segunda-feira - 09/03/2020 - 23:58h

Pensando bem…

“O tempo caleja a sensibilidade”.

Machado de Assis

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segunda-feira - 09/03/2020 - 21:24h
Igarn

Grandes chuvas melhoram capacidade hídrica do RN

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (IGARN), monitora 47 reservatórios com capacidade superior a 5 milhões de metros cúbicos responsáveis pela segurança hídrica estadual. O Relatório do Volume dos Principais Reservatórios Estaduais divulgado nesta segunda-feira (09) indica que as últimas chuvas levaram recargas significativas para vários mananciais.

Os açudes Riacho da Cruz II, Encanto e Pataxó chegaram à sua capacidade máxima, vertendo.

O açude Riacho da Cruz II, localizado no município de Riacho da Cruz, com capacidade para 9.604.200 m³ chegou a 100% da sua capacidade ainda na última quinta-feira (05). Já o açude da cidade de Encanto, com capacidade para 5.192.538 m³ começou a sangrar no último sábado, dia 07 de março. O açude Pataxó, localizado em Ipanguaçu, com capacidade para 15.017.379 m³ teve sua cheia nesse domingo (08).

Chuvas têm sido intensas nos últimos dias (Foto: Web)

Outros reservatórios que já atingiram 100% das suas capacidades nesta quadra invernosa foram: Dourado, em Currais Novos; Novo Angicos, localizado em Angicos; e Dinamarca, localizado em Serra Negra do Norte.

Armando Ribeiro

Maior reservatório do Estado, com capacidade para 2,37 bilhões de metros cúbicos, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves também recebeu recarga. O reservatório acumula atualmente 569.897.840 m³, que correspondem a 24,02% da sua capacidade total. No último relatório, divulgado no dia 4 de março, o manancial acumulava 552.626.936 m³, percentualmente, 23,29% da sua capacidade total.

A barragem Santa Cruz do Apodi, segundo maior manancial potiguar, com capacidade para 599.712.000 m³ também está recebendo recarga. O reservatório acumula atualmente 132.759.012 m³, correspondentes a 22,14% da sua capacidade total. No último relatório a barragem acumulava 114.368.450 m³, percentualmente, 19,07% da sua capacidade total.

O açude Umari, com capacidade para 292.813.650 m³, acumula atualmente 93.785.114 m³, percentualmente, 32,03% da sua capacidade total. O reservatório no último levantamento divulgado pelo Igarn estava com 84.229.653 m³, correspondentes a 28,77% da sua capacidade total.

Pau dos Ferros

A barragem de Pau dos Ferros, com capacidade para 54.846.000 m³, também recebeu boa recarga, o reservatório está acumulando 3.108.338 m³, percentualmente 5,67% do seu volume máximo. Na última semana o manancial estava com 116.350 m³, percentualmente, 0,21% da sua capacidade total. O açude estava completamente seco antes do início das chuvas.

O reservatório Marechal Dutra, popularmente conhecido como Gargalheiras, com capacidade para 44.421.480 m³, acumula atualmente 6.201.066 m³, percentualmente 13,96% do seu volume máximo. No último relatório o manancial acumulava 3.868.003 m³, o que corresponde a 8,71% da sua capacidade total.

Em um comparativo com os volumes apresentados na última sexta-feira (06), outros reservatórios receberam recargas significativas: Passagem, localizado em Rodolfo Fernandes, estava com 33,83% e está com 61,23% da sua capacidade total; Santo Antônio de Caraúbas estava com 74,32% e está com 86,15%; Beldroega, em Paraú, estava com 45,60% e está com 77,24%; Rio da Pedra, em Santana do Matos, saiu dos 16,71% para 23,81%; Alecrim, também localizado em Santana do Matos, saiu dos 30% para 48,71%; Bonito II, em São Miguel, saiu dos 2,88% para 4,61%; Pilões, localizado em Pilões, saiu dos 1,94% para 3,02% e o reservatório de Lucrécia, que saiu dos 6,24% para 7,95%.

O açude Santa Cruz do Trairi, que anteriormente às chuvas estava seco, passou dos 7,25% para 12,60%, saindo da condição de nível de alerta.

O açude Zangalheiras, localizado em Jardim do Seridó, que estava seco, recebeu pequena recarga e agora acumula 0,49% da sua capacidade total. Já o Itans, em Caicó, estava com 0,05% e agora está com 0,08%.

Reservas atuais

As reservas hídricas superficiais totais do Estado atualmente são de 1.074.293.332 m³, correspondentes a 24,54% do total que os reservatórios monitorados conseguem acumular nas bacias hidrográficas potiguares. No relatório da última segunda-feira, o volume acumulado era de 1.006.732.717 m³, percentualmente o número representava 23% da capacidade total das reservas hídricas estaduais.

Dos 47 reservatórios monitorados pelo Igarn, 11 permanecem em nível de alerta com volumes inferiores a 10% das suas capacidades totais, em termos percentuais, o número representa 23,40% dos mananciais monitorados. Já os reservatórios secos são 4, o que representa outros 8,51%.

Os reservatórios em nível de alerta atualmente são: Flechas, localizado em José da Penha; Jesus, Maria, José, localizado em Tenente Ananias; o reservatório de Lucrécia; Bonito II, em São Miguel; o açude de Pau dos Ferros; Itans, em Caicó; Esguicho, em Ouro Branco; Passagem das Traíras, em São José do Seridó; o açude de Cruzeta; Zangalheiras, em Jardim do Seridó, e o açude de Pilões.

Os mananciais secos são: Santana, localizado em Rafael Fernandes; Inharé, em Santa Cruz; Trairi, em Tangará; e Japi II, localizado em São José do Campestre.

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segunda-feira - 09/03/2020 - 18:04h
Entrevista

Saúde aguarda exames sobre suspeitas de Coronavírus

A secretária de Saúdede Mossoró, Saudade Azevedo, concedeu coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (09), no auditório do Centro Administrativo. Informou, dentre outras coisas, que os primeiros exames dos três casos suspeitos do novo coronavírus em Mossoró devem ficar prontos até amanhã (10).

Entrevista deu maiores esclarecimentos sobre os casos suspeitos na cidade (Foto: PMM)

A Secretaria Municipal de Saúde enviou coletas à Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESAP) para análises se é influenza ou outras síndromes respiratórias, que ajudam a descartar ou não o caso do Covid-19 (Coronavírus).

