segunda-feira - 11/02/2013 - 08:23h
Surpreendente

Papa vai renunciar ao pontificado

Do G1

O Papa Bento XVI vai renunciar a seu pontificado em 28 de fevereiro.

Bento XVI anunciou a renúncia pessoalmente, falando em latim, durante o consistório para a canonização de dois mártires.

O Vaticano confirmou a notícia e afirmou que o papado vai ficar vago até que o sucessor seja escolhido.

Em comunicado, Bento XVI afirmou que vai deixar o cargo devido à idade avançada, por “não ter mais forças” para exercer o cargo.

O pontífice afirmou que está “totalmente consciente” da gravidade de seu gesto.

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Categoria(s): Gerais

Comentários

  1. Manoel diz:

    Sera que nossos políticos tinham coragem de renunciar os seus cargos…esse gesto e digno de grandes homens.

  2. CALIBRE 50 diz:

    //asintoniafina.blogspot.com.br/2013/02/a-renuncia-do-papa-e-o-dano-que.html
    Por Eduardo Guimarães
    Pareceu-me contraditório escrever sobre o que não deveria ser objeto de reflexão importante alguma, sobre um não-assunto. Todavia, decidi escrever devido à importância inexplicável que o objeto deste texto está recebendo na mídia e que, assim, torna-o passível de apreciação.
    Chega-me aos olhos a notícia de que o Papa Bento XVI prometeu renunciar. Alguns dirão que é uma benção – perdoe-me o trocadilho, leitor – por seu conservadorismo mais radical e por sua biografia, a qual, justa ou injustamente, flerta até com o nazismo.
    Aliás, por desimportante que seja, alguns cogitam que o “pedido de demissão” papal tem a ver com escândalos financeiros no Vaticano…
    Dou a esse fato (a renúncia) a importância, por exemplo, de renúncia do presidente do Corinthians ou de alguma escola de samba. Ou seja: importância zero, a não ser para os torcedores de times de futebol, de escolas de samba ou de religiões.
    Apesar de ter sido criado na fé católica, de ter feito o estudo fundamental e médio em escolas católicas de São Paulo, de ter sido batizado, de ter feito “primeira comunhão”, de ter me casado e de ter batizado meus filhos no catolicismo, hoje sou um homem de espírito liberto.
    Não que tenha perdido a fé – acredito, sim, em Deus.
    Apenas decidi que não preciso de intermediários para me relacionar com Ele, pois os que se propõem a intermediar a relação dos “rebanhos” com o Criador são tão falíveis quanto eu ou você, como vem ficando sobejamente comprovado em inúmeros escândalos sexuais ou de corrupção que atingem padres, pastores, bispos etc. o tempo todo.
    Na verdade, sou hoje um crítico feroz das “igrejas” e do proselitismo religioso. Isso porque todos os países atolados em fanatismo religioso – cristão, muçulmano ou de que natureza for – são os mais miseráveis do planeta, enquanto que as sociedades laicas são as mais prósperas.
    Nesse aspecto, apesar da picaretagem mais escancarada dos pastores evangélicos, ao menos eles não edulcoram a pobreza como faz a igreja católica, cujo objetivo sempre foi o de fazer os povos se conformar com a carestia com o objetivo nefasto de mantê-los submissos à injustiça social, já que religião, política e dinheiro público sempre andaram de mãos dadas.
    Pior do que isso, a superpopulação e os dramas sociais que encerra são de responsabilidade exclusiva das religiões. Se não me engano, foi esse Papa que sai que recomendou aos rebanhos católicos que não usassem camisinha, no âmbito do dogma cretino que prega que sexo só serve para procriar.
    O massacre de homossexuais em cada quadrante da Terra, aliás, é fortemente estimulado pelas religiões mais difundidas, ainda que estas, caras-de-pau, neguem. Afinal, a desculpa dos homofóbicos violentos para fazerem o que fazem se baseia, sobretudo, em dogmas religiosos.
    Por fim, nem todo católico, evangélico ou seja lá o que for é canalha, insensível, arrogante, avarento e preconceituoso, mas as piores pessoas que conheci ao longo da vida, em maioria, foram os papa-hóstias – termo que, explico, não vale só para o catolicismo.
    Os piores assassinos e torturadores da ditadura militar saíam das missas diretamente para os porões em que cometiam os crimes mais hediondos contra a humanidade.
    Uma papa-hóstia que mora no andar acima do meu, alguém que vive enfiada na igreja, está sempre reclamando porque minha filha que nasceu com paralisia cerebral usa o corredor do andar durante sessões de fisioterapia que, entre outras, faz em casa todo dia.
    Muitos acreditam em que a religião torna as pessoas melhores. Essa é mais uma entre tantas falácias sociais e filosóficas que se abatem sobre a humanidade e que não encontram respaldo em estudo sério algum.
    Nem a fé, que dispensa religião, torna alguém melhor. Essa teoria de que quem tem crença espiritual é mais humano, mais generoso, é bobagem. Baseia-se em que o indivíduo seria forçado pela fé a ser “bom” por temer ir para o “inferno” quando morrer.
    Então, é claro, não se trata de a pessoa que tem fé ser “melhor”, mas de ser intimidada ou chantageada a sê-lo. Lembro-me muito bem de como saí da minha cerimônia de primeira comunhão, aos dez anos, obrigando-me a não dizer palavrões por medo de “castigo” divino.
    A renúncia do Papa, então, não é boa ou ruim. É um fato que só interessa aos torcedores de uma religião. Para a humanidade, porém, bom mesmo seria se aprendesse a se portar como tal por ser o certo e não por medo de um “inferno” que, aliás, fica aqui mesmo, na Terra.

