segunda-feira - 12/03/2012 - 17:00h
Mossoró 'dinâmica'

PT decidirá domingo seu destino; os Rosado ‘torcem’

O próximo domingo (18) será decisivo para as eleições municipais deste ano em Mossoró. O Partido dos Trabalhadores (PT) vai decidir se lança candidatura própria a prefeito, ou não.

A postulação do professor-reitor da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), Josivan Barbosa, vai ser posta à prova em votação interna dos militantes e tendências que compõem o partido em Mossoró.

A decisão a ser tomada também influirá na tomada de posição dos principais grupos que fazem a política de Mossoró, compostos de membros da família Rosado.

No DEM, que está na prefeitura desde 1997, a torcida e ‘trabalho’ é para que Josivan seja candidato. A avaliação dos líderes do partido, é que as postulação dele não causa qualquer baixa no candidato que o governismo venha a lançar, mas tira algumas intenções de voto do PSB, que tem a deputada estadual Larissa Rosado como pré-candidata.

O PSB de Larissa torce e trabalha para que o PT some fileiras com Larissa, como ocorreu em 2008.

Essa situação revela como a política é realmente “dinâmica”.

 

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Junior diz:

    A situação do PT de Mossoró é essa: “Se correr o bicho pega. Se ficar o bicho come.” Como acho que Rosado do A e Rosado do B = oligarquia/atraso acho que o PT não tem nenhuma responsabilidade com nenhum lado dessa mesma moeda. O PT foi criado negando as oligarquias. (Alves, Maia, Rosado….). Sei não, mas acho que no dia das eleições vou procurar uma coisa mais interessante para fazer do quer ir para uma fila de secção.
    Junior

  2. FERNANDO fF diz:

    Tô com vantade de dá uma olhada nessa diputa interna do PT.Gosto de circo, e com muitos palhços é melhor.Vem muitos de Natal, todos querendo aparecer pro povo e pra seus futuros patrões.Tem um tal de Olavo, palhaço novo na vida politica,deve ser o tipo palhaço picareta.

  3. CALIBRE 50 diz:

    Um traidor é um traidor e não há desculpas para um traidor. Um traidor não tem caráter, ideologia, sensibilidade, religião, amor, decência. Há sinônimo para traidor? Um traidor é um traidor. Redundantemente traidor. É alguém que leva à morte e à tortura muitas pessoas que nele confiavam e que não deve ser morto, executado, assassinado por ser traidor, porque isso seria um alívio para a sua consciência eternamente pesada. O único castigo para um traidor deve ser a denúncia de que ele é ou foi um traidor.

    O texto acima serve para definir o PT Azul Turquesa de Mossoró,compostos únicamente de traidores,serviçais dos Rosado,pessoas sem nenhum valor ético do ponto de vista político,canalhas da última hora,criaturas que mais se acemelham com os vendilhões do templo que entregaram Jesus a crucificação,mas não se avexem não o dia tá chegando,se por ventura venderem a sigla a família Rosado vão pagar um preço altíssimo,cavalo que se alimenta com resídio alheio acaba morrendo de fome,cuidado negar Josivan é negar a história do PT,não andem na contra mão da história ainda há tempo para limpar o rastro de sujeira deixado por vocês desde o ano passado até agora!E ASSIM CAMINHA A HUMAINIDADE!É SÓ!

  4. NILDO SILVA diz:

    FERNANDO, PALHAÇOS SÃO OS QUE FAZEM PARTE DE UM SISTEMA, ONDE SE QUER LHES DÃO O DIRIEITO DE OPINAR.cOM O PT É DIFERENTE. POR EXEMPLO: EU NÃO ESTOU NO DIA A DIA DO PARTIDO, MAS VOU PODER OPINAR, INDEPENDENTE DE CORRENTE E TUDO O MAIS. SE ESSA DISPUTA FOSSE NO DEM OU OUTRO PARTIDO, NÃO JÁ HAVERIA AS CARTAS MARCADAS? PENSE BEM , ONDE ESTÁ O CIRCO?

