segunda-feira - 19/05/2025 - 23:50h

Pensando bem…

“O sábio procura a sabedoria, o tolo encontrou-a.”

Georg Christoph Lichtenberg

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segunda-feira - 19/05/2025 - 12:46h
Segunda-feira, 19

Pendências com título de eleitor devem ser resolvidas até hoje

TRE/RN abriu prazo para regularização (Foto: ilustrativa)

Justiça eleitoral mostra as sanções (Foto: ilustrativa)

Os eleitores de todo o país têm até esta segunda-feira feira (19) para regularizar eventuais pendências perante a Justiça Eleitoral e evitar o cancelamento do título de eleitor.

O prazo vale para aqueles que não votaram nem justificaram a ausência nas 3 últimas votações (considerando cada turno como uma votação) e não pagaram a multa correspondente –o valor é de R$ 3,51 por turno que o eleitor deixou de votar ou de justificar a ausência.

Caso as pendências não sejam regularizadas, o título de eleitor é cancelado. Sem um título de eleitor válido, o cidadão enfrenta restrições como não poder renovar o passaporte, receber remuneração de cargo público, participar de concurso público e renovar matrícula em instituição pública de ensino.

Como verificar pendências

Para saber se está na lista de pessoas que podem ter o título de eleitor cancelado, o cidadão deve acessar o site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e clicar em “Autoatendimento eleitoral”, depois em “Título eleitoral” e “Consultar situação eleitoral”.

É possível verificar a situação eleitoral através do aplicativo e-Título ou presencialmente nos cartórios eleitorais. O serviço é gratuito e deve ser realizado somente em sites oficiais da Justiça Eleitoral.

O que fazer em caso de pendência

A regularização das pendências eleitorais pode ser feita presencialmente nos cartórios eleitorais, pelo site do TSE ou pelo e-Título.

Em seguida, é necessário fazer o pagamento das multas relativas às ausências através de boleto, Pix ou cartão. A quitação será registrada automaticamente depois da confirmação do pagamento.

Documentos necessários para regularização presencial

  • documento oficial com foto;
  • título de eleitor ou e-Título;
  • comprovantes de votação;
  • comprovantes de justificativas eleitorais;
  • comprovantes de pagamento ou isenção de multas (se aplicável).

Exceções

O cancelamento do título não vale para menores de 18 anos, pessoas com mais de 70 anos e pessoas não alfabetizadas, pessoas com deficiência que comprovem situação impeditiva para votar e casos de justificativa aceitos pela Justiça Eleitoral.

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segunda-feira - 19/05/2025 - 10:26h
Missa

Amigos e aeronautas lembram do piloto e instrutor de voo Flavius Neves

Foi realizada nesse sábado (17), a missa de 30º dia pelo falecimento do piloto de aeronaves catarinense Flavius Neves, 65, ocorrido dia 21 de abril último. O ato religioso aconteceu no hangar do aeródromo de Tibau-RN.

Pilotos e outros amigos de várias partes do RN e de quatro estados federados participaram do ato religioso, que também lembrou a morte do paraibano Geraldo Francisco da Silva, 42.

Os dois morreram no fim da tarde do dia 21 de abril, quando o girocóptero (aeronave de pequeno porte, com dois lugares) caiu na praia de Areias Alvas, em Grossos-RN.

Piloto e instrutor de voos, Flávius Neves era natural de Porto Belo (SC) e residia em Parnamirim, no RN, mas sempre voava na região de Tibau, onde comentava entre amigos, ter planos para morar.

As imagens são de Isaías Fernandes.

Flavius e Geraldo, as vítimas da tragédia aérea dia passado (Fotomontagem e fotos de Pedro Cézar/Mossoró Hoje)

Flavius e Geraldo, vítimas da tragédia aérea (Fotomontagem e fotos de Pedro Cézar/Mossoró Hoje)

Leia também: Queda de pequena aeronave causa a morte de duas pessoas;

Leia tambémTragédia aérea em Grossos será investigada por órgão da Força Aérea

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segunda-feira - 19/05/2025 - 09:42h
Chegou

Impugnação dos Embargos do Ceará pelo Rio Grande do Norte

Exemplar presenteado está em casa Reprodução do BCS)

Exemplar presenteado está em casa (Reprodução do BCS)

Livro enviado pelo advogado Carlos Sérvulo, de Natal, já chegou: Impugnação dos Embargos do Ceará pelo Rio Grande do Norte.

A edição é do Sebo Vermelho do gigante Abimael Silva.

A encomenda chegou pelas mãos do também advogado Wilton Ferreira.

Obrigado.

Trata da questão jurídica, mais do que secular, da divisa entre Ceará e RN.

A “Questão de Grossos”, como ficou conhecida, teve a defesa potiguar nas mãos de ninguém menos do que Ruy Barbosa.

Assunto muito atual, que se diga.

Leia tambémTibau e Icapuí brigam por espaço territorial que tem polêmica há séculos

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segunda-feira - 19/05/2025 - 09:00h
Contribua

Casa Durval Paiva precisa de seu apoio à doação de alimentos e fraldas

Banner de divulgação

Banner de divulgação

A Casa Durval Paiva busca prestar o melhor atendimento às crianças e adolescentes acolhidos, mantendo-se através da doação de itens, para a nutrição e acolhimento deles, durante o tratamento contra o câncer e doenças hematológicas crônicas, bem como, seus familiares.

No momento, a CDP está com a necessidade de doação de fraldas geriátricas e infantis, manteiga, ovos, suplementos, feijão preto e leite. As doações poderão ser entregues na recepção da Casa, na Rua Professor Clementino, 234 – Barro Vermelho.

Contribua com o trabalho da Casa Durval Paiva, o câncer infantojuvenil tem até 80% de chance de cura, se for diagnosticado precocemente. Conheça outras ações e projetos desenvolvidos pela Casa em www.casadurvalpaiva.org.br ou nas redes sociais da instituição (@casadurvalpaiva).