Se os resultados dos exames foram positivos para influenza ou outra síndrome respiratória, a SESAP descarta a possibilidade de coronavírus. Caso dê negativo, as amostras são encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas, no estado do Pará, para testes específicos do novo coronavírus. No Evandro Chagas o resultado desse tipo de exame demora até sete dias.

Família

A Secretaria de Saúde informa que os três casos suspeitos são de um homem (49), uma mulher (46) e um adolescente (13) que viajaram recentemente à Itália e chegaram no Brasil no dia 05 de março.

Em Mossoró, a família procurou um hospital privado (veja AQUI), no sábado (07), e informou que já apresentava sintomas como febre, tosse, coriza, náusea, vômito e congestão nasal desde o dia 03 de março, período que ainda estavam em viagem na Itália.

Os suspeitos vão ficar em isolamento familiar por 14 dias, sendo acompanhados diariamente pela Secretaria de Saúde e Sesap.

A secretária de Saúde, Saudade Azevedo, reforçou durante toda a coletiva de imprensa que não há motivo para pânico, muito menos que haja indícios que o vírus esteja circulando na cidade.

Com informações da Prefeitura de Mossoró.

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segunda-feira - 09/03/2020 - 16:48h
Jornalismo

Carol Ribeiro de sempre em nova página virtual

Para começar o ano e o período de já resenhando sobre a disputa eleitoral que se avizinha, o Blog Carol Ribeiro estreia hoje novo layout, algo mais leve e funcional.Quem manda o recado é a própria editora da página, a jornalista Carol Ribeiro.

Explica que vai continuar trazendo notícias completas sobre política, mas também deverá focar mais em política para as mulheres, diversidade e cultura.

“Trazer mais abordagens sobre essas pessoas que potencializam suas participações nos espaços sociais”, conta.

O objetivo é difundir informações políticas contextualizadas no seu dia a dia, e estimular a participação das mulheres como cidadãs.

O espaço está aberto ao apoio e colaboração de leitores e apoiadores do jornalismo independente.

Perfil

Jornalista formada pela Universidade Federal do RN (UFRN), Carol atualmente é editora de conteúdo político da TV Cabo Mossoró (TCM Telecom), além de apresentadora e repórter do programa Cenário Político na emissora, e apresentadora do programa Meio-Dia Mossoró (TCM 95FM).

O Blog Carol Ribeiro (clique AQUI) é outra faceta da jornalista multifacetada.

Nota do Blog – Bravo, Carol.

Sempre na torcida e admirando seu trabalho. Mais sucesso e disponha deste espaço.

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segunda-feira - 09/03/2020 - 12:15h
Mossoró real

Terceirizada campeã em atraso salariais ganha mais 2 contratos

Segue em proporção e frequência espantosas a produção de contratos e o fluxo de valores financeiros vultosos, para favorecimento a um pequeno grupo de terceirizadas que trabalham para a Prefeitura Municipal de Mossoró, gestão Rosalba Ciarlini (PP).

Estranho, muito estranho. Mas comum, muito comum, desde o princípio da atual gestão, sem que nada e ninguém se sintam incomodados.

Mais de R$ 845 mil em 12 meses (Reprodução: BCS)

A empresa terceirizada Athos Assessoria e Serviços Terceirizados Ltda., por exemplo, empilha verdadeiras fortunas e parte para novas somas ainda mais expressivas em contratos novos com o município. Em contraposição a esses créditos, não param reclamações quanto a atraso em pagamentos de folha e outros direitos a seus trabalhadores.

Em dois contratos formalizados à semana passada, ela soma R$ 1.269,252,21 (Hum milhão, duzentos e sessenta e nove mil, duzentos e cinquenta e dois reais e vinte e hum centavos)

No Jornal Oficial do Município (JOM) do dia 4 de março, edição 551b (veja AQUI), é publicado Extrato do Contrato nº 25/2020, no valor de R$ 845.120,69 (Oitocentos e quarenta e cinco mil, cento e vinte mil e sessenta e nove centavos).

O contrato tem ato de assinatura grifado como 21 de fevereiro deste ano, válido por um ano. Objetiva contratação de mão de obra para várias funções, como motorista, auxiliar de serviços gerais e auxiliar de cozinha.

Mais dinheiro

Já no JOM do dia 6, edição 552, portanto dois dias depois do anterior (veja AQUI), a Athos ganha outra ‘bolada’ em novo contrato.

Dessa feita, de R$ 424.131,52 (Quatrocentos e vinte e quatro mil, cento e vinte e hum mil e cinquenta e dois centavos) estão assegurados por contrato de apenas 30 dias, com dispensa de licitação.

O Termo Autorizativo de Dispensa e Contrato de nº 9/2020, compreende o período de 28 de fevereiro a 28 de março deste ano.

Segundo a justificativa do Governo Rosalba Ciarlini, a iniciativa é necessária enquanto a municipalidade realiza processo licitatório. Ou seja, a própria gestão é causadora da situação excepcional por não conseguir fazer pregão em tempo ágil. Assim, abre essa janela para beneficiar quem já está lhe servindo.

Série de vantagens, muito dinheiro e calote em funcionários.

Histórico de grandes somas e outras vantagens faz parte dessa empresa, na relação com a municipalidade. Paralelamente, é uma das campeãs de atraso no pagamento de folha de pessoal e outros direitos aos seus empregados – sem se sentir molestada. No momento, São dois meses de salários atrasados que atingem 360 trabalhadores (veja AQUI).

Por necessidade excepcional, prefeitura garante contrato de um mês com mesmo empresa, sem licitação (Reprodução: BCS)

Em 2019, ela faturou mais de R$ 10 milhões (veja AQUI) com a Prefeitura Municipal de Mossoró. E não é só.

Antes de fechar o ano de 2019, bingo! Sim, mais uma boa notícia para a empresa. Publicação do Jornal oficial do Município (JOM), edição  541, 20/12/2019, atestou que a empresa originária de Fortaleza (CE) – veja AQUI, passava a ter outro contrato com a PMM – no valor de R$ 16.959,996,00 (veja AQUI).

Muita sorte lá…

Comecinho de 2020, mais notícias excepcionais para a Athos: Segundo o Jornal Oficial do Município (JOM), edição 543b, de quarta-feira (8 de janeiro), mas liberada na quinta-feira (9), ela tinha garantia de prioridade no recebimento de R$ 667.153,14 da municipalidade, com “autorização de quebra de ordem cronológica de pagamento” da nota fiscal “73″, referente a serviço prestado em outubro do ano passado (veja AQUIAQUI).

