Afastado da prefeitura em decisão da maioria dos vereadores, dia 22 passado, por diversas irregularidades em sua gestão, o prefeito Dedé Câmara (PMDB) está de volta à cadeira de prefeito em Guamaré.

Ele retoma a prefeitura do vice Auricélio dos Santos (PSDB), que fora entronizado à semana passada.

O desembargardor Aderson Silvino acatou pedido do prefeito afastado, arguindo que não ocorrera amplo direito à defesa, um princípio constitucional.

Nos poucos dias de poder, o vice disse a que veio: substituiu todo o secretariado, pediu autorização à Câmara para empréstimo bancário e sustou pagamentos já empenhados.

Dedé também não é um poço de integridade. 

Mais de 540 cheques sem fundos, da prefeitura, sobrevoam o RN nos últimos anos, com a assinatura do prefeito. 

A ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), estará no próximo dia 16 em Natal.

Ela vai participar da inauguração do Mercado Modelo da capital.

Uma boa oportunidade para a crônica política perguntar, se a ministra continua achando que o remédio para o apagão aéreo é "relaxar e gozar" nos aeroportos.

O ex-vice-prefeito de Mossoró Antonio Capistrano continua na militância política.

No dia 7 de julho, assumirá o Diretório Municipal do Partido Comunista do Brasil (PC do B) por ocasião da conferência que o partido realizará na cidade, publica o jornalista Nilo Santos, em endereço aí ao lado.

O ato será às 10h na Câmara Municipal.

Capistrano antes de ocupar o cargo de vice-prefeito de Mossoró por dois mandatos consecutivos, como companheiro de administração da hoje senadora Rosalba Ciarlini (DEM), foi deputado estadual (91-94).

Na Assembléia Legislativa, líder da oposição. 

A presidente da Câmara de Pau dos Ferros, Tércia Batalha (PMDB), está aguardando apenas comunicado oficial da Justiça, para proceder a medida protocolar interna, de recondução dos suplentes Jean Carlos (PP) e Heldo Nogueira (PMDB).

A juíza Valentina Damasceno julgou mérito de processo que pediu a substituição dos titulares Ismael Mendes (sem partido) e Socorro Cunha (PMDB) na quinta, 28, ratificando a apreciação preliminar, feita ao final de abril, no caso.

Apesar de estar em recesso, a Câmara de Pau dos Ferros tomará apenas as providências burocráticas necessárias à alteração.

O advogado Humberto Fernandes está estimulado em relação à substituição de vereadores em nível de Câmara de Vereadores de Mossoró.

A tentativa que se faz, é pela cassação de mandatos na cidade dos vereadores Izabel Montenegro (PMDB), Daniel Gomes (PMDB) e Francisco José Júnior (PMN).

Humberto foi acionado pelos suplentes Tomaz Neto (PDT) e Jório Nogueira (PDT).

Houve injeção de ânimo com o episódio ocorrido ontem em Pau dos Ferros, quando julgamento de mérito de questão similar, feito pela juíza Valentina Damasceno, cassou os titulares Ismael Mendes e Socorro Cunha (veja matéria mais abaixo).

Opinião do Blog, que não expressa vontade pessoal ou contrariedade: não creio que a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) perca o mandato no julgamento da próxima terça, 3, continuidade do que fora iniciado ontem, 28.

Mesmo a relatora da ação, desembargadora Soledade Fernandes, já tendo votado pela cassação, não significa que o plenário siga seu pensamento.

Vamos acompanhar mais uma novela do filme que bem poderia se chamar: "Se meu Pálio falasse". 

Nova reviravolta na política em Pau dos Ferros.

Julgando o mérito de questão relativa à cassação dos vereadores Ismael Mendes (sem partido) e Socorro Cunha (DEM), a juíza Valentina Damasceno optou por manter sua decisão anterior. A sentença saiu hoje à tarde.

Os suplentes Jean Carlos (PP) e Heldo Nogueira (PMDB) devem substituir os titulares até aqui.

A liminar ela tinha concedido em abril, mas em nível de TRE os dois vereadores conseguiram retomar as vagas no Legislativo.

Os impetrantes arguiram infidelidade partidária para que os dois vereadores fossem cassados e eles empossados no dia 1o de maio deste ano. 

A nova posse tende a acontecer à próxima semana.

Pelo que vi da justificativa do voto do desembargador Rafael Godeiro, contrário à cassação da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), em  julgamento ocorrido ontem, houve algo inusitado.

Ele afirmou, que ela estaria legitimada pela vontade das urnas e porque lutou contra o poder político do governo estadual, do presidente Lula, da maioria dos prefeitos etc.

"Apesar de não ter todo o apoio oficial, ela venceu a eleição", assinalou. 

Uma retórica política incomum, nos tribunais.

Por enquanto, a votação está em 1 x 1 e será continuada à próxima semana, terça, 3 (veja matéria mais abaixo, postada ontem).   

Na longa sessão de encerramento do primeiro semestre de atividades, na Assembléia Legislativa, nessa quinta, 28, os deputados Fernando Mineiro (PT) e Getúlio Rêgo (DEM) andaram trocando amenidades.

Mas em bom nível, diga-se.

Getúlio ironizou Mineiro e o PT: avaliou que o partido "não luta mais pelos trabahadores". Ouviu de Fernando Mineiro, que certamente não seria a história do Dem (antes PFL), que abrigaria essa bandeira. 

O deputado Getúlio até lembrou seu passado, em 2002, quando votou em Lula para presidente da República. Só não explicou o porquê. Não foi por convicção.