  3. CALIBRE 50 diz:

    //www.viomundo.com.br/politica/boff-tratava-com-luvas-de-pelica-os-bispos-conservadores-e-dureza-os-teologos-da-libertacao.html
    Política
    Boff: “Tratava com luvas de pelica os bispos conservadores e dureza os teólogos da libertação”
    publicado em 12 de fevereiro de 2013
    Para Leonardo Boff, ambiguidades marcam a história de Ratzinger.
    Pedro Peduzzi
    Repórter da Agência Brasil
    Brasília – Apesar de serem a mesma pessoa, Joseph Ratzinger e o papa Bento XVI eram duas personalidades diferentes. A opinião é do teólogo e professor universitário Leonardo Boff, um dos poucos brasileiros que conviveram com o líder católico que anunciou hoje (11) o fim de seu pontificado. Ex-integrante da ordem franciscana e um dos expoentes da Teologia da Libertação no Brasil, Leonardo Boff falou à Agência Brasil sobre o papa Bento XVI “de função ambígua e polêmica” e de atitudes rígidas.
    “Uma coisa é o Ratzinger professor e acadêmico, que era extremamente gentil e inteligente, além de amigo dos estudantes. Dava metade do salário aos estudantes latinos e da África. Outra coisa é o Bento XVI, que exerce função autoritária e centralizadora, sem misericórdia com homossexuais e [adeptos da] camisinha”, disse Boff.
    O teólogo define Ratzinger da fase pré-papal como um pastor e professor extremamente erudito e de fácil acesso. “Era pessoa simples que, ao se tornar cardeal, mudou de comportamento e passou a assumir posições duras. Tratava com luvas de pelica os bispos conservadores e com dureza teólogos da libertação que seguiam os pobres”.
    Segundo Boff, dois aspectos caracterizaram o Ratzinger da fase posterior. “Primeiro, o confronto com a modernidade, no encontro com as culturas e com outras religiões. Tinha a compreensão de que a Igreja Católica era o único porta-voz da verdade, e a única capaz de dar rumo a toda humanidade. Por isso, teve dificuldades com muçulmanos e judeus”.
    O segundo aspecto tem origem à época em que era cardeal. “Ele pedia aos bispos que impedissem que padres pedófilos fossem levados aos tribunais civis. Na medida em que a imprensa mostrou que havia não apenas padres, mas também bispos e cardeais suspeitos dessa prática, o Vaticano teve de aceitar a realidade. Ratzinger carrega essa marca de, quando cardeal, ter sido cúmplice desses crimes”, declarou Boff.
    Na avaliação do ex-franciscano, outro ponto fraco da atuação de Bento XVI como maior líder da Igreja Católica foi o de levar um papado tradicional, voltado para dentro da Europa. Na opinião de Boff, o papa construiu “uma igreja baluarte: fortaleza cercada de inimigos por todos os lados” e dos quais tinha de se defender.
    “Acho que o projeto dele era uma reforma da Igreja ao estilo do passado, voltada para dentro e tendo como objetivo político a reevangelização da Europa. Nós, fora de lá, consideramos esse projeto como ineficaz e como opção pelos ricos. Projeto equivocado”, argumentou. “Não é um papa que deixará marcas na história”.
    Boff disse não ter recebido com surpresa a notícia de que o papa Bento deixará o posto, e que já sabia que ele vinha tendo problemas de saúde que o comprometiam física e psicologicamente para exercer o ofício.
    “Recebo com naturalidade essa notícia. Essa decisão segue sua natureza objetiva. Não é praxe um papa renunciar. Ele desmistificou a figura do papas, que geralmente ficam [no cargo] até morrer. Provavelmente por entender o papado como um serviço. Essa atitude merece toda admiração e respeito. Esperamos, agora, que até a Páscoa, em meados de março, elejam um novo papa. De preferência um papa mais aberto. Até porque 52% dos católicos vivem no terceiro mundo e não mais na Europa”, completou.
    Edição: José Romildo