Só em 2019, essa terceirizada recebeu de mão beijada um aditivo, o favorecimento de privilégio para receber pagamento à frente de outros credores da municipalidade, duas dispensa de licitação (veja AQUI) e mais um contrato milionário.

Vá ter sorte assim lá no Palácio da Resistência.

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segunda-feira - 09/03/2020 - 11:32h
Natália Bonavides

“Não basta ser mulher para representar as mulheres”

Um dos mais influentes portais políticos do país, o Congresso em Foco, publicou matéria especial nesse domingo (8) com a deputada federal potiguar Natália Bonavides (PT). Fale de sua trajetória política e abre espaços às suas opiniões sobre questões diversas.

Natália Bonavides foi vereadora em Natal, antes de conseguir expressiva votação à Câmara Federal (Foto de Pablo Valadares)

A matéria é aberta assim: Natália Bonavides, de 31 anos, é a deputada federal mais jovem do Partido dos Trabalhadores. Única mulher eleita no Rio Grande do Norte em 2018, a deputada conquistou 112.998 votos e foi a segunda candidata mais votada no estado.

A congressista iniciou sua trajetória política no movimento estudantil – quando cursava Direito. Já como advogada, trabalhou como voluntária de programas de direitos humanos e prestou assessoria jurídica a movimentos sociais”.

“Eu acho que a presença das mulheres transforma o ambiente político, mas eu gostaria de ver candidaturas e mandatos que não sejam apenas femininas, mas que defendam a pauta das mulheres”, assinalou.

Veja íntegra AQUI.

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segunda-feira - 09/03/2020 - 09:10h
Urgente

Município investiga três casos suspeitos de coronavírus

Coronavírus: temor (Foto ilustrativa)

A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Mossoró informa que notificou três casos suspeitos do novo coronavirus (Covid-19) na cidade, seguindo protocolo determinado pelo Ministério da Saúde. Ainda não é possível afirmar que se trata de casos confirmados do novo coronavírus, uma vez que precisa haver toda uma investigação e realização de exames para confirmar ou descartar os casos.

Os três pacientes, um homem, uma mulher e um adolescente, estiveram recentemente na Itália. Ao voltarem para Mossoró procuraram uma rede privada hospitalar, por uma medida de segurança, por apresentarem febre e tosse.

Hospital privado

O hospital privado comunicou à Vigilância em Saúde sobre a entrada dos pacientes na tarde deste sábado (07), logo após chegarem ao hospital.

Imediatamente a Vigilância em Saúde seguiu todo o protocolo determinado pelo Ministério da Saúde e, para agilizar o processo, colheu o sangue dos pacientes e encaminhou para laboratório em Natal. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) já foi comunicada e está acompanhando a situação.

A Secretaria Municipal de Saúde volta a reforçar que é preciso manter a calma e que não há motivo para pânico. Também esclarece que não há indícios que o vírus esteja circulando em Mossoró.

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Categoria(s): Saúde
segunda-feira - 09/03/2020 - 08:34h
Abalo

Preço do petróleo despenca e tensiona economia no Brasil

Do Canal Meio

O preço do petróleo despencou entre domingo e hoje, um colapso histórico que chegou a 34%. Esta segunda-feira deve ser a pior do mercado desde 1991, durante as negociações para o fim da Guerra do Golfo.

Queda afeta economia planetária e primeiros índices na Ásia já assustam (Foto:Kazuhiro Nogi/ AFP)

A queda ocorre após o fracasso das negociações entre a OPEP e a Rússia, na sexta-feira. A organização dos grandes produtores gostaria que Moscou se juntasse para regular o volume de produção após a crise atiçada pelo coronavírus, que diminuiu a demanda internacional.

O governo Putin não quis acordo, os sauditas responderam no domingo anunciando que venderão uma quantidade maior de petróleo no próximo mês, aumentando a oferta, fazendo cair o preço bruscamente com o objetivo de ampliar sua fatia no mercado internacional.

O índice de futuros S&P 500 bateu numa queda de 5%, ainda domingo. Durante a madrugada, foram as bolsas asiáticas que caíram. O Nikkei 225, do Japão, caiu 5,1%, o Hang Seng, de Hong Kong, 4,2% e o Shanghai Composite, 3%. (CNN)

As bolsas europeias abriram com forte queda. O índice FTSE-100, de Londres, perdeu 8,52% de seu valor. Frankfurt Dax, 7,5%. (G1)

O momento já é tenso na economia brasileira. O PIB baixo e o aumento do dólar deixam incerto o futuro de Paulo Guedes como ministro.

O Planalto estaria incomodado com a falta de resultados da pasta. E a disputa do governo com o Congresso promete deixar ainda mais difícil a aprovação das reformas administrativa e tributária, defendidas por Guedes como soluções. (Congresso em Foco)

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Categoria(s): Economia / Política
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segunda-feira - 09/03/2020 - 07:04h
Nas redes sociais

O médico e o monstro

Polêmica nas redes sociais sobre reportagem com o médico Dráuzio Varella, no programa Fantástico da Rede Globo de Televisão, semana passada, solidário a um presidiário transsexual.

Drauzio Varella abraça o transsexual Suzy de Oliveira. (Foto: Reprodução / Rede Globo)

Se houve deslize foi da produção da matéria, ao não assinalar crimes hediondos do presidiário. Dráuzio omitiu-os ou ignorou-os, disse em nota, porque não é juiz (veja AQUI).

O transsexual está preso e até então era esquecido lá pela sociedade, por ter estuprado e matado de forma cruel uma criança de 9 anos, crimes repugnados até no próprio submundo.

Se a reportagem falava sobre discriminação e isolamento, jamais poderia deixar de assinalar essas barbáries.

Estranho.

Essência da abordagem era o suposto preconceito ao presidiário/trans. Mas esse abandono social era decorrente de sua condição sexual ou em face das barbáries que cometera?

A produção, entendo, não poderia jamais omitir o crime ou os crimes.

Talvez nem coubesse exemplificá-lo como ‘discriminado’.

Sobre Dráuzio Varella paira (ou pairava) conceito de unanimidade e universalidade quanto a seu humanismo e caráter. Em mim não muda em nada esse binômio.

Desde Carandiru e sua luta contra Aids, ele tem uma aura diferenciada aos meus olhos.

Mas não minto: jamais abraçaria um monstro.

