imprensa.
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Uma chuva intensa em cerca de 20 minutos, nessa quarta-feira (14), provocou inundação de vários imóveis particulares e comerciais, em área central de Assú.
Ruas 16 de Outubro, Ulisses Caldas e na Alagoinha o transtorno foi grande para moradores.
📽️Vídeos feitos por @cristianodoleite
Na página Maitê Proença, no Instagram, o grande pediatra Ney Fonseca mostra perigos da exposição excessiva das crianças ao mundo virtual em smartphone, tablet e televisão.
Aponta comprometimento do cérebro e da própria vida futura.
Bom mesmo é carinho e outros meios à formação dos pequenos.
“As telas eletrônicas são formalmente contra-indicadas,” assinala o pediatra
Veja que lição.
“O que fala semeia; o que escuta recolhe.”
Do G1, UOL e BCS
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou uma série de providências após a fuga (veja AQUI) de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró, nesta quarta-feira (14), incluindo a revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais do país. Os fugitivos foram Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”.
Também foram determinados:
O afastamento imediato do diretor da unidade prisional, o policial penal Humberto Fontinele, e a indicação de um interventor para comandar a unidade. Seu nome não foi revelado.
Abertura de inquérito para apurar as circunstâncias da fuga.
Deslocamento de uma equipe de peritos ao local, com objetivo de apurar responsabilidades e de atuar na recaptura dos dois fugitivos.
Atuação de mais de 100 agentes federais nas buscas — a forma como essa operação para recaptura ocorre, no entanto, não foi explicada.
O secretário André Garcia, da Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), também viajou até Mossoró com uma comitiva do Ministério da Justiça para apurar o caso de perto.
Câmeras
Fuga por alambrado. Uma filmagem mostra os detentos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça passando por uma área em obra com gradil por volta das 3h30 de hoje. A movimentação ocorreu perto dos espaços destinados ao banho de sol e às celas dos presos, conhecidos como vivências A e D. O vídeo, mantido sob sigilo, foi descrito por fontes na Secretaria Nacional de Políticas Penais.
Agentes constataram ausência de detentos cerca de duas horas após a fuga. Os presos jantaram normalmente antes de fugir, segundo fontes da força-tarefa montada para investigar o caso ouvidas pelo UOL.
Os policiais penais do presídio federal de Mossoró (RN) só perceberam a fuga após a contagem de detentos, por volta de 5h30. A Polícia Militar foi acionada às 8h.
Nota do BCS – Uma penitenciária de segurança máxima com “fuga por alambrado” é piada pronta. Seria difícil um redator de programa de humor, televisivo, chegar a tanto.
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O governo do Estado do Rio Grande do Norte distribuirá nesta quinta-feira (15), às 8h, na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (UNICAT), 29.800 doses da vacina contra a dengue. Os imunizantes seguirão para dezenove municípios estudados como prioritários, incluindo Natal, Parnamirim, Extremoz, Macaíba, Mossoró e São Gonçalo do Amarante, entre outros.
Estarão presentes para entrevistas a secretária de Saúde do Estado Lyane Ramalho e a coordenadora de Vigilância Epidemiológica Diana Rêgo.
O lote inicial de vacinas, com 712 mil doses foram enviados para os estados DF, GO, BA, AC, PB, MS, AM, SP e MA incluindo o RN.
O Rio Grande do Norte, seguindo a nota técnica do Ministério da Saúde, iniciará a imunização pelas crianças de 10 a 11 anos e irá avançar a faixa etária progressivamente, assim que novos lotes forem entregues pelo laboratório fabricante.
O público-alvo da vacinação, o grupo de 10 a 14 anos, foi acordado entre os conselhos representantes dos secretários de saúde estaduais e municipais, seguindo a recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
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São Manoel, Centro e outros locais da cidade de Mossoró tiveram tarde com chuva muito forte, nesta quarta-feira de Cinzas (14).
Enxurrada assustadora, num espaço de tempo de menos de uma hora.
O temor é que novas ventanias venham a causar mais destruições e outros danos, como no fim de semana.
Hoje, apesar da chuvarada, houve escoamento rápido e bem menos transtornos.
Em caso de emergência, acione os seguintes contatos:
Defesa Civil: 199
Corpo de Bombeiros: 193
Samu: 192
📽️Imagens do Blog Carlos Santos.
