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quinta-feira - 23/09/2021 - 06:18h
Câmara Federal

Possível disputa entre Larissa e Beto angustia ainda mais o rosalbismo

Em 2018, "unidos", grupos negociaram meios para que se evitasse choque; em 2022, é diferente

A possibilidade crescente e iminente de que a ex-deputada estadual e atual vereadora, Larissa Rosado (PSDB), concorra a uma vaga à Câmara Federal (veja AQUI), amplifica mais ainda a dificuldade à reeleição do primo e hoje adversário Beto Rosado (PP). Vão concorrer no mesmo campo político e colégio eleitoral primário de ambos: Mossoró.

Adversários históricos por cerca de 30 anos, os grupos político-familiares de Larissa e de Beto fizeram um arranjo de “união” em 2016, em torno da campanha à Prefeitura de Mossoró da então ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP). O entendimento durou a curta existência da corrida eleitoral daquele ano até o fim do mandato da eleita, em dezembro do ano passado.

Em 2018, Beto contou com apoio satisfatório de Larissa e seu grupo; em 2022, não ((Foto: arquivo)

Em 2018, Beto contou com apoio satisfatório de Larissa e seu grupo; em 2022, não o terá ((Foto: arquivo)

Em 2018, na luta pela reeleição por seu segundo mandato de federal, Beto contou com o recuo da ex-deputada federal e mãe de Larissa, Sandra Rosado (PSDB), na pretensão propagada de candidatura à Câmara Federal (veja AQUI, AQUI, AQUI, AQUIAQUI e AQUI). O temor da época do seu sistema político era o mesmo que paira agora: embate por votos no mesmo espaço e campo geopolítico.

Àquele ano, vereadora, Sandra forçava o rosalbismo a casar a dobradinha Beto-Larissa (federal-estadual). Contudo, de verdade mesmo, a sua desistência (de uma pré-candidatura natimorta, que se diga) só beneficiou Beto Rosado, que se reelegeu, apesar de sub judice até hoje, graças a recurso de operação judicial.

Polarização fratricida

Larissa teve apoio meia-boca de Rosalba e seu esquema. Na apuração dos votos, não passou da segunda suplência em sua coligação. Não foi prioridade, ao contrário do primo, para conseguir vitória nas urnas.

Confirmando-se a candidatura de Larissa, ela e Beto Rosado podem ter uma polarização fratricida em reduzido contingente votante. Possível candidato governista do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade), o presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim (Solidariedade), caminha para ocupar faixa própria e mais ampla no eleitorado, sem maiores obstruções, contando – se assim continuar – com a alta aprovação do governante (veja AQUI).

Allyson e Lawrence marcham em faixa própria e ampla (Foto: Arquivo/26-11-2018))

Allyson e Lawrence marcham em faixa própria e ampla (Foto: Arquivo/26-11-2018))

É pouco provável que Beto e Larissa repitam duelos que o clã Rosado fermentou no passado com candidatos à Câmara Federal de um lado e de outro, criando uma ‘rivalidade’ que fazia bem aos dois lados. Exemplo de 2010, só para ilustrar: o pai de Beto, Betinho Rosado (DEM, á época), teve vitória nas urnas com 109.627 votos no estado, enquanto Sandra Rosado (no PSB) conseguiu o mesmo êxito com 92.746 votos.

Em Mossoró, Betinho empalmou 32.245 votos (28,17%) e teve atrás de si a prima Sandra com 25.072 votos (21,9%). Ou seja, os dois somaram quase 50% dos votos válidos à Câmara Federal, no município.

A ‘Caldeira’

Nas eleições anteriores, em 2006, Betinho tinha totalizado 28.709 votos (25,43%) e Sandra chegou a 19.859 votos (17,59%)  em Mossoró.

Para 2022, sem o rosalbismo ser alimentado pela ‘caldeira’ da Prefeitura Municipal de Mossoró, o comum durante várias eleições, será bastante difícil Beto Rosado ultrapassar a barreira dos 16.241 votos (14,79%) recebidos em 2018 em sua terra natal. O rebaixamento pode se acentuar.

Larissa Rosado, que contabilizou com 17.753 votos (15,08%) a deputado estadual nesse mesmo pleito, é franca atiradora, não tendo muito a perder ao assumir uma missão partidária (PSDB).

O primo Beto e seu grupo, com certeza gostariam de rebobinar a história para contar com ela e Sandra Rosado de lado, mais uma vez. Foram úteis em 2016 e 2018.

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Categoria(s): Política / Reportagem Especial

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Lelo balanço da carruagem é muito provável que algum Rosado se eleja.
    Se Lawrence, presidente da CMM, espera contar com a popularidade do prefeito para se eleger, tire o cavalo da chuva. Este vereador que está presidente da CÂMARA MUNICIPAL DE MOSSORÓ não gosta de TRANSPARÊNCIA. Nem tornar público o que foi feito com o COENTRO comprado na licitação que, em 16/12/2020, custou mais de 143 mil reais ele diz. Não dá a conhecer os nomes de funcionários que, nomeados sem con curso, ganhan salários absurdos.
    Lawrence precisa saber que o eleitor de agora exige transparência.
    Quando em janeiro de 2022 os vereadores passarem a receber o aumento de 33,33% e os funcionários municipais ganharem um pirulito…
    Quando em 2022 o IPTU sofrer um aumento brutal…
    Pensar que com promessas não cumpridas o prefeito consegue eleger até poste com lâmpada apagada é viver no mundo da propaganda enganosa.
    A votação em Mossoró será a mais diluída de toda a história política desta cidade. Sinal de um eleitorado livre e esclarecido.
    Foi-se o tempo de eleitor votar em quem prefeito manda ou em quem tem nome tradicional.
    As urnas mostrarão a verdade
    .

  2. Carlos diz:

    Duas candidaturas nati-mortas.

  3. Francisco Justino da Costa diz:

    Se Mossoró reconhecer os seus filhos como aconteceu no passado, pode eleger os dois. Mossoró já teve 3 deputados federais oriundos de Mossoró ou estou errado. Mossoró precisa dar um basta nesses aventureiros que chegam a Mossoró e já se intitulam de salvador da pátria. Mossoró também já teve quatro deputados estaduais numa legislatura só, estou enganado? Alguém poderia nominar os quatros deputados?

  4. “NETINHO MAGNATA” diz:

    Faço de suas palavras, minhas!

    SR. Francisco Justino.

  5. Raniele Costa diz:

    Caro Francisco Justino !
    Só os votos dos Mossoroenses não elege os candidatos ditos da terra, portanto os Mossoroenses também pedem votos nos outros municípios , e se eles não votarem os nossos candidatos não se reelege, os deputados são livres pra pedirem votos em todos municípios do Estado portanto essa é uma bobagem de dizer que os Mossoroenses têm que votar nos candidatos aqui nascidos.

  6. Rocha Neto diz:

    Larissa tem que torcer pros coordenadores da campanha de Beto em 2022, serem os mesmos da campanha de Rosalba em 2020. Só isso será uma grande ajuda p a vereadora ser deputada.

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