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segunda-feira - 09/03/2020 - 04:25h
Copa do Nordeste

ABC empata no Arena e América perde no interior de Sergipe

ABC e América jogaram nesse domingo (8) pela Copa do Nordeste. No Arena das Dunas, em Natal, o ABC empatou com o Vitória da Bahia pelo placar de 1 x 1. Já o América perdeu por 0 x 1 para o Freipaulistano, em Frei Paulo-SE.

ABC e Vitória fizeram um jogo bastante movimentado pela 6ª rodada da Copa do Nordeste.

Alisson Farias abriu o placar para o Rubro-Negro baiano e Igor Goularte empatou para o time natalense.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

Precisando vencer para tentar alguma chance nas últimas rodadas, o Freipaulistano recebeu o América-RN que vinha de 10 jogos sem saber o que é perder. Mas essa série caiu por terra.

Roberto Fernandes optou por um time misto diante da equipe sergipana e foi castigado pela boa atuação do Touro do Agreste.

Luan aproveitou a boa chance que teve pelo alto e garantiu o primeiro triunfo do time na história da Copa do Nordeste.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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Categoria(s): Esporte
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segunda-feira - 09/03/2020 - 03:28h
Piso Nacional do Magistério

Começa nesta segunda-feira greve dos professores do RN

Com base na programação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (SINTE/RN) começa nesta segunda-feira (9) a greve do professorado nas escolas estaduais.

A decisão saiu no último dia 4 (quarta-feira) na Escola Estadual Winston Churchill, Candelária, em Natal, em Assembleia Geral da categoria.

Os professores protesto contra a proposta de pagamento escalonado do Piso Nacional do Magistério de 12,84%, apresentado pelo Governo Fátima Bezerra (PT).

Parcelas

O governo propôs pagamento em três parcelas de 4,11%, nos meses de junho, setembro e dezembro de 2020 para os professores ativos; e em agosto, outubro e dezembro, para os aposentados.

A primeira proposta quanto ao pagamento do retroativo prevê parcelamento em 24 vezes, nos exercícios de 2020 e 2021.

A categoria aprovou uma contraproposta para negociação com o Governo do Estado que consiste no pagamento dos 12,84% em março e o retroativo dividido em 3 parcelas.

Estado tem mais de 32 mil professores entre ativos e inativos. Cerca de 14 mil são ativos.

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domingo - 08/03/2020 - 23:58h

Pensando bem…

“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.”

Rosa Luxemburgo

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domingo - 08/03/2020 - 23:46h
Para não esquecermos

Heroína no Dia das Mulheres

Heley: sacrifício (Foto: Web)

Dia das Mulheres, recordo a professora Heley de Abreu Silva Batista, 43.

Em 5 de outubro de 2017, ela salvou várias crianças de incêndio provocado na creche onde trabalhava: Janaúba-MG.

Lutou contra o incendiário até ambos morrerem.

Oito crianças ainda faleceram.

Heroína.

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Categoria(s): Gerais
domingo - 08/03/2020 - 10:56h

Uma saudade a mais

Por Paulo Menezes

Há 18 anos, Antônio Menezes, o Tota, meu querido pai, partiu desta para outra dimensão. Nesse sábado (7 de março de 2020), completaria 102 anos. Viveu 84, bem vividos, com grande intensidade.

Feneceu deixando um legado aos 7 filhos, qual seja, um pai à toda hora presente, criando sua prole com a dificuldade de um orçamento apertado, mas dando aos filhos a educação necessária e um exemplo de vida.

Dele, guardo inúmeras e boas recordações, pois além do convívio doméstico, foi com ele que a partir dos 14 anos iniciei minha vida laboral na empresa “Menezes & Irmão”. Depois, o auxiliei como motorista do Jeep Toyota em nossas viagens semanais à salina de Jorge Moyse França, que ele gerenciava.

Antônio Menezes (Foto: arquivo da família)

O ajudei também na loja “A Preferida”, tendo sido ele o primeiro agente da Loteria Federal e Esportiva da cidade.

Nas férias escolares, conduzia toda a família para a encantadora praia de Tibau. Ali, no fulgor da juventude, vivi um período mágico de minha vida, construindo memórias afetivas tão profundas que nem o tempo conseguiu apagar.

O Tota, era amante das vaquejadas, e eu, pra variar, apesar de não gostar do esporte, estava sempre ao seu lado. Fui também seu companheiro das inenarráveis caçadas de nambu e avoete. Na verdade, nosso passatempo era mais um acampamento de amigos do que a caça propriamente dita.

Para ser franco, deixamos poucas nambus e avoetes viúvas em nossos finais de semana em que passávamos arranchados por esses sertões afora, sempre protegidos pela sombra de um juazeiro copado, uma catingueira florida ou uma oiticica de folhas largas e fria.

Chegávamos sábado à tarde, armávamos nosso rancho, uma lona de 10 x 8 metros, banheiro adaptado numa lata de querosene Jacaré, com direito a chuveiro e a um banho frio e reparador, após a caminhada matinal na caatinga verdejante e esplendorosa com o início da quadra chuvosa.

Estirávamos as redes, abríamos a garrafa de um bom vinho e o papo rolava noite adentro numa confraria em que limpávamos nossa mente do estresse da cidade grande, conturbada e violenta. Manhãzinha cedo, parafraseando o poeta e repentista Ivanildo Vila Nova, acordávamos com a natureza em festa, “pois no sertão quando rompe a alvorada, na floresta desperta a passarada, canta uma canção tão afinada que parece uma orquestra universal, num concerto de música diferente da orquestra sinfônica que Deus fez”.

Tendo como componentes o pio admirável das inhambus xintã e chororó, o canto sonoro das sabiás, galos de campina e corrupiões, o arrulho soturno da juriti, o cantar melancólico do anu-branco, cadenciado da rolinha fogo-apagou, belo e estridente da seriema, deixando a todos nós extasiados com tanta beleza.

Entre os participantes do lazer semanal havia um pescador arremessando a tarrafa e trazendo para a margem, do açude, curimatã, piau, tilápia e tucanaré, que cozidos ou fritos no fogo de chão, faziam parte do cardápio do almoço dominical. Final da tarde, hora de desarmar a barraca e regressar para nos prepararmos para a nova jornada na semana seguinte.

Dezoito anos se passaram de sua partida e em mim sua lembrança continua forte e muito presente.

