“Sonhar é acordar-se para dentro.”
Mario Quintana
Jornalismo com Opinião
“Sonhar é acordar-se para dentro.”
Mario Quintana
O Governo do Rio Grande do Norte se instala em Mossoró durante esse fim de semana – dias 26, 27 e 28 (quinta, sexta e sábado).
A mudança de sede ocorre anualmente para prestigiar a história e cultura local, quando o município realiza a Festa da Liberdade, que ocorre na cidade para homenagear o Motim das Mulheres, a Libertação dos Escravos, cinco anos antes da Lei Áurea, a Resistência ao bando de Lampião e o 1º Voto Feminino.
Com agendas intensas na região, a governadora Fátima Bezerra instala o Governo do RN na reitoria da Uern, na manhã da quinta-feira (26).
Autorizada pela Assembleia Legislativa, a transferência de sede é tradição e aproxima os gestores públicos estaduais da população, tanto do município de Mossoró quanto dos municípios da região.
Ao longo de três dias, a governadora Fátima Bezerra (PT) realizará ações de governo e irá vistoriar obras, ouvir a população e técnicos envolvidos, cumprindo agendas nas áreas de infraestrutura, educação, abastecimento e segurança pública.
Entre as ações, estão entregas como a inauguração da Adutora Apodi-Mossoró, no trecho até o município de Governador Dix-Sept Rosado, e a inauguração da RN-117, no trecho entre o município de Mossoró à Governador Dix-Sept Rosado.
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Em entrevista ao programa “Jornal da Tarde” da Rádio Rural de Mossoró, nessa terça-feira (24), o editor do Blog Carlos Santos, jornalista Carlos Santos, dissecou a mais recente pesquisa eleitoral focada na campanha mossoroense. Ele foi entrevistado pelo jornalista Saulo Vale.
Em sua ótica, os números da Pesquisa TCM/TSDois divulgados à noite dessa segunda-feira (23) – veja AQUI, AQUI, AQUI e AQUI -, apenas ratificam o que outras 13 já apontaram: “Não existe disputa.”
A vantagem do prefeito Allyson Bezerra (UB) sobre os demais adversários é tão expressiva, sem polarização alguma, que não existe um confronto. “É como o Real Madrid contra um combinado de Potiguar, Baraúnas e Mossoró,” ilustrou.
Ele também comentou sobre a “verdadeira disputa”, que é a corrida à Câmara Municipal.
Outro ponto foi o papel da oposição ao longo da gestão Allyson Bezerra e a fragilidade das forças tradicionais.
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Do Canal Meio e outras fontes
Terminou em confusão o debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo promovido na noite de ontem pelo Grupo Flow, em parceria com a USP. Pablo Marçal (PRTB) foi expulso pelo moderador Carlos Tramontina nos últimos instantes do programa por desrespeito às regras.
No tumulto que se seguiu, seu cinegrafista Nahuel Medina esmurrou Duda Lima, marqueteiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Marçal aproveitou que seria o último a fazer as considerações finais para atacar Nunes, dizendo que ele seria preso, e chamá-lo por apelidos ofensivos. Após três advertências, Tramontina anunciou a expulsão e determinou que o ex-coach deixasse o local.
Soco
Vídeos dos bastidores mostram Lima rindo das advertências, levando um soco de Medina e sangrando.
Os dois foram para a delegacia, de onde o publicitário foi encaminhado para um hospital e o cinegrafista prestou depoimento e foi liberado. A defesa dele alega que Lima tentou tomar-lhe o celular. (g1)
Enquanto Marçal seguiu na mesma linha, afirmando que seu funcionário agiu em “legítima defesa”, os demais candidatos criticaram a agressão. “Marçal inspira essa agressividade e incita a violência desde o dia zero”, afirmou Tabata Amaral (PSB).
“Uma agressão física como essa, gravada, com todo mundo vendo, é inaceitável, de qualquer parte. É intolerável”, disse Marina Helena (Novo). (Poder360)
Há poucos dias, Pablo Marçal levou cadeirada do adversário Luiz Datena (PSDB), tendo atendimento hospitalar (veja AQUI).
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Do TCM Notícia e BCS
A Pesquisa TCM/TSDois, divulgada nessa segunda-feira (23) pela TV Cabo Mossoró (TCM Telecom), Canal 10, trouxe nova avaliação da gestão do prefeito Allyson Bezerra (UB), à frente da Prefeitura de Mossoró. O levantamento também apresentou a opinião da população sobre os governos de Fátima Bezerra (PT) e do presidente Lula (PT).
É a segunda pesquisa da série contratada pelo Grupo TCM. Veja abaixo:
Governo Allyson Bezerra
Sobre a gestão municipal, 26,6% avaliam como ótima. Os que consideram boa são 42,6%. Já os que acham regular são 19,3%. O percentual que avalia como ruim é de 7,9%. Péssima ficou com 2,7%. Não sabe/não respondeu 0,8%.