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segunda-feira - 19/05/2025 - 08:26h
Livro

“Potiguariana” mostra acervo do Instituto Histórico e Geográfico do RN

Livro é um trabalho denso sobre acervo do IHRGN (Reprodução do BCS)

Livro é um trabalho denso sobre acervo do IHRGN (Reprodução do BCS)

Gustavo Sobral e André Felipe Pignataro reuniram suas pesquisas e escritos sobre as peças do acervo do Instituto Histórico e Geográfico do RN (IHGRN) em mais um novo livro sobre a história do Rio Grande do Norte. Trata-se de “Potiguariana IHGRN: peças e histórias da coleção do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte”.

Uma história contada pelos objetos, documentos e obras do acervo do Instituto. Tem o retrato de Felipe Camarão, doado por Alberto Maranhão em 1902 ao Instituto, o Pelourinho da cidade do Natal, o bilhete enviado por Lampião às vésperas da invasão a Mossoró, e a primeira edição do jornal O Natalense, entre tantas e tantas outras relíquias no museu da instituição.

“Fundado em 1902, o Instituto é mais antiga instituição cultural do Rio Grande do Norte em atividade, é biblioteca, arquivo e museu e o seu acervo merece ser conhecido, propagado e estudado. Este livro procura ser uma contribuição”, explicam os autores.

O trabalho conta ainda com a colaboração de Honório de Medeiros que escreve sobre o bilhete de Lampião; Pedro Simões sobre o Barléu; Igor Oliveira sobre numismática; além de um cuidadoso registro fotográfico assinado por Maria Simões que apresenta o Instituto por imagens.

O livro é uma edição da Biblioteca Ocidente (2025, 75p) de Francisco Issac Dantas com designer de Gabriel Araújo e está disponível em edição digital aqui no site www.gustavosobral.com.br , basta fazer o download gratuito. A versão impressa pode ser adquirida diretamente no site da editora: //revistagalo.com.br/selo-bo/

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segunda-feira - 19/05/2025 - 07:50h
Série D

América vence facilmente o Santa Cruz de Natal

Deu Mecão. Em partida pela quinta rodada da Série D do Brasileirão 2025, nesse domingo (18) na Arena das Dunas, o América venceu o Santa Cruz de Natal por 3 x 0. Salatiel, Souza e Ferreira, garantiram o placar.

Com a vitória, o América chegou aos 10 pontos e fica na vice-liderança do Grupo A3. O líder é o Santa Cruz-PE, que soma 13 pontos.

Já o Santa Cruz-RN tem apenas quatro pontos conquistados em cinco jogos. É o lanterna do grupo.

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domingo - 18/05/2025 - 23:54h

Pensando bem…

“Muitos homens cometem o erro de substituir o conhecimento pela afirmação de que é verdade aquilo que eles desejam.”

Bertrand Russell

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domingo - 18/05/2025 - 23:20h
ALRN

Ezequiel Ferreira destaca investimentos em educação

Ezequiel representou a ALRN em programação na cidade de Parnamirim (Foto: João Gilberto)

Ezequiel representou a ALRN em programação na cidade de Parnamirim (Foto: João Gilberto)

Os investimentos em educação no Rio Grande do Norte foram destacados pelo presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira (PSDB), durante visita neste sábado (17) à Escola Estadual Presidente Roosevelt e à Escola Estadual Antônio de Sousa, ambas em Parnamirim. Ao lado do vereador Professor Ítalo (PSDB), Ezequiel destacou ações do mandato e prestou contas dos projetos na cidade.

Durante a visita, Ezequiel falou sobre a importância do olhar diferenciado na área de educação, trabalhando por melhorias nas questões de estrutura, pedagógica e novas ações nas escolas. “Poucas pessoas sabem isso, mas na época da gestão do governador Garibaldi Filho eu era gestor estadual na Educação do Estado e tive a oportunidade de conhecer a realidade de escolas em todo o Rio Grande do Norte. Com essa vivência, posso afirmar que melhorar a estrutura das escolas é melhorar as aulas e consequentemente o resultado para os alunos”, celebra o parlamentar.

Na escola Presidente Roosevelt, Ezequiel destinou emenda para a aquisição de uma subestação de energia que garante o funcionamento dos ar-condicionados e assim, a continuidade das aulas. Em reunião com os professores da unidade, o deputado ouviu pleitos que irão se tornar projetos de lei e convênios para doação de equipamentos de informática.

Laboratório de Gestão e Negócios

Outra ação na rede de ensino de Parnamirim – com assinatura do presidente Ezequiel – foi inaugurada também neste sábado na Escola Estadual Antônio de Sousa o Laboratório de Gestão e Negócios Maria Letícia Queiroz. “Este equipamento será usado pelos alunos e professores contou – e tenho muito orgulho em participar dessa ação – com a nossa emenda para construção desse laboratório”, comenta.

Sobre as ações sociais promovidas pelo mandato do vereador Ítalo Siqueira em parceria com a Assembleia Legislativa, o presidente comemorou o recorde das ações. “Essa é a quinta vez que repetimos essa ação social que leva saúde, vacinação, atendimentos médicos para a população em Parnamirim. Hoje é um dia pra deixar marcado na nossa história pelo tamanho do nosso projeto aqui em Passagem de Areia”, conta.

A agenda do presidente Ezequiel neste sábado em Parnamirim contou ainda com entrevista na rádio Liberdade FM, conduzida pelo comunicador Gilson Moura, onde o presidente também falou sobre projetos políticos e novos planos para o Rio Grande do Norte.

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domingo - 18/05/2025 - 15:38h

As fronteiras simbólicas do saber

Por Marcos Araújo

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Construiu-se no imaginário brasileiro a ideia de que a maior capacidade profissional e a melhor produção intelectual se situam nos grandes centros do Sul e Sudeste. O Nordeste, mesmo com sua riqueza intelectual, cultural e tradição acadêmica, foi — e em muitos casos ainda é — relegado ao papel de coadjuvante. Essa lógica centralizadora alimenta um complexo de inferioridade entre profissionais, escritores, pensadores e leitores nordestinos. Tal sentimento, infelizmente, não é raro entre os próprios potiguares.