  5. Iris Maia diz:

    Bem interessante o texto do Professor Doutor Antonio Jorge Soares, com fundamentos para reflexão.

    “SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO

    Toda gente sabe que o Partido dos Trabalhadores, o PT, nasceu no ABC paulista a partir das lutas sindicais, particularmente dos metalúrgicos. A decisão de criar um partido a partir das lutas operárias naquele contexto foi muito feliz e muito oportuna.
    Feliz porque teve-se a lucidez de conceber que os ganhos obtidos pelos movimentos sindicais eram efêmeros, porquanto corroídos pela alta inflação vigente: somente um partido comprometido com a base operária poderia adotar uma política econômica susceptível de garantir as conquistas históricas alcançadas e efetuar uma efetiva mudança de base em prol da maioria da população brasileira. Além disto, o ato de ter-se decidido criar um partido manifesta e demonstra a imperante vontade, construída e concebida à luz de análise de conjuntura, de que a luta, agora, convertia-se em luta de convenções políticas e não mais na luta armada.
    Oportuna porque a anistia de João Baptista Figueiredo não permitia a criação, naquele momento, de partidos que ostentassem a insígnia de comunista, tais como o PCB e o PC do B. A expectativa era de que, com a abertura política, novos partidos de centro-esquerda fossem criados para pulverização dos votos da oposição e, assim, garantir a eleição dos candidatos da ARENA/PDS. Assiste-se, a partir daí, o surgimento de vários partidos: o PTB é recriado na esperança de agregar a massa de trabalhadores e de sindicalistas; Ulisses Guimarães, Miro Teixeira, Pedro Símon, Miguel Arraes e Franco Montoro buscaram recuperar o PMDB histórico; Brizola e Darcy Ribeiro criam o PDT. Mas, o que não se esperava ocorreu: a criação de um partido com fortes raízes operárias, o PT.
    O PT logo obteve a simpatia e a adesão de um quinhão considerável da intelectualidade brasileira, embora isto não se refletisse nem em votos tampouco na adesão da massa operária do país. Por sua própria origem, o PT, de um lado, no plano do discurso, aprofundava as questões políticas, econômicas e sociais e, por outro lado, exibia a coerência de seu discurso, negando-se a fazer alianças políticas com os partidos de centro-direita. É que a análise de conjuntura apontava que os partidos de centro-direita não estavam comprometidos com a inspiração da implantação, no Brasil, de uma concepção social, econômica e política nos moldes socialista.
    Como fazer aliança com quem concorreu para a implantação de um regime autoritário e sangrento? E mais, como distinguir quem é quem nesta empreitada? De fato, a História permite recordar que, antes do Golpe de 64, os partidos majoritários eram PSD, defensor dos interesses do capitalismo nacional, UDN, defensor dos interesses estrangeiros e multinacionais, PTB, criação e refúgio político de Getúlio Vargas, quando se viu excluído do PSD e da UDN. Com a anistia, a UDN que havia sido transformada em ARENA, convertera-se em PDS; o PSD, em MDB, depois tornara-se PMDB, o qual, não obstante os esforços dos defensores do PMDB histórico, viu uma de suas alas se converter em PSDB. O PDS, por sua vez, quando viu sua sigla desacreditada, tornou-se PFL, PL e, agora, DEM. É que estes estratagemas anagramáticos confundem o imaginário popular, a ponto de converterem-se em elevado número de votos.
    Ora, como se situar, parafraseando Capra, na dança cósmica de siglas, abreviações, ideologias, demagogias e incoerências? A Ética ensina que, na dúvida, é melhor não agir. Eis porque o PT não se sentia inclinado às alianças naquele contexto histórico.
    Contudo, a Direção Nacional já percebia que as alianças com os partidos que defendiam bandeiras comuns às do PT poderia ser examinadas, não obstante as visões sectárias e politicamente estreitas de alguns diretórios estaduais e também de diretórios locais.