Do G1 e BCS
Dois presos fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte. Esta é a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que conta com cinco presídios de segurança máxima.
Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”. Ambos são do Acre e estavam na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023.
Os dois homens são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar – preso na mesma unidade – e foram transferidos para o presídio federal de Mossoró após se envolverem em uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco. A rebelião resultou na morte de cinco detentos, três deles decapitados.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte confirmou durante a manhã desta quarta-feira (14) que recebeu solicitação de apoio para recaptura e “o apoio está sendo dado”. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte também informou que auxilia as operações de busca.
A Polícia Federal foi acionada para atuar na operação de recaptura dos fugitivos, e também para apurar a investigação das responsabilidades nesse episódio, de acordo com o blog da Camila Bonfim. O secretário André Garcia, da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), informou que está a caminho de Mossoró.
Até a última atualização desta reportagem, a Senappen não havia confirmado a fuga oficialmente, ou informado detalhes do caso.
Nota do BCS – Custo a acreditar que essa dupla fuga seja verdade. Por meios usuais, utilizando alguma forma de perfuração de paredes, piso e pelo ar, praticamente impossível.
Além do mais, os dois fugitivos não fazem parte na elite criminosa ‘guardada’ nos cinco presídios federais do país. São ‘soldados’.
A Penitenciária Federal de Mossoró foi inaugurada no dia 3 de julho de 2009.
No site da Senappen consta que “desde a sua criação, o Sistema Penitenciário Federal (SPF) é referência de disciplina e procedimento, uma vez que nunca houve fuga, rebelião nem entrada de materiais ilícitos nas unidades penitenciárias, aplicando-se fielmente a Lei de Execuções Penais (LEP)”.
O sistema foi criado com o objetivo de combater o crime organizado, isolar lideranças criminosos e os presos de alta periculosidade, de acordo com o Ministério da Justiça.
Além de Mossoró, o sistema federal tem presídios em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF), que recebem presos de alta periculosidade.
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“Eu, que tenho mais consciência, terei menos liberdade!”
Calderón de la Barca
O bispo emérito de Mossoró, dom Mariano Manzana, foi homenageado nesta terça-feira (14), no encerramento do XXXVI Retiro Espiritual de Carnaval da Renovação Carismática Católica (RCC) da Diocese de Mossoró.
Ele conduziu a Santa Missa que fechou a programação do retiro ocorrido no período carnavalesco, no Centro de Evangelização Padre Guido Toneloto, no bairro Barrocas.
Dia 17 próximo, dom Mariano passará oficialmente o episcopado para seu substituto, dom Francisco de Sales.
Carlos Santos
Na boleia, caroneiro, testemunho o sertão no seu momento mais sublime.
A chuva abre caminho na BR-405, em pleno Oeste do RN. Pede passagem. Seja bem-vinda, porque resolvi ir no seu rastro.
Vou-me embora para a paz das horas que não têm fim, em busca da conversa despreocupada na calçada e daquelas crianças que vivem estórias da Terra do Nunca.
O Carnaval por lá não tem pierrô nem colombina. A gente não vai atrás do trio-elétrico.
Mas, todos se pintam de alegria.
Eu, também.
“O que eu penso não muda nada além do meu pensamento. O que eu faço, a partir disso muda tudo!”
Leandro Karnal
Do Poder 360
Levantamento divulgado pelo Paraná Pesquisas nesta 6ª feira (9.fev.2024) mostra que, se a eleição presidencial de 2º turno fosse hoje, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) estariam empatados tecnicamente. O petista teria 43,9% dos votos contra 41,9% do ex-presidente. Outros 10,5% dizem preferir votar em branco ou anular seu voto. Já 3,8% não souberam responder.
A pesquisa indica que o país persiste na lógica de polarização entre os mesmos candidatos que disputaram a eleição de 2022. Bolsonaro, porém, foi declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e não poderia disputar o pleito de 2026.
Ao todo, a pesquisa ouviu 2.026 eleitores dos 26 Estados e Distrito Federal, de 164 municípios, de 24 a 28 de janeiro deste ano. O grau de confiança é de 95%, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Eis a íntegra (PDF – 664 kB).
A pesquisa também mostra qual seria o resultado da eleição se o atual presidente da República disputasse com a ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Ambos avançariam para uma disputa direta contra Lula em cenários de 1º turno testados pela pesquisa.