Se no início do Século XX a regra social vigente para a elite nordestina era a formação dos filhos na Europa, nas cinco últimas décadas o epicentro tem sido São Paulo.  O garbo paternal nas rodas de conversa é uníssono:

– Meus filhos estudam em São Paulo!

Entre comuns, escuto com desalento o aparente descrédito aos profissionais com formação em universidades nordestinas. Com extensão do sentimento aos nossos autores e literatos. “O nordestino tem complexo de vira-lata”, já se ouviu em salas de aula e rodas literárias locais. Talvez o problema não esteja na autoestima, e sim na invisibilização sistemática de quem está fora do eixo Rio-São Paulo.

Sou um entusiasta do nordeste. E do Rio Grande do Norte com muito mais afinco e intensidade. Ao mesmo tempo, incorporo um crítico ácido aos que supõem que o saber tenha uma justificação geográfica. O Sudeste precisa conhecer nossos autores e intelectuais.

Posso citar alguns dos nossos e seus textos, para contrapor a dominância “sudelista”. Nísia Floresta, amiga de Augusto Comte, autora de “Direitos das mulheres e injustiça dos homens” (1857), foi pioneira na educação feminista no Brasil.  Zila Mamede, a grande poetisa que fundou a Biblioteca Central da UFRN, em antanho já dizia: “Canto, porque há pressa em desentranhar o grito.” Luís Carlos Guimarães, uma das vozes mais potentes da lírica potiguar, era insurgente aos novos “donos” da escrita: “Sou do tempo em que as palavras eram respeitadas, e um verso tinha o peso de um tijolo na mão.” Câmara Cascudo, um dos maiores intelectuais do Brasil, universalizou o folclore nacional com obras como História da Alimentação no Brasil (1967) e Dicionário do Folclore Brasileiro (1954). Ele foi o maior etnólogo de todos os tempos.

A escrita como instrumento, o argumento e a estética linguística como elementos informativos pautam os trabalhos de escritores genais como Carlos Santos, Vicente Serejo, Rejane Cardoso, Marcos Ferreira, Honório Medeiros e outros mais.

A história da produção intelectual potiguar vai além da literatura. O pensamento jurídico e as ciências humanas também tiveram aqui um solo fecundo. Miguel Seabra Fagundes é o autor do primeiro trabalho nacional sobre atos administrativos. Outros, como Eloy de Souza, Olavo de Medeiros Filho, Mário Moacyr Porto, Floriano Cavalcanti, Múcio Vilar Ribeiro Dantas, João Medeiros Filho, Ivo Cavalcanti, Manoel Dantas, Djalma Marinho, Claudionor Telógio de Andrade, Manoel Varella, Eider Furtado, Ney Lopes de Souza e Hélio Vasconcelos, intelectuais de grande vulto, foram responsáveis pela formação de gerações de bons profissionais.

A UFRN e a UERN têm se tornado polo de formação de juristas com inserção nacional. Marcelo Alves, que escreve no BCS, é um deles.  Na academia nacional da docência do direito estão emoldurados os nomes de Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, Luiz Gurgel de Faria, Paulo Linhares, Ana Monica Amorim, Keity Saboia, Fernanda Abreu, Inessa Linhares, Lauro Gurgel, Adilson Gurgel de Castro, Armando Holanda, Barros Dias, Edilson Nobre, Erick Pereira, Ricardo Tinoco, Miguel Josino Neto, Xisto Tiago, Yara Gurgel, Erica Canuto, entre outros… Apenas para nomear alguns nascidos aqui.

Os cursos jurídicos do RN capacitam para a vida humana. Cumprem o mandato profético do professor Carlos Roberto de Miranda Gomes, autor de diversos artigos e ensaios sobre hermenêutica: “A letra da lei não deve sufocar a voz do povo. Direito sem humanidade é só uma norma fria.”

A sabença do Direito, a literatura e o pensamento não se medem por CEP. A boa escrita nasce da experiência, da escuta do mundo — e disso o Nordeste é mestre. A exclusão simbólica dos autores do Nordeste não reflete a sua qualidade, mas a desigualdade histórica de acesso a meios de publicação, circulação e crítica. É preciso romper com a lógica centralizadora que associa prestígio à geografia. Se os profissionais e escritores “Sudestinos” são chamados de “melhores”, talvez seja porque o Nordeste — como o sol que o ilumina — é tão intenso que ofusca os olhos de quem olha de cima.

Temos por aqui os melhores profissionais, escritores, pensadores e intelectuais brasileiros. Nada a dever aos de outras regiões. É hora de quebrar o espelho torto em que o Nordeste se vê. A produção intelectual potiguar não precisa pedir licença. Ela existe, resiste e contribui com a identidade brasileira de forma decisiva. O que falta não é talento ou sabedoria — é espaço e autorreconhecimento!

Marcos Araújo é advogado, professor da Uern e escritor

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 18/05/2025 - 13:30h

Genética e ambiente

Por Marcelo Alves

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial, em estilo aquarela, para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Dias atrás, citando o célebre Cesare Lombroso (1835-1909) – veja AQUI, iniciamos uma discussão sobre a influência da hereditariedade/genética e do ambiente social no comportamento criminoso. E essa é uma questão, aliás, até mais ampla, conforme atesta a obra “O grande debate sobre a inteligência” (Editora Universidade de Brasília, 1982), por H. J. Eysenck e Leon Kamin. Em linhas gerais, o professor Eysenck defende a hereditariedade como fator decisivo para o desenvolvimento da inteligência e do comportamento humanos (o que inclui um potencial comportamento criminal). Já o professor Kamin rejeita categoricamente esse determinismo genético, afirmando mesmo que ele se fundamenta em fraudes científicas e preconceitos raciais.

De fato, a ideia de alguma origem biológica para o comportamento criminoso, sobretudo quanto ao crime violento, ainda é hoje popular e mesmo cientificamente defendida.

