É injustificável o que a Prefeitura de Mossoró fez em relação ao reordenamento de denominação de um equipamento público, desomenageando a assistente social e educadora assuense Maria Helena Barbalho, falecida em 2011.
Conheci-a episodicamente. Não fazia parte do seu círculo próximo ou de compadrio.

Educadora Maria Helena Barbalho partiu deixando um legado importante para incontáveis pessoas simples, amigos e familiares (Foto: reprodução)
Fez vida, família e dedicou muitos anos de sua inteligência e esforços à formação educacional e zelo afetivo por mais carentes em Mossoró.
A retirada de seu nome de um equipamento público, para fixação de homenagem anterior, tem explicação com argumento precário.
Na sessão da terça-feira (18), a Câmara de Mossoró aprovou o projeto de Lei 119/2022, que revogou a lei 3.826/2020, que dava o nome de Maria Helena Barbalho à Creche do Proinfância do Bairro Papoco. O novo nome dado ao equipamento foi o de Elineide Carvalho Cunha, que anteriormente era a lembrada e foi desomenageada.
Um pecado não justifica o outro.
Coube ao vereador Lucas das Malhas (MDB) a proposição para mudança. Errou, errou feio. O senhor é muito jovem, tem tempo para reavaliar esse tipo de inclinação. Neto da ex-vereador Maria das Malhas, portanto de ótima extração, mulher de coração boníssimo, com certeza transmitiu gene especial aos seus – incluindo o parlamentar.
A sanção pelo prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) também é um deslize. Repense. Não tens compromisso com o erro, como repetia Kubistchek. Votei em você (o tratamento é esse mesmo), vesti sua camisa, e não me arrependo um milímetro, porque sei exatamente quem és, sua índole, caráter e devoção a Mossoró – também meu amor.
Pronuncio-me por respeito a princípios, visão de mundo e valores humanos que aprendi em décadas com o velho Chico e Dona Maura. E, para eles, nunca trabalhei ou articulei qualquer homenagem em logradouro público. Eternizados estão em mim. Basta.
Se eu fugir a esses primados estarei os envergonhando, mesmo que tenham partido há tantos anos. Não tem um único dia de minha vida que eu não me espelhe em ambos e não tema maltratá-los por minha conduta, ação ou omissão.
Não sou influencer, não tenho milhões de pessoas acompanhando minhas páginas, sou blogueiro nacionalmente ignorado e ‘escritor’ mundialmente desconhecido. Porém, faço questão de manifestar o que penso para manter minha consciência serena.
Para finalizar, deixo nesta postagem um testamento virtual e vontade explícita: quando eu bater as botas, por favor evitem qualquer tipo de homenagem a meu nome em beco sem saída, travessa ou campinho de várzea. Deixem-me em paz. Meus filhos e amigos ser-lhe-ão muito gratos.
É isso.
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