Aprova – 80,5%
Desaprova – 16,4%
Não sabe/não respondeu – 3,1%
Na série histórica da avaliação da gestão Allyson Bezerra, a aprovação saiu de 78,2% em agosto de 2024 para 80,5% em setembro de 2024. A desaprovação era de 16,0% em agosto e foi para 16,4% em setembro. Já o sabe/não respondeu era de 5,8% em agosto e recuou para 3,1% em setembro.
Governo Fátima Bezerra
Sobre o governo Fátima Bezerra, os números são estes:
Desaprova – 62,7%
Aprova – 32,0%
Não sabe/não respondeu – 5,2%.
Já o governo Fátima, a desaprovação desceu de 64,3% em agosto para 62,7% em setembro. A aprovação avançou de 23,2% em agosto para 32,0% em setembro. Não sabe/não respondeu saiu de 12,5% em agosto para 5,2% em setembro.
Governo Lula
Sobre o governo Lula, os que números mostram o seguinte:
Aprova – 58,0%
Desaprova – 39,4%
Não sabe/não respondeu – 2,6%.
Sobre o governo Lula, a aprovação saiu de 52,5% em agosto para 58,0% em setembro. A desaprovação foi de 39,6% em agosto para 39,4% em setembro. Não sabe/não respondeu correspondia a 7,9% em agosto e em setembro chegou a 2,6%.
Sobre a pesquisa
A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 781 eleitores de Mossoró entre os dias 19 a 21 de setembro de 2024.
O nível de confiança utilizado é de 95% – isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a atual conjuntura, considerando a margem de erro máxima estimada do modelo aleatório simples que é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa foi contratada pela PROGRAMADORA CANAL TCM LTDA (CNPJ: 04209895000120), com recursos próprios, e está registrada sob o número RN-06745/2024.
Leia também: Allyson cresce para 70,6%; Lawrence soma 9,9% e Genivan tem 7,6%
Leia também: Genivan é líder de rejeição e Lawrence empata tecnicamente com ele
Leia também: Vavá, Lucas e Petras lideram pesquisa; veja todos os citados a vereador
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“Liderar não é tanto uma questão de mão pesada. É mais de assento firme.”
José Ortega Y Gasset
TCM Notícia
A Pesquisa TCM/TS2 traz nova rodada sobre as intenções de votos para vereadores em Mossoró nesta segunda-feira (23).
Dos mais de 200 candidatos ao legislativo, 119 foram citados. A abordagem é da metodologia de pesquisa espontânea. Não sabe/não respondeu corresponde a 40,7% dos entrevistados. Branco/nulo/nenhum são 3,7%.
Os 10 mais citados foram:
Vavá – 2,7%
Lucas das Malhas – 2,2%
Petras – 2,2%
Alex do Frango – 1,8%
Tony Cabelos – 1,8%
Edson Carlos – 1,7%
Genilson Alves – 1,7%
Mazinho do Saci – 1,7%
Raério Cabeção – 1,7%
Didi de Arnor – 1,5%
Plúvia – 1,5%.
Confira os demais nomes citados no gráfico a seguir:
A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 781 eleitores de Mossoró entre os dias 19 a 21 de setembro de 2024.
O nível de confiança utilizado é de 95% – isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a atual conjuntura, considerando a margem de erro máxima estimada do modelo aleatório simples que é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa foi contratada pela PROGRAMADORA CANAL TCM LTDA (CNPJ: 04209895000120), com recursos próprios, e está registrada sob o número RN-06745/2024.
Leia também: Allyson cresce para 70,6%; Lawrence soma 9,9% e Genivan tem 7,6%
Leia também: Genivan é líder de rejeição e Lawrence empata tecnicamente com ele
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A pesquisa TCM/TsDois, divulgada nesta segunda-feira (23), além de mostrar a disputa pelo voto de prefeito nas pergunta Estimulada e Espontânea, também tem dados sobre a Rejeição. O campeão de repulsa popular até aqui é Genivan Vale (PL), com 45,8%.
Veja abaixo o resultado completo:
Rejeição
Genivan Vale (PL) – 45,8%
Lawrence Amorim (PSDB) – 41,5%
Irmã Ceição (PRTB) – 32,1%
Victor Hugo – 30,2%
Votaria em qualquer um – 12,4%
Allyson Bezerra (UB) 12,0%
Não sabe/não respondeu – 9,2%
Não votaria em nenhum – 3,5%.
Sobre a pesquisa
A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 781 eleitores de Mossoró entre os dias 19 a 21 de setembro de 2024.
O nível de confiança utilizado é de 95% – isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a atual conjuntura, considerando a margem de erro máxima estimada do modelo aleatório simples que é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa foi contratada pela PROGRAMADORA CANAL TCM LTDA (CNPJ: 04209895000120), com recursos próprios, e está registrada sob o número RN-06745/2024.