Eis os resultados:
LULA X MICHELLE
Lula (PT) – 45,4%;
Michelle Bolsonaro (PL) – 38,7%;
Nenhum/branco/nulo – 11,5%;
Não sabe/não opinou – 4,3%.
LULA X TARCÍSIO
Lula (PT) – 45,8%;
Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 34,6%;
Nenhum/branco/nulo – 15,2%;
Não sabe/não opinou – 4,4%.
APROVAÇÃO DE GOVERNO
O levantamento também indica uma diferença mínima entre os eleitores que aprovam e desaprovam a administração do petista:
Aprovam – 48%;
Desaprovam – 47,8%;
Não sabe/não opinou – 4,1%.
CERTEZA DE VOTO E REJEIÇÃO
O levantamento também perguntou aos entrevistados sobre suas certezas de voto para a Presidência. Eis o resultados:
Com certeza votaria para presidente:
Lula – 26,6%;
Bolsonaro – 26,4%;
Tarcísio de Freitas – 3,5%;
Michele Bolsonaro – 2,7%.
Poderia votar para presidente:
Lula – 46,9%;
Bolsonaro – 47,8%;
Tarcísio de Freitas – 36,6%;
Michele Bolsonaro – 47,6%.
Não votaria de jeito nenhum para presidente:
Lula – 46,9%; Bolsonaro – 47,8%;
Michele Bolsonaro – 47,6%;
Tarcísio de Freitas – 36,6%.
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Mossoró perdeu Cláudio Rodrigues nesse sábado (10). Ex-vereador, homem da saúde, era também carnavalesco em essência.
Só podia se despedir em pleno período de momo.
Nada de tristeza.
Alegria, alegria.
Descanse em paz.
*Cláudio Rodrigues foi sepultado no domingo (11) no Cemitério São Sebastião, Centro de Mossoró.
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“A amizade é a coisa mais difícil do mundo de se explicar. Não é uma coisa que se aprende na escola. Mas, se você não aprendeu o significado da amizade, na verdade você não aprendeu nada.”
Muhammad Ali
Por Marcelo Alves
Sou um efusivo defensor das superpotencialidades das séries e dos seriados de TV para fins de estudo sério do direito. Voluntariamente confesso.
Todavia, devo reconhecer o fato de que o direito se desenvolveu ao longo de sua história, fundamentalmente, na forma escrita. A prática do direito e o compartilhamento do saber jurídico se deram, não podemos negar a história, essencialmente com “a tinta posta no papel”. Se o direito é uma ciência, se é uma arte, se é um gênero literário, ela ou ele se fez (e ainda se faz), sem dúvida, majoritariamente através da escrita.
Mas tem de ser necessariamente assim? Ou tem de ser somente assim? Como indaga Julio Cabrera (em “O cinema pensa: uma introdução à filosofia através dos filmes”, Editora Rocco, 2006): “Existe alguma ligação interna e necessária entre a escrita e a problematização filosófica [no nosso caso, jurídica] do mundo? Por que as imagens não introduziriam problematizações filosóficas [ou jurídicas], tão contundentes, ou mais ainda, do que as veiculadas pela escrita?”.
Não enxergo qualquer coisa na essência do direito que o “condene” a se manifestar tão somente pelo meio da escrita como conhecemos, muito menos apenas através de enfadonhos códigos ou tratados. Pelo contrário.
Já disse, entre outras coisas, que: (i) as séries e os seriados jurídicos testemunham a visão sobre o mundo do direito existente em determinada sociedade em certa época, e esse testemunho é bem mais acessível ao cidadão, para fins de reconstrução da imagem que se tem do direito e de seus atores, do que os áridos estudos achados em livros de caráter estritamente científico; (ii) eles podem ser um bom instrumento para que os estudantes e os profissionais no mundo real repensem e reconstruam com aprimoramento os seus papéis e as suas imagens na sociedade; (iii) esses legal dramas de regra resolvem satisfatoriamente problemas jurídicos intrincados, sendo frequentemente, a partir da dramaticidade casuística, excelentes aulas de direito; e (iv) a produção televisiva, ao mesmo tempo em que reproduz o direito posto e o imaginário popular, também influencia a construção desse direito, subversivamente antecipando muito das modernas teorias e tendências do direito, tais como a ética jurídica, o ambientalismo, o biodireito, o feminismo, a transexualidade etc.