Agora, com a chegada das chuvas e o prenúncio de um bom inverno, o vejo na calçada, início da noite, cadeira de balanço, rádio sobre o colo, olhar atento para os últimos raios do sol poente em fogo, afirmando:

– Hoje só me recolho quando o relâmpago “cortar” o céu do sertão.

Tempos bons. Saudades. Muita.

Paulo Menezes é apicultor

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 08/03/2020 - 10:24h

Ensino jurídico – as armadilhas da omissão

Por Honório de Medeiros

Uma das armadilhas que os tempos atuais impõem ao ensino jurídico, é o conforto da aula técnica, exclusivamente voltada para a interna realidade do ordenamento jurídico, onde o que importa é a argumentação dirigida para a norma jurídica e suas conexões com outras regras do sistema, quando muito se permitindo, o professor, um arremedo de independência dessa camisa-de-força ao tratar de de princípios jurídicos de conteúdo indeterminado, fluídico, sem consistência.Tais princípios esbarram, entretanto, nos sólidos limites da vontade política, e eles nada mais são que barreiras levantadas pelo Estado e sua lógica de Poder, verdadeiros grilhões a serviço dos interesses de quem pode produzir, interpretar e aplicar a norma jurídica.

Ao se alienar consciente ou inconscientemente ao ocultar essa prática as questões subjacentes, essenciais, e que dizem respeito à própria estrutura do Direito, tal qual sua legitimidade, sua relação com o Poder, sua relação com o Justo, seu status obediente ao meramente técnico, seja por ignorância, seja por comodismo, seja por cinismo, os professores cumprem um papel pouco digno de reproduzir o modelo de exploração próprio da lógica dos que determinam as regras do jogo.

Em o fazendo, não questionando, não criticando, cravam, com o martelo da omissão, os pregos da submissão e alienação nas mentes dos futuros profissionais do Direito, ajudando, assim, a construir uma civilização doentia como essa que estamos deixando enquanto legado para nossos filhos.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Artigo / Política
domingo - 08/03/2020 - 09:48h

Acessos

Por Cefas CarvalhoHavia uma passagem secreta por trás
da porta
um atalho, uma trilha
uma armadilha

havia um labirinto em meio
à tempestade
uma antecâmara, um altar
um santuário…

havia uma fresta, uma janela
um salto para o abismo
havia o lirismo, os retalhos
a poeira no chão…
mas não havia um mapa
sem acessos, sem desvios

todos os caminhos levam
realmente a roma?
(e que estrada me levará
ao fim dessa história?)

Cefas Carvalho é jornalista e escritor

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Categoria(s): Poesia
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domingo - 08/03/2020 - 09:20h
Em Apodi

Aniversário com violas e poesia popular

O radialista e ex-vice-prefeito do Apodi Tibúrcio Marinho vai aniversariar nessa segunda-feira (9), sob acordes de violas e poesia popular.

A festa não tem convites.

Portões abertos a partir das 20 horas na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), em Apodi.

Cantoria com os poetas Valdir Teles e Zé Viola vai marcar a noitada.

Nota do Blog – Antecipadamente, feliz aniversário, meu caro.

Se der, esbarraremos por aí.

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domingo - 08/03/2020 - 08:04h

Fraternidade e vida

Por Odemirton Filho

“Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; e, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele”. (Lc 10, 33-34).

 

De acordo com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Campanha da Fraternidade nasceu por iniciativa de Dom Eugênio de Araújo Sales, em Nísia Floresta, Arquidiocese de Natal, RN, como expressão da caridade e da solidariedade em favor da dignidade da pessoa humana, dos filhos e filhas de Deus.

Neste ano, a Campanha da Fraternidade tem como tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso”, e lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”.Para os católicos é momento de, no período quaresmal, refletir sobre a vida, sendo um tempo de oração e conversão, preparando a Páscoa do Senhor.

Tocou-me, especialmente, o lema:

“Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”.

Em uma era marcada pelo individualismo, na qual as redes sociais são o centro das atenções, cultivar a compaixão nos fará bem.

A compaixão é um sentimento que desperta em cada um de nós a solidariedade para com a dor do semelhante.

Contudo, o que estamos vivendo nos dias que correm?

Vive-se em torno do mundo virtual. O mundo real se tornou de menor importância.

Como as redes sociais viraram o palco de nossas vidas, a necessidade de receber “curtidas” é o que realmente interessa a alguns.

Fechamo-nos em uma redoma virtual que, muitas vezes, não reflete as dificuldades que estamos a enfrentar.

A busca incessante pelo ter e a competitividade do mundo contemporâneo, tornaram-nos frios ao sofrimento alheio, apáticos diante da triste realidade humana que nos rodeia.

A intolerância, infelizmente, está à flor da pele.

As discussões sobre assuntos diversos, seja política ou religião, nos fizeram perder a empatia, ou seja, a qualidade de nos colocar no lugar do outro e respeitar a opinião contrária.

Sabe-se que cuidar do próximo vai além da assistência de bens materiais. A alma, em muitos momentos, é a que mais precisa de alento.

Às vezes, as pessoas que estão ao nosso lado precisam de uma maior atenção, talvez uma simples palavra amiga.  Estamos tão próximos e, na maioria do tempo, distantes.

Conforme Élio Gasda o tema proposto em 2020 tem quatro palavras de profundo significado:

A fraternidade, que deve coexistir entre os humanos, a vida, considerada de forma ampla, o dom, sinônimo de presente, e o compromisso, que se realiza quando o cristão age com responsabilidade em todos os setores de sua vida, seja pessoal, na sociedade ou no aspecto ecológico e político.

Isto é, a compaixão deve estar presente em todos os momentos de nossas vidas, nas relações humanas e sociais, no sentir e, sobretudo, no agir.

Santa Dulce dos Pobres foi inspiração para a Campanha da Fraternidade deste ano, o anjo bom da Bahia, um raro exemplo de humildade e bondade nos dias de hoje.

“Somos chamados a ser uma Igreja samaritana”, afirmou o Papa Francisco.

Entretanto, amparar o próximo em suas carências espirituais ou materiais vai além de uma atitude cristã. É um ato de solidariedade humana.

Atualmente, precisamos, mais do que nunca, semear esse belo sentimento.