Leia também: Allyson cresce para 70,6%; Lawrence soma 9,9% e Genivan tem 7,6%
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A TV Cabo Mossoró (TCM Telecom), canal 10, divulgou à noite desta segunda-feira (23), sua segunda pesquisa eleitoral com foco em Mossoró, na atual campanha municipal. Faltando 13 dias para as eleições, os números reforçam dianteira do prefeito Allyson Bezerra (UB) em relação a todos os seus quatro adversários, com ampla folga.
O prefeito mossoroense tem maioria de 60,9 pontos percentuais sobre o segundo colocado. Ele soma 70,6% e Lawrence Amorim (PSDB) chega a 9,9%, estando na segunda colocação.
Estimulada
Allyson Bezerra (UB) – 70,6%;
Lawrence Amorim (PSDB) – 9,9%;
Genivan Vale (PL) – 7,6%%;
NS/NR – 5,8%;
Branco, nulo, nenhum – 4,4%;
Victor Hugo (UP) – 1,5%;
Irmã Ceição (PRTB) – 0,4%;
Outros – 0%.
Espontânea
Allyson Bezerra (UB) – 68%;
NS/NR – 13,7%;
Lawrence Amorim (PSDB) – 7,8%;
Genivan Vale (PL) – 6,5%;
Branco, nulo, nenhum – 2,3%;
Victor Hugo (UP) – 1,3%;
Irmã Ceição (PRTB) – 0,4%;
Outros – 0%.
Série histórica
Na comparação entre as pesquisas dos meses de agosto e setembro, Allyson saiu de 67,6% para 70,6%. Não sabe/não respondeu recuou de 13,2% para 5,8%. Lawrence Amorim avançou de 6,4% para 9,9%. Genivan Vale saiu de 4,9% para 7,6%. Branco/nulo/nenhum recuou de 7,4% para 4,4%.
Já Victor Hugo subiu de 0,4% para 1,5% e Irmã Ceição decaiu numericamente de 0,1% para 0,4%.
Veja AQUI a pesquisa veiculada em 19 de agosto.
Sobre a pesquisa
A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 781 eleitores de Mossoró entre os dias 19 a 21 de setembro de 2024.
O nível de confiança utilizado é de 95% – isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a atual conjuntura, considerando a margem de erro máxima estimada do modelo aleatório simples que é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa foi contratada pela PROGRAMADORA CANAL TCM LTDA (CNPJ: 04209895000120), com recursos próprios, e está registrada sob o número RN-06745/2024.
14ª Pesquisa
Essa é a 14ª pesquisa eleitoral registrada este ano em Mossoró, nas fases de pré-campanha e campanha. Veja AQUI detalhes de todas as pesquisas anteriormente divulgadas.
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O Blog Carlos Santos participa nesta terça-feira (24) do Jornal da Tarde, da Rádio Rural de Mossoró.
Nossa participação inicia às 12h30.
Na pauta, eleições municipais.
O programa é ancorado pelo jornalista Saulo Vale.
Pode ser ouvido pelo prefixo AM 990, pelo portal ruraldemossoro.com.br ou na live do instagram @blogsaulovale.
Até lá.
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A governadora Fátima Bezerra (PT) recebe nesta terça-feira (24) em Natal os ministros de Estado Renan Filho, dos Transportes e Sílvio Costa, de Portos e Aeroportos.
A agenda prevê vistoria técnica às obras da Reta Tabajara, com previsão de chegada às 9 horas e às 10h30, haverá uma cerimônia no auditório da Governadoria.
Será lançado o edital de licitação das obras para a travessia urbana de Macaíba, na BR-304; apresentação do Projeto de Duplicação da BR-304 (Trecho Macaíba – Mossoró); anúncio de investimento para as Defensas da Ponte Newton Navarro sobre o Rio Potengi, anúncio de investimentos no Porto de Natal; assinatura de memorando de entendimento celebrado entre o Governo do RN, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico do RN (SEDEC), Companhia Docas do RN (CODERN) e Ministério de Portos e Aeroportos.
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No dia 6 de outubro, pouco mais de 2,6 milhões de eleitores potiguares deverão votar e escolher seus respectivos representantes para as 167 Prefeituras e Câmaras Municipais. Para garantir que o pleito não tenha intercorrências relevantes, a Neoenergia Cosern apresentou o Plano Eleições 2024 ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN).
O Plano Eleições 2024 contempla ações preventivas e acompanhamento em tempo real dos 1.524 locais de votação distribuídos em todo o Rio Grande do Norte.
O Plano Eleições 2024 contempla ações específicas para o dia da votação, como o aumento de 30% do efetivo operacional (plantão, operadores do sistema elétrico e equipes técnicas em campo), suspensão dos desligamentos programados para manutenção da rede no período da votação e disponibilização de equipes extras para execução de serviços complexos com a linha energizada.