Aqui adiciono: a TV até possui uma linguagem mais adequada que a linguagem da escrita, sobretudo da nossa escrita técnico-jurídica, para expressar nuances, intuições e elementos afetivos que também permeiam – e assim deve ser – o direito. Como explica Julio Cabrera, diferentemente da letra fria da lei e dos manuais de direito, os conceitos-imagem do cinema (e da TV, ajunto), por meio da “experiência instauradora e plena, procuram produzir em alguém (um alguém sempre muito indefinido) um impacto emocional que, ao mesmo tempo, diga algo a respeito do mundo, do ser humano, da natureza etc.”. E assim eles têm um valor cognitivo e persuasivo não só pela informação objetiva que transmite, mas também – e muito – pelo seu componente emocional.
Com certeza não estou só nessa empreitada transdisciplinar. No final do ano passado, eu mesmo prefaciei um maravilhoso livro, “O Direito e as séries – temporada 2”, organizado por Adelmar Azevedo Régis e Nicole Leite Morais, que serve como perfeito libelo para que os profissionais do direito incluam as séries e seriados, incluindo as obras de ficção, em suas formações e atividades jurídicas, na academia e na vida profissional cotidiana.
Veja sequência de crônicas sobre esse tema
Leia também: Direito, séries e seriados – uma introdução
Leia também: Direito, séries e seriados – uma paixão
Leia também: Direito, séries e seriados – vale a pena?
Leia também: Direito, séries e seriados – a emoção
Leia também: Direito, séries e seriados – os recursos.
Parafraseando palavras de André Karam Trindade e Roberta Magalhães Gubert (em “Direito e literatura: aproximações e perspectivas para se repensar o direito”, texto constate do livro “Direito & literatura: reflexões teóricas”, Livraria do Advogado Editora, 2008), a ficção, o cinema e a TV abrem o “universo de análise do fenômeno jurídico, na medida em que este deixa de ser descritivo, conforme exige o positivismo, e torna-se narrativo e prescritivo”, demonstrando “que o direito é um sistema cultural, do qual participam a imaginação e a criatividade literária [e cinematográfica/televisiva], como componentes da racionalidade jurídica”.
E assim grito, em prol da unidade dessas duas culturas, o direito e a arte, viva!
Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL
Por Bruno Ernesto
Desde criança me interessei por colecionar todo tipo de coisa que você possa imaginar: selos postais, moedas, cédulas, cartão telefônico, álbuns de figurinhas, revistas em quadrinhos, embalagens de cigarros, lata de cerveja etc. Em relação a esses dois últimos, registre-se, não fiz uso. Pelo menos não naquele tempo.
Por volta dos meus 12 anos de idade, comecei a cultivar outro hábito: guardar recortes de jornal.O que ia achando interessante, ou guardava a folha inteira do jornal, ou passava a tesoura e guardava o que me interessava. Alguns colava na porta do meu guarda-roupa.
Após tantos anos, restaram apenas um imagem de Noel Rosa, Luiz Gonzaga, o Nogueirão e um recorte sobre fobias.
Por sinal, minha mãe ainda conserva meu velho guarda-roupa num dos quartos da casa dela, apesar de destoar de todos os outros móveis feitos sob medida.
Numa das portas, ainda está bem conservado um recorte de jornal que colei, lá pelos meus dezesseis anos de idade, onde consta mais de sessenta fobias dispostas em quatro colunas. Tem de fobia pra tudo. Sabia que um dia me serviria.
Recentemente, por volta das 14h de uma quarta-feira, eu e minha namorada fomos almoçar num restaurante aqui em Mossoró. Um bristô bem aconchegante e reservado na Nova Betânia, e que não é tão movimentado nesse horário, de modo que poderia ficar aguardando enquanto ela ia ao salão fazer as unhas e aproveitar o restaurante vazio, com um ar-condicionado geladíssimo para aplacar esse calor infernal do verão e, assim, fazer render esse tempo de espera.
Aproveitei para continuar lendo uma tese de doutoramento sobre sátira na literatura brasileira contemporânea que achei bastante interessante e havia guardado – sim, agora coleciono textos digitais -, aproveitando o gancho que escrevi sobre sátira no texto anterior (Concórdia //blogcarlossantos.com.br/concordia/ ).
Após uns vinte minutos de leitura, entrou um casal; ele aparentando ter por volta de 25 anos de idade e ela, 20.
