domingo - 20/07/2014 - 21:44h
Todos os dias

Amigos, minha devoção

Hoje é Dia do Amigo.

Ontem, também.

Muitos não vejo há tempos; outros são cotidianos.

Há os que vêm e vão.

Amigos, amigos.

Amigos.

Minha devoção.

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Categoria(s): Crônica
quarta-feira - 09/07/2014 - 07:59h
Crônica de uma nova era

Caminhão VW tromba com Gurgel e acorda uma nação inteira

Por Carlos Santos

Gente, vamos trabalhar, produzir. Ano Novo, vida nova. Finalmente começou 2014.

Aquilo ontem, foi como se um caminhão VW tivesse trombado com um utilitário brasileiro da extinta montadora automotiva Gurgel. Vitória da Alemanha foi justa, mas o placar de 7 x 1, não. A gente percebe que poderia ser mais.

Claro que é o tipo de escore improvável. Porém um resultado normal por tudo o que não somos ou deixamos de ser.

Nem o alemão mais otimista ou vidente poderia imaginar tanto. “O imponderável de almeida”, como diria o cronista Nelson Rodrigues, entrou em campo e deu uma forcinha ao melhor.

O blindado frio, disciplinado, técnico e vigoroso como um “punzer” germânico abalroou o mirrado futebol brasileiro, a arrogância de Felipão e a miopia própria de nossa paixão.

Como na música célebre da banda The Doors, “The end” (O fim),  “esse é o fim”. Espero que seja o fim da era dos técnicos fanfarrões, estrelas, autossuficientes e que vendem gato por lebre.

Ao mesmo tempo, que seja a oportunidade para se recomeçar o futebol nativo de onde paramos, quando ele dava certo porque éramos vibrantes, alegres, voltados para o ataque e a cópia de nós mesmos, Brasil multifacetado, miscigenado, “Brasileirinho”.

(THE END, O FIM) …Este é o fim
Meu único amigo. O fim
De nossos planos elaborados, o fim
De tudo que está de pé…

Saibamos reconhecer que não somos os melhores, que futebol é esporte coletivo e não “Samba de uma nota só”.

A tragédia é ponto de partida para fazermos diferente e melhor ou repetirmos pecados. Façamos a escolha coerente.

O futebol “é a metáfora da vida”. Mas no fundo é só um esporte.

Aplaudamos os vencedores. Eles merecem. E como nação, possuem 102 prêmios Nobel, enquanto nós não temos um sequer. Temos muito a aprender com eles.

Claro que o ex-jogador de futebol e dublê de comentarista, Ronaldo Fenômeno, poderia sacar uma de suas célebres frases e justificar: “Não se faz copa com hospitais (ou cultura, acrescento) e sim com estádios”.

E não se faz um campeão sem futebol, Fenômeno. “Entende?” – me auxiliaria o Rei Pelé, com um de seus cacoetes verbais.

“We are the champinos” (Nós somos os campeões), hino dos vitoriosos, dos ingleses da banda “Queen”, não será nosso segundo hino. Fiquemos com o “Pátria amada, Brasil” de corpo, alma, todos os dias, não apenas a cada quatro anos.

Nos sites, portais, jornais impressos, rádios e noticiosos televisivos caberia esta manchete: “Caminhão Volkswagen tromba com Gurgel e acorda uma nação inteira.”

Assim espero.

Vamos ao trabalho.

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Categoria(s): Crônica / Esporte
  • Repet
domingo - 01/06/2014 - 06:02h

Antes que tudo lá fora seja sol

Por Carlos Santos

Você nem percebeu antes: meus olhos fitavam-na há tempos. Ô! Nem lhe conto.

Viam cada detalhe daquele rosto delicado, branquinho, quase encoberto pelo grosso lençol.

Cabelos desdenhados faziam véu sobre sua fronte; uma respiração quase inaudível dava sinal de vida interior. De repente…cílios e pálpebras fazem movimento contínuo e sincronizado, num abrir e fechar lento. Hesitante.

