segunda-feira - 08/06/2009 - 20:52h

Prefeitura diz que faz sua parte para manter UTI Neonatal – II

No que diz respeito às auditorias realizadas na Uti Neonatal (continuação da postagem mais abaixo), a gerente da Saúde da Prefeitura de Mossoró, Jaqueline Amaral, adiantou as providências tomadas.

Na entrevista coletiva de hoje pela manhã, ela disse que foram feitas duas fiscalizações, sendo uma a nível municipal e outra por parte do Governo do Estado.

Segundo ela, o resultado da auditoria municipal foi de apresentação da estrutura com restrições, mas o laudo feito por profissionais da área da saúde do Estado não aprovou a UTI. Foi solicitadauma série de adequações estruturais e de equipamentos.

Também ficou claro que estariam à disposição quando as adequações fossem feitas. "Esse pedido de uma nova auditoria nunca foi solicitada por eles (APAMIM-Associação de Proteção e Apoio à Maternidade e Infância)", afirma o secretário da Cidadania, Francisco Carlos. 

O secretário informa que todos os procedimentos foram realizados, dentro daquilo que era papel da prefeitura. 

A auditoria realizada pelo município apresentou laudo em 13 de outubro do ano passado. "Nossa auditoria emitiu parecer favorável, com restrições. Em 18 de dezembro do ano passado, a comissão bipartite notificou a Apamim sobre a necessidade de uma nova fiscalização estadual e o laudo saiu em março deste ano. O parecer foi contrário devido às desconformidades encontradas. A comissão bipartite nos informou que manteve contato com o hospital, que até agora não respondeu", afirmou. 

O chamado de coletiva com a imprensa foi feito depois que a diretoria da Apamim atribuiu o fechamento da Uti Neonatal à Prefeitura de Mossoró.

Para a gerente executiva da Saúde, a Apamim não poderia afirmar que a Prefeitura foi omissa ou ser responsabilizada pela suspensão dos atendimentos. "Isso não é verdade. Repassamos 137 mil além da tabela do Sus, de recursos próprios. Não é justo e nem verdadeiro dizer que o serviço vai parar porque a Prefeitura não ajudou".

O secretário disse que o repasse de R$ 300 mil do Governo do Estado só chegou à Apamim porque a Prefeitura de Mossoró foi intermediária, já que a Apamim tinha pendências com o Estado e não poderia receber recursos conveniados.

"Eles poderiam ter pedido um prazo para adequar os serviços e chamados nova auditoria. Agora anunciam que a Uti vai fechar. Não se pode parar esse serviço na hora que quiser, ainda mais quando se tem dinheiro público investido", assinalou Francisco Carlos. 

UTI é um caos

De acordo com o laudo emitido pela comissão bipartite, alguns elementos essenciais ao funcionamento da Uti neonatal não estavam em conformidades com as exigências estabelecidas, entre eles estão:

– setores de centro clínico e central de material de estererilização sem supervisão de enfermeiros;

– Comissão de controle de infecção hospitalar constituída sem estar atuante;

– Inexistência de educação continuada para profissionais de enfermagem, pessoal de limpeza e de processamento de roupas.  

Além disso, foram detectadas falhas na estrutura física:

– Centro cirúrgico, centro obstétrico, central de material de esterilização, Unidade de Processamento de Roupas, abrigo de resíduos, Unidade de Terapia Intensiva e Setor de Nutrição estão em desacordo com a legislação vigente;

– Revestimento das paredes com falta de azulejos, com salitre, presença de cimento e tijolo aparente, focos de cupim no teto, infiltrações, gesso quebrado e piso danificado.  

A auditoria também constatou que os banheiros não estavam adaptados para portadores de necessidades especiais, algumas portas e janelas danificadas, exaustores quebrados na área de esterilização.  

Na parte de equipamentos, a auditoria percebeu alguns outros problemas graves:

– Instrumentos cirúrgicos apresentavam pontos de oxidação, higienização deficiente e outros desgastados sem condições de uso;

– Bomba de infusão e respirador danificados na UTI adulto;

– Mobiliários com pontos de oxidação; colchões e cortinas danificados; foco cirúrgico com lâmpada queimada.   

Ainda foi constatada ausência de desfibrilador no centro cirúrgico, centro obstétrico e Uti Neonatal;

– Aausência de equipamentos de urgência e emergência nos postos de enfermagem da Apamim.

A fiscalização também percebeu número insuficiente de respirador, monitor cardíaco, eletrocardiógrafo e marcapasso cardíaco externo, mesa de cabeceira, suporte de suro, escada de dois degraus, tensiômetro, biombo, cadeira para acompanhante, armários e cama fowler.   

O  secretário Francisco Carlos deve ficar na alçada do Ministério Público.

Para tanto, diz que o MP já convocou as partes envolvidas para uma reunião no próximo dia 26. "Acreditamos que o Ministério Público se posicionará contra o fechamento da Uti", finalizou.

* Com informações da Gerência de Comunicação da Prefeitura de Mossoró.

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Categoria(s): Gilson Cardoso

Comentários

  1. Flavio Roberto diz:

    Não entendo, por que, a gestão Munipal vem a publico explicar, a crise da UTI-neo natal, se na verdade, a responsabilidade não é da APAMIM e sim da Municipalidade, conforme a propria constituição reza. antes de explicar, ou tentar, colocar mais lenha na fogueira, deveria apresentar um projeto de construção de um hospital publico, materno Infantil. ai sim seria uma atitude de quem prioriza a Criança e o Adolescente. mais esqueço as vezes que a prioridade é o Marketing, no governo deles.

  2. alcides diz:

    Se a uti da apamim não está dentro dos parametros exigidos pelo sus. Porque a Prefeitura Municipal de MOSSORÓ ( e não dos smurfs) não constroi logo um hospital municipal e acaba com essa lenga lenga. Mas como só se aaadddoooorrraaa gastar com farras, orgias e o escambau…vão gastar um valor com o Mossoró Cidade Junina que daria para dar um grande avanço ou concluir o Hospital do Cancer de Mossoró. Quem sabe essa terra um dia cumpra com seu papel e os eleitores elejam alguem realmente comprometido com a causa pública e não a privada(mas não é a privada sanitária).

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