sábado - 24/12/2011 - 10:38h
Microcrônica

Um inventário para ser feliz – ou não – no Natal

A atmosfera do Natal deixa muita gente mais suscetível às emoções ou predispostas à hipocrisia.

Para saber se você faz parte da primeira ou da segunda categoria, faça um inventário honesto de como tratou cada ser humano nos últimos meses, de 1º de janeiro até aqui.

Se você abre um sorriso com o sucesso alheio, sente-se bem em desejar “bom-dia”, “boa tarde” e “boa noite”, é um dos nossos.

Caso contrário, guarde seu “Feliz Natal” para o próximo ano.

Quem sabe, até lá, você descubra que o Natal nasce a cada dia e não apenas num dia qualquer de dezembro, o obrigando a ser generoso e fraterno.

Nota do Blog – Feliz Natal.

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Categoria(s): Crônica
quinta-feira - 22/12/2011 - 23:54h
Robson Carvalho

Fotógrafo ganha iPad do Blog do Carlos Santos

Robson receberá prêmio em almoço

Parabéns ao fotógrafo e cinegrafista Robson Carvalho, ganhador da promoção “Carlos Santos, eu quero meu iPad!”

O resultado da promoção foi divulgado em primeira mão à noite de hoje, no programa “Cenário Político” da TV Cabo Mossoró (TCM), sob apresentação dos jornalistas Carol Ribeiro e Julierme Torres.

À indagação “Por que eu leio o Blog do Carlos Santos?”, Robson respondeu assim:

Porque quero saber, além da informação; quero análise com precisão.

Ele recebeu a notícia de que sua frase foi escolhida em pleno trabalho que realizava num colégio da cidade. Algumas pessoas o avisaram do resultado, mas Robson custou a acreditar.

– Homem, que coisa maravilhosa. Eu estava precisando demais de um equipamento como esse – falou Robson ao telefone, quando contactado pelo editor deste Blog.

O equipamento será entregue oficialmente nesta sexta-feira (23), num almoço que o Blog oferecerá ao vencedor e outros convidados.

Nota do Blog – Obrigado outra vez e muitas vezes, ao meu querido webleitor. Você é a razão de tanto sucesso e esse prêmio de Robson Carvalho é em verdade, uma homenagem a todos que compartilham deste espaço.

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Categoria(s): Comunicado do Blog
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quarta-feira - 21/12/2011 - 10:00h
Microcrônica

Natal robótico e virtualmente feliz

A comunicação online está pulverizando mensagens natalinas, via email. Em sua maioria, protocolares. Sem espírito natalino. Robóticas.

Argh!

Sou muito antigo. No meu tempo, as pessoas eram felizes no Natal. Ou infelizes nele.

Hoje, virtualmente felizes.

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Categoria(s): Crônica / Política
segunda-feira - 19/12/2011 - 08:06h
Microcrônica

O Natal dos infantes

Semana do Natal.

Segundo nossa tradição religiosa, um tempo de nascer, renascer.

Eu, confesso: serve-me como período para inventário de minhas perdas.

Mas aprendi a atenuá-las, observando o cintilar de olhos infantes, que fazem do Natal a alegria do viver.

Nelas, as crianças, o Natal existe.

Eu acredito. Assim, também existo um pouco.

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Categoria(s): Crônica
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sexta-feira - 16/12/2011 - 04:34h
Microcrônica

A felicidade transferida

O Facebook tem sido campo fértil para manifestações de desamor, angústias e desalentos.

São desabafos ao mundo virtual, que às vezes parecem agir como uma autoterapia.

Em quase todos os murmúrios, a mesma causa: gente que acredita poder ser feliz transferindo essa aspiração a outro (a).

Uns, buscam a cara-metade; outros, o príncipe encantado. O primeiro é fruto da mitologia grega e o segundo da literatura. Irreais, portanto.

Acho que as duas correntes vão continuar infelizes.