Portanto, independentemente de professar uma religião, sentir compaixão nos fará mais humanos, pois fraternidade é vida.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 08/03/2020 - 06:12h
Bárbara de Alencar

A inimiga do rei que se tornou a 1ª presa política do país

Um dos expoentes da Revolução Pernambucana é personagem praticamente esquecido da história

Por Camilla Veras Mota (Da BBC News Brasil em São Paulo)

Foram dias pendurada no lombo seco de um cavalo, com os braços acorrentados, até que Bárbara de Alencar percorresse quase 500 km entre o Crato e o Quartel da 1ª Linha em Fortaleza, onde seria encarcerada por oito meses por ter declarado a independência de uma pequena vila na capitania do Ceará de Portugal.

O ano era 1817 e ela tinha 57 anos. Era a primeira vez que uma mulher era presa por motivos políticos no Brasil.

Bárbara foi um dos expoentes da Revolução Pernambucana, movimento de oposição à monarquia que fundou uma república em parte do Nordeste mais de 70 anos antes de o marechal Deodoro da Fonseca dar fim ao Segundo Reinado e transformar o Brasil independente em República.

Capa do livro Bárbara, de Ariadne Araújo, que conta a saga de um nome quase desconhecido (Foto: reprodução)

Para a diretora executiva da Biblioteca Nacional, Maria Eduarda Marques, o movimento é o “berço da democracia brasileira” e, apesar de ter sido mais reprimido – e com maior crueldade – do que a Inconfidência Mineira de Tiradentes, é “pouquíssimo estudado”.

Em 2017, a Biblioteca Nacional fez uma ampla exposição sobre a Revolução Pernambucana. Entre os documentos daquela época, diz a historiadora, aparecem os nomes de apenas três mulheres: duas escravas e dona Bárbara do Crato, como era chamada.

“A Revolução Pernambucana foi um movimento que nasceu entre os padres carmelitas, com lideranças urbanas e participação ativa de intelectuais que estudaram em Coimbra, em Londres. O caso da Bárbara é interessante porque ela não era nada disso”, diz.

Um sertão sem fronteiras

Ela era uma rica proprietária de terras, de escravos e de um sobrenome bastante influente. Três de seus cinco filhos, assim com ela, lutaram para que o Nordeste se tornasse uma república.

O caçula, José Martiniano, é pai do escritor José de Alencar – autor do clássico Iracema e, ironicamente, defensor do regime monárquico durante o período de D. Pedro 2º.

“Não encontrei qualquer menção dele à avó”, diz o escritor Gylmar Chaves, que há 15 anos se dedica a pesquisar a vida da sertaneja e que se prepara para lançar uma biografia romanceada sobre sua vida.

Natural de Exu, em Pernambuco, Bárbara foi parar no interior do Ceará quando casou com o comerciante português José Gonçalves dos Santos, vendedor de tecidos, loções e miudezas na feira do Crato.

As viagens entre as duas cidades, separadas por 60 km de sertão, se tornaram comuns quando ela atingiu a adolescência e acompanhava o pai nas incursões pelas feiras que faziam do interior do Nordeste daquele Brasil um espaço muitas vezes sem fronteiras.

Livro de José de Carvalho publicado em 1917, que conta história de Bárbara (Reprodução: Biblioteca Nacional)

Aos 22, ela casou com um homem 30 anos mais velho, às escondidas, sem o consentimento do pai – e ainda convenceu um padre da Igreja Católica a sacramentar o matrimônio.

Não foi a primeira vez que Bárbara transgrediu os costumes da época, nem a última.

Depois de um ano vivendo no Crato, conta Chaves, ela já administrava em seu Sítio do Pau Seco um engenho onde fabricava rapadura e cachaça e produzia tachos e panelas.

Tudo à revelia do companheiro, que julgava que aqueles eram “negócios de homem”. Bárbara tornou-se viúva jovem, com pouco mais de 40 anos, mas virou uma matriarca muito antes disso.

“Ela não deu muito espaço para o marido (dominar)”, diz Chaves, divertindo-se.

Nos últimos quatro anos, o cearense rodou mais de 15 mil km a partir de Fortaleza para falar sobre Bárbara nas escolas.

O projeto, feito inicialmente de forma voluntária e hoje financiado pelo Edital Mecenas do Ceará, compreende entre 60 e 90 palestras por ano, para alunos de escolas públicas em sua maioria do ensino médio.

De matriarca a ‘inimiga do rei’

“Para dar a justa medida do papel das mulheres da época, ela era vista como masculina, o ‘macho’ da família, uma vez que tomava decisões e gerenciava os bens, sem conselhos dos homens”, diz Ariadne Araújo, autora do livro Bárbara de Alencar.

O caminho para que ela se tornasse revolucionária foi pavimentado dentro do Seminário de Olinda, em Pernambuco, por onde passaram dois de seus filhos.

Fundado em 1800 para formar clérigos para a Igreja Católica, o seminário foi criado pelo bispo Dom Azeredo Coutinho, que, apesar de ser inquisidor-geral de Portugal, era “mais progressista” quando se tratava de educação, conta George Félix Cabral de Souza, do departamento de História da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).

“Ele acreditava que os sacerdotes deveriam ajudar as pessoas do sertão. Assim, a formação envolvia amplos conhecimentos e com viés prático – que incluía o estudo da Enciclopédia de Diderot e d’Alembert”, diz o historiador, referindo-se à obra referência do Iluminismo.

“Contaminados” pelos ideais iluministas e pela maçonaria inglesa – que difundia o pensamento republicano -, os padres carmelitas seriam protagonistas da Revolução Pernambucana, ressalta Maria Eduarda Marques, da Biblioteca Nacional.

Vista da cidade do Recife a partir do Forte de São João Batista do Brum por volta de 1800 (Reprodução: Biblioteca Nacional)

Amigo de dona Bárbara, o frei paraibano Manuel da Arruda Câmara, que circulava pelo convento em Olinda e foi idealizador do movimento, fundou a primeira loja maçônica do Brasil, esta de inspiração francesa.

Estudou filosofia natural na Universidade de Coimbra, em Portugal, e se mudou para a França revolucionária em 1790 – quando a Bastilha já havia sido tomada em Paris e a burguesia e os camponeses que haviam destronado Luís 16 realizavam a Assembleia Constituinte – para cursar Medicina em Montpellier.

Um de seus discípulos, o padre João Ribeiro, que o acompanhava nas expedições para investigar a flora do sertão e ilustrava seus livros de botânica, também estudou na Europa, onde teve contato com os conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade – que, na prática, questionavam o caráter divino da figura do rei e a hierarquização estratificada da sociedade.