Como “cortinas” que se elevam, eles deixam à mostra o brilho do seu olhar, que espelham o meu. Sob o traçado de lábios sinuosos e semifechados, você sorrir sem jeito. Parece incomodada.

Descubro a luz num quarto que teima em não amanhecer, antes que tudo lá fora seja sol.

Fecham-se as ‘cortinas’ outra vez. Ao que tudo indica, sem direito a “bis”. Mesmo que eu pedisse em silêncio, não seria igual.

Segundos depois, um leve olhar se forma de novo. Agora, mais cauteloso e de viés, como a perscrutar se ainda estou ali à espreita e de modo tão impertinente.

Assumo a felicidade contemplativa, aquela que vê tudo com a alma. Posso até virar estátua de sal, mas não largo a tentação de espiar o que me cativa.

Seu corpo rola para o outro lado num esforço sobre-humano, sem que quase nada saia desse casulo de algodão.

“Huumm!” A preguiça se enrosca na própria manha de menina que quer colo. Só isso.

Em posição fetal, se defende do mundo, do meu olhar e dos meus instintos. Mas não se queixa dos meus braços.

Faz do meu pulso extensão do seu, apertando-o firmemente com a mão presa ao próprio peito.

Está na hora de irmos embora.

– Vamos!

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Categoria(s): Crônica
segunda-feira - 05/05/2014 - 15:48h
Hoje

Bate-papo sobre eleições suplementares na FM 95

O editor deste Blog estará hoje às 18h30 no estúdio principal da Fm 95 de Mossoró.

Convite do jornalista Tárcio Araújo, de seu jornalismo.

Vou falar sobre eleições suplementares de Mossoró, desdobramentos, disputa estadual… enfim, pauta política.

Programa “Jornal 95 Segunda Edição”.

Até lá.

Você pode acompanhar esse bate-papo ao vivo também pela Net, neste endereço AQUI.

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Categoria(s): Comunicação
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domingo - 04/05/2014 - 17:08h
Mossoró

Meu voto na eleição suplementar mossoroense de hoje

Como sempre faço em todas as eleições há quase 20 anos, anuncio meu voto ou meus votos, como cidadão.

Faço-o após encerrado o horário de votação, para que não seja alegado qualquer motivação de “influir” no voto de ninguém.

No pleito suplementar de Mossoró, hoje, meu voto foi dado a Francisco José Júnior (PSD), da Coligação Liderados pelo Povo.

A expectativa é de que qualquer vencedor possa administrar minha cidade com equilíbrio, inteligência, probidade e visão coletiva.

Mossoró para todos os mossoroenses e não apenas de uns poucos.

É isso.

Acompanhe bastidores da política, apuração de votos e outras informações em nosso Twitter AQUI.

 

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Categoria(s): Notas Pessoais
sexta-feira - 21/02/2014 - 12:04h
Crônica

Saudade da Mossoró do passado…

Saudade da Mossoró do passado. Lá, bandido mais perigoso era “Luiz da Véia”. Descia o Alto do Louvor para roubar toca-fitas e apanhava da mulher.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, bandidos presos no final de semana tinham cabeça raspada e eram fotografados usando cuecas de “copinho”, em poses patéticas na primeira página do jornal.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, a droga mais perigosa era maconha. O cara ficava “lombrado”, batia carteira de algum descuidado e na sela pedia “paz e amor” ao delegado.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, os escassos homicídios saíam de mesas de bebedeira, “cornagem” ou algum raro acerto de contas entre inimigos.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, “crime hediondo” foi um homem “comer” sexualmente uma galinha (viva) e ser fotografado com a penosa debaixo do braço, como punição exemplar.