Além das 78 Subestações Elétricas fixas distribuídas em todas as regiões potiguares, a Neoenergia Cosern conta com outros quatro equipamentos móveis estrategicamente posicionados nas Regiões Metropolitana, Seridó e Oeste para acionamento emergencial.
Apresentação
Todos esses detalhes foram apresentados a presidente do TRE-RN, desembargadora Lourdes Azevêdo, em reunião realizada na sede da distribuidora semana passada. Além dela, uma equipe formada por 14 colaboradores da Corte Eleitoral acompanhou as explicações e conheceu o Centro de Operações Integradas da Neoenergia Cosern, na sede da distribuidora, em Natal. É desse ponto que todo o sistema elétrico é controlado no estado.
“Nosso Plano Eleições começou a ser desenvolvido meses antes do dia do pleito e congrega profissionais de diversas áreas da nossa empresa, que atuam em um trabalho rigoroso de vistoria e manutenção da rede elétrica em todo o território potiguar,” afirma Fabiana Lopes, diretora-presidente da Neoenergia Cosern.
“Para o dia 6 de outubro, teremos reforço operacional com equipes de sobreaviso em todas as regiões do estado e um canal direto de comunicação com o Centro de Operações da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED/RN) e com o TRE/RN”, afirma Fabiana Lopes, diretora-presidente da Neoenergia Cosern,” reforça.
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Apenas 35,6% (5.275) dos candidatos às Eleições Municipais de 2024 se declaram negros. Esses candidatos estão presentes em 58% das disputas eleitorais das administrações municipais. Já os que se destacaram como brancos representam 63,6% (9.425) dos candidatos e estão presentes em 84% das disputas.
Somente 1,3% dos Municípios têm algum candidato amarelo ou indígena. Os dados fazem parte da série de pesquisas temáticas da Confederação Nacional de Municípios (CNM) sobre as Eleições Municipais de 2024.
O estudo apresenta a declaração de raça dos candidatos, suas características e a comparação com os estratos populacionais de raça. Enquanto a maioria dos candidatos se declararam brancos, o Censo Demográfico de 2022 revelou que a população autodeclarada como branca é de 43%. Já em relação aos candidatos negros, classificação do IBGE que abarca os pretos e pardos, enquanto o percentual de candidatos é de 36%, a representação da população é de 56%.
Candidatos x população
A CNM analisou, por raça, o percentual de candidatos em relação à proporção do eleitorado e da população. Em 24 Estados os candidatos negros são subrepresentados, ou seja, a participação de negros na população é superior à sua participação entre os candidatos a prefeito. A baixa representatividade dos negros pode ser observada principalmente nos Municípios de Santa Catarina: enquanto 23% da população se declare negra, apenas 4% dos candidatos a prefeito se declararam negros. No Ceará, 71% da população é negra, enquanto 45% dos candidatos é negro.
Histórico
O estudo também identificou que os candidatos negros são mais jovens, enquanto os declarados brancos são mais escolarizados e possuem proporcionalmente mais candidatos à reeleição. Avaliando as ocupações, os candidatos brancos possuem maior representação entre empresários, advogados e agricultores, enquanto os candidatos negros são mais frequentes entre os vereadores, servidores municipais e professores.
O levantamento da CNM também fez um comparativo para avaliar a evolução da classificação dos candidatos a prefeito nas últimas três eleições municipais (2016, 2020 e 2024 período em que o TSE passou a registar informações sobre raça).
A proporção de candidatos a prefeito em relação a sua raça apresentou mudança: entre os candidatos brancos a proporção recuou de 66,4% em 2016 para 63,5% em 2024 e, entre os negros, aumentou de 32,8% para 35,9%. Destaca-se, entre os candidatos negros, que há um aumento de representatividade desde 2016, embora entre 2020 e 2024 a mudança não tenha tido tanta relevância.
Por Danilo Queiroz (TCM Notícia)
Em 2024, o Brasil registrou a menor quantidade de candidaturas à prefeitura desde o ano 2000, com 15.580 candidatos participando do pleito. No Rio Grande do Norte, a tendência foi semelhante, com apenas 390 postulantes concorrendo às prefeituras, o menor número dos últimos 24 anos. Em comparação com 2020, isso representa uma redução de 25%, quando 522 candidatos disputaram as prefeituras no estado.
A base do levantamento do jornalismo TCM são os dados do portal DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No RN, o MDB é o partido com maior número de candidatos, com 82 postulantes. Em seguida, aparecem o União Brasil, com 52, e o Progressistas, com 41. Na quarta posição, vem o PSDB, com 37 candidaturas, seguido pelo PSD, com 36. Já o PT, partido da governadora Fátima Bezerra, ocupa o oitavo lugar, com 23 postulantes. Cinco partidos possuem apenas uma candidatura no estado: NOVO, Cidadania, PRD, Democracia Cristã e Unidade Popular.