Professor do Seminário de Olinda, ele se suicidaria em 1817, com a derrota das tropas republicanas, enforcando-se em uma capela. Seu corpo sepultado foi violado, a cabeça separada do corpo e exposta espetada em um estandarte nas ruas do Recife.

“O padre João Ribeiro, ao lado do padre Miguelinho, estava entre aqueles que tinham as ideias mais radicais”, diz George Félix, da UFPE, citando também o nome do professor de retórica do Seminário.

Bárbara tinha contato com as ideias revolucionárias tanto através dos filhos radicados em Pernambuco – José Martiniano de Alencar e Carlos José dos Santos – quanto através dos religiosos com quem tinha amizade.

“Em sua casa do Sítio Pau Seco recebeu a visita de um dos mais ilustres ideólogos do sistema de governo republicano na colônia, o frei Manuel da Arruda Câmara, o qual fez menção sobre ela em sua carta-testamento, em 1810”, destaca Gylmar Chaves.

A partir de sua fazenda no Crato, ela “assumiu para si a missão de cooptar simpatizantes e fundar núcleos republicanos em fazendas e povoados”.

Dom João 6º como rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (Reprodução: Biblioteca Nacional)

Ariadne Araújo pontua que, naquela época, o clã dos Alencar gozava de poder e prestígio não apenas na região do Cariri, hoje o sul do Ceará, onde estava instalado. A influência da família se estendia a outras áreas da capitania como Barbalha, Jardim e Araripe – na divisa com o atual Estado de Pernambuco – e Várzea da Vaca, hoje conhecida como Campos Sales, no limite com o Piauí.

“Bárbara certamente não só apoiava as novas ideias de liberdade como as assumiu publicamente, ao apoiar o movimento. Isso que torna o papel dela importante para a época”, comenta a escritora.

Isso porque, no Nordeste do século 19, diz Maria Eduarda, da Biblioteca Nacional, a atividade política e as revoluções eram espaços praticamente exclusivos dos homens. As mulheres, em geral, nem emitiam opiniões sobre esses assuntos.

“As mulheres que viviam nos sertões nordestinos na época em que viveu Bárbara de Alencar não tinham direito a nada. Se ela teve o papel que teve nesse movimento político é porque veio de uma família com muita força, dinheiro, terras e prestígio, orgulhosos de sua independência”, acrescenta Ariadne.

“Estas condições transformaram Bárbara em uma mulher que sabia o que queria, forte e corajosa, com um espaço – muito raro por aqueles tempos e naquelas bandas do interior – para existir como sujeito.”

A escritora pondera que, ainda que a participação política tenha colocado a matriarca como ponto fora da curva, ela ainda era “fruto de uma cultura local extremamente moralista e católica”.

Nesse sentido, destaca-se o fato de que ela, até onde se sabe, não era abolicionista – ao contrário de alguns dos seus contemporâneos rebeldes. Bastante religiosa, exigia que os escravos seguissem preceitos do catolicismo e não permitia, por exemplo, que fossem amasiados.

Os cativos, entretanto, não dormiam em senzalas, não sofriam os maus tratos comuns da época e a chamavam de “madrinha”, lembra Chaves. Um deles, Barnabé, chegou a decepar a própria língua entre os dentes quando foi interceptado pelas tropas reais, para não denunciar o paradeiro da “sinhá”. Outra, Brasilina, acompanhou pela mata a peregrinação de Bárbara, depois de capturada, até a prisão em Fortaleza.

Por que o Nordeste queria se separar de Portugal?

A vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808, fugindo das invasões patrocinadas por Napoleão Bonaparte na Europa, mudou o eixo político e econômico da colônia – concentrado nos primeiros séculos na empresa açucareira do Nordeste.

Dom João 6º, então príncipe regente do Brasil, instalou-se com a corte no Rio de Janeiro e, dali em diante, parte considerável dos impostos arrecadados em todo o território passou a fluir para a capitania, que ganhou chafarizes, iluminação pública, praças e grandes avenidas.

Padre João Ribeiro é autor da bandeira da República de Pernambuco (Foto: Biblioteca Nacional)

“Pernambuco, que era uma capitania com superávits comerciais por causa do algodão, se sentiu sobrecarregada com a taxação imposta pela corte”, explica o historiador George Félix.

“A nobreza que expulsou os holandeses (que dominaram Pernambuco até 1654) se sentia como uma espécie de súdito privilegiado”, comenta Maria Eduarda.

“E se ressentiu com a mudança da coroa para o Rio”, acrescenta ela.

Combinado à difusão do ideário iluminista e das revoluções francesa e americana e à tradição de insurreição de Pernambuco, o aumento de impostos foi combustível para a Revolução Pernambucana.

Sai o vinho, entra a cachaça

Apesar de um início atropelado – os planos dos rebeldes foram descobertos um mês antes do início previsto para a deflagração da revolta e eles tiveram que entrar em ação antecipadamente – a República de Pernambuco durou 75 dias.

O padre João Ribeiro desenhou a nova bandeira, que é até hoje representa o Estado. No dia 7 de março de 1817, é instalada uma junta provisória e tem início a experiência de autogoverno.

Com a nova Constituição, que defende a república, os direitos humanos e a liberdade religiosa e de opinião, é abolida uma série de impostos.

Antônio Gonçalves da Cruz, o Cabugá, é enviado aos Estados Unidos como embaixador da república pernambucana com o objetivo de comprar armas e angariar apoio para a luta armada.

O vinho, visto como um produto ligado à metrópole, foi substituído por cachaça nas solenidades e as hóstias distribuídas nas missas, feitas de trigo, passaram a ser fabricadas com mandioca.

Em pouco tempo, a revolução se espalhou, com apoio dos senhores de engenho – que pediram como moeda de troca que os revoltosos não advogassem pela abolição da escravatura -, de intelectuais e das massas populares.

“Eles defendiam o pagamento de menos impostos e a redução do preço dos alimentos – duas mensagens muito simpáticas à população em geral”, diz o historiador da UFPE.

Decreto do governo provisório que extinguia o imposto sobre a carne (Reprodução: Biblioteca Nacional)

No Crato, ela chegou no dia 3 de maio de 1817 – para durar apenas 8 dias.

A república foi decretada durante a missa de domingo, com a leitura de uma carta do emissário José Martiniano, filho de dona Bárbara, acompanhado de cerca de 200 homens.

“Os revoltosos tentaram, a princípio, se organizar, convencer líderes políticos da região, testaram a adesão das novas ideias em reuniões secretas, aliciaram alguns e prometeram empregos e favores a outros”, conta Ariadne.