Amor é uma conquista, nunca uma concessão por piedade ou gratidão.

Nos dois casos, procuram fora o que só pode ser encontrado dentro de si, gostando-se primeiro.

Felicidade estimula e atrai.

Masoquismo não é amor. É desamor.

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quinta-feira - 15/12/2011 - 06:49h
Microcrônica

Confissão para fazer direito

Estou em vias de concluir mais um período do meu curso de Direito. Não houvesse sofrido solução de continuidade, ao final do ano passado eu já estaria “formado”.

Não é uma queixa; faço um relato. Vale o final. Princípio e meio são caminhos de aprendizado, do ser em luta contra o não-ser.

Vários amigos ficaram na UnP, num momento em que desembarquei por lá desacreditando na amizade, tocado pela ingratidão e perfídia. Hoje, distante deles, os tenho próximos. São uma benção.

Nos últimos períodos a Faculdade Mater Christi tem sido minha casa. Casa do saber, do conhecer, do reconhecer, de um refazer de história.

Uma chance, novamente, de fazer direito. O certo, o reto.

Nova oportunidade que ganhei para pegar a parte do “destino”, que me cabe, para torná-lo um escrito de próprio punho.

Terreno fértil à tessitura do bem-querer e da amizade. Em cada rosto, gesto e verbo, uma parte do que é-me semelhante e conivente ou discrepante e arredio. É a argamassa do que me faz melhor: as diferenças.

Se precisei parar, lá atrás, é porque de algum modo faltava me situar. Se há destino, ei-lo: estou nele.

Agradeço por isso.

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Categoria(s): Crônica
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quarta-feira - 14/12/2011 - 10:42h
Microcrônica

Eu quero, eu posso!

As pessoas não mudam. Elas melhoram ou pioram. E duas forças agem nessa transformação: uma de ordem interna, outra de influência externa. São fatores endógeno e exógeno.

Há uma essência imutável em cada indivíduo.

Nas duas, há sempre uma faceta de cunho egoísta, às vezes imperceptível. No fundo, alteramos a “rota” parar sermos felizes.

Ninguém melhorar ou piora por determinação alheia e, sim, por influência desta.

Mas a grande transformação deriva mesmo da vontade própria.

Essa é a chave de tudo: o querer. Ele, filho do livre arbítrio.

Seu lema? “Eu quero, eu posso!”

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Categoria(s): Crônica
terça-feira - 13/12/2011 - 10:05h
Microcrônica

O menino que herdou a fé

Cá, em minha terra, os católicos reverenciam sua padroeira: É Santa Luzia.

Mossoró vai às ruas e avenidas revelar seu fervor religioso. Um mar de gente até de outros estados aporta aqui, para pedir-agradecer.

Eu ainda sou o menino do tiro ao alvo, da pescaria e de outros jogos inocentes. Menino encantado com as cores, sabores e emoção da festa.

Sou o menino de roupa nova, sapatos brilhosos, asseado, cabelos finos e escorridos, sobre corpo mirrado, encantado com tudo que era lúdico e inocente.

Sou o menino que herdou a fé como um bem de família. Um homem que fundamentalmente crê!

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sábado - 10/12/2011 - 09:25h
Microcrônica

A descoberta da mortalidade

Quando, precisamente, descobri que eu era mortal?

Fiz-me essa pergunta dia desses, após habitual meditação. A resposta ainda está incompleta. É-me difícil apontar uma hora, dia, uma situação, um lugar.

Mas é certo que é pela dor, às vezes em seu paroxismo, que colocamos os pés no chão. Aí, bem Sócrates, precisamos proclamar: “Só sei que nada sei”.

Mortal na perda de um amor; mortal ao sepultar um amigo; mortal diante da ingratidão; mortal na impotência perante a injustiça.

Mortal. Renascido na esperança.