Saudade da Mossoró do passado. Lá o policial Netão fazia operação sozinho e trazia preso – um, dois ou mais malandros – sem algemas, dirigindo seu buggy.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, o delegado Clodoaldo dispersava multidão de meninos que jogava bola na rua, rasgando à faca a pelota usada no “delito”.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, o soldado Catôta mandava meninada escolher: “Pra dentro ou pra fora”. Só não aceitava que ficassem em cima do muro, em jogos oficiais de futebol dos times locais.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, crime sexual mais comum era o doido “César do Fusquinha” comendo qualquer Fusca que encontrasse estacionado, com ‘pirrola’ para fora, deitado sobre o capô.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, a quadrilha mais conhecida era a junina ou os cordões do pastoril, reunindo amigos e famílias em festas.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, menor infrator éramos nós, correndo para furtar pão “d´água” quentinho, do cesto de palha coberto com um pano, na garupa da bicicleta do vendedor ambulante.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, mascarado era do bem e nos encantava na TV preto e branco, com o nome de Zorro ou outro herói vespertino.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, ‘assalto’ era costume próprio do carnaval, com grupos de foliões “invadindo” alegremente casas de amigos que previamente se preparavam à chegada do cortejo.

Quero de volta minha Mossoró do passado. Acuada, intimidada, vilipendiada, furtada, roubada, violentada e com medo de sentar à calçada.

Quero de volta minha Mossoró com a prosa na pracinha, flerte na Festa de Santa Luzia, do futebol na rua, da janela aberta e da mercearia de “Seu Lopim” com seus doces e ‘confeitos’.

Será que é muito querer minha Mossoró de volta? Será que vamos continuar aceitando que ir e vir seja uma aventura, em vez de simples direito?

Saudade da Mossoró do passado.

Não quero muito. Quero de volta a minha Mossoró do passado.

 

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Categoria(s): Crônica
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quarta-feira - 01/01/2014 - 07:50h
Para o Webleitor

Pequena pausa de um novo começo

Caro Webleitor, bom dia.

O editor, revisor, datilógrafo, repórter, digitador, diagramador, às vezes fotógrafo, faz-quase-tudo deste “Nosso Blog”, passará algumas horas sem atualizar esta página.

Mesmo assim, não terá a folga em larga escala que desejaria.

É uma pequena pausa de um novo começo.

Em nosso endereço no Twitter – clique www.twitter.com/bcarlossantos – vamos continuar postando registros diversos, numa linguagem mais coloquial.

Depois esbarro aqui novamente, por compromisso com você, anunciantes e comigo – que me realizo e renovo-me diariamente nessa partilha.

Inté.

Carlos Santos

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Categoria(s): Comunicado do Blog
terça-feira - 31/12/2013 - 21:30h
A Alexandre Azevedo

O triunfo da dignidade no caso da Padaria Mercatto

O incidente na Padaria Mercatto (veja AQUI), envolvendo um desembargador, um empresário, garçom etc. deixa-me renovado de esperança para 2014. Até me emociono.

Reação de um estranho, em defesa de alguém humilde, que nem sabia quem era, nome etc., é algo de uma dignidade sem tamanho. Orgulha a espécie e certamente aos filhos.

O senhor Alexandre Azevedo, que botou voz e corpo em defesa de um semelhante, humilhado pelo desembargador Dilermando Mota, é o tipo do cara que preciso conhecer. Abraçar.

Falo isso com considerável empolgação, porque sei o que é ser acuado e não ter a solidariedade dos amigos/colegas, por medo ou cumplicidade.

É normal o “espírito de corpo”, a defesa dos “seus”, mas enfrentar o arroubo alheio para escudar alguém desconhecido, é digno de honrarias.

Meu caro Alexandre Azevedo, não sabes como estou robustecido na crença na vida, no homem, na Justiça.

Você me entrega assim para 2014.

Muito Obrigado.

Feliz Ano Novo.

Veja AQUI repercussão nacional do caso.

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terça-feira - 24/12/2013 - 07:07h
Hoje

Oportunidade de um Natal não apenas virtual

Caros integrantes dessa confraria virtual, que fazem parte do meu círculo de contatos diários ou ocasionais através desta página, “Nosso Blog”, vou ao básico: Feliz Natal.

Mas reflitamos sobre o sentido da data.

Tentemos aproveitar este espaço cibernético à promoção do bom convívio, o respeito aos que pensam diferente, à elegância no trato interpessoal.

Amém!

P.S – No Natal, por mais que eu tente dissimular, sinto a falta dos que se foram. Mas há aquela esperança e “certeza”, de que não estão distantes.