  4. CALIBRE 50 diz:

    A Igreja e a reinvenção do Ocidente
    Mauro Santayana
    Ao surpreender o mundo – menos alguns íntimos de sua fadiga – com a renúncia ao papado, Bento 16 revela a grande crise por que passa a Igreja Católica. Quando Gregório XII renunciou, em 1415, seu gesto unificou a instituição, então dividida sob três pontífices desde 1378. Ângelo Correr percebeu, com acuidade, que ele serviria melhor à sua própria posteridade ao servir à unidade da Igreja, e abandonar o trono papal.
    Ele não era O Papa, mas a terceira parte de um poder que, dividido, enfraquecia-se cada vez mais diante do mundo e, o que é pior, diante da História. Os dois anos de vida que lhe sobraram – morreu em 1417 – lhe devem ter assegurado esse consolo. Ele tinha 90 anos ao renunciar – uma idade difícil de atingir naquela véspera do Renascimento – mas deu a seu gesto o claro caráter político, ao negociá-lo com o adversário mais forte, e influir na escolha – unânime, do sucessor, Martinho V – da poderosa família Colonna. Não alegou cansaço, mas, sim, responsabilidade política.
    Mais longa do que o Grande Cisma dos séculos 14 e 15, que durou quase 40 anos, é a já duradoura crise do Ocidente, de que a Igreja foi fiadora e principal organização política, desde Constantino e Ambrósio. Depois da morte de ambos, a Igreja se proclamou herdeira do Império Romano, com base em um documento apócrifo, a Constitutum Constantini, segundo o qual Constantino legava ao papa Silvestre I – e, assim, à Igreja – todo o poder político e todos os bens do Império. O documento, forjado no século 8, foi desmascarado por Lourenço Valla, no século 15.
    Um dos mais destacados latinistas e gramáticos da História, Valla provou que o latim usado para redigir o documento não existia no século 4. A inteligência lógica de Ambrósio arquitetou a construção política da Igreja, conduzida na sábia combinação entre a concentração da autoridade espiritual no Vaticano, exercida mediante os bispos, e a distribuição do poder temporal entre os reis e os senhores feudais, sem esquecer o domínio direto sobre os estados pontifícios, que garantiam a incolumidade dos papas.
    Dessa forma foi possível, em esforço de séculos, domar a anarquia, conter e assimilar os bárbaros e dar estrutura política e social à Idade Média, com a consolidação da injustiça de sempre contra os pobres e os pensadores que os defendiam, quase sempre levados às inquisições e à fogueira, como ocorreu a Giordano Bruno, no auge do Renascimento, em 1600.
    Ambrósio, nobre burocrata do Império, que pagão até ser eleito bispo de Milão, não agiu como teólogo, que não era, mas, sim, como um dos mais hábeis estrategistas políticos da História. Coube-lhe salvar os pontos basilares da idéia do Ocidente.
    A Igreja sempre fez alianças com o poder temporal, algumas piores do que as outras, a fim de evitar a prevalência do verdadeiro Cristianismo sobre seus interesses políticos no mundo. É assim que o Vaticano de nossos dias – depois de tolerância criminosa com Hitler, sob Pio XII – mantém o acordo firmado entre Reagan e Wojtyla, há mais de trinta anos, com o objetivo, atingido, de destruir a União Soviética e combater o socialismo. É preciso lembrar que, para o êxito da conspiração, contribuíram o traidor Gobartchev, hoje garoto propaganda dos artigos de luxo da Louis Vuitton, e as operações do Banco Ambrosiano (valha a coincidência), para financiar o Solidarinost, o sindicato de direita da Polônia, liderado por Lech Walesa.
    Mesmo que não a desejasse, Ratzinger seria compelido à renúncia, pelos mais eminentes membros da Cúria Romana, que se preocupam com a sanidade mental do Pontífice, cujo engajamento com os setores mais conservadores da Igreja tem comprometido o seu arbítrio. Acrescente-se o movimento, subterrâneo, mas vigoroso, da Igreja Latina – e mais perceptível no episcopado italiano – de encerrar o período de papas menos universais e empenhados em sua razão nacionalista, como o polonês e o alemão. Isso não significa que o clero italiano recupere a Santa Sé, mas anuncia uma campanha intensa durante o conclave em favor de um candidato com as chances de Ângelo Scola, atual arcebispo de Milão, e advogado de diálogo franco e aberto com o Islã.
    Em seu pronunciamento de renúncia, o Papa associou seu gesto à crise do pensamento ocidental, no tempo de alucinantes mudanças: “… no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado”.
    Como anotou Gregório de Tours, no enigmático século 6, o mundo de vez em quando envelhece, encasulado na dúvida, e reclama a metamorfose. A Igreja Cristã (não só a Católica) e o Ocidente, xifópagos há 16 séculos, necessitam reinventar-se. Talvez a astúcia hoje dependa de pensadores abertos, como o arcebispo de Milão, sucessor de Ambrósio no episcopado. Talvez seja o tempo de se convocar não um Concílio da Igreja Católica, mas de organizar-se Concílio Ecumênico Universal, para salvar a idéia de um Deus comum, reunindo todas as crenças em nome da vida e da paz entre os homens de boa vontade.