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Categoria(s): Crônica
quarta-feira - 07/12/2011 - 08:26h
Bate-papo

Em “Conexão” na TV Cabo Mossoró

A produção do programa “Conexão”, da TV Cabo Mossoró (Canal 10), convidou-me para um bate-papo hoje (quarta-feira, 7), às 11h.

Combinado, pessoal.

No bathorário e batcanal estarei lá.

Ah, ia esquecendo:. o programa é apresentado por Nilton Giacomelli e Andréia Ramos, com produção de Pedro Barreto.

Assista ao vivo AQUI.

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quarta-feira - 07/12/2011 - 07:53h
Bom-dia sempre!

E-mail da fé contínua no bem-amado

Bom-dia, meu filho.

Mantenha-nos informados.

Eu, sabes, apesar de ser um Rapaz Velho Encruado, sou aberto ao diálogo e aprendi a ouvir, depois de muitos tentarem sufocar minha palavra.

Não desanime, não desista nunca dos seus sonhos.

Eu, sabes, repito, posso até não ser um motivo de orgulho para ti e outras pessoas que gosto, mas jamais serei de vergonha.

Aprendi a ganhar, perdendo; aprendi a crescer, quando quiseram me diminuir; aprendi a viver, quando parecia morto.

Se caí algumas vezes, foi por não me permitir à omissão e à covardia, para não ser apenas aquela espuma que vai na enxurrada ou fica presa à margem de tudo, até sumir no nada.

Se é para lutar, lute. Se caírdes, não temas: a mão mais próxima a te levantar será a minha, mesmo que aqui, talvez, eu já nem esteja.

Beijos.

Carlos Santos – Pai

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Categoria(s): Crônica
segunda-feira - 05/12/2011 - 09:21h
Pobre diabo

A deselegância do novo rico

Deparei-me ontem com outro novo rico: carrão parando trânsito, filhinho sobre a direção e nem aí pro buzinaço. Ele precisava dizer que chegou “lá” empinando o nariz.

Pobre diabo.

O problema de boa parte dos novos ricos, é que o status e o dinheiro não conseguem lhe dar educação e finesse. Precisariam de berço, boa extração.

Uma das pessoas mais finas e educadas que conheci, morava numa tapera: chão batido, paredes depreciadas, teto quase à cabeça. Mas fina. Fina.

Elegância realmente não se alcança com algumas patacas a mais.

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domingo - 04/12/2011 - 19:50h
Comunicação

Blogs e sites deverão criar associação no Alto-Médio Oeste

No 2º Encontro de Blogs e Administradores de Sites do Alto e Médio Oeste, ocorrido nesse sábado (3), na Estação Turística de Antônio Martins, os participantes decidiram formar uma entidade associativa. A ideia foi amplamente aceita.

A iniciativa reuniu representantes de mais de 20 municípios, que durante mais de três horas ouviram palestras e debateram temas relacionados à comunicação na internet, direitos e deveres na comunicação virtual e legislação eleitoral referente às redes sociais e sites/blogs.

Rosimar, Robson, Nilo e o editor deste Blog (Foto:www.folhaemdia.com)

Estiveram como palestrantes e debatedores, o publicitário Rosimar Cunha, jornalista-radialista-blogueiro Robson Pires, juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Nilo Júnior, além do editor deste Blog.

Ao final do encontro, já no início da tarde, foi servido um almoço, além de ocorrer entrega de certificado de participação.

Nota do Blog – Impressionou-me o interesse dos envolvidos na iniciativa, além da forma generosa com que fui tratado. Muito obrigado.

Boa sorte no importante projeto que vocês encampam. A entidade deve servir de anteparo à atividade de comunicação que vocês exercitam, em que é fundamental o zelo ao papel de comunicadores, focalizando sobretudo temas do interesse da comunidade regional.

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Categoria(s): Comunicação
terça-feira - 22/11/2011 - 08:39h
Bem-querer

Universo particular de quem amamos

Recife-PE (ou Santa Cruz-RN) é “bem ali”, diria o sertanejo, em meio às veredas, árvores retorcidas e sol escaldante do meu sertão.

