Duas pesquisas, dois resultados díspares ao Senado, números quase que absolutamente conflitantes. Mas, mesmo assim, vários pontos podem ser analisados com boa margem de segurança.
Nessa segunda-feira (22), pela manhã, a Pesquisa TV Cabo Mossoró (TCM)/TS2 e, à noite, a Pesquisa Inter TV Cabugi/Ipec. O que elas dizem? Vamos mostrar que nem tudo é dessintonia. Acompanhe.
Pesquisa TCM/TS2
Na primeira (veja AQUI), Rogério Marinho (PL) passa à frente de Carlos Eduardo Alves (PDT), com ‘placar’ de 21% das intenções de voto contra 16% do contender. São 5 pontos percentuais de maioria.
Observação a ser feita nessa sondagem é que o crescimento por combustão própria de Marinho é ínfimo, tendo saído de 19% em abril (pesquisa do mesmo instituto) para os 21 pontos percentuais agora. Ou seja, apenas 2 pontos percentuais.
Todavia, o que chamou atenção mesmo foi o desabamento de Carlos Eduardo, que despencou de 26% (abril) para 16 pontos percentuais em agosto. Pela ótica do Instituto TS2, não é Rogério Marinho que cresce, mas Carlos Eduardo que atrofia.
Já Rafael Motta (PSB), que não tinha nome colocado em pesquisa em abril, nesse momento é candidato e desponta com 8%. A 41 dias das eleições, ele enxerga um primeiro colocado se arrastando para estar nessa posição, enquanto o outro definha.
Um detalhe: 51% dos entrevistados não tem qualquer preferência ainda de candidatura ao Senado.
Pesquisa Inter TV Cabugi/Ipec
Nessa sondagem (veja AQUI), uma inversão de papeis entre Rogério Marinho e Carlos Eduardo. O candidato do PL surge com 17% (obteve 19% na pesquisa TS2) e o concorrente do PDT ‘volta’ para o primeiro lugar com 27% (teve 16% na pesquisa TS2).
Já Rafael Motta praticamente ‘cola’ em Rogério Marinho empalmando 14% (somou 8% na pesquisa TS2). Indicador de que está no páreo, é competitivo e ameaçador à polarização entre Carlos e Marinho.
Importante se observar, por exemplo, que os principais duelistas não furam a barreira dos 30 pontos percentuais. Mesmo Carlos Eduardo que ganhou de volta o primeiro lugar na pesquisa do Ipec, aparece estacionado num patamar onde sempre esteve: a casa dos 26 pontos percentuais.
Já Rogério Marinho, não arrancou em nenhuma das duas sondagens. Escala esbaforido um paredão à tentativa de subida, mas tendo no encalço Rafael Motta, que enxerga mais pista para uma arrancada.
Um detalhe: 33% dos entrevistados não escolheram candidato ainda.
A disputa ao Senado está longe de estar decidida – não apenas pelo tempo que falta às eleições, mas em face das características dos principais candidatos, os polarizadores, que não possuem confortável capital eleitoral nem apelo popular. Abrem brecha à surpresa, ao ‘azarão’ Rafael Motta.
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Os dois têm motivos de sobra para olharem de forma mais atenta pelo retrovisor. Talvez não encontrem amanhã, quem hoje aparece lá atrás. Se Rafael Motta chegar aos primeiros dias de setembro na segunda posição, o que é bem possível, será difícil contê-lo.
Anote, por favor.
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