• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
quinta-feira - 10/07/2008 - 06:40h

Rosalba quer estrada, mas tropeça nos “detalhes”

A senadora Rosalba Ciarlini (DEM) fez pronunciamento nessa quarta (9) no Senado. Seu foco foi o arquivamento de projeto para construção da "Estrada do Cajueiro", pelo governo do presidente Lula (PT).

Assinalou que a bancada federal do estado vai tentar audiência com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), que a propósito nasceu em Martins (RN), para atestar sua indignação. Ao mesmo tempo, ela criticou a governadora Wilma de Faria (PSB) por não transformar a aliança política com o governo Lula em resultado prático para o Rio Grande do Norte.

Rosalba comentou que a luta pela Estrada do Cajueiro (que ligaria o Vale do Jaguaribe (CE) ao RN (município de Baraúna) "já dura dez anos (…). Lembro-me muito bem ainda, é ainda do primeiro mandato do deputado federal Betinho Rosado (DEM)", afirmou.

Nota do Blog – A senadora está equivocada quanto ao tempo e responsabilidade pela obra. Na verdade, o prélio relativo à Estrada do Cajueiro tem no mínimo uns 40 anos.

Um dos principais baluartes à sua construção foi o falecido ex-deputado federal Vingt Rosado. Betinho deu sequênica.

Mais uma observação é que nesse período, mesmo com toda influência do clã Rosado, além de sua vinculação com o governo federal, nunca o empreendimento foi viabilizado.

Houve dois governos do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em que a obra poderia ter sido detonada e não foi, mesmo com o grupo da senadora sendo ligado a ele.

A culpa é da classe política como um todo e não apenas de Wilma ou Lula. Não existe inocente nesse enredo.

No dia em que a elite política potiguar deixar de priorizar empregos e sinecuras pros seus filhos, irmãos, noras, amantes etc nos órgãos públicos, talvez reste tempo para priorizar o interesse da ralé.

O resto é discurso, pura retórica.

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Comentários

  1. antonio capistrano diz:

    É verdade, a estrada do cajueiro e o trecho da BR 110 que liga Mossoró a Campo Grande, duas obras de fundamental importância para o nosso estado, especialmente para Mossoró, são as provas incontestes da inoperância da nossa classe política. Desde que cheguei aqui (1978) escuto essa conversar, estrada do cajueiro e BR 110, mas elas não saem do discurso dos palanques eleitorais. Sempre os nossos governos foram correligionários dos Presidentes da República. Além da nossa presença no governo federal com vice-presidente da república (Café Filho), ministro de estado (Aluízio Alves) e presidente do congresso nacional (Garibaldi Alves Filho), o Rio Grande do Norte teve época comandando a CNI, com Fernando Bezerra; a CONTAG, com Francisco Urbano; a CGT, com Francisco Pegado e tinha Dom Eugenio Sales como cardeal primaz do Brasil. Uma força política respeitável. Mossoró, interessada direta na construção dessas duas obras, sempre teve deputados federais, alguns estaduais, senadores e governadores, mas parece que o interesse coletivo sempre fica em segundo plano, o que interessa mesmo a essa gente é o mando, é o nepotismo, é se locupletar. Coitado do nosso rico Rio Grande do Norte.

  2. alcides diz:

    Sr. Capistrano, com todo respeito, mas no seu periodo como vice prefeito e deputado estadual fez algum requerimento ou algum movimento em relação a essa tão propagada estrada?? Se sim, torne público, se não, não fique só nessa de dizer que fulano ou sicrano não fez nada.

  3. wender maia diz:

    Apoio alcides em seu comentário,vc foi como um cirurgião em cima do corte…Capistrano está mais como um oportunista em busca de se alto promover…

  4. antonio capistrano diz:

    Fiz, além de muitos pronunciamentos e requerimentos, mesmo sendo líder da oposição ao governo José Agripino, estive pessoalmente com ele cobrando providências com relação a essas duas tão importantes estradas, uma das testemunhas dessa conversa foi o deputado Carlos Augusto Rosado. Zé Agripino e Carlos Augusto argumentaram contra falando da estrada do fogo que liga a BR 304 a Upanema, eu retruquei dizendo que essa solução era um paliativo, não resolvia o problema. Lutei também pelo Plano Diretor da Costa Branca, fui autor da Lei que reconhece o litoral de Tibau a Ponta do Mel como área de especial interesse turístico do estado. Vale salientar que mesmo não pertencendo aos grupos tradicionais fui escolhido pelo Comitê de Imprensa da Assembléia, a época presidido pelo jornalista Eugenio Neto, como o melhor parlamentar de 1994 e o mais atuante da 55º Legislatura. Fui também escolhido pela ASPOL – Associação dos Servidores do Poder Legislativo O Melhor Parlamentar da Legislatura. Todos os cargos que exerci foram resultados de eleição, não sou e nunca fui puxa-saco de nenhuma oligarquia, fiz aliança com elas, dentro de coligações respaldadas pelo meu partido.

  5. Jorge Augusto diz:

    É verdade! quando Capistrano estava nas “alianças respaldadas pelo seu partido” nem tinha este discurso tão radical contra as oligarquias! ahahahahaha! Meu pai disse que foi “camarada” de Capistrano quando o Partidão (PCB) estava na ilegalidade. Quando foi pra formar a Comissão Provisória, na legalização do partido, ele caiu fora! Estamos pensando em votar em Renato Fernandes, meio a contra-gosto, por contra do velho capistra! um abraço!

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