Como anotam Emily Ralls e Tom Collins, em “Psicologia: 50 ideias essenciais” (Editora Pé da Letra, 2023), pesquisas sérias apontam que genes específicos, como o denominado gene MAO-A, podem desempenhar um papel considerável no comportamento agressivo e criminoso. Há também o caso do cromossomo XYY: “Cerca de 1 em cada 1000 recém-nascidos do sexo masculino tem dois cromossomos Y em vez de um e, embora esse perfil cromossômico seja relativamente raro na população em geral, descobriu-se que é comum na população carcerária. Descobriu-se que os homens XYY tendem a se desenvolver normalmente na maioria dos aspectos, mas podem ter alguns problemas de aprendizado, como distração e hiperatividade. Essas tendências, combinadas com as exigências da vida moderna, podem ser a causa de uma proporção maior de homens XYY se encontrarem na prisão”.

Outrossim, recentemente, “o uso de técnicas modernas de escaneamento cerebral nos deu uma janela para a mente como nunca antes. Elas indicam que, em alguns casos, diferenças na estrutura e na função do cérebro podem causar níveis elevados de agressão [e potencial criminalidade]”.

Entretanto, no estado atual da ciência, entende-se ainda não ser possível simplesmente prever o comportamento criminoso de alguém com base apenas no exame do seu cérebro ou na presença de determinada estrutura genética. Ao que tudo indica hoje, mesmo nas pessoas com “predisposição genética” para o crime, é necessário um gatilho do ambiente para que essa pessoa “caia pra dentro” (aliás, essa queda na criminalidade, como todos nós sabemos, se dá mesmo sem a tal predisposição/vulnerabilidade genética).

Como explicam os autores de “Psicologia: 50 ideias essenciais”, mesmo essas teorias biológicas “nos levam ao que é conhecido como ‘argumento da diátese-estresse’ para o comportamento agressivo e o crime. Ou seja, podemos ser geneticamente ou biologicamente predispostos a um determinado comportamento, mas é necessário o estresse do ambiente para que exibamos esse comportamento”.

Temos, aliás, o famoso caso do neurocientista James Fallon (1947-2023), que, estudando a fundo a questão, pelo seu próprio exame de PET scan desavisadamente descobriu que o seu cérebro correspondia ao de um “psicopata patológico”, com histórico familiar correspondente. Fallon, apesar do seu histórico genético, que incluía uma variante do gene MAO-A ligado à agressividade, não era violento, teve carreira acadêmica muitíssimo bem-sucedida e um casamento feliz (pelo menos ao que se saiba…). O caso Fallon assim mostra que uma pessoa, embora geneticamente predisposta/vulnerável a comportamentos agressivos/criminosos, se conviver em um ambiente adequado, pode nunca apresentar esses comportamentos.

Bom, se no atual estado das coisas, o fator ambiental (com repercussões tanto psicológicas como sociais) é também relevante para o nosso comportamento criminoso, é sobre esse fator que falaremos doravante. Rogo apenas um tico de paciência.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 18/05/2025 - 11:52h

Renato

Por Bruno Ernesto

Bonecas num quarto do Palácio D´Ouro, em Ouro Preto/MG Foto: do autor da crônica)

Bonecas num quarto do Palácio D´Ouro, em Ouro Preto/MG Foto: do autor da crônica)

A última crônica de Marcos Ferreira publicada neste espaço no domingo (11) – veja AQUI – foi certeira, ao abordar a idiotização das pessoas no que diz respeito à predileção política.

Não digo nem ideológica, porque nos últimos anos – pelo menos nesse aspecto- não há lógica alguma.

Quando alguém tenta me doutrinar politicamente ou religiosamente, sempre me lembro de um ditado muito pertinente: nunca lute com um porco. Os dois irão se sujar, mas o porco vai adorar.

Por sinal, a carne suína é a minha preferida.

Agora, Darwin, estamos diante de um novo projeto de idiotização. Certamente você embarcaria de volta no HMS Beagle e passaria longe do Brasil, se hoje viesse.

Quem diria que uma figura tão importante para a infância de qualquer menina seria elevada à condição de crachá de idiotização.

Não, não tenho nada contra o bebê Reborn. Muito pelo contrário. Quando minha filha tinha quatro ou cinco anos até comprei uma. Ela adorava. Por sinal, naquela época, e fase de desenvolvimento dela, acharia estranho se não gostasse.

De uns sete dias para cá, todavia, explodiu no noticiário uma infinidade de situações nas quais essas bonecas hiperrealistas tomaram a lucidez de algumas pessoas que as tratam como se de carne e osso fossem.

Talvez a Síndrome do Ninho Vazio pudesse explicar certos comportamentos. Não sei.

Que saudade da época em que as bonecas nos davam era medo de tão medonhas que eram. A fantasia das crianças eram mais que normal e, acredite, condizentes com a realidade.

Meu xará, Bruno Betellheim, em sua obra magna “Psicanálise dos Contos de Fadas” dizia que essas estórias, ainda que infantis e perturbadoras, ao final, permitiam as crianças aprendessem a lidar com seus conflitos interiores, seus medos e suas falhas.

Por meio dessas narrativas, a criança vislumbrava maneiras de lidar com seus medos e suas falhas, que eram verdadeiros obstáculos para o seu desenvolvimento.

Quero crer, então, que não passe de uma grande alucinação coletiva.

Eu mesmo já estou olhando atentamente para qualquer recém-nascido e, confesso, é muito difícil lidar com esse conflito de realidade.

Compreenda, caro leitor, não é o boneco renato. É a transmutação da realidade que nem mesmo uma criança de idade biológica consegue distinguir e, sobretudo, compreender.

Vive-se hoje uma realidade tão paralela que já não conseguimos distinguir o que é sanidade, dissociação da realidade ou fuga da realidade.

Quem sabe, realmente, devêssemos viver em outro mundo só para depois perceber que ser normal tem suas desvantagens.