Os cinco maiores partidos do Rio Grande do Norte em número de prefeituras ocupam as primeiras posições, apesar da alternância na ordem. O MDB lidera ambas as estatísticas, comandando 44 municípios no estado. O União Brasil se destaca no levantamento, sendo o segundo com mais candidaturas, buscando ampliar o atual número de 20 prefeituras. Os outros partidos com o maior número de prefeituras são o Progressistas (22), PSD (21) e PSDB (19).
Do total de 390 candidatos, 90 buscam a reeleição. Entre os principais partidos com candidatos à reeleição estão o MDB, com 24, União Brasil, com 16, e Progressistas, com 12. O PSDB tenta se manter no comando de 10 municípios, enquanto o PSD busca reeleição em 9.
Os dados de reeleição consideram apenas os candidatos que tentam mais um mandato pelo partido, não englobando situações em que o partido lançou novos candidatos após dois mandatos consecutivos.
Até o momento, 363 candidaturas já foram deferidas no Rio Grande do Norte, com 12 sendo deferidas com recurso. Foram registrados 13 indeferimentos, dos quais 9 após recurso. Além disso, 4 candidatos aguardam julgamento, 9 renunciaram e 1 foi retirado da disputa devido ao falecimento do candidato, o ex-prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira (UNIÃO), vítima de um atentado no final de agosto.
No estado, mais de 2,6 milhões de eleitores potiguares estão aptos a votar no dia 6 de outubro para escolher os prefeitos de suas cidades.
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Nesse último fim de semana, as campanhas de Lawrence Amorim (PSDB) e Genivan Vale (PL) engataram o modo “virada”. Tentam motivar militância e eleitorado em geral.
Em suas programações, a essência do discurso foi de que chegou a “hora da virada,” mesmo com os dois candidatos tendo intenções de votos bem acanhadas até o momento, num comparativo com o prefeito Allyson Bezerra (UB).
Ambos disputantes à Prefeitura de Mossoró realizaram carreatas e outras programações de rua. Em redes sociais, a ordem foi aumentar sensivelmente a pressão contra o prefeito, com discursos provocativos e denuncismo. Mais e mais.
Eles tentam polarizar com o prefeito, mas até aqui sem muito êxito. Não prosperaram em nada.
Allyson Bezerra, por sua vez, intensificou campanha com caminhadas em bairros populosos e zona rural. Em redes sociais e programas de rádio/TV, a prioridade é mostrar obras e serviços da sua gestão. A oposição é ignorada.
Bom lembrar que faltam 13 dias para as eleições de 6 de outubro.
Leia também: Uma campanha sem disputa que se desgarra do passado
Leia também: Veja resultado de todas as 13 pesquisas publicadas este ano em Mossoró.
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A Prefeitura de Assú deverá suspender inscrições referentes a um edital do programa Minha Casa, Minha Vida. A determinação está em uma decisão liminar proferida pela Justiça potiguar em ação movida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). No caso, a suspensão se aplica aos inscritos na modalidade Faixa 1 e se deve a indícios de ilícitos eleitorais e abuso de poder político.
Na ação, o MPRN demonstrou que o Edital em questão abriu prazo de inscrição entre os dias 18 e 21 de setembro, a dezoito dias do pleito eleitoral. Na ocasião, foi registrada intensa movimentação de pessoas para a realização do cadastramento ou para a aquisição de fichas para inscrição.
O caso configura ilícito eleitoral, por ofensa ao disposto no art. 73, da lei 9.504/97. A legislação fixa que são proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, “fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público”. Além disso, o MPRN identificou indícios de abuso do poder político, em ofensa ao art. 22 da Lei Complementar 64/90.
No pedido, o MPRN reforça que “gerar na população humilde, a poucos dias da eleição municipal, expectativa concreta de recebimento de moradia, quando nem sequer há obras iniciadas e, portanto, previsão de entrega, configura, ao ver do Ministério Público Eleitoral, conduta ilícita e de alto grau de reprovação que pode afetar gravemente o equilíbrio do pleito”.
A legislação eleitoral indica que os programas sociais possíveis de serem executados em ano de eleição são aqueles autorizados em lei e que estejam em execução orçamentária no ano anterior. Apesar de ter previsão legal, o referido programa “não estava em execução orçamentária no ano de 2023 no município de Assu, eis que foi lançado oficialmente em dezembro de 2023 e somente em março de 2024 houve publicação de edital”.
A decisão registra ainda que “não houve sequer início das obras para a construção das unidades habitacionais que pudessem justificar uma eventual urgência na realização de tal cadastro”. “Com o objetivo maior de salvaguardar a higidez do pleito eleitoral, faz-se necessária a suspensão de tal prática, cumprindo destacar que tal providência não virá a prejudicar a população, eis que, como dito, as unidades habitacionais ainda não tiveram suas construções iniciadas, de modo que há tempo suficiente para que esses cadastros sejam efetivados após a passagem do período eleitoral”, registra o magistrado.