    Ora, os objetivos máximos de todo partido político, mesmo que seus dirigentes não o confessem, é chegar ao poder e nele se manter. Mas o contexto eleitoral, no qual acreditaram aqueles que criaram o PT, era desfavorável, de modo as inúmeras tentativas mostravam-se infrutíferas. Restava, então, estender o olhar crítico para além da fronteira que demarcava os partidos de esquerda para tentar vislumbrar se havia algo negociável, pois, a política, já lembrava Brizola, é “arte de engolir sapos”.
    Neste ínterim, as coisas haviam mudado consideravelmente e, diferente daquilo que se pretendia. Com efeito, a derrocada das experiências socialistas abriu espaço privilegiado para o advento do neoliberalismo, segundo o qual as raízes da crise se encontram assentadas no poder excessivo dos sindicatos e no poder exacerbado dos movimentos operários que corroem o acúmulo de capital, mediante reivindicações por maiores salários e por crescente aplicação do Estado em resolver questões sociais, atendendo parte destas reivindicações. A solução deveria, então, ter início, como meta suprema de qualquer governo, com a estabilidade da moeda nacional. O Estado, após isto, deveria ser objeto de austeridade: deveria ser mantido suficientemente forte para destruir a força dos sindicatos e dos movimentos reivindicatórios, para promover a estabilidade monetária e para controlar suas próprias despesas, mas suficientemente fraco para não intervir no mercado. O crescimento, por fim, viria com a estabilidade da moeda e os incentivos econômicos.
    Esta proposta não deixa de exercer influências no âmbito do PT, modificando o teor do discurso e admitindo alianças com partidos de centro-direita, a ponto do PT sair vitorioso nos três últimos pleitos eleitorais para Presidente.
    A política econômica adotada, em face das fortes influências das alianças assumidas, levou o PT à adoção e à legitimação de teses neoliberais, descaracterizando-se, para uns, ou amadurecendo, para outros. Entretanto, se, por um lado, o PT adotou políticas neoliberais, por outro lado, não virou as costas às necessidades básicas do povo brasileiro de ter o direito de comer três vezes ao dia e de ter acesso ao consumo, mesmo ínfimo, numa sociedade capitalista de mercado, fazendo eco às palavras de José Paulo Netto, o qual já chamara a atenção para o fato de que, se alguma mudança pudesse advir, adviria das mãos dos herdeiros do socialismo. .
    Se para efetivar este consumo, foi obrigado, por um lado, a implantar projetos de bolsas, os quais têm angariado críticas e sugestões, por outro lado, criou uma gama considerável de consumidores, a qual aqueceu os comércios locais, não permitindo que, aqui, se sentisse a crise, tal qual sentem a Europa e os Estados Unidos. Com efeito, após o discurso de Lula na ONU, dizendo, dentre outras coisas, que “política econômica é tão séria que não deveria ficar nas mãos de especuladores”, Bush, rebatendo-o, defendeu a tese de que o “mercado é que banca as regras”, vindo seu país, quinze dias mais tarde, mergulhar numa grande recessão.
    Entretanto, tal aqueles gestores públicos, o PT terminou por adotar posturas tecnocratas, passíveis de serem rastreadas pela leitura de um Tocqueville, esqueceu e, consequentemente, se afastou do povo brasileiro. Basta ver que o financiamento barato de projetos de inclusão social esconde a inclusão nos direitos adquiridos, oculta a inclusão da isonomia entre ativos e aposentados, mascara a inclusão de direitos de trabalhadores em face de privilégios de criminosos e familiares, dissimula a inclusão da cidadania da maioria em face da inclusão de minorias (criando melindres onde não havia, a ponto de provocar e alimentar a violência). Em suma, enaltece a inclusão das reivindicações das massas dos trabalhadores, objeto maior da criação do partido.
    Tais posturas tecnocratas, cuja característica maior é desconsiderar os interesses e as reivindicações do povo, desdenhando-o e dele se afastando, vêm alimentado mudanças de concepções e fomentando comportamentos antes condenáveis, adotando-se a tese de Maquiavel de que não importam os meios, mas os fins. Desarticula os movimentos sociais, por cooptação de aguerridos militantes de outrora; abarrota assembléias dos sindicatos com militantes cooptados, no momento de decisões importantes em prol da categoria; esfacela a força dos sindicatos, criando outros para a mesma categoria; faz ouvido de mercador para o clamor do povo, tanto no que concerne à segurança, quanto à manutenção de direitos adquiridos; impõe antipáticas medidas recessivas, sob a égide de discursos demagógicos.