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Categoria(s): Comunicado do Blog
sábado - 21/12/2013 - 08:22h
Microcrônica

Sob o véu belíssimo de minha cidade

Minha Mossorótima segue envolta em véu belíssimo; flerta com a chuva sem medo do sol, acanhado, que não se arrisca a sair.

Mais tarde, conto tudo pra a lua.

Nem São Paulo nem Londres…

A gente espera o sereno, sem saber o que é garoa; ignoramos as brumas sobre o Big Ben.

Enquanto a chuva não vem, espero minha cidade acordar.

Bom dia!

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quinta-feira - 19/12/2013 - 08:28h
Entrevista na TCM

Interrogações e afirmações num cenário político confuso

“Vivemos um momento de mais interrogações do que afirmações”. Essa frase foi lançada por mim ontem à noite (quarta-feira, 18), ao ser entrevistado pelos jornalistas Carol Ribeiro e Marcelo Benévolo, no programa “Cenário Político” da TV Cabo Mossoró (TCM), Canal 10.

Carol Ribeiro e Marcelo Benévolo no estúdio da TCM, entrevistando o editor desta página, ontem (Cézar Alves)

Foi uma referência à atmosfera de incertezas político-administrativas em Mossoró, na atualidade.

A princípio, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) definiu eleições suplementares para prefeito e vice de Mossoró para o dia 2 de fevereiro do próximo ano. Entretanto, se a prefeita cassada Cláudia Regina (DEM) e seu vice Wellington Filho (PMDB) conseguirem uma liminar (decisão que pode sair hoje, em Brasília, no Tribunal Superior Eleitoral-TSE), retornam provisoriamente aos cargos.

Instado a falar quanto a possíveis candidaturas numa nova eleição, ponderei que o quadro era extremamente confuso. Mesmo assim, apontei que o prefeito provisório Francisco José Júnior (PSD) é o nome mais visível. Porém, depende do próprio comando estadual do partido e outros partidos para ser candidato. Tem que articular apoios e administrar o caos na prefeitura. Muito difícil as duas missões.

Kátia Pinto

“Suas relações com o vice-governador Robinson Faria (PSD) não são boas”, apontei. “Ele pode não ter legenda (…). Não dá para ser candidato avulso, sem partido, como chegamos a ter no período da República Velha (1889-1930)”, argumentei.

O grupo da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tem a secretária estadual da infraestrutura, engenheira Kátia Pinto (DEM), como nome em propulsão para ser lançado.

“A governadora é ainda uma liderança muito forte em Mossoró”, assinalei. “Não pode ser ignorada (…). É uma pessoa que cresce muito numa campanha “, apesar do grande desgaste no Governo do Estado.

“Rosalba é um fenômeno negativo”, destaquei, no âmbito estadual. Não inflou seu partido e sua imagem. Mas em Mossoró, ainda tem o melhor capital político, mesmo que dilapido em parte com a gestão “pífia e chinfrim” como governadora.

O sistema político da deputada estadual Larissa Rosado (PSB) está em compasso de espera. Hoje, dois recursos aglutinados em um serão julgados no TRE. Se conseguir superá-los, vai se habilitar novamente à disputa, após derrota nas urnas no ano passado. Em caso contrário, ficará inelegível.

Seu irmão e vereador Lahyrinho Rosado (PSB) e sua mãe e deputada federal Sandra Rosado (PSB) não devem se apresentar como opções. Busca-se alternativa para uma campanha vapt-vupt,  que deve ser baseada  “em cima de nomes conhecidos e no emocional”.

Cláudia Regina

Noutra vertente, o PT tenta novo rumo e alguns pequenos partidos podem se juntar numa aliança própria. Nada consistente até aqui. Apenas um espectro de hipotéticas alianças.

Sobre a prefeita cassada e afastada, teci o seguinte comentário: “É a pessoa mais preparada e que mais conhecia Mossoró para ser prefeita.” Porém as circunstâncias que testemunhamos a levaram a essa situação. Mesmo assim, tem um peso no tabuleiro político contemporâneo.

