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quarta-feira - 06/10/2021 - 18:22h
Assembleia Legislativa

Secretário do Consórcio Nordeste fica em silêncio em CPI da Covid-19

Comissão respeita posição de Carlos Gabas, porém resolve convocar prefeito de Araraquara-SP

A CPI da Covid da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte teve mais uma reunião nesta quarta-feira (6), quando o secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, compareceu na condição de investigado. O depoente permaneceu em silêncio durante a reunião, onde os deputados membros da comissão também aprovaram a convocação do prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT/SP), para depor como testemunha na CPI.

Gabas é de Araraquara, mesmo município governado pelo petista Edinho Silva (Foto: Antônio Cruz/Câmara/Arquivo)

Gabas é de Araraquara, mesmo município governado pelo petista Edinho Silva (Foto: Antônio Cruz/Câmara/Arquivo)

Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Gestão de Sistemas de Seguridade Social, Gabas é secretário-executivo do Consórcio Nordeste, organização autárquica que reúne os governos estaduais nordestinos. Natural de Araçatuba (SP), ele também foi ministro da Previdência Social nos governos Lula da Silva (PT) e Dilma Roussef (PT).

Carlos Gabas conseguiu na Justiça do Rio Grande do Norte a concessão de um habeas corpus garantindo o direito de permanecer em silêncio, mas o presidente da CPI da Covid na Assembleia, deputado Kelps Lima (Solidariedade), disse que o direito já seria garantido mesmo que não houvesse a decisão da Justiça. Na reunião, quando o depoente se negou a responder a primeira pergunta e disse que não responderia nenhum dos questionamentos, o deputado Kelps Lima consultou os demais deputados sobre a possibilidade de dispensar Carlos Gabas.

“Abuso de autoridade”

“Não queremos dar margem para que seja levantada a hipótese de incorrermos em abuso de autoridade, pois essa CPI tem tido todo o cuidado para que nenhum ato seja anulado. Inclusive, requisito ao advogado do depoente que encaminhe ao Ministério Público as imagens dos supostos atos de desrespeito por parte de membros dessa comissão a depoentes. Se ele está dizendo que houve, que encaminhe, pois os vídeos são públicos. Mas já sabemos que esses atos não existiram”, disse o presidente Kelps Lima.

Gabas (em pé) retira-se da reunião após deixar claro que nada falaria (Foto: Eduardo Maia)

Gabas (em pé) retira-se da reunião após deixar claro que nada falaria (Foto: Eduardo Maia)

Ele teve a sugestão aprovada pelo relator, Francisco do PT, pelos membros Gustavo Carvalho (PSDB), George Soares (PL) e Getúlo Rego (DEM).

Também estiveram presentes os deputados Tomba Farias (PSDB), Subtenente Eliabe (Solidariedade) e Coronel Azevedo (PSC), além dos senadores Styvenson Valentim (Podemos/RN) e Eduardo Girão (Podemos/CE).

Questionamentos

Após a liberação do investigado, os deputados Kelps Lima, Gustavo Carvalho e Tomba Farias expuseram alguns dos questionamentos que seriam feitos ao depoente, enquanto os demais parlamentares deixaram as perguntas à disposição da imprensa para divulgação.

Convocação de prefeito

Edinho Silva é prefeito de Araraquara (Foto: Web)

Edinho Silva é prefeito de Araraquara (Foto: Web)

Ainda na reunião, os parlamentares aprovaram a convocação do prefeito de Araraquara, Edinho Silva, e de outras seis pessoas que tinham ligação com o Consórcio Nordeste. Edinho foi ministro das Comunicações no Governo Dilma Roussef e dirigiu o PT no estado de São Paulo.

A convocação do prefeito, na condição de testemunha, é porque os parlamentares querem informações sobre uma suposta doação realizada pela empresa Hempcare ao município, que é administrado por um amigo de Carlos Gabas, secretário-executivo do Consórcio Nordeste.

A Hempcare foi a empresa que recebeu aproximadamente R$ 48 milhões do Consórcio para a compra de respiradores e não entregou os equipamentos, mas teria fornecido aproximadamente R$ 4,2 milhões em respiradores ao município de Araraquara.

O requerimento para a convocação foi aprovado à unanimidade, mas haverá também uma consulta à Procuradoria do Legislativo para saber da legalidade da convocação de um prefeito para depor à comissão.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. João Claudio diz:

    O HC do Silêncio foi no débito ou no crédito?

  2. Amorim diz:

    Resumindo: tamo fú.
    ET pode vassalo não; só a pau de arara, neste caso vassalo fala.
    Nem boa noite dou.
    Mas que Deus o tenha e o diabo o carreque!

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