Talvez, diante de certas circunstâncias, devêssemos agir como os gatos: olhar, fingir que não é com você e sair de perto.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 18/05/2025 - 10:38h

Toda certeza é duvidosa

Por François Silvestre

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial, em estilo expressionista, para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial, em estilo expressionista, para o BCS

Amadurecer é cultivar dúvidas, ter cautelas e receios para colher certezas. A certeza emperra descobertas, atrapalha avanços, cria crostas de ignorância.

A ter certeza da gravitação de Newton, não teria havido a relatividade nascida na dúvida de Einstein. A certeza de Santo Agostinho, na Patrística, impediria a Escolástica de Thomaz de Aquino. Platão certo, não haveria Aristóteles. Portanto, nem a ciência ou a filosofia amadureceriam no estuário da certeza. A dúvida é o indutor da inovação, da descoberta, da sucessão. É a chama que chama o pensamento à questão.

Dito isso, concluo que amadureço cultivando dúvidas. Estou velho, no espelho. Porém, “entretanto mas porém”, o meu tempo, num dia, diante do espelho é de minutos. O mais do tempo, quase o dia todo, estou longe dele. As ladeiras que subo nas ruas do Crato me dizem que não sou velho. O levantar sem usar as mãos nas bordas da rede também dizem o mesmo.

Contudo, a maior negação ao espelho, que tenta me convencer do contrário, não é a disposição física, que tenho exuberantemente. Não. O que me convence da não velhice é o cultivo à dúvida. Se continuar assim, vou morrer jovem. Até caducando vou querer duvidar da caduquice.

Conclusão, aí estão os tempos atuais. Nunca pensei que viveria pra ver o mundo tão idiota quando agora. O Brasil tão emburrecido quanto agora. Tudo no conforto estúpido das certezas. Quase todos têm certeza de quase tudo. A dúvida, rainha da claridade, sendo escorraçada para o canteiro onde se edificam as trevas. Oceano turvo e sujo das certezas. O rincho, com minhas desculpas aos jegues, é o novo discurso da certeza contemporânea.

Prefiro a dúvida e os coices que ela dá, por serem solavancos do despertar.

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 18/05/2025 - 09:42h

Relatos impróprios para consumo interno

Por Marcos Ferreira

Travesti da Dreamstime (Direitos autorais: Valeriy Kachaev)

Travesti da Dreamstime (Direitos autorais: Valeriy Kachaev)

Antes de mais nada, declaro que sou um escrevinhador sem qualquer espécie de preconceito. Acho que as pessoas, guardadas as devidas obrigações com os ditames sociais, têm o direito de gozar a vida como bem entenderem. Porém (sempre há um porém) é necessário juntar a isso o mínimo de bom senso. Em especial quando se trata de relacionamentos amorosos, ímpetos sexuais, compromisso religioso e liberdade de expressão. Neste último aspecto é imperativo não confundir expressão com liberdade de agressão. O bicho-homem, leia-se sociedade, vem trocando o debate civilizado de ideias por discursos de ódio. Quem semeia ódio só colhe violência.

Basta colocarmos a mão em nosso juízo (existem indivíduos que não possuem tal coisa) e concluir que não devemos desejar para os outros o que não queremos para nós. Quem enfia o pé na jaca, chuta o balde e cospe para cima deve se preparar para responder por seus atos. Não raro o custo por atitudes impensadas atinge um patamar que se revela muito além das nossas possibilidades de conserto ou reparo. Quando metemos alguns pregos em uma árvore, por exemplo, até podemos retirá-los, contudo ficarão as cicatrizes. Hoje tocarei em determinados pontos nevrálgicos da vida em rebanho, como diria meu amigo filósofo Antonio Alvino da Silva Filho, todavia não tenho o propósito de julgar ou crucificar quem quer que seja. De jeito algum.

Nosso querido e causticante País de Mossoró, como qualquer lugar do Brasil e do mundo, possui a sua cota de indivíduos que furam a bolha das convenções sociais, perdem a cabeça e a compostura, quebram os preceitos da lei de Deus e dos homens e, via de regra, pagam caro. O número de transgressores dos “bons costumes” não é nem um pouco pequeno. Nesta narrativa vou me ater a apenas três casos que tiveram uma vasta repercussão nesta freguesia, ocorridos num passado recente e que se alastraram pelas redes sociais. Basta uma rápida pesquisa na internet e ficamos a par de tudo. Recordarei tais assuntos, conquanto sem querer ferir o amor telúrico dos mossoroenses. São relatos impróprios para consumo interno, eu sei, mas fiquei sabendo disso por terceiros e, volto a dizer, por meio da própria imprensa. Pois bem.

O padre Fábio Pinto Rosa, que celebrou diversas missas na Igreja de Nossa Senhora da Agonia, mantinha um relacionamento extraespiritual com a professora universitária Maria Aparecida do Rosário, de trinta e seis anos, esposa do arquiteto Cornélio Guimarães, marombeiro de quarenta e cinco anos. O arquiteto, no mais das vezes por causa do seu ofício, tinha necessidade de viajar de vez em quando. Nessas oportunidades, logo que Cornélio informava que se ausentaria de Mossoró durante um ou dois dias (em alguns ensejos para participar de congressos de arquitetura em cidades como Fortaleza e Recife), Aparecida não perdia tempo, lançava mão do telefone e programava mais uma pulada de cerca com o reverendo, tipo cinquentão, pele branca, olhos azuis e de estatura mediana. Sim, ele media cerca de um metro e setenta e talvez pesasse uns oitenta quilos. Na avaliação dos fiéis, era um santo homem. Creio que padre Fábio esteja bastante arrependido do seu comportamento arrebatado.