Assumiu o governo sabendo que pegaria uma “herança maldita” da antecessora Fafá Rosado (PMDB). Contudo não teve coragem de romper com certos vícios e modelos. Terminou se deparando com problemas maiores do que imaginava.

A crise que só agora setores da imprensa admitem que existe, não é causada pelo o entra-e-sai de prefeito no Palácio da Resistência. Não é resultado de uma instabilidade político-administrativa. “Vem lá de trás”, indiquei.

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Categoria(s): Política
quarta-feira - 18/12/2013 - 14:47h
Hoje

Conversa sobre política no “Cenário Político” da TCM

Hoje atendo convite de Marcelo Benévollo e Carol Ribeiro, que apresentam o programa Cenário Político na TV Cabo Mossoró (TCM), às 18h45.

Oportunidade de bate-papo sobre os mais recentes acontecimentos políticos de peso em Mossoró e no estado.

Possível eleição suplementar em Mossoró e outros temas devem estar em pauta.

Encontro marcado.

Nota do Blog – Você pode acompanhar a entrevista pelo Canal 10 da TCM ou através da Internet, neste endereço AQUI.

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Categoria(s): Comunicação / Política
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sexta-feira - 13/12/2013 - 05:53h
Santa Luzia de Mossoró

Encontro e reencontro com nossa identidade

“Mossoró com alegria… saúda Santa Luzia!”

Chegou o dia de nossa padroeira.

À memória, lembrança do brado de padre Américo Simonetti puxando multidões, numa força catalisadora.

Lembrança da infância: da roupa nova que eu só podia estrear na festa, das novenas, de padre Huberto Bruenning; do algodão doce e parque de diversões…

… Lembrança de Seu Mané e A Mais Bela Voz; do The Pop Som, dos primeiros flertes na “Praça do Cid” e da procissão grandiosa.

Lembrança dos leilões, pescaria e tiro ao alvo… da volta para casa, tranquilo, sem temor de ser molestado pela violência.

Lembrança da fé nos olhos, lacrimejantes, de minha mãe. Do terço envolto em sua mão firme…

Da fé incontida, que levava milhares de nós à romaria, para encontro e reencontro com nossa identidade.

O dia ainda orvalhado não se encontrou com o sol onipresente do meu sertão.

Mas hoje, o astro-rei sabe que vai ser apenas súdito da santinha em minha terra.

Amém!

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Categoria(s): Crônica
domingo - 17/11/2013 - 09:37h

Civilidade que também nos falta no mundo virtual

Por Carlos Santos

O Twitter (rede social formada por microblogs) está cansativo. O fundamentalismo toma conta desse espaço privilegiado.

Picuinhas, arengas, maniqueísmos e sofismas sobram em 144 toques/caracteres – espaço disponível para cada postagem com textos.

Particularmente, tenho reduzido meu tempo, retraído minhas inserções e evitado qualquer altercação no Twitter. Não vale a pena.

Meu endereço (veja AQUI) é lugar para minha “Terapia Desocupacional”.

No Facebook (outra rede social virtual), confesso-lhe que não arrancho há quase 2 meses.

“Uso de casa vai à praça”, dizia minha mãe.

No Facebook, praça virtual, sobra mau costume. No Twitter, chiliques ideológicos, provocações e distúrbios psicossociais.

Mas não sou descrente de tudo. É-me importante grifar, que vejo nesse redemoinho a gênese de alguma ordem futura, nesse admirável mundo novo da Net.

Por aqui (na Web), como no mundo real, devemos imprimir os bons atos da civilidade.

“Ô de casa!”, ouço lá fora. “Ô da rua”, grito daqui. Aí nos aproximamos.

A polidez cabe em qualquer lugar, mesmo em meio à caterva.

Quem não é elegante em casa ou no trabalho, não o será também na Web.

Ponto final.

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sábado - 05/10/2013 - 08:51h
Eike Batista

Êxito pelo avesso expõe mais um falso mito

Eike Batista virou piada mundial e “case” de insucesso. Fortuna de 34 bilhões de US$ sumiu. Hoje, dizem, estaria devedor.