Mesmo assim, parece uma lonjura, quando a gente sente saudades.

“Filho é pro mundo,” diz uma máxima que atravessa o tempo. Mesmo assim, concordando com ela, tenho meus filhos num universo particular.

Só eles brilham, para que eu assim possa continuar “iluminado”. Beijos!

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domingo - 20/11/2011 - 12:07h
À luta, mesmo assim

Não se preocupe com a vida… você não vai escapar vivo

New Orleans (EUA) dos negros, da pobreza, mas também do jazz, do rio Mississipi, piratas e corsários, poliglota; da indústria do petróleo, do arrasador furacão Katrina (2005) e multicultural, inspirou o jornalista-escritor Truman Capote. Em muitas de suas crônicas ela era o ambiente. A atmosfera.

Num café, “o menos frequentado de New Orleans”, ele descreve em 1946, o jeitão da proprietária, senhora Morris Otto Kunze: “não parecia se importar; passava o dia sentada atrás do balcão (…), e só se movia para espantar as moscas”.

Mas foi lá, que ele captou num mural rococó, em espelho quebrado e sujo,  uma frase que imprimia justificativa à vida do lugar: “Não se preocupe com a vida… você não vai escapar dela vivo mesmo!”

Esse olhar largado, quase entregue ao determinismo, é uma versão mais antiga do “deixa a vida me levar… vida leva eu”, do sambista carioca Zeca Pagodinho. Tem funcionado para ele.

Comigo tem sido diferente, mesmo sabendo que não vou escapar vivo dessa vida. Eu cuido do meu destino e da minha própria felicidade.

Não os passei a terceiros. Não os entrego a outrem.

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sábado - 19/11/2011 - 08:53h
Além das baladas

A conjugação do verbo “sarrar”

Divertir-se à noite já foi “curtir um baile”. Houve tempo que era uma “tertúlia”.

Ah, não esqueçamos das “discoteques” (discotecas).

Podia ser uma “festa” tão somente, com bandas que tocavam de tudo: de Supertramp a Luiz Gonzaga.

“Boate” continua em evidência, mesmo que por lá quase ninguém consiga conversar a dois, outros prefiram quebrar braço de mulher e não tenhamos músicas como no passado. Impera o império do forró.

Mas a palavrinha mágica, da moda, para definir a noitada, é mesmo “balada”. Ir para a balada é uma espécie de senha para uma suposta felicidade.

A linguagem muda, mas não muda o desejo: “à noite, todos os gatos (gatas) são pardos”, diria a sabedoria popular. Por isso – talvez – que tudo esteja tão parecido.

Na ânsia de ser diferente, muitos de nós acabamos fazendo parte de uma engrenagem de iguais, sozinhos na multidão. “Sociáveis” na ânsia de sermos aceitos. Assombra-nos o medo de sermos descartados por não termos os mesmos gostos dessa ou daquela “tribo”.

Será que pelo menos sobrou o “sarro”. Sobrou? Dizem que não existe mais, porque tudo chega logo aos “finalmentes”. É uma ejaculação precoce coletiva.

Quando descobrirem a conjugação do verbo “sarrar”, talvez entendam melhor o que estou dizendo.

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domingo - 13/11/2011 - 16:23h

Cravo e canela e o fruto da maturidade

Por Carlos Santos

Tropical como somos, temos uma infinidade de frutas a mexer com o paladar nacional. Muitas, agora, na versão mulher. Há algum tempo, quase não existem mais daquelas de carne e osso. “Tá em falta”, diria o feirante da Ceasa.

Sobram principalmente as de bundas enormes e peitos siliconados, vendidas como “piriguetes” ou “modelos”. No fundo, é bom que esclareçamos: seu “consumo” é subjetivo e virtual, ou cabe apenas na conta de uma minoria endinheirada para rápida “digestão”.