  5. Inácio Augusto de Almeida diz:

    O problema é econômico.
    A crise econômica mundial chegou ao Vaticano.
    Agora é saber se algum Cardeal vai topar pegar a batata quente.
    O fluxo de entrada de dinheiro caiu muito e as despesas não param de crescer, com compra de aviões modernos para o Papa realizar duas ou três viagens por ano, viagens que poderiam ser realizadas nos aviões presidenciais dos países que visitar, além de outros gastos totalmente desnecessários, como a guarda papal.
    A queda na arrecadação pode ser observada até mesmo nas pequenas paróquias, onde as festas das padroeiras já não conseguem motivar os fieis a fazerem doações generosas. Até mesmo o cordão vermelho e encarnado acabou-se. A escolha da rainha da festa, onde as candidatas eram as feias filhas dos “coronés” e os votos eram os reais colocados dentro dos envelopes não acontecem mais.
    As festas das padroeiras, que eram a galinha dos ovos de ouro das paróquias, saíram de moda.
    O mundo mudou e a igreja católica ficou parada, repetindo hábitos do século XIX.
    A esperança é que o novo Papa tenha mais visão empresarial.

  6. Gilmar Silva diz:

    Tenho consciência histórica – perdoar os inquisidores foi – (e ainda o é) simplesmente uma tremenda impassibilidade para com o sofrimento extremo de vítimas inocentes – Jeanne d’Arc foi queimada VIVA, condenada por HERESIA. Depois, para mascarar a crueldade e manter a fé dos idiotas, foi beatificada pela própria igreja que a condenou, autenticando, dessa forma, a advertência do GRANDE NAZARENO: Ai de vós, HIPÓCRITAS, que matam os inocentes e depois adornam seus sepulcros.

    Galileu quase teve o mesmo trágico destino – teve que abdicar de suas verdades para ser “perdoado” por aqueles “santos” pontífices inspirados por um deus que revelava que a Terra era quadrada.

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