Deixou de ser bom exemplo. Virou um caso típico de êxito pelo avesso: “como não fazer”.

Eike: êxito ao contrário

Esse é mais um alerta para todos nós.

É um típico mito com pés de gelatina, incensado como gênio, que começou riqueza com informação privilegiada no Governo Federal.

Eike caiu, o Império Romano desabou, imagine nós, pobres mortais.

Sigo eu, como “liso estável”, “escritor mundialmente desconhecido” e repórter provinciano, nesta página. Bastam-me.

Não tenho empréstimo consignado, cartão de crédito, carnê da Casas Bahia ou compra parcelada da Riachuelo.

Nenhum agiota bate à minha porta (só oficiais de Justiça, vez por outra).

Meu Camaro Amarelo, que me deixa doce, não é financiado. Está pago.

Nem penso em adquirir muquiço do “Minha casa, minha vida”.

Nunca acreditei em facilidades como “Telexfree” e outras pirâmides que prometem riqueza rápida e sem atropelos. Boto fé nas que estão no Egito, América Central e Peru. Elas são reais há milênios.

Trabalho, muito trabalho, é o caminho para fortuna, que não é objetivo basilar meu.

Toda escalada exige esforço sobre-humano e resignação para grandes perdas.

Tudo tem seu preço. Se podes pagar, pague.

Enfim, sobra-me aquela “paz de criança dormindo”, descrita por Dolores Duran.

Hora de sair por aí com meu físico de canário-belga e canelas de talo de coentro.

Tenho um monte de coisa para não fazer e, vez por outra, ainda arranjar um tempo para me divertir com minha profissão, nesta página.

Inté mais!

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Categoria(s): Crônica / Economia
quinta-feira - 03/10/2013 - 10:53h
Com Lula, Kubitschek ou Rosalba...

A vaia, o aplauso e o grande incêndio

Vaia é uma manifestação legítima. É o “aplauso” dos insatisfeitos.

Kubitschek: a vaia emudecida

Inaceitável é a agressão.

Espontânea ou não, a vaia é legítima. Faz parte.

O maior ícone da vida pública nacional nas últimas décadas, Lula, teve um Maracanã o vaiando em coro. Getúlio Vargas ouviu vaias. Normal.

Rosalba colhe o que tem plantado. Não está acostumada, sente mais.

Como prefeita, nunca enfrentou greve, não teve oposição ou crise alguma. Voou sempre em céu de brigadeiro.

Na gestão estadual, é diferente. Atores e situações são diferentes.

Infelizmente, ela não se preparou para essa relação e convivência diferentes.

O que a governadora encarou ontem em Ceará-mirim, era previsível. Tem convivido com isso até em sua terra, Mossoró.

Em qualquer parte do RN onde bota os pés, tem sido assim.

A vaia é a antítese da claque (com seus aplausos remunerados).

Mesmo assim, tem muitas semelhanças com ela, a claque.

Pode ser espontânea e fabricada ou misto de ambas.

Não deve ser ignorada, que se diga.

Juscelino Kubitschek, certa vez, coberto por vaias em um evento, revidou de modo genial:

– “Feliz do país que pode vaiar seu presidente”.

Emudeceu os manifestantes. Arrancou alguns aplausos, em seguida.

Existe um ditado entre bombeiros, que precisa ser adaptado à política também:

– “Nenhum incêndio começa grande”.

Há tempos que Rosalba arde.

Da mesma forma que a governadora não deve se iludir com suas claques, não pode se enganar com as vaias.

A primeira costuma ser falsa. A segunda, pode ser. As duas sempre dizem alguma coisa.

Nada é por acaso. Vale perceber que tudo faz sentido. É uma relação de causa e efeito.

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Categoria(s): Artigo / Política
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domingo - 08/09/2013 - 03:46h

Fanatismo – a manifestação de força dos fracos

Por Carlos Santos

O fanatismo é a única forma de força de vontade acessível aos fracos“.