Como seus adversários em Pau dos Ferros estavam apoiando José Serra (PSDB), ele teve que pedir votos, discretamente, para o petista.

Virou "companheiro" por necessidade. 

A senadora Rosalba Ciarlini (DEM) vive momento delicado no campo judicial.

Agora, à tarde, o TRE suspendeu julgamento de processo em que é acusada por compra de votos, no rumoroso caso do carro Pálio, que ela teria passado para um correligionário em Felipe Guerra, em troca de apoio à sua eleição no ano passado.

O juiz Francisco Pimenta pediu vistas ao processo, quando em plenário existia empate em um a um quanto à matéria.

A desembargadora Soledade Fernandes votou pedindo cassação do registro da senadora e, por conseguinte, o seu mandato.

Já o desembargador Rafael Godeiro considerou inconsistente o rol de provas e apelou à inocência da congressista.  

O julgamento voltará à pauta na próxima terça, 3.

Já em Brasília, no TSE, Rosalba ontem viveu novo sobressalto com  pedido de cassação feito pelo ex-senador Fernando Bezerra e o PTB. Alega-se uso abusivo, por parte da congressista, da TV Tropical no ano passado, que teria influído na campanha eleitoral.

O julgamento em Brasília foi suspenso, também, por pedido de vistas e só retornará à pauta em agosto.

O deputado federal Henrique Alves (PMDB) não é líder de uma bancada federal com 91 parlamentares, por simples acaso.

Na efervescente discussão quanto à reforma política, nessa quarta, 27, ele sentiu que não tinha como puxar sua gente para votar na proposta de lista fechada. Tirou o corpo fora e liberou geral.

Henrique salvou-se de desgaste certo. 

Pelo que saiu aprovado, as eleições futuras ao legislativo tendem a ser como estão, abertas. Nada daquele arrumadinho para perpetuar espertalhões.

Saiba mais (clique aqui).

Na discussão em andamento na Assembléia Legislativa, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o RN, versão 208, recebeu pelo menos 37 emendas.

Ai a Câmara de Mossoró! Há pelo menos seis anos os vereadores mossoroenses aprovam a LDO sem qualquer ideiazinha. Tudo à base do "não sei, não vi e toca pra frente."

O deputado petista Fernando Mineiro, mesmo sendo governista, prova que isso não significa indigência intelectual, servilismo e idiotia.

Mineiro apresentou 18 emendas. Ou seja, está cumprindo uma das tarefas basilares do legislador: legislar. 

Aprendam!    

“Vivaldo Costa (PR) é o meu candidato a prefeito de Caicó. Se isso acontecesse eu estaria na linha e frente da campanha de Vivaldo. É o único nome de consenso na política de Caicó".

A declaração textual é do ex-deputado estadual Dadá Costa (PDT), afastado politicamente de Vivaldo há alguns anos.

"Ele reuniria todo mundo num mesmo palanque, acho que até o deputado Álvaro Dias (PDT)", presume. Mas ao mesmo tempo, Dadá lembra que a legislação em vigor impõe restrições a outro irmão, o atual prefeito Bibi Costa:

"Ele teria que se afastar do cargo seis meses antes da eleição. E não sei se Bibi teria esse gesto de grandeza com Vivaldo, que terminaria sua vida pública como prefeito de Caicó".

Na ótica do ex-deputado, "Vivaldo aceitaria ser candidato a prefeito em 2008. Só depende de Bibi”.

* Extraído do Blog de Oliveira Wanderley (veja endereço ao lado).

O deputado federal em primeiro mandato, João Maia (PR), sonda eventuais negócios na área de comunicação.

O projeto acalentado pelo parlamentar, confessado em diálogos reservados, é investir na compra de emissoras de rádio e sair paulatinamente da sociedade no vespertino "Correio da Tarde".

Entre as rádios vislumbradas à compra, está a AM Vale do Apodi (Apodi), que tem como um de seus principais controladores o ex-deputado federal Ney Lopes.

Outra emissora no Seridó estaria nos planos e ainda uma AM no Vale do Açu.

O presidente da Câmara de Guamaré, Hélio Willamy (PMDB), é a liderança emergente no município, desde a queda do prefeito Dedé Câmara (PMDB), sexta, 22, por várias irregularidades administrativas (veja matéria abaixo).

O interessante, entre muitos detalhes desse enredo cheio de "coincidências", é que Hélio era um "homem de confiança" de Dedé. Katiuska, irmã de Hélio, é casada com o atual prefeito, até então vice-prefeito, Auricélio dos Santos (PSDB).

A versão corrente é de que Hélio estaria por trás da arregimentação de documentos que teriam embasado Ministério Público em denúncias contra o prefeito afastado.

Com a decisão da Câmara, lógico que assumiu o seu cunhado e liderado, Auricélio.

Hélio é uma espécie de Rasputin, eminência parda que influenciou o poder na Rússia Imperial, ao final da dinastia dos Romanov.

Mas Guamaré é, em verdade, um caso para intervenção.

Por lá, o mais bobinho cai da rede e fica brincando com a varanda.

Apesar de ser o município brasileiro colocado entre os 30 maiores, em se tratando de renda per capita, Guamaré é um poço de corrupção, gestão irresponsável e desmando administrativo.

O prefeito afastado pela Câmara de Vereadores à semana passada, Dedé Câmara (PMDB), coleciona um rosário de 536 cheques sem fundos, segundo dados do Banco do Brasil, contabilizados de 1o de janeiro de 2005 até 1o de junho de 2006.

Mas os números podem chegar à superação das 700 folhas sem provimento financeiro, segundo apurou este Blog.