    Não é de estranhar, pois, que, em Mossoró, não obstante a análise de conjuntura aponte para a tese da candidatura própria, abraçada, inclusive, por todas as tendências do PT no enorme evento ocorrido na AABB, um invisível fato novo passe, agora, a fomentar a inclinação por uma candidatura à Vice-Prefeitura. Com efeito, companheiros que, até num passado recente, tinham dado enorme demonstração de coerência e de grande força em prol das bandeiras de luta de um PT autêntico, parecem, agora, como já alertava Pedro Demo, em “Intelectuais e Vivaldinos”, haver trocado as convicções pelas conveniências, tornando consistente a observação do ilustre sociólogo da UnB, de que grande parte da intelectualidade brasileira “tem a consciência no bolso”.
    Esforçam-se “por manter-se sempre jogado no time vencedor” (Demo), ao apoiarem-se em teses frágeis, como a de que Josivan tem pouca vivência no PT, a ponto disto não o autorizar a sair na cabeça, contra a qual poder-se-ia perguntar qual vivência têm os Rosados nos partidos de esquerda, inclusive no PSB? Que consistência política têm os membros desta família de, ao se filiar no PSB, um dos partidos de sustentação nacional da gestão do PT, encontrarem-se no mesmo palanque do DEM e do PSDB no contexto estadual ou municipal? Cadê a coerência destes militantes, tão defendida e tão, aos outros, cobrada?
    Todavia, se isto, de fato, vem ocorrendo, eu gostaria de lançar mão de minha liberdade de expressão e da prerrogativa de companheiro de outrora destas pessoas, de lembrar do texto de Noam Chomsky, “O poder americano e os novos mandarins”, no qual ele acusa os intelectuais estadunidenses de serem co-responsáveis pela violenta e abusiva política externa dos Estados Unidos; que a História, apoiada no senhor que é o tempo, não tem se furtado a condenar aqueles que, na Política, cometeu o sacrilégio de trocar as convicções pelas conveniências e de haverem abandonado aqueles que tanto nelas acreditaram.
    Além disto, a tese da candidatura a vice, diferentemente do que se propaga, coloca o PT no esquecimento e reduz consideravelmente a possibilidade de eleição de vereadores dos candidatos do partido. Uma eventual vitória desta tese aponta para a derrocada geral da história do PT de Mossoró, pois significa que, por maior que seja a força política de um candidato e a viabilidade desta candidatura, o partido não merece mais respaldo, crédito nem apoio da população, uma vez que o nome de Josivan já se acha na boca de grande parte da população, não obstante não ser aceito pelos próprios filiados do partido.
    Entretanto, qualquer que seja o resultado do evento de 18 de março próximo, os defensores da tese da candidatura própria têm demonstrado grande lucidez, pois toda aliança política só pode ser conjecturada à luz de uma análise de conjuntura e não à luz do bel-prazer de quem quer que seja. A análise aponta, hoje, para a tese de candidatura própria, uma vez que se dispõe, agora, de um nome de peso, a ponto, como se pode conceber pelas investidas, de colocar os Rosados em flagrante pavor. Uma eventual vitória desta tese coloca a candidatura de Josivan nas mãos da militância do PT, historicamente aguerrida, mas, hoje, esquecida e desarticulada, abrindo a enorme possibilidade de recuperá-la, exibindo a verdadeira face do PT, pois um partido que tem a militância que o PT tem não deve temer a luta, já que esta, em contextos muito mais desfavoráveis, mostrou sua força e sua voz.
    Todavia, se alguém ainda teme a derrota, devo lembrar o que dissera sabiamente o poeta Crispiniano em um outro contexto, “não se tem nada a se perder, a não ser a campanha”.

    Mossoró (RN), 12 de março de 2012.

    Prof. Dr. Antônio Jorge Soares”

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