(Friedrich Nietzche)

O fanatismo – principalmente religioso e político – só levou a humanidade ao atraso, ao obscurantismo, à segregação e a estupidezes. Fanatismo é uma fortaleza perene no Rio Grande do Norte e demais recantos desse vasto mundo terreno e da alma humana.

Num passeio pela história do homem até nosso tempo, é fácil identificar como o fanatismo freia a evolução da espécie: da ciência à organização social. 

O fanático é um autista. Para ele, há um mundo próprio, com valores ortodoxos.

Seus dogmas, lógico, estão certos e são indiscutíveis. Sempre.

Nessa cegueira, o fanático estabelece o maniqueísmo como bússola, julgando tudo e a todos sob a bifurcação do bem e do mal. O bem, o seu lado. É o que ele defende, muitas vezes sem saber exatamente o que advoga como verdade.

O que seria de nós sem o Iluminismo, a democracia e o ponto de interrogação, em contraponto às trevas, o cesarismo e às maria-vai-com-as-outras?

Reflitamos quanto ao que nos aprisiona.

Na cela insalubre do fanatismo, ninguém pode se sentir ou se imaginar livre. É súdito da limitação.

Vejo duas modalidades de fanáticos: o que se tornou besta-fera por restrição cognitiva e o outro, que age assim para tirar proveito próprio, como um “fanático esclarecido”.

Nos dois casos, uma só vítima: o homem.

De ambos, a mesma conduta deletéria: um, tangido pela ignorância primária; outro, pela esperteza torpe.

Não… não insista. Não adianta discutir com ele.

O fanático é antes de tudo um idiota, o senhor da razão – pensa.

Mantenha-o ocupado; seja indiferente…

Intolerante, o fanático não debate, agride.

O fanático não conversa, ruge.

O fanático não se contrapõe a argumentos, ataca o argumentador.

Quem é o fanático?

É aquele indivíduo que ironizou Cristo na cruz, o SS nazista que cumpriu ordens do III Reich para queimar judeus ou aquele borra-botas que só vê virtudes em seu líder político.

Todos, cada um em seu contexto histórico e circunstância, age como fanático, incapaz de se portar com prudência e racionalidade.

Somos as suas vítimas até hoje.

Esse homem-bomba, como todo homem-bomba, é o primeiro a morrer em seus delírios.

Deixe-o ir só às profundezas de sua pobreza e insanidade.

Sejamos indiferentes…

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domingo - 25/08/2013 - 08:29h

Só Rindo (Folclore Político)

Da papa à merda

Desgostoso com o relacionamento do Governo Municipal com a oposição, o vereador oposicionista José Manassés, nome de referência da localidade rural de Arapuá, em Felipe Guerra, propõe uma reação.

É necessária uma valorização do vereador, prega ele, diante de outros colegas de bancada.

Astuto, procurando evitar dificuldades para seu governo, o prefeito Raimundo Pascoal se apressa em desembarcar em Arapuá no dia seguinte à reunião oposicionista.

No evento público, convidado a falar à comunidade, Manassés tenta mostrar que sabe o que faz. Deixa claro, ao seu modo, que é muito mais ardiloso:

– Pensavam que iam botar papa na minha boca, mas ele botam é merda!

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domingo - 04/08/2013 - 08:51h

A emoção, dividida, com Dominguinhos

Por Carlos Santos

Zapeando canais na TV, ontem, deparei-me com um documentário sobre Dominguinhos, apresentado pela TV Cultura. Era uma reapresentação.

Infelizmente, já o alcancei em trechos finais. Mas nem por isso, sem deixar de me marcar profundamente.

Ao volante de um carro que ele mesmo dirigia (tinha pavor de avião), o artista recém-falecido narrava sua vida, contava seus causos… se emocionava. Emocionou-me.

O que mais mexeu comigo: um amigo, produtor musical, relatou a gravação de “A triste partida” num estúdio em Rio ou São Paulo, não lembro.

Em determinado momento da gravação, houve o que parecia ser uma pane nos equipamentos. Na mesa de som, o operador mexia, outras pessoas presentes ao estúdios se entreolhavam e davam como certa a existência de um problema técnico.