Pouco depois Aparecida se descobriu grávida. Foram nove meses de angústia, aflição, remorso, até que enfim deu à luz. A criança nasceu saudável, um menino branco e de olhos azuis. Os dois últimos detalhes significaram uma bomba no casamento de Aparecida e Cornélio, tendo em vista que ambos são afrodescendentes, baianos de Itabuna. Não foi necessário muito interrogatório por parte do esposo para que Maria Aparecida do Rosário confessasse que o menino era filho do padre Fábio Pinto Rosa. Cornélio Guimarães ficou possesso, foi tomar satisfações junto ao sacerdote quando este se encontrava em plena missa. Colérico, o marido enganado invadiu o altar e quebrou alguns dentes de Pinto Rosa com um soco. Não bastasse, deixou os testículos do presbítero em desgraça ao aplicar-lhe um chute no papo do galo.

Por meio da força, cinco fiéis conseguiram dominar Cornélio, que foi preso naquela mesma noite. O arquiteto acionou um advogado, pagou fiança e deixou a delegacia na manhã seguinte. Depressa a Santa Igreja extraiu o padre Fábio Pinto Rosa de Mossoró, onde não mais foi visto. Além da questão dos dentes, surgiram rumores de que o eclesiástico perdera também a batina. Menos de um ano após a separação, o casal se reconciliou e a criança hoje é considerada uma bênção na vida de Cornélio e Aparecida. Portanto, Aparecida se entendeu com Cornélio e com o Todo-Poderoso, largou o seu hábito de pular cerca e desconhece o paradeiro do ex-amante.

Aos quarenta e dois anos de idade à época, pedreiro de mão cheia e com diagnóstico de bipolaridade, Adalberto Messias Benedito Cordeiro morava no bairro Boa Vista, mais precisamente à Rua Silva Jardim, nº 613. Há dois anos ele flagrou Margareth Junqueira, sua esposa de trinta e oito anos, na cama com Francisca Cordeiro, de vinte e sete anos de idade, única irmã de Adalberto. O pedreiro ficou ensandecido com aquela cena: Margareth e Francisca nuazinhas entregues às labaredas do sexo oral em um clássico meia-nove. Iracundo e de posse de uma de suas ferramentas de trabalho, um rústico pé de cabra com aproximadamente sessenta centímetros, o pedreiro perdeu o controle por completo e massacrou as duas mulheres sem a menor piedade. Os golpes foram desferidos, principalmente, contra a cabeça das vítimas, de modo que partes dos cérebros ficaram expostas no quarto em meio a poças de sangue.

Após seu ato tresloucado, Adalberto não abandonou a cena do crime. Foi preso, julgado e recebeu uma pena de cinquenta e cinco anos de reclusão na Penitenciária Agrícola Mário Negócio. Mas Adalberto não cumpriria a pena. Com menos de um mês, o dia já amanhecendo, ouvi gritos nesta rua. Era a senhora Conceição Cordeiro, mãe de Adalberto, que reside em uma casa diante da minha aqui no Walfredo Gurgel. A idosa acabara de receber a informação de que o filho fora encontrado morto por um colega de cela; enforcou-se com um lençol durante a madrugada.

A terceira ocorrência é muito menos trágica do que cômica. E outra vez o protagonista é um servo do Criador. Trata-se de Clóvis Peixoto de França, pastor de cinquenta e quatro anos da Igreja Milagrosa do Reino de Cristo, templo este situado na Avenida Jerônimo Dix-neuf Rosado, também conhecida como Avenida Leste-Oeste. A história que envolve Clóvis, ocorrida no dia 9 de agosto do ano passado, lance maciçamente difundido pela imprensa escrita, falada e televisionada desta capital brasileira da pirotecnia, configura-se como um típico caso de calote amoroso. É isso! O então pastor (agora não é mais, foi excomungado por sua igreja) saiu em seu Creta azul-turquesa para um motel desta urbe com Isadora Grace, travesti morena de boca carnuda, unhas e batom vermelhos, cujo nome de batismo é Serafim Carvalho Neto, de trinta e quatro anos, cabeleireiro do Salão Cabeça Feita, no bairro Nova Betânia.

Não menos lamentável que o vexame que destruiu a reputação do padre Fábio Pinto Rosa, que foi violentamente devorado pelo pecado da luxúria, a tragédia que se abateu sobre o pastor Clóvis Peixoto de França (esposo da criadora de conteúdo digital Clotilde Nunes Saldanha e pai de duas gêmeas univitelinas, Sara e Marta) estremeceu as bases da comunidade evangélica desta província. Porque a maneira como esse escândalo veio à tona equiparou-se a um abalo sísmico.

Clóvis Peixoto estava no meio da pregação usando paletó, gravata, suado e decerto absorvido pela inspiração celeste, quando o alarme eletrônico de um veículo disparou e o som de vidros sendo estilhaçados pôde ser ouvido por todos dentro do templo. Clóvis não teve condições de seguir com a pregação. Aos poucos, assustadiços, os irmãos de fé começaram a deixar os seus assentos e se encaminharam para a área do amplo estacionamento da Igreja Milagrosa do Reino de Cristo. Nesse momento (incrédulos) os crentes se depararam com Isadora Grace comendo o carro do pastor Clóvis Peixoto na pedrada e com um grande porrete possivelmente de jucá. Todos os vidros do carro estavam detonados, inclusive faróis, sinaleiras e retrovisores.

A lataria também foi atacada. Uma das portas e o capô ficaram com avarias. Quem sabe (raciocinando com meus botões) o porrete fosse de carvalho, fazendo jus ao sobrenome de Isadora, isto é, Serafim Carvalho Neto. Com os membros da igreja atônitos no estacionamento assistindo àquela explosão de fúria, a travesti gritou a plenos pulmões que o pastor Clóvis Peixoto a havia contratado para um programa em um motel há cerca de duas semanas e que o dito-cujo a vinha enrolando desde então, que ele não cumprira o acordo de pagar mil reais para ser varado por Isadora. Naquela noite ele alegou que se esquecera de sacar o dinheiro de sua conta bancária. Ainda assim Clóvis foi devidamente possuído por Isadora, que não contava com o recurso de pix. Ela honrou a sua parte no acerto, o pastor pagou a despesa do motel com um cartão de crédito e deixou o programa no fiado. Dali por diante, segundo Isadora, ele passou a evitá-la, ignorando suas chamadas telefônicas e cobranças através do WhatsApp.