O descumprimento configurará crime de desobediência e aplicação de multa diária de R$ 50.000,00 em face dos demandados.
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A reitora da Universidade do Estado do RN (UERN), professora Cicília Maia, deve assinar, nos próximos dias, a licitação para a reforma do prédio da antiga Associação Cultural e Esportiva Universitária (ACEU), no Centro da cidade.
O resultado da concorrência eletrônica com o anúncio da empresa vencedora (Hertz Construções e Serviços LTDA) foi publicado na edição desse sábado (21) do Jornal Oficial da Uern (JOUERN).
A obra custará R$ 1.959.000,00 (um milhão novecentos e cinquenta e nove mil reais). Os recursos são próprios da universidade.
História
Integrado ao patrimônio da Uern desde 1983, em 2018 a instituição teve autorização para captar recursos superiores a um milhão de reais através da Lei Câmara Cascudo, para uso em sua restauração. De lá para cá, segue se desmanchando.
Com 2.478 metros quadrados e com 600 metros cobertos de espaço construídos, o Clube Aceu nasceu como área de lazer social, espaço literário e cultural no fim da primeira década do século passado. Seu endereço físico há décadas é a Rua Dr. Mario Negócio, 58-120, Centro.
Era a Associação Cultural Ipiranga, o Clube Ipiranga, em terreno doado pela municipalidade. Teve no padre Mota um dos grandes incentivadores, além de empresários locais. Foi inaugurado em setembro de 1920. Virou patrimônio da Fundação Universidade Regional do RN (FURRN) em 1976 e ganhou status de patrimônio municipal tombado pela “Lei do Corredor Cultural”.
Leia também: Como o Aceu chegou ao completo abandono.
Nota do Blog – Adolescente, cheguei a frequentar o Aceu em festas agitadas. Também pude desfrutar de espaços para leitura e esporte – quadra e campo. Não faltaram também projetos culturais bem mais adiante, até ser fechado, aos pedaços. Boa nova, reitora. Agora vai!
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Dentro da sua série especial denomimada “Eleições 2024”, a TV Cabo Mossoró (TCM Telecom), Canal 10, divulga nova pesquisa eleitoral sobre Mossoró. É nessa segunda-feira (23), às 20h25.
O Instituto TSDois é a empresa responsável pela sondagem.
Será a segunda pesquisa de uma série de três que o Grupo TCM definiu para Mossoró, na atual campanha.
A primeira foi apresentada ao público no dia 19 de agosto – Allyson soma 67,6% contra 6,4% de Lawrence e 4,9% de Genivan.
“Difícil é ganhar um amigo em uma hora; fácil é ofendê-lo em um minuto.”
Por Marcelo Alves
O meu querido “Aurélio” – e aqui falo do enorme e pesadíssimo “Novo dicionário da língua portuguesa” de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Editora Nova Fronteira, 1986 – define a palavra “critério” como “aquilo que serve de base para comparação, julgamento ou apreciação”. “Devemos ter um critério” – diz-se quase como uma sabença popular imemorial – para que assim possamos, racional e fundamentadamente, deliberar, decidir, escolher, afirmar e até crer.
Para além das decisões/opiniões dadas na minha profissão, eu tenho os meus critérios para as coisas simples da vida. Uma dessas coisitas é o ato/momento/oportunidade de comprar livros quando estou viajando. Devo ou não devo comprar? Escolho esta ou aquela obra? Não quero ser tido, flanando pela Zorópa, xeretando livrarias e sebos, como um “Asno de Buridan” letrado.
Basicamente, procuro por livros que atendam, o máximo possível, a três critérios – ser barato, leve e conter imagens, o que, sabemos, não é fácil de compatibilizar, muito mais nos dias de hoje, num só “espécime” livresco.
Bom, o barato é algo relativo. Mas, com a inflação mundo afora e sobretudo com a desvalorização do nosso real em relação ao dólar e ao euro, está ficando difícil achar esse barato. E tem lugares e lugares. Quando estive em Dubai, por exemplo, os livros eram coisa de três vezes o valor na Europa ou nos EUA. Já na Índia, livros enormes, de filosofia ou teoria geral do direito, em inglês, curiosíssimos, eram quase de “graça”. Era para eu ter enchido uma mala.
O fato é que estabeleço meu teto para cada tipo de livro. Se usado e em formato poche, no máximo 2 euros. Mas, claro, faço minhas pequenas transgressões. “Transgresser, c’est humain”, dizem. Comprei na minha última viagem um tal “Le gouvernement des juges” (Editora Desclée De Brouwer, 2023) por 18,90 euros. Embora em capa mole e papel de jornal, é um livro recentíssimo e o assunto é “do momento”. Foi um investimento.