Pelo visto, começa a escassear a mulher-mulher, daquelas que são apenas loura ou morena, branquinha ou negra, que gostam de ser amadas e não apenas “comidas”.

Como toda mulher normal, ela tem dúvidas quanto aos seus próprios encantos.

Raramente são autosuficientes como as “frutas” e ainda se enternecem com as flores e a música que fala de amor, símbolos atemporais do bem-querer.

Costumam repetir que “todo homem é igual”, numa generalização tão errônea quanto à adotada pelo sexo oposto, de que “toda mulher é a mesma coisa”.

Que bom, você existe! Sinuosa no olhar, cintilante. Com uma beleza brejeira, quase infantil. Cândida. Que irrompe a vida de cara limpa, sorriso maroto, como se fosse nascida de um romance de Machado de Assis, Guimarães Rosa ou Jorge Amado.

Menina? Mulher? Menina-mulher.

É cravo e canela.

Para aqueles que se movem por apetite lascivo, em sua direção, só aparecem seus contornos de mulher. Sem aguçada serenidade e percepção, jamais vão descobrir os traços de ninfa, nem seu vigor como gente que não aceita dizer “sim”,  cavilosamente, porque  aprendeu cedo a dizer “não” por livre-arbítrio.

Essa mulher é recheada de dúvidas, oscila entre amar e se esconder, mas não se entende como objeto. Chora, angustia-se. Fecha-se ensimesmada. Sorrir para dizer que as lágrimas não lhe fazem mal, porque fertilizam seu peito e serão o sopro de renovação da vida em seu útero.

Ela sabe que partilhar rima sempre com amar. Que distância fere e limita movimentos, mas é uma ponte, se os extremos querem chegar a outra margem.

Com essa mulher é diferente. Ainda bem. Não deixa de ser menina, roendo unhas, rindo de tudo, dando rabiçaca com a cabeça, lambuzando-se de sorvete e saindo por essa vida aventureira repleta de sonhos.

Amuando-se para ser, de novo, afagada. Mimada para se descobrir menina; carregada no colo para ser mulher.

Olhos de Capitu, desconfiados; olhos de Diadorim, vítreos, reluzentes; olhos de Gabriela, de um negro intenso… não importa. Seu olhar é sempre ponto de partida ou porto seguro. Um paradoxo em si. Arquipélago que nos puxa do alto mar à terra firme, como vigorosos fios de cabelo.

Cabelos que encobrem um rosto ruborizado, em que lábios proeminentes se contraem, a prender o fôlego e sufocar palavras. Assim, ajudam a traçar uma moldura entre o inocente e o travesso. Cativante imagem que é um convite ao vinho, com pés desnudos, prontos ao carinho.

Muitos perdem o apetite pela descoberta, depois de certas experiências e tempo. Até confundem mulher com fruta, volume com conteúdo. O escritor Truman Capote descreveu bem o que é maturidade para separar delírio de brilho:

Depois de certa idade ou certas noções, torna-se muito difícil o deslumbramento; ele funciona melhor na infância; depois, se a pessoa der sorte, encontra uma ponte até a infância e a atravessa.

Carlos Santos é criador e editor desta página

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sábado - 05/11/2011 - 08:30h
Sobre a partilha

Irmão sol!

Pena, muita pena, daqueles que acham ser possível ser feliz no singular. A partilha além de espraiar a alegria, amplifica-se em quem a dilatou.

Falei ontem ao celular, com a mãe de um amigo aprovado pro curso de Medicina da Universidade do Estado do RN (UERN). Ela, em Pernambuco, ao ouvir minha voz, disse: “Sei quem é! É você, Carlos!”

(…)

Em mim, a impressão de que ouvira minha mãe, depois de tanto tempo.

As mães parecem iguaizinhas, mesmo que únicas. Ouvir a mãe do amigo, vencedor, remeteu-me à minha que foi embora dia 4 de dezembro de 2009, deixando uma parte maior em mim.