Mais uma vez a nossa valorosa Polícia Militar foi acionada e Isadora e o pastor foram parar na delegacia. O delegado só liberou os dois após o protestante pagar o que devia a Serafim Carvalho. A esposa de Clóvis, morta de vergonha, foi quem se dirigiu a um caixa eletrônico de supermercado para efetuar o saque dos mil reais. Isadora Grace sequer foi obrigada pela autoridade policial a pagar pelos danos causados no veículo do pastor. Boatos dão conta de que Clotilde Apolinário Saldanha não quis saber de conversa, exigiu o divórcio, largou o marido em Mossoró e, em companhia das filhas gêmeas, foi passar uns dias na casa dos pais em sua terra natal, o município de Apodi. Já Clóvis Peixoto de França, dono de três casas lotéricas em Mossoró e região, colocou uma placa de venda em sua residência no condomínio Alphaville e lá permaneceu à espera de um comprador até que a poeira do escândalo baixasse.

É claro que existe um monte de relatos impróprios para consumo interno na boa terra de Santa Luzia, contudo por hoje basta. Da próxima vez, se estas notícias não me renderem nenhuma represália, talvez eu escreva (entre outros) sobre um episódio completamente bizarro. Refiro-me à relação do agricultor Nelson Loyola Gomes com Sansão, um jumentinho de sua propriedade. O sucesso foi denunciado à Polícia Ambiental por Valdomiro Soares da Costa, ex-empregado da Fazenda Macambira, a dez quilômetros da zona urbana de Mossoró. Vale destacar que Valdomiro tinha queixa de Nelson Loyola Gomes porque foi demitido e se sentiu roubado na importância da rescisão trabalhista que recebeu de Loyola. Às ocultas, então, Valdomiro conseguiu filmar com o seu smartphone uma das ocasiões em que Nelson tirou a roupa, colocou-se embaixo do animal e ficou esfregando a bunda nos documentos do jegue.

Zoofilia à parte, devemos admitir que Nelson Loyola, desquitado e com quase sessenta anos, é um homem de coragem. Não é moleza encarar uma pistola desse calibre. O cidadão puxou um dia de cadeia, também recorreu aos serviços de um causídico, e atualmente responde ao processo em liberdade. Raramente sai da fazenda. Tornou-se um tipo recluso após cair nas malhas da Justiça e na língua do povo. Tem consciência de que o seu nome é motivo de chacota em Mossoró. Quanto a Sansão, até onde sei, consta que foi resgatado e adotado por outro fazendeiro.

Olhando bem, findei relatando uma quarta ocorrência, visto que a minha intenção era discorrer a respeito de apenas três casos. Agora deixo a narrativa como está. Não vou passar uma borracha no delito do senhor Loyola. O seu interesse no instrumento sexual do jumentinho Sansão já foi corretamente punido e o latifundiário jurou que nunca mais buscará prazer se aproveitando de nenhum outro tipo de bicho. Exceto se o animal da vez for da raça humana, do sexo oposto ou não.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
sábado - 17/05/2025 - 23:46h

Pensando bem…

“Não é suficiente ter uma boa mente: o principal é usá-la bem.”

René Descartes 

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Categoria(s): Pensando bem...
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sábado - 17/05/2025 - 22:40h
Festival Gastronômico

Nando Reis, Maria Gadu e Geraldo Azevedo serão atrações

Atrações nacionais foram anunciadas (Banner de divulgação)

Atrações nacionais foram anunciadas (Banner de divulgação)

As principais atrações do @festivaldemartins estão definidas: Nando Reis, Maria Gadu e Geraldo Azevedo.

O Festival Gastronômico e Cultural de Martins ocorrerá de 10 a 13 de julho deste ano.

Vamos.

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Categoria(s): Gerais
sábado - 17/05/2025 - 20:24h
Pesquisa Agora RN/Exatus

Paulinho é aprovado por 51%; Fátima e Lula amargam desaprovação

Paulinho é o único bem avaliado; Fátima como governadora e Lula, como presidente, não (Fotomontagem do Agora RN)

Paulinho é o único bem avaliado; Fátima como governadora e Lula, como presidente, não (Fotomontagem do Agora RN)

Pesquisa do Instituto Exatus realizada em Natal a pedido do AGORA RN mediu a avaliação das gestões municipal, estadual e federal entre os eleitores da capital potiguar.

A governadora Fátima Bezerra (PT) enfrenta forte rejeição em Natal: 67,69% desaprovam sua gestão, contra apenas 25,58% de aprovação.

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem aprovação de 38,8% e desaprovação de 53,73%. É um desempenho melhor que o da governadora aliada, mas ainda assim uma perda importante de popularidade do presidente no Estado, onde ele teve mais votos que Jair Bolsonaro (PL) em 2022.

O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União), aparece melhor avaliado: 51,77% aprovam sua gestão, enquanto 30,23% a desaprovam. Esse saldo positivo o coloca como potencial influenciador na disputa de 2026.

O levantamento, publicado neste sábado 17 na edição impressa do AGORA RN, foi realizado entre os dias 13 e 15 de maio, ouvindo 817 eleitores em Natal. A margem de erro é de 3,43 pontos percentuais, para mais ou menos, com intervalo de confiança de 95%.

Leia tambémAllyson Bezerra lidera para governador em Natal

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Categoria(s): Política
  • Repet
sábado - 17/05/2025 - 19:38h
Pesquisa Agora RN/Exatus

Styvenson é líder ao Senado em Natal; Fátima e Zenaide empatam

Styvenson tem folga em relação à governadora Fátima e à senadora Zenaide (Fotomontagem do Agora RN)

Styvenson tem folga em relação à governadora Fátima e à senadora Zenaide (Fotomontagem do Agora RN)

Pesquisa do Instituto Exatus realizada em Natal a pedido do AGORA RN mostra o cenário da disputa para o Senado nas eleições de 2026, faltando mais de um ano para as convenções partidárias.