Três anos no cárcere

A repressão da monarquia foi rápida e truculenta. Os ataques às regiões separatistas envolveram cerca de 8 mil homens.

O saldo entre os rebeldes, segundo George Félix, foram 300 mortos em combate, 100 exilados, 11 executados em praça pública no Recife e outros 3 em Salvador.

Entre a prisão em Fortaleza, no Recife e em Salvador, Bárbara passou mais de três anos no cárcere e teve todos os bens confiscados.

Nas celas do Quartel da 1ª Linha, como narra Gylmar Chaves, os detentos estavam em meio às próprias fezes e urina, expostos a piolhos e pulgas.

A alimentação se resumia a vísceras de animais mal cozidas na água e sal, acompanhadas de uma pequena porção de farinha e servidas uma vez por dia nos mesmos cochos de madeira usados pelos porcos.

A pena, porém, não demoveu Bárbara de crença de que o Brasil deveria ser uma república. Em 1824, aos 64 anos, ela estava mais uma vez ao lado dos três filhos revolucionários, agora na Confederação do Equador. O Brasil já era independente de Portugal, mas governado pelo filho de Dom João, Pedro 1º.

No conflito separatista – que contaria, ao lado das tropas imperiais, com mercenários ingleses como o oficial Thomas Cochrane – ela perderia dois filhos, Carlos José dos Santos, o padre Carlos, e Tristão Gonçalves, que, depois de morto a tiros, teve a mão direita amputada por seus algozes e o corpo exposto por um mês ao sol.

Jurada de morte pelo coronel Pinto Madeira, dona Bárbara, já debilitada, se retirou na Fazenda Touro, na divisa com o Piauí.

Em 1833, um ano depois de o próprio coronel ter sido rendido e enforcado depois de participar de um movimento contrário à abdicação de Dom Pedro 1º, ela decidira voltar à Vila do Crato para ser madrinha de casamento da sobrinha.

Mas não chegaria ao destino: Bárbara de Alencar morreu aos 72 anos, na casa de um sobrinho de segundo grau, onde estacionara para descansar no caminho.

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sábado - 07/03/2020 - 23:54h

Pensando bem…

“A arte mais poderosa da vida é fazer da dor um talismã que cura.”

Frida Khalo

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sábado - 07/03/2020 - 23:32h
Opinião

Os males da democracia e a esperança contida nela mesma

Todos os males da democracia se podem curar com mais democracia.” (Alfred Emanuel Smith – 1873-1944)

 

Os critérios da legislação eleitoral em vigor são restritivos e feitos para impedir mudanças. Mesmo assim, elas ocorreram em larga escala em 2018, nas eleições nacionais, de uma ponta a outra do país. O Congresso Nacional (veja AQUI) nunca teve tantas caras novas. Dos 567 empossados em 1º de fevereiro de 2019, 118 deputados e 10 senadores jamais ocuparam cargo eletivo.

Para este ano, vendaval talvez tenha prosseguimento, sobretudo nas casas legislativas.

Em Mossoró, por exemplo, há algumas eleições que é utilizada estratégia de barrar acesso de vereador à nominata, permitindo que novatos tenham mais chances. Vários partidos foram constituindo listas de candidatos sem permitir inclusão de qualquer nome com mandato. Essa tática acontece desde 2004, causando progressivas mudanças no legislativo, pelo menos quanto a nomes. No pleito de 2016, por exemplo, apenas oito dos 21 integrantes da Câmara Municipal de Mossoró conseguiram se reeleger (veja AQUI).

A fórmula usada é uma reação ao regramento montado para beneficiar os grandes partidos e seus “donos”. A última minirreforma eleitoral teve esse fim específico, com uma série de normas que passaram a vigora em 2018, acrescidas do fim das coligações na proporcional que passa a valer em 2020.

O sistema partidário que deveria ser fortalecido, o que é regra em qualquer democracia, acaba enxovalhado de vez. Na própria reação que se promove para não ocorrer o garroteamento total das forças políticas de menor expressão, essa fragilização se aprofunda mais ainda.

Contudo há algo muito positivo nessa rebelião: coloca em pânico a elite política e um monte de vereadores ‘donos do pedaço’. O modelo candidato vaquinha de presépio, que apenas faz parte da nominata para favorecer alguém, especificamente, cada dia fica mais raro.

Infelizmente até aqui, nas experiências mossoroenses de confronto às regras, a maioria dos que entra acaba repetindo os velhos hábitos dos antecessores. Não há cultura política, não há conhecimento mínimo sobre o papel do legislador e não existe qualquer identidade com a sociedade, o próprio estatuto partidário e o interesse coletivo.

Porém, apesar dos pesares, esse arranjo de democracia é o caminho natural à mudança para melhor, mesmo que isso pareça tão distante e utópico. Um delírio.

Leia também: Fantasma da derrota ronda 21 vereadores em Mossoró.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política
sábado - 07/03/2020 - 22:36h
Hoje

Princípio de incêndio em restaurante causa pânico

Por volta de 14h30, deste sábado (7), começou incêndio no Restaurante Buscapé Budd, à Avenida João da Escóssia, Nova Betânia (Mossoró).

Caixa do sistema elétrico teve curto-circuito.

Transformador em frente também pegou fogo.

Corpo de Bombeiros foi acionado.

Também houve presença de equipe da Cosern, cerca de meia hora após o sinistro.

Funcionários do restaurante fizeram o primeiro procedimento de combate ao fogo utilizando extintores. Chegaram a utilizar até equipamento de empresas próximas.

Nota de Esclarecimento

Antes, disso, clientes saíram rapidamente do seu interior e foram para rua próxima, sob neblina. Em endereços vizinhos houve apreensão e temor que o sinistro pudesse se espalhar, susto ampliado devido explosões no transformador em frente ao restaurante.

Em Nota de Esclarecimento posteriormente lançada à imprensa, o restaurante informou que o problema “foi originado por explosão ocorrida em transformador da Cosern, localizado na rede pública, em frente ao restaurante”. Mas tudo foi contornado a tempo.

Nota do Blog – Estávamos há poucos metros do local, no exato início do incêndio na caixa do sistema elétrico no Buscapé Budd – local que costumamos frequentar.

Ainda bem que tudo foi contornado antes que houvesse maiores prejuízos materiais ou mesmo humanos.

Bombeiros chegaram para debelar incêndio; em seguida aportou equipe da Cosern (Foto: BCS)

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