Se existe vida passada, não sei. Há vida pro futuro, sim. Semeamos, colhemos. Tem gente tão afinada conosco que parece irmão em outra vida.

Nesta, a certeza: Irmão sol!

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quarta-feira - 02/11/2011 - 08:22h
Por ontem, hoje e amanhã

Meu muito obrigado

Obrigado a todos pelo dia de ontem. Meu jeito, reservado, não é sinal de desapreço, suposta frieza ou desdém.

Nem faço “tipo”.

É meu jeito. Só.

P.S – Em especial, meu agradecimento aos amigos da academia. Desembarquei nos bancos escolares em busca do saber, à cata de uma forma de ocupação terapêutica, mas encontrei mais, muito mais.

Renovo-me a cada dia, por osmose, pela convivência com as diferenças e semelhanças.  Pela oportunidade de aprender e doar um pouco do que a vida me ofertou.

Assim, amadureço. Reinvento-me.

Sigo minha missão, ainda incompleta.

Que assim seja!

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segunda-feira - 31/10/2011 - 10:57h
Para Drummond

A ‘dádiva’ de não ser poeta

“Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.” (Carlos Drummond de Andrade)

O gosto pelas letras chegou cedo. Em casa, entre os mantimentos diários acomodados num balde de alumínio, um jornal. Era assim, diariamente.

Tínhamos as revistas Seleções, O Cruzeiro. Depois apareceram outras notivades da escrita, num tempo em que a televisão não era tão soberana e onipotente.

Revistas em quadrinhos foram centenas, sob o combate da mãe zelosa, que não via nelas qualquer atrativo à minha formação. Enganara-se. Pelo menos dessa feita, enganara-se.

Drummond, mais do que um “José”

E o que dizer da coleção Tesouros da Juventude? Todos os clássicos infanto-juvenís estavam lá. Alexandre Dumas em seus enredo de capa-e-espada, Júlio Verne futurista.

Nesse tempo eu queria escrever. Seria escritor. Jornalista, não. Poeta, quem sabe, heim?

Nem escritor nem poeta. Um repórter provinciano, é o que sou. É o que posso ser, sem perder a admiração por quem o é.

Drummond, Quintana (meu preferido), Manuel Bandeira, Thiago de Mello, Leminski, Castro Alves, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Patativa, Olavo Bilac…

Os nossos, próximos, Marcos Ferreira, Antônio Francisco, Cid Augusto, Cefas Carvalho, Paulo de Tarso Correia de Melo, Luiz Campos…

Aceito, passivamente, a “dádiva” de não ser poeta. Se o fosse, o que seria de mim? Um bardo sem prumo. Coube-me o gosto pelo verbo lapidado por esses e tantos outros escultores. Eu, como um Michelangelo tosco, apenas imploro diante de Moisés: “Parla!”

Enquanto isso, vou-me nessa vida aventureira, um “gauche” sem a poética que anseio. Em busca do paroxismo da frase perfeita.

* Minha homenagem a Carlos Drummond de Andrade, que hoje estaria completando 109 anos: 1902-1987.

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domingo - 30/10/2011 - 23:43h

Pensando bem…

“Em tudo que faço, um pouco de mim é-me inteiro para ser completo. Se escondo uma parte, não sou um todo”

Carlos Santos

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domingo - 30/10/2011 - 03:39h

Reflexão para ser feliz IV

Eu mudei? Não, engano seu.

Amadureci.

Lembra da Teoria da Evolução da Espécie?

Darwiniana. Humana!

Sobreviverão os que melhor se adaptarem às exigências do mundo, numa “seleção natural”.

Não falo de ser esperto ou expert, um especialista em sobrevivência na “selva”. O que não podemos admitir, é sermos um espectro de gente.

Subsistir é muito pouco. Bom é existir.

Só existem os que evoluem.

A maioria apenas aparece na foto: subsiste.

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