Dominguinhos, que cantava “A triste partida”, com cabeça baixa, testa debruçada sobre seu instrumento, chorava copiosamente. Não conseguia dar sequência à gravação.

Aí, quando todos descobriram o porquê da “falha”, mantiveram o respeito à sua dor de ex-retirante. Firmaram um acordo tácito-emocional, presos ao silêncio.

Aguardaram-no enxugar as lágrimas, se refazer, para só quase dez minutos depois se pronunciar novamente, pronto para seguir em frente.

Estava pronto para completar “A triste partida”. A triste partida de Dominguinhos.

Como não chorar também, heim?

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Categoria(s): Crônica
domingo - 21/07/2013 - 14:02h

Quase pronto para não fazer nada

Por Carlos Santos

Copio o que é comum à cultura italiana, de zelo ao tempo destinado a não fazer nada. Estou agilizando providências para não fazer nada neste domingo de sol tímido e omisso.

O “Dolce far niente” [doçura de não fazer nada] é mal-interpretado por muita gente.

O “Shabath”, para os judeus, é dia sagrado de descanso. Significa “cessar o trabalho”.

Sagrado, veja bem.

Na Bíblia, em Gênesis, está escrito que Deus descansou ao sétimo dia, após a obra da criação. Tornou-o santificado.

Portanto, tenho que me apressar. Tenho um monte de coisa para não fazer ainda hoje.

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terça-feira - 09/07/2013 - 08:05h
Crônica

A ponte

Daqui a poucas horas, um de meus filhos – Carlos Júnior – levanta voo.

Inquieto, tem o ímpeto dos jovens conquistadores. Melhor: sabe exatamente o que quer; traça o próprio destino.

Vai pro Velho Mundo.

Não lhes digo que meu coração apenas pulsa. É diferente. Há aquele aperto, uma contração que parece me fazer sumir um pouco.

Adianto-lhes, entretanto: não tenho medo. Sou todo sentimento. Sinto-me leve, paradoxalmente.

A existência humana é feita de ciclos.

Estamos, eu e ele, vivendo o “ritual da provação”, em que a distância em vez de vácuo – definitivamente será nossa “ponte”. Caminhamos de mãos dadas sobre ela.

Ver a cria partir e, desgarrar-se, é testemunhar que a missão paternal venceu todas as dificuldades e medos.

Agora é com você, meu filho.

Qualquer coisa estou aqui, ao seu lado, na “ponte”.

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Categoria(s): Crônica / Notas Pessoais
sábado - 22/06/2013 - 20:56h
Chegaaaaa!!

Misturados, mesclados, irmanados, juntos na mesma causa

Por Carlos Santos

Gostei de ver crianças, adultos, idosos; polícia e cidadão juntos, misturados, mesclados….

Gente simples, classe média; empresários e empregados no mesmo chão, na mesma praça; sobramos como povo/gente no leito da rua, irmanados na avenida e na praça.

Todos em paz: Chegaaaa!

O “Movimento Chegaaaaa!!!” foi sucesso em sua natureza de protesto pacifista, um fracasso em número – hoje (sábado, 22) – em Mossoró.

Por quê?

Porque a maioria de nós quer tudo de graça. Sem luta.

Mossoroense – com exceções – adora transferir responsabilidades; poucos topam a boa luta e a defesa de propósitos coletivos.

Pessoas pequenas adoram arranjar desculpas menores para grandes causas. Anote, por favor.

Os que se atrevem a transgredir costumam pagar caro pela ousadia.

Mas lhe digo: vale a pena desafiar o imobilismo e defender causas que acreditamos.

Depois, até quem cruzou os braços, calou-se, poderá usufruir dos resultados.

Talvez eu seja um sonhador. Ótimo.

Não me imagino indiferente, omisso e sem fé.

Bom demais poder olhar para trás e exclamar: “dei o meu melhor”.

Claro que não é o suficiente, mas é uma parte maior do que a ofertada pela maioria.

Aí, lá adiante, talvez faça alguma diferença para todos nós.

Chegaaaaa!!!

* Foto de Ebelardo Freitas

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Categoria(s): Crônica
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