Pelo adiantado da hora, só tinha a minha mesa ocupada, e o único som que podia escutar, além da música estilo lounge ambiente, era o do tilintar da louça sendo lavada na cozinha do restaurante, mas algo suportável.
Ocuparam uma mesa ao lado da minha. Para o meu azar.
Pediram dois croissants. Para beber, o rapaz pediu um refrigerante; ela um suco.
Conversavam a meio tom, trocando sorrisos e olhares de soslaio enquanto comiam. Ela aparentava estar bem encabulada. Tensa.
Você deve estar pensando, caro leitor, o porquê de eu estar tão curioso, observando o jovem casal. Decerto.
Entretanto, o motivo era outro mais obscuro, e tive a prudência de proceder com olhares rápidos e discretos.
O que me chamou a atenção, na verdade, foi o mastigado do rapaz, que me desconcertou a leitura a ponto de não conseguir mais prosseguir.
Era um mastigado mole, intercalado com diálogos com a boca cheia de croissant e coca cola; chupados esquisitos, uns assobios: um tipo de simbilado bem esquisito.
Alguém já me disse que sofro de misofonia. Penso que deva considerar procurar uma fonoaudióloga ou uma neurologista.
Agora, pondere. Quem nunca se irritou com mastigado de boca mole, chupado de canudo, bicada em café e sopa quente feito aspirador de pó; gente mastigando gelo ou comida crocante em um ambiente não adequado, como sala de aula, biblioteca, e até mesmo, no ambiente trabalho?
E mais! E aquelas pessoas falando com a boca cheia, roçando o talher nos dentes para arrancar a comida dele e o famigerado palitar dos dentes?
Calma! Você, por acaso, já reparou na quantidade de gente que arrasta os pés no supermercado? À vezes observo para ver se estão tentando tirar algo preso na sola do calçado.
Ledo engano meu: é a mania irritante da pessoa que parece estar sendo arrastada a força pelos corredores do supermercado em direção à guilhotina. Antes fosse. Justificaria, e até me compadeceria com o seu final.
Enquanto isso, no restaurante, a situação só se agravava. Pensei em abordar o rapaz e perguntar se ele estava bem, no intuito de interromper aquela sinfonia em dó sustenido maior.
Porém, abortei a ideia, pois, certamente, estragaria o encontro amoroso. Poderia ferir de morte o galanteio.
Não vendo uma solução compatível com a urbanidade, me fiz de covarde e bati em retirada decorosamente.
Antes o calor que fazia fora do restaurante, a permanecer naquela tortura ou estragar o encontro amoroso.
Ponderei a situação e pensei no futuro de uma família. A minha, claro! Poderia sair dali direto para o xilindró.
Minha namorada quando me viu sentar num banco em frente ao salão, no calor, já mudou a fisionomia. Sabendo como sou calorento, decerto já imaginou que algo de grave ocorrera para eu não estar no restaurante.
Perguntou, via mensagem de texto, se eu estava bem. Apenas disse que estava com dor de cabeça. Desconversei. Vi de longe que ela não acreditou.
Não sei se, de fato, sofro de misofonia ou mesmo de fonofobia. Agora, toda vez que abro o velho guarda-roupa e ponho os olhos no recorte de jornal, mais me identifico.
Lembrei o fato de que na tradição japonesa, tomar sopa sem sugar fazendo um barulho terrível é sinal de má educação e que não gostou da sopa. Entretanto, o rapaz não tinha feições nipônicas.
Talvez o ditado de que o costume de casa vai à praçaesteja em pleno vigor no caso do tipo de cena que vi no restaurante.
Entretanto, penso que não seria o caso. Sei da tarefa que os pais têm de combater isso. E me incluo nessa peleja.
Apesar de tudo, a conclusão que tive foi a de que aquela garota teve, em verdade, muita sorte, pois o rapaz poderia ter pedido uma refeição acompanhada com farofa; e, a considerar a empolgação da conversa, teria sido um desastre. Apesar de que há quem até assobie chupando cana, numa harmonia impressionante.
A bem da verdade é que, misofônico ou não, é melhor manter a calma e sair de perto numa situação dessa.
Perder a calma fará com que apenas você saia prejudicado. Ainda que a tentação seja grande e possa valer a pena em certos momentos.
Melhor não arriscar.
Bruno Ernesto é professor, advogado e escritor