O peso que carregamos numa viagem é algo relevantíssimo. Para o nosso conforto e bolso. Carregar malas em trem é luta. A bagagem em avião está cada vez mais cara. E livros pesam deveras. Procuro livros leves e muitas vezes “dispenso” livros interessantes, porém pesadíssimos. Mas aqui também às vezes transgrido as regras. Na mesma viagem acima citada comprei um tijolão em capa dura intitulado “Portraits de procureurs” (Tomo 1, Editora LexisNexis, 2020), que “apresenta biografias de procuradores [da república francesa], algumas bem detalhadas, acompanhadas da história de processos em que estes procuradores atuaram, outras mais sucintas, mas esclarecendo uma questão particular de direito relacionada ao tema do respectivo capítulo.
Pela evocação das personagens, o autor busca demonstrar que os procuradores da república participaram de inúmeros eventos políticos, do desenvolvimento institucional, legal e social do país, acontecimentos fundamentais que formataram a história da França”. Embora pesando um 1kg, comprei o dito cujo. Évidemment, quero conhecer a história dos meus congêneres gauleses.
Por fim, o critério das imagens nos livros. Se sou um amante dessa mistura livresca – letras, imagens e, se possível, até som, por meio de uma bela interpretação –, reconheço que esse critério tem um problema. Ele está quase sempre em contradição com os critérios do preço e do peso. Os livros com imagens geralmente são caros e pesados. Mas dou meus pulos.
Em South Kensington/Londres, comprei um maravilhoso livro de divulgação científica (gênero literário que adoro), “Scientifica Historica: how the world’s great science books chart the history of knowledge” (de Brian Clegg, Ivy Press, 2019), por menos de 10 libras. Mil e uma imagens. Belíssimo. Quanto ao peso, tomei logo um vinho da mala. E, já em Paris, topei com um achado: “Les timbres: guide pratique du collectionneur” (Editions Atlas, 1984), por Benito Caronene (texto original em italiano). Livro de formato grande, mas usado e baratíssimo. 1 euro. Imagens/fotografias de selos em gostosíssima fartura. Longe de casa, funcionou para mim como a “Madeleine de Proust”, em busca de um tempo em que, menino-filatelista, aprendia e sonhava com os colecionadores do mundo. Pagaria cem vezes mais e carregaria o danado nas costas.
Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL
Por Bruno Ernesto
Durante as aulas de geografia no ensino fundamental, lembro muito bem que os professores falavam de forma recorrente acerca do problema demográfico no Brasil e no mundo, sempre chamando a atenção para a diferença da pirâmide da faixa etária da população dos países desenvolvidos em relação aos subdesenvolvidos, destacando, repetidamente, que nos países subdesenvolvidos a base era maior por ter a população mais jovem e, ao contrário, menor, quando a população era de um país desenvolvido.
Aparentemente, a maior preocupação naquela época era que a teoria do inglês Thomas Malthus, considerado – ironicamente – o pai demografia, se concretizasse.
Em síntese, sua teoria consistia em afirmar que, em breve, haveria mais gente que alimento disponível, o que, por obvio, seria um terrível problema.
Embora a produção de alimentos no mundo hoje seja suficiente para alimentar toda a população mundial, a Organização das Nações Unidas estima que 750 milhões de pessoas passem fome no mundo, além de haver uma fortíssima tendência para que a insegurança alimentar se acentue até 2030.
Passados tantos anos daquelas aulas, em que pese essa preocupação permaneça latente, à fome somaram-se outros tantos problemas, especialmente com relação à taxa de natalidade, cuja tendência é de diminuir acentuadamente. Como dizem os economistas: basta ver as estatísticas.
Enfim, cada tempo com os seus problemas.
Entretanto, temos visto o surgimento da geração nem-nem, que é formada pelos jovens da faixa etária entre 15 e 29 anos de idade que, como o nome diz, nem estuda e nem trabalha.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em seu último relatório Education at a Glance 2023 Report, até mesmo nos países desenvolvidos esse fenômeno é preocupante, a exemplo da Alemanha, onde o índice dessa população alcançou 8,59%, enquanto no Brasil foi de 24,37%, ou seja, quase três vezes superior, o que demonstra que, embora seja um fenômeno global, aqui, o impacto é muito mais intenso.
Se você fizer uma rápida pesquisa sobre a situação econômica na Alemanha, verá que, apesar dela ser a terceira maior economia mundial, com um PIB estimado de 4,42 trilhões de dólares, nos últimos anos ela tem enfrentado sérios problemas econômicos-sociais, com desemprego acentuado, inclusive, com uma parcela significativa da população sem moradia própria e algumas fortemente dependentes de programas de assistência social, inclusive para suprir a alimentação, pois as aposentadorias são irrisórias. Daí o porquê de a teoria de Malthus nunca ter sido, de fato, um problema a ser considerado.
