Segue delicado o quadro de saúde da vereadora em Natal e ex-governadora Wilma de Faria (PTdoB) – veja AQUI. Ela está internada na Casa de Saúde São Lucas em Petrópolis, Natal, enfrentando um câncer.
Mas durante boa parte do dia passado, incontáveis pessoas em redes sociais noticiavam o falecimento de Wilma. Postura absurda, na ânsia de “dar o furo”.
O “furo” jornalístico perdeu aquele peso lendário de outrora. As principais fontes de notícia irradiam de forma autônoma suas “verdades”; a tecnologia cibernética e móvel não para de obrigar a mídia (e o jornalista) convencional a se adaptar – além de termos em formação uma nova relação de empregabilidade e renda.
O gol de placa do jornalismo, o “furo”, hoje não passa de um ‘furinho’. Às vezes não leva mais do que segundos de vida, sem dar notoriedade alguma ao seu autor. É mais fácil que provoque embaraços e “barrigada” (jargão que significa quando o veículo/jornalista oferece uma informação com erros graves).
Paradoxalmente mais difícil
Com o advento da notícia em tempo real, a utilização das teclas Control C/Control V (copia, cola) replicando tudo – muitas vezes sem respeitar o crédito de quem produziu a matéria, ficou paradoxalmente mais difícil ser um bom jornalista. Fácil é ser comum.
A pressa é, sim, inimiga da perfeição.
A notícia bem-elaborada, o outro lado da notícia e o aprofundamento do fato ganham ainda maior importância. “Fechar o jornal” não encerra os acontecimento. Nada fica mais pro dia seguinte. É tudo já, agora, mas mesmo assim com métodos, exigências de sempre para o comunicador.
Muita gente que tem um Twitter/Facebook etc. acredita piamente que faz “jornalismo” ao divulgar informações sem qualquer tipo de checagem, responsabilidade com as fontes, fatos e com a própria sociedade e pessoas envolvidas.
Com isso, torna situações já particularmente dramáticas em algo ainda mais angustiante.
Lamentável.
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