Nas duas opções de voto, quem lidera é o pré-candidato à reeleição Styvenson Valentim (PSDB), com ampla vantagem. Logo atrás, aparecem a governadora Fátima Bezerra (PT) e a também pré-candidata à reeleição Zenaide Maia (PSD).

Na primeira opção de voto, Styvenson Valentim desponta com 33,9%. Fátima Bezerra tem 14,69%, seguida de Zenaide Maia, com 13,1%. Coronel Hélio (PL) aparece com 4,16%. Além disso, 28,64% responderam que não pretendem votar em “nenhum” e 5,51% não sabem ou não quiseram responder.

Como segunda opção, Styvenson lidera novamente (16,03%), com vantagem sobre Zenaide (10,28%), Fátima (9,06%) e Coronel Hélio (8,2%). Há um elevado índice de indecisos (46,14%). Outros 10,28% não sabem ou não quiseram responder.

Vale registrar que, na eleição para o Senado, a Justiça Eleitoral soma os dois votos para o Senado e são eleitos os dois mais votados nas duas opções. O eleitor não pode votar duas vezes no mesmo candidato.

Gráfico do Exatus

Gráfico do Exatus

O levantamento, publicado neste sábado 17 na edição impressa do AGORA RN, foi realizado entre os dias 13 e 15 de maio, ouvindo 817 eleitores em Natal. A margem de erro é de 3,43 pontos percentuais, para mais ou menos, com intervalo de confiança de 95%.

Leia tambémAllyson Bezerra lidera para governador em Natal

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Categoria(s): Política
sábado - 17/05/2025 - 18:50h
Pesquisa Agora RN/Exatus

Allyson Bezerra lidera para governador em Natal

Allyson, prefeito de Mossoró, tem dianteira numérica em relação ao senador Rogério e ao ex-prefeito local Álvaro (Fotomontagem: Reprodução)

Allyson, prefeito de Mossoró, tem dianteira numérica em relação ao senador Rogério e ao ex-prefeito local Álvaro (Fotomontagem: Reprodução)

Pesquisa do Instituto Exatus realizada em Natal a pedido do jornal e portal natalense Agora RN mostra um cenário embolado na disputa para o Governo do Rio Grande do Norte nas eleições de 2026, faltando mais de um ano para as convenções partidárias.

O levantamento, publicado neste sábado (17) foi realizado entre os dias 13 e 15 de maio, ouvindo 817 eleitores em Natal. A margem de erro é de 3,43 pontos percentuais, para mais ou menos, com intervalo de confiança de 95%.

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), lidera com 18,6% das intenções de voto no cenário estimulado – quando é apresentada uma lista de possíveis candidatos. A liderança é especialmente expressiva, considerando que a pesquisa foi feita apenas em Natal, distante da área de atuação do prefeito de Mossoró.

Allyson, no entanto, é seguido de perto pelo senador Rogério Marinho (PL), com 17,38%, e pelo ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos), com 15,18%. Os três estão tecnicamente empatados, considerando a margem de erro de 3,43 pontos percentuais.

Gráfico do Exatus

Gráfico do Exatus

Pré-candidato com apoio da governadora Fátima Bezerra (PT), o secretário estadual de Fazenda, Cadu Xavier (PT), aparece com 5,88%, enquanto o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB), tem 2,2%. Um número expressivo de eleitores (33,9%) declarou voto em “nenhum”, indicando insatisfação com os nomes apresentados. Outros 6,85% não sabem ou não quiseram responder.

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Categoria(s): Política
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sábado - 17/05/2025 - 17:48h
Descanse em paz

O adeus de Dona Anunciada Maia

Nota de Pesar postada em redes sociais do deputado João Maia (Reprodução do BCS)

Nota de Pesar postada em redes sociais do deputado João Maia (Reprodução do BCS)

Registramos o falecimento neste sábado (17), de Dona Anunciada Maia, 97, mãe do deputado federal João Maia (PP), da senadora Zenaide Maia (PSD) e outros filhos.

Que descanse em paz.

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Categoria(s): Gerais
sábado - 17/05/2025 - 07:30h
Mossoró

Hemocentro precisa de doação urgente para cobrir demanda

Banner de divulgação

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O Hemocentro de Mossoró faz apelo à população para que compareça ao seu centro de coleta e contribua com a doação de sangue. A unidade enfrenta um déficit preocupante nos estoques e precisa com urgência de mais doadores regulares.

Atualmente, o Hemocentro coleta, em média, entre 30 e 40 bolsas de sangue por dia, enquanto a saída gira em torno de 80 a 90 bolsas. Essa disparidade tem obrigado a unidade a solicitar reforços de outras regiões para manter o atendimento às demandas da rede hospitalar da cidade e região.

De acordo com a coordenação do Hemocentro, a meta é atingir diariamente cerca de 80 bolsas de sangue aptas para estabilizar os estoques. No entanto, nem todos os voluntários que comparecem estão aptos a doar, pois há um rigoroso processo de triagem. Por isso, estima-se que sejam necessárias aproximadamente 100 pessoas por dia para garantir esse volume.

Expediente

O atendimento no Hemocentro, que fica localizado ao lado do Hospital Regional Tarcísio Maia, acontece de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, sem intervalo para almoço, e aos sábados das 7h às 17h.

Como fazer para doar?

Apresentar documento de identificação original com foto;
Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam estar acompanhados dos pais ou responsáveis);
Pesar mais de 50 quilos;
Estar bem alimentado e em boas condições de saúde;
Não estar usando medicamentos que interfiram na doação;
Não ter tido hepatite após os 11 anos de idade;
Não ter feito cirurgia recentemente;
Não ter feito tatuagem ou piercing nos últimos 12 meses;
Não ter feito endoscopia nos últimos 6 meses;
Não estar gripado ou com doenças infecciosas;
Não ter se exposto a situações de risco, como sexo desprotegido ou uso de drogas.

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Categoria(s): Gerais / Saúde
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