Atente-se que a Alemanha é o país do Welfare State, o tão falado Estado do bem-estar social e que, de fato, foi implantado por volta de 1880 com Otto von Bismark, e intensificado após Segunda Guerra Mundial, como efetiva seguridade social, que nada mais é, senão, o Estado assistencial que garante a todos os cidadãos os padrões mínimos de renda, saúde, educação, habitação e previdência.
Diante desse calhamaço de questões, penso que devamos refletir sobre algo que parece ter sido posto em segundo plano de uns tempos para cá, e que deve ser cultivado a vida inteira e de forma sistemática: o incentivo.
Acerca dessa questão deve-se, inclusive, possibilitar um ponto de inflexão. Foi justamente esse o sentido de um outro texto de minha autoria, intitulado Devagar e sempre (//blogcarlossantos.com.br/devagar-e-sempre/ ), onde convidei o leitor a refletir sobre a necessidade de não se acomodar; de ter pulso em suas decisões.
O que vemos é que, muito embora certas decisões devam ser tomadas unicamente pelo próprio individuo, ante a sua autodeterminação, há situações nas quais o apoio emocional – mais que financeiro, diria – é crucial para que ele possa tomar a decisão mais próxima da ideal possível. E isso, necessariamente, depende do seu entorno, que, embora, por vezes, não comungue com suas ideias, deve comungar com seus anseios. Isso sim, é o verdadeiro.
Lembro muito bem de um episódio narrado por Manuel Dantas Vilar Suassuna, artista plástico e filho de Ariano Suassuna.
Ele conta que, quando criança, sua mãe queixou-se a Ariano, dizendo-se muito preocupada com o filho, que dizia querer ser mendigo. Ariano, diante daquela situação, disse que achava era bom, pois pensava que ele não queria ser nada na vida.
Tempos depois, sua mãe tornou a queixar-se preocupada, dessa vez dizendo que o filho estava dizendo que queria ser ladrão. De pronto, Ariano disse que estava melhorando, pois antes o filho só ia pedir, agora ele estava tendo uma atitude.
Após isso, Dantas mostrou ao pai que estava aprendendo a desenhar e, com o apoio de Ariano, tornou-se artista plástico, atividade que adotou como meio de vida, imprimindo seu próprio nome no meio artístico-cultural.
De tal sorte, o apoio se mostra essencial para algumas decisões individuais. Não que devamos persuadir o outro a mudar seus planos e ideias. Nem sempre.
A despeito disso, diante do possível recrudescimento da tendência ao nem-nem, lembrando uma famosa frase de Otto von Bismark, o unificador da Alemanha e seu Estado do bem-estar social, seria imperioso refletir acerca dos limites de certas liberdades: “Os cidadãos não poderiam dormir tranquilos se soubessem como são feitas as salsichas e as leis.”
Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor
Por Odemirton Filho
Na trilogia de O poderoso chefão, de Mario Puzo, um best seller que foi adaptado para um filme de grande sucesso no cinema, há um diálogo que acontece mais ou menos assim:
– Padrinho, eu preciso de sua ajuda.
– Interessante, você agora quer minha ajuda, mas nunca me convidou para tomar um café – responde Don Vito Corleone (interpretado pelo ator Marlon Brando).
Pois bem, quero tratar de reciprocidade. No dia a dia de nossas vidas convivemos com diversas pessoas. São familiares, colegas de trabalho, da faculdade, do nosso círculo de amizade. Enfim, por sermos gregários por natureza precisamos dessa interação, desse calor humano.
Acontece, porém, que muitas vezes oferecemos o nosso melhor, a nossa atenção, o nosso ombro e, na maioria das vezes, inexiste reciprocidade. Reciprocidade, diga-se, é oferecer ao outro aquilo que nos é concedido. Assim, se alguém diz que gosta de nossa companhia, e sentimos o mesmo apreço, dizemos que a recíproca é verdadeira.
No cotidiano de nossas vidas é comum pessoas que “só querem venha a nós, vosso reino, nada”! Pessoas que querem nossa atenção e consideração. Contudo, nunca “chegam junto” quando precisamos. E nem é preciso ir longe. Em nossas famílias – e todas são iguais – há aqueles que adoram pedir ajuda, todavia, nunca estão prontos para ajudar.
Em famílias numerosas não é incomum que a maioria somente se encontre no velório de algum parente. Depois de sepultado o de cujus, cada um segue a sua vida, rezando para não ser o próximo da fila. Estou mentindo? Tô não.
Agir com reciprocidade ficou para poucos; gostamos de cobrar do outro aquilo que raras vezes oferecemos.
Portanto, se queremos atenção e consideração por parte de alguém, precisamos ofertá-las, pois “não há nada mais gratificante do que o afeto correspondido, nada mais perfeito do que a reciprocidade de gostos e a troca de atenções”. É assim que deve ser no dia a dia, penso eu.
Convide quem é atencioso com você para, pelo menos, tomar um cafezinho, jogar conversa fora e dar boas risadas; e se for acompanhado com pastéis será ainda melhor.
Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos