sexta-feira - 09/09/2011 - 07:24h
Uern

Uma greve que já chegou ao fim; falta ser finalizada

A greve na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) chegou ao seu limite. Ou passou dele.

São mais de 100 dias de paralisação de professores e técnicos.

Entre os principais dirigentes do movimento, há um pensamento majoritário para retomada das atividades da instituição nos próximos dias.

A decisão que a Justiça tomará, quanto à ilegalidade ou não da greve, conforme provocação do Governo do Estado, não é determinante para uma posição das categorias. É o que ouvi de fontes credenciadas do movimento.

Nota do Blog – O Governo sai profundamente desgastado; grevistas, mesmo com a permanente manifestação de diálogo, também acumulam prejuízo.

Mas o grande prejudicado, de novo, é o alunado.

Uma greve de 100 dias já é um fracasso para todos, mesmo que consiga ser convertida em êxito na pauta de reivindicação que seja apresentada ao patronato estatal (ou não).

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Simone diz:

    O descaso de Rosalba com a UERN é novamente notícia no UOL Educação
    Quantas vezes esse governo vai repetir o feito de ser notícia na imprensa nacional devido à péssima condução do estado? É a violência sem controle, mas o governo bate o pé e diz que não convoca os concursados. É a saúde em frangalhos, mas o secretário teima em dizer que está tudo bem. É a educação em pedaços, com professores humilhados, e diminuídos em sua rotina diária de formar cidadãos, mas a falta de reconhecimento é evidente. É uma Universidade do porte da UERN, tendo seus recursos cortados, seus professores desvalorizados e seus alunos desprezados, mas o governo judicializa a greve. Um governo que, na falta de habilidade para negociar, prefere transferir essa responsabilidade para a justiça, com quem busca um amparo para que não tenha que cumprir a lei, pelo menos por enquanto (contraditória a função da justiça nesse caso, não?). A governadora e sua equipe teimam em destratar todo o funcionalismo e fugir das responsabilidades existentes. Além disso, há uma confusão instalada entre o que pensa e o que diz a governadora, seus secretários e os compromissos assumidos com as categorias. Um dia Rosalba declara que não vai cumprir os acordos firmados e que as categorias “entenderam errado”. Aí, depois do estrago e de uma reação indignada da sociedade com a quebra de acordo com os professores, seus secretários correm para a imprensa e dizem que não, que os professores serão atendidos sim, e que as demais categorias é que não serão! Aí os policiais fazem uma mobilização no 7 de setembro e reclamam do governo, e logo em seguida, esse governo corre para acalmar os ânimos dos policiais e dizer que os acordos com eles serão cumpridos, pelo menos com eles! E o DETRAN? E os médicos? Isso é um desrespeito com todas as categorias que tiveram acordos firmados. Será um leilão? Quem mobilizar mais a opinião pública terá acordo cumprido? Até onde vai essa gestão descompassada e desarticulada? É uma falta absoluta de planejamento e de ações relevantes para um governo só. Será que o governo pensa que as pessoas não tem acesso à informação? É bom começar a executar os projetos do governo, pois os jovens querem ações e resultados DESSE GOVERNO. Chega de acusar outras gestões, nós sabemos dos grandes erros, mas não admitimos que se pare no tempo, lamentando o passado e comprometendo o presente e o futuro do estado. Hoje acredito em uma coisa: Ou o estado muda ou a juventude indignada vai mudar esse estado.

    Alunos e professores #emdefesadaUERN

    • Profª. Sueli diz:

      Parabéns, Simone. Parece-me que é a Profª. Simone Brito, não? Só alguém que vivenciou pelo lado de dentro esse movimento #emdefesadaUERN faz uma análise tão sistemática, tão madura da situação dramática que ora vivenciamos. Sigamos em frente, colega, lutando por aquilo em que acreditamos. lembremos da fábula do passarinho: “estamos fazendo a nossa parte”. abços

  2. Willian Marcos de Melo Nôga diz:

    Gostaria que o blogueiro carlos colocasse alguma reportagem sobre a atuação pífia da assembleia legislativas e da bancada federal do RN para solucionar essa crise, não é só o governo e a Aduern que são culpados por isso. Todas as “forças” (Fracas) do estado são culpados pela sua omissão e desrespeito com as mais de 12mil “famílias” envolvidas na greve. Enquanto isso a Aduern faz feijoada comemorativa, só pra comemorar os 100 dias sem trabalhar e com salário em dia; Um desrespeito dos professores para com seus alunos também.
    Conto com vc!
    Estudante da Universidade

  3. Simone diz:

    Como disse o Padre Sátiro, é estarrecedor o silêncio da sociedade diante da situação de crise em que se encontra a UERN hoje. Depois de tantos anos produzindo conhecimento e formando profissionais nas mais diversas áreas, os professores se veem sozinhos na luta pela sobrevivência e por uma universidade forte e independente. Ainda bem que temos uma categoria de professores que acredita que a luta e a mobilização devem ser o norte para sair dessa crise e tentar fazer com que o governo entenda que educação é investimento e não custo. A Aduern é um instituição séria e responsável que tem muitas histórias de lutas e de vitórias para contar para os professores e alunos mais jovens na UERN. Está completanto essa semana 31 anos de mobilizações por uma UERN mais fortalecida e melhor preparada para os desafios e crises que ainda virão. E não serão poucos…

  4. Neto Vale diz:

    A ADUERN, foi criada numa momento importante e com uma missão louvável, ser porta voz de um processo de mudança que se fortalecia na sociedade brasileira do inicio dos anos oitenta: lutar em defesa da educação pública e de qualidade e pela democratização da sociedade brasileira. No Brasil da época, poucos tinham coragem de assumir tamanha tarefa, foi um ato de homens e mulheres corajosas. Quando nos damos conta que esse gesto ocorreu numa cidade do interior do nordeste, comandada por uma oligarquia, esse acontecimento se reveste de uma dimensão que revela a grandeza do ato. Foi neste cenário que surge a ADUERN. Lá se vão 31 anos. Nesses longos e profícuos anos a ADUERN, conduziu todas as lutas em defesa de uma Universidade Pública, Gratuita, Democrática e de Qualidade, e como diria corretamente um nobre colega, e Referenciada Socialmente.
    Na última quarta feira, por ocasião do feriado do 7 de setembro, decidimos aproveitar a ocasião para comemorarmos os 31 anos de sua existência. Claro, muitos são os motivos da comemoração, todos legitimados por seu alcance político ou social, senão vejamos: desde a sua fundação a ADUERN esteve a frente na luta pela democratização da sociedade brasileira,e, lutou incansavelmente pela transformação da UERN, antes uma instituição privada e longe do alcance dos filhos das famílias mais humildes e/ou menos favorecidas, numa UERN pública e ao alcance dos filhos do povo. têm gestos mais nobres? essas lutas não foram fáceis, muitas foram as greves, algumas como participe de um movimento de resistência da própria sociedade brasileira, noutras, como ação própria. Foram esses vários momento que possibilitaram a construção do sistema público de ensino superior, no Brasil, e, na aguerrida cidade de Mossoró, a construção da UERN. Todas essas lutas, no momento em que se deram, também se levantaram vozes contra, umas porque conscientemente não queriam que o povo vivesse num estado democrático ou tivessem acesso ao ensino superior público e gratuito outras, manipulados ou inconscientemente, não entendiam ou não alcançavam a dimensão dessa lutas. Hoje, não há dúvidas sobre a importância da conquista do estado democrático e de direito, nem muito menos da imensa contribuição da UERN na transformação da vida de milhares de jovens. Com certeza, daqui a alguns anos, os poucos que ainda não entenderam o significado dessa greve, que tem como pano de fundo, a luta pela conquista da autonomia financeira da UERN, pondo fim a miserável política do pires na mão, entenderão que os feitos históricos da ADUERN poderão perfeitamente serem exaltados/comemorados em qualquer tempo. quem viver verá.

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